abril 30, 2021

LENTAMENTE, FUI GANHANDO TEMPO

 Ser-se sustentável não corresponde a uma vida de sacrifício.


Precisamos de perceber o que faz sentido nas nossas vidas. Não apenas enquanto seres individuais, mas sobretudo enquanto seres do planeta Terra. Afinal, cada ação conta. (...)
Percebi que a tralha que tinha acumulado ao longo dos últimos anos era impressionante. Comecei pela roupa e pelos sapatos escondidos há vários anos no cimo dos armários. Aos poucos fui percebendo o poder do desapego e rapidamente senti necessidade de me libertar de muito mais. Percorri cada divisão da casa e guardei apenas aquilo que efetivamente usava ou de que gostava. Lentamente, fui ganhando tempo. Já não precisava de passar tantas horas a limpar e a arrumar. Comecei a aproveitar esse tempo livre para ler, passear, fazer exercício físico e escrever.



Ter menos facilita a nossa vida, tira-nos preocupações e dá-nos mais tempo e, por estas razões, concede-nos mais qualidade de vida. (...)
Quando precisar de adquirir mais peças, compre em segunda mão em lojas vintage, lojas especializadas ou online. Para além de encontrar modelos originais, está a ter uma atitude mais sustentável. Ao adquirir uma peça que já existe, não foram necessários novos recursos para uma igual ser produzida.

Neste livro o leitor vai poder aprender 
a viver de forma mais simples, sustentável e feliz. 




Neste livro inspirador, e partindo do seu próprio exemplo, Ana Milhazes mostra-nos como podemos ser mais felizes com menos e dá-nos dicas para facilitar e transformar a nossa vida: do consumo sustentável à tecnologia, passando pelos meios de transporte, pela organização e limpeza da casa, pela higiene, o desperdício zero na cozinha e a economia de partilha.
São ainda abordados os desafios sociais, os mitos em torno da sustentabilidade e partilha algumas ideias para o futuro.


Ana Milhazes é socióloga, formadora, ativista ambiental, instrutora de Yoga, autora do blogue "Ana, Go Slowly" e fundadora do movimento Lixo Zero Portugal.
Despediu-se, em 2017, depois de vários anos a trabalhar na área das tecnologias de informação, após lhe ter sido diagnosticado burnout e depressão.
Vive com a missão diária de viver mais devagar e fazer o mínimo de lixo possível, de partilhar os desafios que enfrenta e de inspirar a mudança.
Já realizou mais de 150 palestras e workshops.

"Desejo que as mudanças em direção a um estilo de vida mais simples e sustentável possam fazer parte da vida de todos, mas que isso não seja desculpa para consumirmos ainda mais. (...) Precisamos de abrandar, de criar espaço e tempo, e não de substituir simplesmente o que já temos por alternativas que nos continuem a obrigar a consumir em excesso e a ter vidas demasiado preenchidas".





Mudar e fazer diferente está nas nossas mãos.
E a mudança começa agora.






abril 28, 2021

ÀS VEZES, TENHO INVEJA DOS LIVROS

 


Valter Hugo Mãe é um escritor português nascido a 25 de setembro de 1971, em Angola, numa cidade chamada Henrique Carvalho e que, atualmente, se chama Saurimo.
Passou a infância em Paços de Ferreira e em 1980 mudou-se para Vila do Conde. 
Licenciou-se em Direito e fez uma pós-graduação em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Em 1999 foi co-fundador da editora Quasi, que publicou, entre outros, obras de Mário Soares, Caetano Veloso, Cruzeiro Seixas, Ferreira Gullar, António Ramos Rosa, entre muitos outros.
Entre 2001 e 2004, co-dirigiu a revista Apeadeiro e, em 2006, fundou a editora Objecto Cardíaco.
Em 2007, o seu romance O Remorso de Baltasar Serapião venceu o Prémio Literário José Saramago.


"Por vezes, tive a sensação de assistir a um novo 
parto da língua portuguesa."
                                                                                                           José Saramago


Em 2012, com o seu romance A Máquina de Fazer Espanhóis, disponível na Biblioteca Municipal, foi o vencedor do Prémio Portugal Telecom de Literatura, atual Prémio Oceanos.

Para além da escrita, dedica-se, também, ao desenho e, em maio de 2007, teve uma exposição individual na Galeria Símbolo, no Porto. A música é outra das suas paixões e, em 2008, estreou-se como vocalista do grupo Governo, no Teatro do Campo Alegre, no Porto.


O seu mais recente livro, Contra Mim publicado em outubro de 2020, resultado de um isolamento forçado, que o levou a uma introspeção, é formado por breves relatos, que contam, como num romance, a vida do autor, mais concretamente a sua juventude.
A escrita é cativante e prende o leitor pela forma comum, mas incomparável, como as narrativas são contadas. Contra Mim é o seu livro mais pessoal e intimista.

"Era na loja do senhor Martins que via as revistas. Comprava quase nada, imaginava apenas como seria comprar. Gostava das capas, das cores, e as pessoas das revistas pareciam guloseimas de tão coloridas e sorridentes. (...)
E eu ia embora convencido de que as solteiras dos folhetins eram iguais à Elizabeth Savalla ou à Sónia Braga. Os solteiros eram todos como o Tony Ramos ou o Reginaldo Faria. Falavam pausadamente e tinham sempre um sorriso malandro, um sorriso do qual desconfiávamos".


A sua obra está traduzida em inúmeras línguas e editada em países como o Brasil, Alemanha, Espanha, França e Croácia.

Se ainda não conhece, 
passe por cá e fique a conhecer.



abril 23, 2021

23 DE ABRIL - DIA MUNDIAL DO LIVRO


O Livro é um importante meio de transmissão da cultura e da informação.
O Livro é essencial para o desenvolvimento da literacia e para o desenvolvimento económico. 
A Leitura desenvolve a nossa imaginação, a nossa criatividade e o nosso raciocínio.

Conhecimento é Liberdade


E por falar em Liberdade, não podemos deixar de recordar que, no próximo domingo, se comemora uma das datas mais importantes da nossa História, o 25 de Abril.

Fotografia de Eduardo Gageiro

"É frequente os militares serem essenciais às revoluções, pois estas costumam acarretar violência e, não raro, banhos de sangue e tiranias, triste axioma confirmado em 1789 (França), em 1911 (China e México) e no mundo comunista. Até meros rufiões como Idi Amim se proclamavam revolucionários. Se a Revolução dos Cravos foi uma exceção à regra, isso deveu-se a figuras como Salgueiro Maia, cuja garantia sobre não estar interessado no poder seria banal, não fosse o facto de ter sido sincera. Acabou por receber o beijo de Judas das elites, embora isso fosse preferível aos massacres de incontáveis revolucionários pelos próprios camaradas, noutros países (a revolução é a mãe que devora os filhos, diz o ditado). (...)
Salgueiro Maia não era um dos conjurados mais relevantes, parecendo preferir a execução à planificação. Talvez isso tenha sido útil, pois a PIDE suspeitava dele, a julgar pelo Toyota Corolla que o seguia. Contudo, desempenhou um papel essencial na ação. O golpe teve início na manhã de 25 de abril de 1974, antes do nascer do Sol, sendo as senhas as músicas Depois do Adeus e Grândola Vila Morena. Como em todo o Coup d'État clássico, os insurgentes ocuparam o aeroporto e as principais estações de rádio e de televisão (então limitada à RTP). Quando o seu motorista parou perante um semáforo vermelho, ordenou-lhe: "Arranca, uma revolução não para num sinal vermelho!" (...)


Este é um excerto do texto intitulado 
Salgueiro Maia: convicção na Revolução de Abril, 
contido no livro
100 HERÓIS E VILÕES QUE FIZERAM A HISTÓRIA DE PORTUGAL
de Pedro Rabaçal


Requisite o livro na Biblioteca Municipal e 
fique a conhecer melhor a História de Portugal

"Diz-se que a História é feita pelo vencedores; diz-se também que o que hoje é verdade amanhã poderá ser mentira. Não será tanto assim, tal como o mundo nunca esteve dividido entre anjos e demónios.
Terá havido personalidades mais angelicais que outras, é certo, e isso constata-se pelo conhecimento dos factos, pela interpretação das ações perpetradas, pelo contexto e no confronto com a nossa moral."

"Não vão trabalhar hoje, nem nos dias 25 de Abril que vierem, 
porque esta data passará a ser feriado!"
                                                                                            Salgueiro Maia





abril 22, 2021

FASE INTERMUNICIPAL DO CONCURSO NACIONAL DE LEITURA - VENCEDORES

Realizou-se ontem, dia 21 de abril, no Teatro Miguel Franco, em Leiria, a segunda etapa da Fase Intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura 2021. Esta etapa foi constituída por uma prova de leitura expressiva, uma prova de conhecimentos (1.º e 2.º ciclos) e outra de argumentação (3.º ciclo e secundário). O nosso Município fez-se representar por 5 alunos, apurados na primeira etapa de seleção (provas escritas), e que ontem participaram ao lado de outros jovens, vindos de outros Municípios da CIMRL.

1.º CEB
Diogo Domingues Ferreira – Pombal
Leandro Capela dos Santos – Pombal
Lorenzo Reis – Porto de Mós
Pedro Miguel Lisboa Ascenso – Leiria
Rita Batista Pereira – Porto de Mós
2.º CEB
Letícia Rodrigues Ferreira – Porto de Mós
Mafalda Caetano Valente – Porto de Mós
Maria Batista Gameiro – Marinha Grande
Pedro Fonseca Oliveira – Marinha Grande
Mariana Sofia Rocha de Sousa Costa – Leiria
3.º CEB
Ana Luísa Fonseca – Leiria
Izabela Fialho Cândido – Marinha Grande
Manuel Bispo – Porto de Mós
Margarida Colaço Machado – Leiria
Marta Ferreira – Porto de Mós
SECUNDÁRIO
Ariana Galo Roque – Marinha Grande
Janna Vegan – Marinha Grande
Constança Oliveira Marques – Porto de Mós
Laura Afonso Guerreiro – Alvaiázere
Sónia Sousa Paulo – Porto de Mós

A sessão de ontem tinha por objetivo apurar dois alunos por nível de escolaridade, que representarão a CIMRL na Fase Final Nacional do Concurso. E mais uma vez, os nossos alunos estão de parabéns, dado que os dois alunos vencedores do 2.º CEB são do nosso concelho. São eles Maria Batista Gameiro – 5.º ano, Escola EB2/3 Guilherme Stephens (Agr. MG Poente) e Pedro Fonseca Oliveira – 6.º ano, Escola EB2 Padre Franklim (Agr. Vieira de Leiria).

A Fase Final Nacional do Concurso, irá realizar-se nos próximos dias 19 de maio e 5 de junho de 2021 e compreenderá, respetivamente, uma prova escrita online de pré-seleção e um questionário online- Quiz “Leitura e Cultura”, conjuntamente com uma prova pública de palco. 
Ver Regulamento AQUI







A TODOS OS PARTICIPANTES

OS NOSSOS AGRADECIMENTOS E PARABÉNS,

PORQUE TODOS FIZERAM DA LEITURA UMA FESTA








abril 21, 2021

OUTRORA É UM LUGAR SITUADO NO CENTRO DO UNIVERSO

 "Gostaria de acreditar que a literatura
é um processo que recria o mundo."


Outrora e Outros tempos 
É o primeiro grande sucesso de Olga Tokarczuk, vencedora do prestigiado Prémio da Fundação Koscielski. Publicado em 1992, é o mais recente título da autora a ser traduzido em português e publicado em Portugal, em 2019. É um romance histórico, filosófico, mitológico e, no dizer da crítica, "um clássico da literatura europeia contemporânea". 

"A história de um mundo que, 
como todas as coisas vivas, nasce, cresce e depois morre."

Outrora é uma aldeia polaca situada no centro do mundo e protegida por quatro arcanjos. Esta mítica aldeia, onde a relva sangra, a roupa tem memória e os animais falam por imagens, é povoada por personagens excêntricas e inesquecíveis - humanas, animais, vegetais, minerais - cujas existências obedecem aos ciclos das estações e à inexorável passagem do seu Tempo, mas também aos acontecimentos externos. Durante três gerações, este microcosmos, instável e arrebatador, assiste ao eclodir de uma Grande Guerra, à Crise, a uma nova Segunda Grande Guerra, à Ocupação Nazi, à invasão Russa e ao choque entre a modernidade e a natureza, espelhando a dramática história da Polónia durante o século XX.


Olga Tokarczuk nasceu a 29 de janeiro de 1962 em Sulechów, uma pequena cidade na Polónia. Licenciada em Psicologia, publicou o seu primeiro livro, uma coletânea de poesia, em 1989.
É autora de seis romances e de três volumes de contos.
Recebeu por duas vezes o mais importante prémio literário do seu país, o prémio Nike; em 2018, foi finalista do prémio Femina Estrangeiro e vencedora do Prémio Internacional Man Booker, com o romance Viagens, que pode requisitar na Biblioteca Municipal. Conduz o teu arado sobre os ossos dos mortos, é outro título também disponível na Biblioteca Municipal
Os seus livros estão traduzidos em mais de 30 línguas.


Em 2019, foi distinguida pela Academia Sueca com o Prémio Nobel da Literatura, pela sua "imaginação narrativa, que com uma paixão enciclopédica representa o cruzamento de fronteiras como forma de vida".
Este prémio corresponde a 2018, tendo sido somente atribuído em 2019, depois de a Academia Sueca enfrentar uma polémica envolvendo um escândalo sexual, que resultou na demissão de vários membros vitalícios.

“Soube que venci o Prémio Nobel nas circunstâncias mais estranhas – na autoestrada, algures ‘a meio’, num lugar sem nome. (...)
Acredito numa literatura capaz de unir as pessoas e mostrar o quão semelhantes somos, que nos torna conscientes do facto de estarmos ligados por fios invisíveis. Que conta a história do mundo como se este fosse um todo vivo e uno, desenvolvendo-se de forma constante à frente dos nossos olhos, e no qual nós temos um pequeno, mas poderoso papel.”









abril 16, 2021

FASE INTERMUNICIPAL DO CONCURSO NACIONAL DE LEITURA

 

Ao longo desta semana realizou-se a primeira etapa da Fase Intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura 2021, que conta com a participação dos vencedores da Fase Municipal do Concurso, apurados em cada um dos 10 Municípios, que constituem a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria - CIMRL. Esta primeira etapa consistiu na realização de provas escritas, em formato digital, com carácter eliminatório, cujo objetivo foi selecionar cinco finalistas por nível de escolaridade, que irão participar na etapa seguinte, constituída por uma prova oral presencial, a decorrer na próxima 4.ª feira, dia 21 de abril, no Teatro Miguel Franco, em Leiria.

   
O concelho da Marinha Grande fez-se representar nas provas escritas pelos 4 alunos de cada nível de escolaridade vencedores na Fase Municipal do Concurso, que se realizou no passado mês de fevereiro, tendo ficado apurados para a etapa seguinte, a prova oral, no próximo dia 21 de abril, os seguintes alunos:

2.º CEB
Maria Batista Gameiro - EB 2/3 Guilherme Stephens - 5.º ano - Agr MG Poente
Pedro Fonseca Oliveira - EB 2 Padre Franklim - 6.º ano - Agr Vieira Leiria

3.º CEB
Izabela Fialho Cândido - EB 2/3 Nery Capucho - 8.º ano - Agr MG Nascente

SECUNDÁRIO
Ariana Galo Roque - EB 3/Sec Calazans Duarte - 12.º ano - Agr MG Poente
Janna Velgan - EB 3/Sec Calazans Duarte - 12.º ano - Agr MG Poente


PARABÉNS A TODOS OS PARTICIPANTES,
 EM ESPECIAL AOS APURADOS PARA A PROVA ORAL.





abril 13, 2021

HOJE É DIA DO BEIJO

 Beijar faz bem à saúde


Beijo - (do latim basiu), substantivo masculino - 1 - ato de poisar os lábios nalguma pessoa, ser ou coisa em sinal de amor, afeição ou veneração. 2 - ósculo.
Beijoca - substantivo feminino (pop) beijo sonoro.


Audrey Hepburn e George Peppard em "Boneca de Luxo", 1961
E, sim, está o Gato encharcado entre eles


Com beijos ou com beijocas, não deixe de beijar quem mais ama. 
Durante o beijo são movimentados 29 músculos, 17 dos quais são da língua.
Os batimentos cardíacos aceleram, vão dos 60 aos 150, fazendo uma espécie de exercício ao coração. Beijar alivia o stress. Um bom BEIJO gasta em média 12 calorias.


Teu Beijo

Ontem, 
Quando de mim te despediste, 
Naquela sala do "chat",
E me mandaste um beijo,
Eu te perguntei:
- Onde?
Sem querer,
Satisfizeste o meu desejo,
Quando disseste:
- Na tua boca!
Fechei os olhos e imaginei
Tal e qual me falaste.
Bateu forte o coração.
Meu Deus, que coisa louca!
Até senti o gosto da tua boca,
Quando, na imaginação
Me beijaste...
Tua boca, eu nem sabia
Que era assim, tão macia.
E o teu beijo tão molhado,
Demorado,
Fez um estrago em mim.
Ocupou meu pensamento
E eu fiquei todo o tempo
Querendo
Outro beijo assim!
                                              C. Almeida Stella


Humphrey Bogart e Ingrid Bergman em "Casablanca", 1942






O Leitor pode requisitar na Biblioteca Municipal os livros
 que deram origem a estes beijos



Boa  Semana





abril 09, 2021

COMAM!

"- Comam! - disseram do canto da sala, e era pouco mais do que um convite e menos do que uma ordem. (...)
Para ela, naquele dia, nada de sobremesa. Mas coube-lhe os ovos e o puré de batata: os ovos eram uma das comidas favoritas do Führer, gostava deles polvilhados com cominhos: o cheiro adocicado entrava-me pelo nariz."

Margot Wöelk, 1917-2014

Margot Wöelk foi uma das 15 mulheres que provavam a comida de Hitler antes das refeições, para evitar que morresse envenenado pelos seus inimigos, e foi a única que sobreviveu. As suas colegas morreram assassinadas pelo exército soviético.
Durante décadas manteve o seu passado escondido de todos, até perto da sua morte, em 2014, só aceitando falar, em 2012, para o canal alemão RBB.




"Não comíamos carne porque Hitler era vegetariano. A comida era boa, mesmo muito boa, mas não podíamos desfrutar, pois existiam rumores de que os Aliados pretendiam envenenar o ditador. Unicamente queria contar o que aconteceu, que Hitler era um tipo asqueroso... e um porco".




Quando Rosella Postorino tomou conhecimento da história de Margot Wöelk, tentou entrar em contacto com ela, tentativa essa que se frustrou com a sua morte em 2014. 
Empenhada em contar esta história, Rosella Postorino documenta-se para escrever este livro, a nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana (possivelmente) com chuva.
"Para ser fiel ao seu contexto histórico, tive que estudar a alimentação do Führer, as receitas dos pratos que comia, cartas, entrevistas, livros, perfis psicológicos, romances com ambientes dessa época ... um estudo muito vasto, que me permitiu conhecer os detalhes, para dar credibilidade ao relato. As linhas gerais da vida de Wölk (Rosa Sauer), são reais. O resto é ficção."

Rosella Postorino a receber o Prémio Campiello

Rosella Postorino nasceu a 27 de agosto de 1978. Vive em Roma e é uma escritora e editora de sucesso, tendo traduzido alguns livros de Marguerite Duras.
Em 2004 estreou-se na ficção com um conto e em 2007 escreveu o seu primeiro romance, La stanza di sopra, finalista do Prémio Stega e vencedor dos Prémios Rapallo Primeira Obra e Città di Santa Marinella. Seguiram-se novos romances e novos prémios.
Em 2018, As Provadoras de Hitler, o seu livro de estreia em Portugal, ganhou um dos mais importantes prémios literários em Itália, o Campiello e o Prémio Jean Monnet de Literatura Europeia, entre outros.
Os direitos de tradução deste romance já foram adquiridos por cerca de trinta países, estando prevista a sua adaptação ao cinema.

"Postorino tem a capacidade de transmitir na perfeição, 
e num só gesto, sentimentos de culpa, vergonha, amor e remorso..."
                                                                    The New York Times Book Review








abril 06, 2021

 Abril chegou com uma boa notícia. 

A terceira temporada de The Handmaid's Tale já chegou
 à TV Cine Emotion todas as quintas-feiras.



O livro que inspirou a série faz parte dos livros recomendados pelo PNL2027-2020 
e pode ser requisitado na Biblioteca Municipal, 
todos os dias úteis das 10h30 às 16h30.


"Alguns livros assombram o leitor. 
Outros assombram o autor. 
História de Uma Serva assombra os dois."


Extremistas religiosos de direita derrubam o governo norte-americano e queimaram a Constituição. A América é agora Gileade, um estado policial e fundamentalista onde as mulheres férteis, conhecidas como Servas, são obrigadas a conceber filhos para a elite estéril.
Defred é uma Serva na República de Gileade e acaba de ser transferida para uma casa do enigmático Comandante e da sua ciumenta mulher. Pode ir uma vez por dia aos mercados, cujas tabuletas agora são imagens, porque as mulheres estão proibidas de ler. Tem de rezar para que o Comandante a engravide, já que, numa época de grande decréscimo do número de nascimentos, o valor de Defred reside na sua fertilidade e o fracasso significa o exílio nas Colónias, perigosamente poluídas. Defred lembra-se de um tempo em que vivia com o marido e a filha e tinha um emprego, antes de perder tudo, incluindo o nome. Essas memórias misturam-se agora com ideias perigosas de rebelião e amor.



Margaret Atwood  escreveu este livro em 1985. Em 1990 teve uma adaptação cinematográfica e em 2017 a uma série de televisão no canal TV Cine Emotion e foi vencedora de 8 prémios Grammy.
Margaret Atwood nasceu a 18 de novembro de 1939 em Otava, Canadá. É a mais premiada autora canadiana, com mais de quatro dezenas de obras publicadas, entre romance, ensaio, poesia, livros para crianças, libretos para óperas (rock), guiões para televisão.
Ao longo da sua carreira recebeu inúmeros prémios literários, incluindo o Arthur C. Clarke, o título de Chevalier de L'Ordre des Artes e des Lettres em França, foi a primeira vencedora do Prémio Literário de Londres, entre outros prémios.
Esteve várias vezes nomeada para o Booker Prize, tendo vencido por duas vezes, em 2000 com "O Assassino Cego", que faz parte do fundo documental da Biblioteca, e em 2019 com o romance "Os Testamentos", a prequela de História de uma Serva.
Margaret Atwood foi a primeira autora a participar de um projeto de arte conceitual chamado Biblioteca Futura, concebido pela artista escocesa Kate Paterson. A ideia é de que em 100 anos, 100 escritores contribuam com um manuscrito para o projeto, que permanecerão não lidos até 2114.
A autora é também uma conferencista com intervenções contundentes sobre o ambiente, as dívidas dos países pobres, a religião, a ética, a literatura ...










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