outubro 31, 2011

DIA DAS BRUXAS (HALLOWEEN)


A tradição de se comemorar o Dia das Bruxas (Halloween) é muito recente em Portugal, tendo ganho alguma popularidade entre os mais jovens, por ser uma data assinalada em contexto escolar.
É uma tradição importada dos países anglo-saxónicos, em especial dos Estados Unidos, Irlanda, Canadá e Reino Unido. As raízes da celebração remontam aos povos da antiguidade, havendo vestígios de celebrações do dia 31 de outubro, por exemplo entre os Celtas (Irlanda), que celebravam esta data por ela coincidir com o fim do verão, período de fertilidade, e dar início a um novo ano. Acreditavam que nessa noite os mortos, que para eles viviam em felicidade perfeita, visitavam a Terra, voltando às suas casas, facto que era celebrado com rituais de adoração, fazendo-se fogueiras para afastar os espíritos malignos. A pouco e pouco esta tradição foi evoluindo, sendo exportada para outros países, tal como aconteceu nos Estados Unidos onde se julga ter sido introduzida por emigrantes irlandeses, passando a constituir uma tradição que se mantém até aos dias de hoje.

Por seu lado, a Igreja Católica instituiu o dia 1 de novembro como o dia de todos os santos e o dia 2 como dia de finados. Assim, de certo modo, a religião cristã integrou algumas das antigas crenças, proibindo no entanto tudo o que se relacionasse com a bruxaria. Recorde-se o Tribunal do Santo Ofício, que através dos autos de fé condenaram à fogueira homens e mulheres suspeitos da prática de feitiçaria, fazendo do período da Inquisição um dos mais dramáticos da História.
Se esta celebração, quer na sua origem pagã quer religiosa, nasce como uma celebração aos mártires e aos defuntos, progressivamente ela tem vindo a incorporar diferentes influências que a afastam do seu espírito inicial, manifestando-se pela emergência de elementos pagãos, em torno de símbolos ligados à bruxaria e ao ocultismo, marcados pontualmente por pormenores macabros.

E este imaginário, que envolve atualmente as celebrações  do Halloween, está refletido também na literatura.
A "bruxa" como um ser feio e demoníaco, por contraponto à fada boa e bela, povoa a literatura para a infância.
Os ambientes da feitiçaria, das personagens malignas e sobrenaturais, dos fenómenos transcendentes que criam seres fantásticos, estão presentes na literatura juvenil. 
A área das ciências ocultas e da espiritualidade tem leitores fiéis.

O recente fenómeno Harry Potter inscreve-se nesta tendência, bem como a saga de O Senhor dos Anéis.

Por isso, deixamos-lhe aqui esta MONTRA DE LIVROS, que pode requisitar na Biblioteca Municipal.  É uma mostra constituída por livros para todas as idades. Para os ler, basta estar inscrito na Biblioteca e requisitá-los.
 

VENHA À BIBLIOTECA MUNICIPAL!

TENHA UM BOM DIA ... 
... DAS BRUXAS!






outubro 28, 2011

LEITURA DE FIM DE SEMANA


Mais um fim de semana à porta.

E contariando as condições atmosféricas que se verificaram nos últimos dias, prevê-se que o fim de semana seja de sol e com temperaturas amenas,  que convidam certamente a sair de casa.

Que tal um passeio por um dos parques da cidade,
na companhia de um livro?
Aceite a sugestão que lhe vamos deixar. 



A nossa sugestão é o livro "Morder-te o coração", da escritora Patrícia Reis, da editora Dom Quixote. 

Este livro é, na opinião de Inês Pedrosa, "uma viagem alucinante pelos labirintos do desejo e da solidão, que nos arrasta para lá das convenções dos géneros e do sexo, conduzindo-nos ao conhecimento da vertigem. A escrita transparente e comunicante de Patrícia Reis ganha corpo e espessura nesta narrativa polifónica orquestrada pela obsessão do Grande Amor aquela luz infinita que simultâneamente cega e acende a verdade íntima de cada um de nós. Este livro morde-nos, de facto, o coração e é para isso que servem os bons livros".


O livro fala dos encontros e desencontros por causa do amor: um homem e uma mulher no Pico; a fuga dela, a busca dele, a vida em Estocolmo, a infância, as memórias africanas da amante dos dois, o desespero dele e a tentativa de suicídio dela. Morder-te o coração é um livro sobre a vida.

"... Tu já não te lembras. Foi há dez anos, neste quarto, a olhar o Pico, os barcos, o azul-cinza do mar calmo, a cama por fazer, os livros e as revistas espalhados, (...) Todos os anos venho aqui. Fico no mesmo quarto e vejo-te, de manhã, encostada à brisa que te levantava os cabelos, a dizer "Anda, anda morder-me o coração". (...) Quando me fui embora, não deixei morada. Hoje, quero que saibas que não te disse nada e quando te pedi para me morderes o coração era só para me certificar de que ele existia no meu peito. Tu preferiste beijar-me, nunca me mordeste. (...) Um amor de Verão. Apenas um. Doce e cuidadoso como nenhum outro. (...)" Pág.13 e segs.



Patrícia Reis nasceu em 1970, começou a sua carreira jornalística em 1988 no semanário O Independente, passou pela revista Sábado e realizou um estágio na revista norte-americana Time, em Nova Iorque. De volta a Portugal, é convidada para o semanário Expresso, fez a produção do programa de televisão Sexualidades , trabalhou na revista Marie Claire, na Elle e nos projectos especiais do diário Público. Editora da revista Egoísta, é sócia do atelier de Design e Texto 004, participando em projectos de natureza muito variada. Escreveu a curta biografia de Vasco Santana e o romance fotográfico Beija-me (2006), em co-autoria com João Vilhena, a novela Cruz das Almas (2004) e os romances Amor em Segunda Mão (2006), Morder-te o Coração (2007), que integrou a lista de 50 livros finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura, No Silêncio de Deus (2008) e Antes de Ser Feliz (2009).



Tenha um bom fim de semana

outubro 27, 2011


"No fundo, o meu único rival internacional é Tintim!
Nós somos os pequenos que não nos deixamos apanhar pelos grandes"
                                                                                       Charles de Gaulle


As Aventuras de Tintim - O Segredo do Licorne estreia hoje em Portugal,
naquele que é um dos maiores lançamentos de sempre nos cinemas portugueses.
O filme é realizado por Steven Spielberg e exibido em 3D, com personagens animadas a partir da interpretação real de atores como Jamie Bell (Tintim), Daniel Craig ou Andy Serkis, em cenários virtuais.
O filme baseia-se nos álbuns "O Segredo do Licorne" e "O Tesouro de Rackham, o Terrível", que não são os mais sofisticados da coleção, mas faz sentido, se pensarmos que este pode se o início de uma trilogia com mais filmes de Tintim. Estão já confirmados pelo menos mais duas aventuras. Enquanto elas não chegam, as aventuras de Tintim, quer em banda desenhada quer em filmes de animação, estão à disposição dos leitores, para empréstimo domiciliário, na sala Infantil da sua biblioteca.


Personagem da banda desenhada conhecido como o repórter mais famoso do mundo, Tintim, foi criado por Hergé.
A sua primeira aventura, Tintin au Pays des Sovietes (Tintim no país dos Sovietes), surgiu a 10 de janeiro de 1929 no "Petit Vingtième", suplemento do jornal belga Le Vingtième Siècle.
Desde o início, Tintim tem em Milu, um foxterrier de pelo branco, o seu inseparável e alegre companheiro, que o ajuda nas mais diversas situações.
Com a ocupação da Bélgica em 1940 pelas tropas nazis, o jornal Le Vingtième Siècle, tal como outros, foi encerrado, interrompendo a publicação de Tintin au Pays de l'Or Noir (Tintim no país do Ouro Negro), história que só seria retomada oito anos mais tarde, em 1948. Durante o período da ocupação, que durou até 1944, Tintim foi sendo publicado no jornal Le Soir, como sucedeu com le Crabe aux Pinces d'Or (O Carangueijo das Tenazes de Ouro), de 1940, episódio que marcou o aparecimento de Capitão Haddock, personagem que veio enriquecer o universo de Tintim, com o seu feitio impulsivo e vocabulário truculento.

A primeira aparição de Tintim em Portugal "As aventuras de Tin-tim na América do Norte" aconteceu no nº 53 da revista O Papagaio, publicada a 16 de abril de 1936. Os principais protagonistas chamavam-se Tim-Tim  e o cão Rom-Rom (Tintim e Milu, respetivamente). Estas histórias foram coloridas por iniciativa do editor português que, deste modo, "antecipou" a decisão de Hergé começar a colorir a sua banda desenhada.
Hergé ficou "encantado" quando viu os desenhos a cores, apenas criticou a paginação. Dizia que não respeitava o original e por isso alterava o efeito "suspense".
Hergé nunca esteve em Portugal, mas criou uma personagem secundária, um português, comerciante de Lisboa, chamado Oliveira de Figueira, que consegue vender tudo e que fala pelos cotovelos.
Aparece em "Os Charutos do Faraó", "No País do Ouro Negro", "Carvão no Porão" e "As Jóias de Castafiore".

O leitor, que na sua juventude se deliciou com as aventuras do nosso herói,
venha à Biblioteca Municipal, apresente-o aos seus filhos e leve o Tintim para casa.

Boas Leituras com Muitas Aventuras

outubro 26, 2011



"Somos todos escritores. Só que uns escrevem, outros não"
                                                                                                          José Saramago

O Prémio Literário José Saramago, que foi instituído pela Fundação Círculo de Leitores e é atribuído de dois em dois anos, distingue uma obra literária no domínio da ficção, romance ou novela, escrita em língua portuguesa, por um escritor com idade não superior a 35 anos, cuja primeira edição tenha sido publicada em qualquer país lusófono.

Os premiados com este galardão nas edições anteriores foram:

1999 - Paulo José Miranda, Natureza Morta
2001 - José luís Peixoto, Nenhum Olhar
2003 - Adriana Lisboa, Sinfonia em Branco
2005 - Gonçalo M. Tavares, Jerusalém
2007 - Valter Hugo Mãe, O remorso de Baltasar Serapião
2009 - João Tordo, As Três Vidas.

O júri do Prémio José Saramago foi, nesta edição, presidido pela diretora editorial do Círculo de Leitores, Guilhermina Gomes, e composto ainda pela escritora e académica brasileira Nelida Piñon; pela poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares; pela "presidenta" da Fundação José Saramago, Pilar del Río, e pelo poeta e escritor Vasco Graça Moura. Por escolha da presidente Guilhermina Gomes, integraram também o júri Manuel Frias Martins, Maria de Santa Cruz e Nazaré Gomes dos Santos.

Esta é a sétima edição do galardão, no valor de 25 mil euros, e foi atribuído por unanimidade à escritora brasileira Andréa del Fuego com o livro "Os Malaquias", editado pela Língua Geral.

"Em Os Malaquias, a brasileira Andréa del Fuego transfigura numa impressiva obra de ficção a cruel banalidade da existência de três desgraçados irmãos órfãos, nascidos no rude ambiente de uma fazenda da Serra Morena, e que a vida separa desde muito pequenos. A escrita surpreende insuspeitados recursos de estranheza na coloquialidade quotidiana e desenvolve-se num ritmo muito seguro, perturbante e por vezes quase alucinatório".
Vasco Graça Moura

Andréa del Fuego, nasceu em 1975 em S. Paulo, Brasil.
Com formação em publicidade fez produção de cinema e realizou duas curtas-metragens. Colaborando em várias revistas, inicia-se em 2004 na escrita com "Minto enquanto posso". Em 2005 publica "Nego tudo", em 2007 "Engano seu" e em 2009 "Nego fogo". Em 2008 publica dois livros juvenis "Quase caio" e "Sociedade da Caveira de Cristal" e em 2010 publica "Irmãs de pelúcia" dedicado a um público infantil. Andréa del Fuego está presente em diversas antologias de contos, nomeadamente "30 Mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira" e "Os cem menores contos brasileiros do século". Andréa del Fuego foi dintinguida ainda este ano com o Prémio São Paulo de Literatura.


Momentos
Há momentos assim na vida:
descobre-se inesperadamente que a perfeição existe,
que é também ela uma pequena esfera que viaja no tempo, vazia, transparente, luminosa, e que à vezes
(raras vezes) vem na nossa direção,
rodeia-nos por breves instantes
e continua para outras paragens e outras gentes.
                                                                  José Saramago




Boa Semana com Boas Leituras

outubro 25, 2011

DE VOLTA À BIBLIOTECA

As crianças estão de volta à Biblioteca Municipal. Passadas algumas semanas sobre o início de mais um ano letivo, a biblioteca voltou a encher-se da alegria contagiante das crianças mais pequenas.
Retomámos  hoje a nossa atividade de promoção da leitura Contamos ...CONTIGO!, contando com a participação de 34 crianças, com idades compreendidas entre os quatro e os cinco anos, que vieram de Vieira de Leiria, mais concretamente do Jardim dos Pequeninos.


Iniciámos a atividade com um breve Bibliotour por todos os espaços funcionais da Biblioteca, acompanhado por uma explicação sobre o seu funcionamento, adaptada ao nível etário das crianças.  
As crianças mostraram-se recetivas e interessadas, demonstrando já alguns conhecimentos básicos sobre o funcionamento de uma biblioteca, facto que nos deixou bastante satisfeitos, uma vez que estávamos perante crianças com um nível etário muito baixo.                                       


O momento mais aguardado da visita estava na Sala Infantil.  Depois de confortavelmente sentados nas almofadas, a Miriam, Técnica da Biblioteca Municipal, deu início à leitura do livro do mês, "Os vizinhos da casa azul", de Vera do Vale.

Através da leitura do livro "Os vizinhos da casa azul", vemos como é possível aprender a viver e a conviver com os outros, vencendo teimosias e comportamentos mais conflituosos, sobretudo entre vizinhos.

Após a leitura, a atividade continuou com o habitual momento de contacto autónomo com os livros da sua preferência, previamente selecionados pelas Técnicas da Biblioteca, tendo em atenção a faixa etária dos pequenos leitores.

 

Até à Próxima!
Continuamos a Contar ... Contigo!

outubro 24, 2011

TERTÚLIA DOS ANOS DE OIRO

Realizou-se no passado dia 20 de outubro, no auditório da Biblioteca Municipal mais uma Palestra inserida no âmbito da atividade da Tertúlia dos Anos de Oiro, projeto da responsabilidade da ADSER II - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social da Região da Marinha Grande (IPSS).
A palestra foi proferida pelo Norberto Barroca e o tema foi "O teatro de opereta em Portugal nos séculos XIX e XX". 


"Gosto de peças que façam as pessoas pensar, refletir sobre os problemas"
                                                                                           Norberto Barroca

Norberto Barroca
 Norberto Barroca é arquiteto de formação, mas desde cedo que enveredou pelo teatro. Estreou-se profissionalmente em 1960, com o Grupo Fernando Pessoa, dizendo poesia em Portugal, no Brasil, em Angola e Moçambique. Enquanto encenador estreou-se na Casa da Comédia em 1967,  tendo recebido o Prémio de Imprensa em 1969, pela encenação  de "Fando e Lis" de Arrabal. Trabalhou em companhias como a Casa da Comédia, Teatro Estúdio de Lisboa, Empresa Vasco Morgado, Companhia Nacional de Teatro (Teatro S. Luís, de que foi diretor), A Centelha (Viseu), Novo Grupo (Teatro Aberto), 1º Acto (Algés), Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Maria Matos, Casino Estoril, A Barraca, Teatro ABC e Teatro Maria Vitória. Na cidade do Porto trabalhou com a Seiva Trupe e o Teatro Experimental do Porto, do qual foi Diretor Artístico de 1998 até dezembro de 2009. 
Na sua cidade natal, Marinha Grande, encenou diversos trabalhos para o Grupo de Teatro do Operário. Foi o autor de "A soprar se vai ao longe!" e de uma adptação musical de "O Fidalgo Aprendiz". Este ano, encenou a peça "O Inspetor Impostor", no seu original "O Inspetor Geral" de Nikolai Gogol.
Para a Câmara Municipal da Marinha Grande escreveu a reconstituição da revolta do 18 de janeiro - " O 18 de janeiro de 1934 na Marinha Grande - Movimento Revolucionário dos Vidreiros", "Uma Obragem do séc. XVIII" e a peça "Marquês de Pombal -  o Rei do Rei D. José".
A 15 de maio de 2010, Norberto  Barroca foi homenageado pelos 50 anos de carreira, tendo-lhe a autarquia marinhense atribuído a Medalha Comemorativa dos 75 anos do 18 de janeiro de 1934.

No cinema teve participações como ator em filmes de Jorge Silva Melo e foi autor do argumento de "Passagem por Lisboa", de Wim Wenders em 1994.


A Tertúlia dos Anos de Oiro reúne-se todas as segundas e quintas feiras, no Auditório da Biblioteca Municipal,
 entre as 15h00 e as 17h00, onde são desenvolvidas várias sessões sobre várias temáticas, que vão desde a História da Literatura à História do Mundo, passando pelas Línguas Estrangeiras, como o Francês e o Inglês.



"O teatro é a poesia que sai do livro e se faz humana" 
                                                Federico Garcia Lorca


Boa Semana e se possível vá ao teatro

outubro 21, 2011

LEITURA DE FIM DE SEMANA

Esperamos que a nossa sugestão de leitura de fim de semana o ajude, lhe dê algum ânimo, alguma esperança. E a nossa sugestão é o livro "Como esticar o salário e encurtar o mês", de Camilo Lourenço, editado pela "Livros d´Hoje".

  •  Está farto de chegar ao fim do mês sem "um tostão" no bolso? 
  • As dívidas não param de aumentar?
  • Não sabe onde há-de arranjar mais dinheiro?
  • Não consegue poupar?
Este é o livro de que estava à espera. O livro que o vai ajudar a resolver todos esses problemas.

Num período de crise financeira e económica profunda, em que o desemprego não pára de subir e o aforro das famílias a baixar, Camilo Lourenço, jornalista de economia, partilha consigo algumas recomendações e conselhos que o vão ajudar.


Sabe que se tiver cuidado com os seus gastos pode poupar o equivalente a 20% das suas despesas mensais?

"Experimente seguir os conselhos deste livro (ainda que apenas 50% deles) e vai ficar surpreendido com os resultados. Não se esqueça: você não tem de fazer tudo de uma vez". pág 141

Camilo Lourenço é jornalista económico e docente universitário. Licenciou-se em Direito Económico pela Faculdade de Direito de Lisboa e passou ainda pela Universidade Católica, Columbia University e University of Michigan, nos EUA, onde estudou Jornalismo Financeiro e Economia.
Começou a sua carreira no semanário O Jornal e Correio da Manhã e foi um dos fundadores do Diário Económico. Atualmente é colunista no Jornal de Negócios, Record e comentador da RTP e RTP-Informação para questões económicas.

Venha à Biblioteca Municipal,
requisite o livro,
leia-o
e faça uma reflexão sobre este assunto.

Bom Fim de Semana e Boas Leituras

outubro 20, 2011

PARABÉNS AOS VENCEDORES

PRÉMIO LEYA 2011
O Prémio LeYa, considerado o de maior valor pecuniário em Portugal (100 mil euros), foi criado em 2008 e visa distinguir um romance inédito escrito em português. Este ano candidataram-se 162 romances originais, a maior parte de Portugal e do Brasil, mas também de Inglaterra, França e Itália.
A decisão do júri, constituído por Manuel Alegre, José Castello, José Carlos Seabra Pereira. Lourenço Joaquim da Costa Rosário, Nuno Júdice, Pepetela e Rita Chaves, foi tomada por maioria, depois de muita discussão. "Foi uma edição com livros de muita qualidade", afirmou o presidente do júri, Manuel Alegre.
Relativamente à obra premiada, "O teu rosto será o último", o júri salientou a "composição delicada de histórias autónomas, que se traçam em fios secretos", considerando que o romance, "apoiado em imagens fortes, constroi um perturbador painel do presente português".
João Ricardo Pedro sucede a Murilo Carvalho e a João Paulo Borges Coelho que venceram este prémio em 2008 e 2009, respetivamente. Em 2010 o prémio não foi atribuído.
Anunciado o vencedor de 2011, está desde já aberta a edição de 2012 do Prémio LeYa, cujo regulamento será brevemente disponibilizado em http://www.leya.com/.

João Ricardo Pedro

João Ricardo Pedro foi o vencedor do Prémio LeYa 2011, com o seu romance "O teu rosto será o último".
O autor manifestou uma "enorme alegria" quando soube da distinção. "Escrevi este livro há dois anos, quando fiquei desempregado", disse à agência Lusa, acrescentando que vai ser um grande incentivo para continuar a escrever e que já tem novas ideias.
O romance relata a história de uma criança nascida em Portugal no período da Revolução de 25 de Abril e segue o seu percurso até aos 17 anos, acompanhada pela família


PRÉMIO MAN BOOKER

Julian Barnes
O escritor britânico Julian Barnes, de 65 anos, autor de dez romance e de três livros de contos, esteve três vezes na lista dos finalistas do Prémio Man Booker para ficção, com os romances "O Papagaio de Flaubert" em 1984; "Inglaterra, Inglaterra", em 1998 (ambos disponíveis na Biblioteca Municipal), e "Arthur & George", em 2005.
Em 2011 é finalmente o vencedor do Prémio Man Booker 2011 para ficção, com o romance "The Sense of an Ending", que já foi comprado pela editora Quetzal e será publicado em breve em Portugal.
Pela sua carreira literária, Julian Barnes recebeu recentemente o David Cohen Prize for Literature 2011.

BOAS LEITURAS

outubro 19, 2011

O "POETINHA" FARIA HOJE 98 ANOS

"(...) Tomara que a tristeza te convença, que a saudade não compensa e que a ausência não dá paz, e o verdadeiro amor de quem se ama, tece a mesma antiga trama que não se desfaz. E a coisa mais divina do mundo, é viver cada segundo como nunca mais".
                                                                                                                           Vinicius de Moraes

Dele disse Carlos Drummond de Andrade: "Vinicius é o único poeta brasileiro que ousou viver sob o signo da paixão. Quer dizer, da poesia em estado natural. Eu queria ter sido Vinicius de Moraes".

Marcus Vinicius da Cruz de Melo Moraes, mais conhecido por Vinicius de Moraes, foi de tudo um pouco. Poeta, compositor, diplomata, dramaturgo, jornalista, além de galanteador e boémio. Nasceu a 19 de outubro de 1933, no Rio de Janeiro.
Poeta essencialmente lírico, também conhecido como "Poetinha", apelido  atribuído por Tom Jobim, notabilizou-se pelos seus sonetos.


Considerado como o "mais romântico dos poetas" da sua geração, a obra de Vinicius é extensa. Não se resume apenas à poesia, mas passa também pela prosa, dramaturgia, jornalismo, diplomacia e música. No campo musical, o "Poetinha" teve como principais parceiros Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque, Carlos Lyra.
Mas foi da sua parceria com Tom Jobim que resultaram grandes sucessos tais como: "Se Todos Fossem Iguais a Você", "A Felicidade", "Chega de Saudade", "Eu Sei Que Vou Te Amar" e uma das canções mais gravadas em todo o mundo, "Garota de Ipanema".


"Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim".
                                                                              Vinicius de Moraes, in "Procura-se um amigo"

O poeta estava em Portugal, a dar uma série de espetáculos, alguns com Chico Buarque e Nara Leão, quando o regime militar emitiu o AI-5 (Ato Institucional nº 5), através do qual foi afastado compulsivamente da carreira diplomática. O motivo apontado terá sido o seu comportamento boémio, que alegadamente o  impedia de cumprir as suas funções.
Vinicius foi amnistiado após a sua morte pela justiça brasileira em 1998. Em 2006, foi oficialmente reintegrado na carreira diplomática. A Câmara dos Deputados brasileira aprovou em fevereiro de 2010 a promoção póstuma do poeta ao cargo de "ministro de primeira classe" do Ministério do Negócios Estrangeiros, o equivalente a embaixador. A lei foi publicada no Diário Oficial, no dia 22/06/2010 com o nº 12.265.

O cidadão do mundo, Vinicius de Moraes, faleceu a 17 de abril de 1980, já reconhecido como um dos maiores compositores e poetas brasileiros.




Na Biblioteca da sua cidade pode requisitar para empréstimo domiciliário o livro de Vinicius de Moraes "O operário em construção e outros poemas".

 Boa Semana com Boas leituras e Boa Música

outubro 18, 2011

16 DE OUTUBRO - DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

No passado dia 16 de outubro, celebrou-se o Dia Mundial da Alimentação. A Biblioteca Municipal não quer deixar passar essa data em branco, dado que ter uma alimentação saudável é importantíssimo para que possamos viver e envelhecer com qualidade de vida. Alimentarmo-nos de uma forma saudável deve ser uma preocupação de todos os dias ao longo da nossa vida.

Assim, estará patente ao público até ao dia 31 deste mês, no átrio de entrada da sua Biblioteca, uma exposição de cartazes alusivos ao Dia Mundial da Alimentação. Paralelamente, o leitor irá encontrar uma mostra bibliográfica com livros sobre alimentação racional, alimentos saudáveis e livros de receitas que o ajudarão a fazer uma alimentação equilibrada.

 

 
"Preços dos Alimentos: da Crise à Estabilidade" foi o tema escolhido para o Dia Mundial da Alimentação deste ano, que tem como objetivo alertar as pessoas para a importância da luta contra a fome e pobreza. As oscilações de preços representam uma grande ameaça para a segurança alimentar nos países em desenvolvimento e os mais atingidos são os pobres.
De acordo com o Banco Mundial, em 2010/2011, os custos dos alimentos empurraram cerca de 70 milhões de pessoas para a extrema pobreza.

Os principais objetivos do Dia Mundial da Alimentação são:
  • Desenvolver medidas para combater a fome;
  • Sensibilizar as pessoas para a necessidade da produção agrícola e estimular os apoios nacionais, bilaterais, multilareais e não-governamentais para este fim;
  • Ajudar no desenvolvimento de novas tecnologias em países subdesenvolvidos;
  • Sensibilizar todos os países para a importância da ajuda nacional e internacional na luta contra a fome, subnutrição e pobreza;
  • Estimular a participação da população rural, em especial as mulheres e as camadas sociais mais desfavorecidas, nas decisões e atividades que influenciam as suas condições de vida.
                 "Que o teu alimento seja o teu remédio e o teu remédio o teu alimento"
                                                                                                               Hipócrates

 Boa Semana com Boas Leituras

outubro 17, 2011

EXPOSIÇÃO - O CONCELHO EM MAPAS

Decorre até ao próximo dia 31 deste mês, no átrio de entrada da Biblioteca Municipal, uma exposição  intitulada "O Concelho em Mapas - O contributo do SIG para o Município".
A exposição, da responsabilidade da Divisão de Ordenamento, Planeamento e Projectos - Área de Informação Geográfica, visa apresentar o Sistema de Informação Geográfico (SIG) Municipal à população.

A mostra reúne um conjunto de informações geográficas sistematizadas no SIG, tais como:
  • equipamentos de âmbito escolar, desportivo, cultural e social;
  • dados relativos ao ordenamento do território, como o Plano Director Municipal (PDM), regiões hidrográficas, Reseva Agrícola Nacional (RAN), Reserva Ecológica Nacional (REN), levantamento de imóveis degradados;
  • rede viária;
  • transportes urbanos.
O SIG tem por principal objetivo dar suporte às atividades de gestão e ordenamento de território municipal, bem como a outras tarefas que envolvam a utilização de informação geográfica, facilitando a interação com as diversas entidades existentes no concelho.



Inserida na mesma temática da exposição, a Câmara Municipal promove amanhã, dia 18 de outubro, pelas 21h00, no Auditório da Biblioteca Municipal, uma conferência para toda a população, intitulada "O Concelho em Mapas - O Contributo do SIG para o Município". A conferência estará a cargo dos técnicos da Área de Informação Geográfica da Divisão de Ordenamento, Planeamento e Projetos da autarquia e tem entrada livre. 


PASSE POR CÁ! PASSE A CONHECER!
AMANHÃ PELAS 21H00.

outubro 14, 2011

LEITURA DE FIM DE SEMANA

Na sequência das notícias tenebrosas de ontem à noite e de acordo com o nosso estado de espírito, a nossa sugestão de leitura de fim de semana vai para o romance "As fogueiras da inquisição" da escritora Ana Cristina Silva. Mais do que um romance histórico, este livro constitui um impressionante testemunho das perseguições aos judeus pela inquisição. 

Esta história desenrola-se ao longo do século XVI, numa época em que o medo e a denúncia são constantes, em que as perseguições e os massacres se sucedem e a inquisição é imposta em Portugal. Sara Leão, protagonista e neta de uma família judaica portuguesa, é presa num calabouço em  Évora, acusada de práticas judaicas. 
"(...) A liberdade, Sara, está na forma como sabemos dar uso àquilo que os outros pensam ver em nós, pois muitas vezes, antes mesmo de olhar, as pessoas já decidiram o que hão-de observar".  Pág 19

"(...) Não era preciso renunciar ao que se era, desde que se tivesse a astúcia de tornar as aparências mais verosímeis do que a própria realidade. Assim, o seu repertório  de mentiras era inesgotável quando se tratava de convidar gente à sexta-feira para celebrar o Shabbat." Pág 34


É uma obra envolvente, através da qual ficamos a conhecer esta extraordinária saga familiar, as suas vicissitudes, a coragem e a solidariedade, que várias gerações revelaram face ao terror que as ameaçava.

Ana Cristina Silva nasceu em 1964 em Vila Franca de Xira.
É docente universitária lecionando as cadeiras de psicologia da linguagem e seminário de estágio no Instituto Superior de Psicologia Aplicada. Doutorada em Psicologia da Educação, especializou-se na área de aprendizagem da leitura e da escrita, desenvolvendo investigação neste domínio com obra científica publicada em Portugal e no estrangeiro.
Da sua experiência consta também trabalho de campo, como psicóloga, integrada no PIPSE - Programa Interministerial de Promoção do Sucesso Escolar.
Nos seus romances, Ana Cristina Silva procura quase sempre mostrar-nos o mundo através de uma visão feminina, partindo de alguém que participa diretamente nos factos narrados.


BOM FIM DE SEMANA COM BOAS LEITURAS

outubro 13, 2011

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

O novo acordo ortográfico entrou em vigor em maio de 2009. No ano letivo de 2011/2012 será adotado em todo o sistema de ensino e, a partir de 1 de janeiro de 2012, nos organismos oficiais.
Dos 260 milhões de pessoas, que no mundo falam português, 74% são brasileiros e 3,8% são portugueses.
O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, publicado em dezembro de 2009 pela Academia Brasileira de Letras, contém 390 mil vocábulos;
O Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora, publicado em outubro de 2009, não vai além de 180 mil.
Para os defensores do novo acordo ortográfico, todos os países lusófonos poderão utilizar os mesmos livros e outros materiais nas ações educativas e de formação profissional. E, dada a simplificação da ortografia determinada pelo Acordo será mais fácil o ensino e a aprendizagem da escrita e da leitura.


Hoje vamos falar do uso das palavras minúsculas e das maiúsculas

Escrevem-se com minúscula inicial:
  • os nomes das estações do ano: primavera, verão, outono, inverno
  • os nomes dos dias e dos meses: segunda-feira, domingo, janeiro, maio
  • os nomes dos pontos cardeais: norte, sul, nordeste, sueste
  • MAS: mantém-se a maiúscula inicial nas abreviaturas e nos casos em que designem regiões: N, E, Vive e trabalha no Sul, Vou de férias ao Norte
  • As designações usadas para mencionar alguém cujo nome se desconhece: fulano, beltrano
  • As formas de tratamento, mesmo as que exprimem cortesia: senhor professor, doutor
  • Nos nomes dos santos: santo António, são João
  • Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas: matemática, língua e cultura portuguesa
  • Nas designações dos logradouros públicos, monumentos e edifícios: avenida da liberdade, torre dos clérigos, palácio de Belém
  • Nos títulos de livros ou obras equiparadas, salvo no primeiro elemento e nomes próprios: Guerra e paz, A ilustre casa de Ramires, As regras de Moscovo

Consulte AQUI a bibliografia sobre o novo acordo ortográfico
 que a Biblioteca dispõe para empréstimo domiciliário

BOAS LEITURAS



outubro 12, 2011

PRECISAMOS TER A MÚSICA NA CABEÇA E CANTAR COM O CORPO

Luciano Pavarotti foi considerado o "maior tenor do mundo" desde o desaparecimento do "grande Caruso" em 1921. Dotado da mais execional e cara voz do mundo, o italiano soube impor-se nos palcos mais prestigiados - do Scala de Milão à Metropolitan Opera de Nova Iorque - com a sua imponente figura, a soberba barba escura e sorriso cativante.

Luciano Pavarotti, 1935-2007
Luciano Pavarotti nasceu a 12 de outubro de 1935 em Modena, Itália. Tendo decidido inicialmente pelo ensino, optou, em 1961, definitivamente pelo canto.
"A Boémia" de Puccini, a sua ópera preferida, que interpretou no palco da ópera de Reggio Emília, trouxe-lhe um êxito tal, que depressa ultrapassou as fronteiras de Itália e da Europa. "A Filha do Regimento" de Donizetti, "A Sonâmbula" de Bellini, "Guilherme Tell" de Rossini, "Rigoletto" de Verdi estão presentes em mais de 30 anos de digressões mundiais. Tendo limitado os seus concertos a cem por ano, as maiores divas - Montserrat Caballé, Kiri T Kanawa, Joan Sutherland - acompanham-no nas suas atuações.


Em julho de 1998, durante um mega concerto em Paris a partir da Torre Eiffel, José CarrerasPlácido Domingo formam com Pavarotti um trio de tenores. Acompanhou igualmente estrelas da Pop como Bono Vox, Queen, Elton John, entre outros. Apresentou-se em Hyde Park em Londres e em Central Park em Nova Iorque onde foi ouvido por mais de 500.000 pessoas. Pavarotti tem duas entradas no Livro de Recordes: o maior número de chamadas ao palco (165) e o álbum de música clássica mais vendido - "In Concert" de Os três tenores.

Pavarotti produzia anualmente na sua cidade natal, Modena, concertos de beneficência, "Pavarotti and Friends", cantando ao lado de grandes músicos tais como Sting, Bon Jovi, Tracy Chapman, Mariah Carey, para arrecadar fundos para as causas da ONU, nomeadamente para as crianças vítimas da guerra da Bósnia, Kosovo, Iraque, Guatemala.
A sua última tournée foi em 2004, aos 69 anos.
A 10 de fevereiro de 2006 cantou "Nessun Dorma" na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Turim. Nesse mesmo ano, em julho, descobriu um tumor no pâncraes.
Faleceu aos 71 anos, a 6 de setembro de 2007.


Luciano Pavarotti atuou duas vezes em Portugal. A primeira a 13 de janeiro de 1991 no Coliseu dos Recreios de Lisboa, num concerto denominado "Uma noite com Luciano Pavarotti". A segunda vez ocorreu em Faro, no Estádio São Luís a 21 de junho de 2000.



"A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende"
                                                                                                                       Schopenhauer


Veja AQUI os cd's de Luciano Pavarotti,
 que pode ouvir na sala de audio/vídeo da sua Biblioteca

Boa Semana com Boa Música

outubro 11, 2011

EXPOSIÇÃO

"...cada livro é uma busca da minha identificação com o País e comigo próprio"
                                                                                                            José Cardoso Pires


Está patente ao público, no átrio de entrada da Biblioteca Municipal e até ao próximo dia 15 de outubro,  uma mostra bibliográfica acompanhada de cartazes, sobre a vida e obra de José Cardoso Pires, unanimemente considerado um dos maiores escritores portugueses do século XX.





Sobre o autor, Urbano Tavares Rodrigues referiu ao jornal Público, a 28 de outubro de 1998, "José Cardoso Pires foi sem dúvida uma figura cimeira entre os melhores escritores portugueses do seu tempo. A sua linguagem é muito depurada, de um grande rigor, por vezes com conotações bem pessoais e intensamente sugestivas".



José Cardoso Pires nasceu a 2 de outubro de 1925, no concelho de Vila de Rei, Castelo Branco. Ainda criança foi viver para Lisboa, cidade que abraçou e que amou.
Em 1949, publica o seu primeiro livro, "Os caminheiros e outros contos", retirado de circulação pela censura. No início dos anos 50, foi detido pela PIDE depois da apreensão do seu livro de contos "Histórias de Amor". Nos anos 60 foi membro da Sociedade Portuguesa de Escritores. Em 1963 publica "Hóspede de Job", dedicado ao seu irmão, que lhe valeu o Prémio Castelo Branco em 1964. O romance "O Delfim", publicado em 1968, foi imediatamente considerado um romance determinante na literatura portuguesa do século XX.


Nos inícios dos anos 70, foi professor de Literatura Portuguesa e Brasileira em Inglaterra, no King's College da Universidade de Londres. Dois anos depois, já em Portugal, publica "Dinossauro Excelentíssimo". Nos anos 80 publica o romance "A Balada da Praia dos Cães", que lhe valeu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores e que foi alvo da realização de um filme com o mesmo nome, de José Fonseca e Costa, em 1987.
Em 1995 sofreu um acidente vascular cerebral que o levou a ficar algum tempo em estado de coma. Recuperado, publica em 1997 a obra "De Profundis, Valsa Lenta", pela qual recebeu dois prémios: Prémio D. Dinis e Prémio da Crítica, atribuído pela Associação Internacional de Críticos Literários. Em 1997 recebeu o Prémio Pessoa.

O leitor pode consultar AQUI a bibliografia de José Cardoso Pires
que a Biblioteca Municipal dispõe para empréstimo domiciliário.

Boas Leituras

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