janeiro 29, 2020

DIA DA ESCRITA À MÃO

No passado dia 23 de janeiro, 5.ª-feira, realizou-se na Biblioteca Municipal da Marinha Grande uma atividade de celebração da escrita à mão, a propósito do Dia da Escrita à Mão, comemorado nesse dia. Os utilizadores da Biblioteca foram convidados a deixar as suas mensagens, sobre as mais variadas temáticas, desde que estivessem manuscritas. O resultado foi este que podemos ver na foto. Foram dezenas as mensagens recebidas e que poderão ser lidas num dos painéis expositivos existentes da sala de periódicos da Biblioteca Municipal. 




Texto evocativo da comemoração:
"O Dia da Escrita à Mão observa-se a 23 de janeiro.
O dia teve origem nos Estados Unidos da América e celebra uma invenção com 3500 anos: a escrita à mão. Com a massificação das novas tecnologias a escrita à mão tornou-se obsoleta, querendo o Dia da Escrita à Mão reavivar uma arte que durante muitas gerações foi utilizada para passar ideias revolucionárias, escrever obras imortais, assinar acordos internacionais, declarar amores intensos e fazer ameaças, entre muitos outros.
Como cada pessoa tem a sua escrita única, gémeos inclusive, ela permite identificar a autenticidade de documentos, assim como criar ligações emocionais mais fortes entre as pessoas. Como a escrita à mão de cada pessoa é estável, ela permite também verificar a existência de certas doenças.
Neste dia as pessoas são encorajadas a deixar teclados de lado e a escrever à mão, em papel, e, se necessário, a fazer a digitalização e o upload do documento escrito à mão. Escrever uma carta, um poema ou entrar num curso de caligrafia, são algumas sugestões para comemorar este dia."





Passe por cá, leia e deixe a sua mensagem.





janeiro 27, 2020

SEGURA O BRAÇO E FICA A OLHAR O NÚMERO 32407


Há 75 anos, a 27 de janeiro de 1945, os portões de Auschwitz abriram-se e 7.500 prisioneiros agradeceram a chegada do Exército Vermelho.
Hoje, o campo de concentração é um museu e um memorial, que honram a memória de um milhão de pessoas que ali morreram. É visitado anualmente por cerca de 2 milhões de pessoas.
O livro, que hoje divulgamos, é a história de um dos episódios mais extraordinários e inesquecíveis do Holocausto. Faz parte dos livros recomendados pelo PNL 2027.




Em 1942, Lale Sokolov chega a Aushwitz-Birkenau. Ali é incumbido da tarefa de tatuar os prisioneiros marcados para sobreviver gravando, com tinta indelével, uma sequência de números no braço de outras vítimas como ele próprio, criando assim aquilo que se veio a tornar um dos símbolos mais poderosos do Holocausto.

Ludwin (Lale) Sokolov e Gita Fuhrmannova
À espera na fila pela sua vez de ser tatuada, aterrorizada e a tremer, encontra-se Gita. Para Lale, um sedutor, foi amor à primeira vista. Ele está determinado não só a lutar pela sua própria sobrevivência, mas também pela desta jovem.
Uma história de amor e sobrevivência no meio dos horrores de um campo de concentração e que nos mostra, de uma forma comovente e emocionante, como o melhor da natureza humana se revela nas mais terríveis circunstâncias.





"Incrédulo, Lale vê o número 32407 ser-lhe gravado na pele, dígito a dígito, pelo prisioneiro. O pedaço de madeira com uma agulha enfiada é manejado com rapidez e magoa-o. No fim, o homem agarra num trapo embebido em tinta verde e esfrega-o na ferida sem grande cuidado.
A tatuagem foi-lhe feita em segundos, mas, para Lale, o choque é tal que o tempo parece ter parado. Segura o braço e fica a olhar o número. Como pode alguém fazer isto a outro ser humano?"

"É uma história de esperança e perseverança, 
de uma beleza que emerge quando tudo à volta 
parece estar pintado de preto."
                                                   Library Thing

Lale Sokolov e Heather Morris 

Heather Morris nasceu na Nova Zelândia, mas trabalha e vive em Melbourne, na Austrália.
Durante vários anos, enquanto trabalhava num hospital público em Melbourne, estudou e escreveu argumentos para cinema.
Em 2003, conheceu Lale Sokolov e a vida de ambos mudou. À medida que a amizade entre eles crescia, Lale embarcou numa viagem ao seu passado, confiando a Heather os detalhes mais íntimos da sua vida durante o Holocausto.
" Esta é uma obra de ficção, baseada no testemunho direto de um sobrevivente de Auschwitz. (...)
Os horrores de sobreviver quase três anos em Auschwitz fizeram com que ele vivesse o resto da vida com medo e paranóia. Demorei três anos para desvendar esta história. ",  refere Heather Morris numa entrevista à BBC.
O Tatuador de Auschwitz é o seu romance de estreia.








janeiro 15, 2020

ALGUÉM ROUBARA A ÚLTIMA CEIA


"De braços abertos, pintado a óleo sobre tela, a ocupar uma parede inteira, Jesus estendia os braços para si, graciosamente iluminado, rodeado pelos apóstolos, que reagiam ao anúncio da traição. A Última Ceia."

Fotografia de Anna McCarthy

"Delimitado por uma moldura cor de vinho, ali estava o Giampietrino, três metros e dois centímetros de altura por sete metros e oitenta e cinco centímetros de comprimento, a cópia a óleo sobre tela de A Última Ceia.
Estaquei no meio da sala, indiferente aos outros visitantes. Não estava maravilhado pela importância e singularidade do quadro. Era belo, sem dúvida, com uma expressividade desarmante. Todavia, havia algo mais ali dentro que me fez parar. Lá estavam eles, o mesmo homem e a mesma mulher de há duas horas. Sentados nos bancos de pele, de frente para a tela, contemplavam-na.
Só eu os via. Eram os meus protagonistas. De repente todo o meu esboço ganhou cor e o livro pintou-se defronte dos meus olhos.
Eu ia roubar um quadro."



De visita à igreja de Santa Maria delle Grazie em Milão, uma jovem mulher apaixona-se por um carismático milionário. Mas, quando alguns meses depois, é abordada por um antigo professor, Sofia é colocada inesperadamente perante um dilema. Deverá denunciar o homem com quem vai casar-se, ou permitir tornar-se cúmplice deste ladrão de arte irresistível?
Enquanto a intimidade entre o casal aumenta, um jogo de morte, do gato e do rato, começa. E aquilo que ao início aparentava ser um conto de fadas transforma-se rapidamente num pesadelo, ao mesmo tempo que um plano ousado e meticuloso é urdido para roubar a obra-prima de Leonardo da Vinci.



Requintado, intimista, inspirado em acontecimentos verídicos, 
A Última Ceia 
transporta-nos até ao enigmático mundo da arte. 
Passado entre Londres e Milão, habitado por uma coleção
 extraordinária de personagens, para as quais a ambição e fama 
se sobrepõem a qualquer outro valor, 
este é um thriller sofisticado de leitura compulsiva.


Fotografia de Anna McCarthy

Nuno Nepomuceno nasceu em 1978, nas Caldas da Rainha. É licenciado em matemática pela Universidade do Algarve.
Em 2012, venceu o Prémio Literário Note!, com o seu primeiro romance, O Espião Português.
Em 2016, A Célula Adormecida, o seu primeiro thriller psicológico, atingiu o nº 1 do top de vendas de livros policiais na Fnac, Bertrand, Wook e Amazon.
O romance que hoje divulgamos, A Última Ceia, assinala o seu regresso ao thriller psicológico.

"A Última Ceia é o meu livro preferido. Não tem tanto a ver com o enredo, mas sim com o facto de considerar que é aqui onde demonstro toda a minha maturidade narrativa e versatilidade enquanto escritor. Mais do que um thriller, a Última Ceia é uma história de amor, um "conto" sobre a relação entre um homem e uma mulher."
Nuno Nepomuceno











janeiro 10, 2020

NÃO SEI O QUE SERIA SE NÃO FOSSE JORNALISTA



"Em mais de 230 cidades de 50 países, experimentei aventuras que davam para sete vidas: Fugi de bombas e tiroteios, voei através de um furacão, vi cidades e vidas destroçadas por terramotos, sofri com vítimas de cheias e temporais, atravessei o deserto do Sinai, tomei o pequeno-almoço com um Nobel da Paz, falei com Salman Rushdie e Sylvester Stallone, com Plácido Domingo e Whitney Houston, com Bill Clinton e Boutros-Ghali, com Jonas Savimbi e José Ramos-Horta. Testemunhei grandezas de alma e baixezas humanas.
Não sei o que seria se não fosse jornalista. O jornalismo permitiu-me ser um aventureiro disfarçado de repórter, vivendo o que vivi, primeiro, pelo prazer de escrever e contar histórias, depois, pela aventura e, a seguir, pela urgência de chegar à essência da vida"




"Mas Washington não tem nada de pacata: o seu interior ferve com intriga política e jogos de poder ao mais alto nível, seja nos gabinetes da Casa Branca e do Conselho de Segurança Nacional, de onde havia de trazer boas cachas e alguns segredos, ou nas salas brancas e despojadas da sede da CIA, onde, à minha chegada, estava longe de imaginar que passaria horas em conversas fascinantes. 
Quando cheguei à capital americana, em 1984, o país estava longe da catástrofe política que se abateu sobre ele 16 anos mais tarde, com a eleição de George W. Bush para a Presidência dos Estados Unidos, ou, volvidos outros 16 anos, a trágica e sísmica eleição de Donald Trump, colocando na Casa Branca um labrego que, ao invés de dignidade, dá à presidência americana um ar pestilento".

"(...) Procurei também documentos referentes a Portugal nos arquivos americanos e encontrei centenas, nomeadamente um relatório da CIA, datado de 1964, a prever o 25 de Abril. (...)



Este fantástico livro, com 38 anos de aventuras do jornalista 
Luís Costa Ribas,
 é a nossa proposta de Leitura para o seu fim de semana.


"Este é um livro tão importante para se compreender o tempo convulso em que vivemos, e que se lê como um excelente romance, com personagens tão extraordinários que só podiam ter sido inventados pela própria vida."
José Eduardo Agualusa




Bom Fim de Semana e Boa Leitura




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