julho 25, 2019

VIAGEM INADIÁVEL DA ÁGUA - MARINHA GRANDE

"Há véus que escondem o outro lado do espelho, são o reflexo das imagens dos que ousam rasgar as sombras desocultando a luz aos caminhos vindouros. Os verdadeiros rios são os que se confundem com a inteligência, os que levam a bom porto as naus nas correntes invisíveis. Esses rios colam-se às margens, são férteis em história e abraçam as utopias, desaguam nas bibliotecas e dormem connosco. A Marinha Grande é uma paleta de encontros felizes, de Geografia e Arte, de inovação e resistência. O Rei visionário deixou a

Catedral verde e sussurrante, aonde a
luz se ameiga e se esconde
e aonde ecoando a cantar
se alonga e se prolonga a longa voz do mar (...)
                                                                                Afonso Lopes Vieira

Um Rei poeta e visionário, um poeta que eleva ao gótico o Pinhal do Rei.
As juras de amor acontecem onde a natureza inspira os impulsos da paixão, onde a poesia encontra os aromas e a paisagem é a casa dos prodígios. São Pedro de Moel fica onde as arribas escarpadas enfrentam o "gemido das ondas" e Dom Miguel e Dona Juliana se confessaram às flores rosas e perfumadas. O sol que abria os olhos rente ao mar, curvado ao horizonte, escrevia o destino das viúvas. Escreveu-o quando a justiça implacável do rei D. João IV condenou o Duque à morte. A jovem Duquesa regressou a São Pedro de Moel para reencontrar os lugares onde foi feliz, as flores rosas e perfumadas, cúmplices de longos passeios junto ao mar e chamar-lhes: Saudades.

Com o mar ao fundo, o poeta Afonso Lopes Vieira (1878-1946), comprometido com a Renascença Portuguesa, encontrou, em São Pedro de Moel, na "Casa Nau", a varanda criadora.
Casa Nau - São Pedro de Moel

Um espaço privilegiado onde recebeu Vitorino Nemésio, Viana da Mota ou Aquilino Ribeiro. O poeta solidário deixou a "Casa Nau" aos filhos dos operários vidreiros, para que se transformasse numa colónia de férias, para que as crianças respirassem a tranquilidade inspiradora e descobrissem na casa do poeta as palavras soltas com que teceu sonâmbulos passeios. O mar podia ser um brinquedo gigante onde se modelava a areia, como os sonhos "entre as mãos das crianças". Guilherme Stephens misturou o sonho e a areia e fez a indústria vidreira: fundou a Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande, no século XVIII. A capital do vidro foi também a capital do movimento operário, da consciência ideológica sob o arco da liberdade desenhando flores contra a II República. Quando os jardins ainda não tinham a terra e os lagos eram poças de chuva, o sopro de esperança era anarquista e a bolha de vidro um pulmão de gente."
In, Viagem Inadiável da Água
de António Vilhena e José Vieira
Edição Águas do Centro Litoral, S. A.



"Este não é um livro de viagens, mas permite-nos viajar; não é um atlas de lugares, mas dá-nos a possibilidade de reencontrarmos nomes e paisagens do imaginário coletivo; não é um livro de História, mas é impossível ignorá-la. Viagem Inadiável da Água é o encontro de todos os deslumbramentos possíveis, das pequenas coisas que convivem com pessoas e recantos que o narrador captou. Pode dizer-se que é uma tentativa de olhar o belo que o passado deixou visível.(...)"
António Vilhena (autor)








julho 10, 2019

OS DADOS DO 1.º SEMESTRE

Terminado o primeiro semestre de 2019, apresentamos alguns dados que refletem parte da atividade da Biblioteca Municipal e dos serviços por ela prestados.
Através do gráfico a seguir, podemos ver o número de livros emprestados para leitura domiciliária e a comparação com os meses análogos do ano anterior.



Comparativamente a 2018, verificamos que houve um muito ligeiro aumento na quantidade de livros emprestados. De 4.499 livros emprestados no 1.º semestre de 2018, passámos para 4.531 em 2019, significando um aumento de apenas 32 livros requisitados. Se analisarmos mês a mês, verificamos que só nos meses de março e abril houve aumento na quantidade de livros requisitados face a 2018, ficando os restantes meses aquém do verificado no ano anterior.

Estes resultados demonstram que o trabalho feito na divulgação e na promoção da leitura, que tem vindo a ser desenvolvido pela Biblioteca Municipal ao longo dos anos, especialmente junto da comunidade educativa, deve continuar e reforçar-se. 
O investimento na renovação e atualização dos fundos documentais e a articulação existente com as bibliotecas escolares dos vários Agrupamentos de Escolas do concelho assumem especial importância no desenvolvimento de hábitos continuados de leitura.


Da totalidade de livros requisitados, cerca de 75% foram por leitores numa faixa etária acima dos 18 anos, 5% na faixa situada entre os 13 e os 17 anos e 20% dos livros emprestados pela Biblioteca Municipal destinaram-se a leitores na faixa etária até aos 12 anos.




Ao longo do 1º semestre de 2019 verificamos que os leitores que mais livros requisitam são do género feminino, representando 69% do universo de leitores ativos, estando o género oposto representado apenas por 31%.

Ao longo do 1º semestre registámos novas adesões, com a inscrição de 120 novos leitores, distribuídos da seguinte forma: 71 inscrições de novos leitores com idade acima dos 18 anos, 9 com idade compreendida entre os 13 e os 17 anos e as restantes 40 inscrições pertencem a crianças até aos 12 anos.


ao longo do 1º semestre





Infanto-juvenil













julho 05, 2019

FÉRIAS TAMBÉM É SINÓNIMO DE LEITURA

Dia de praia em família, mas com muita leitura.




Tarde de chuva na praia?
Não faz mal...
Temos livros para todos,  
para todos os gostos e idades.



Sem nada para fazer ... a não ser LER





Vá de Férias, mas antes passe por cá
e requisite livros para toda a família.
Veja as nossas Sugestões de Leitura
e Boas Férias.







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