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novembro 19, 2025

EU VOU ENCONTRAR-TE



Estão no segredo dos Deuses as filmagens da nova série da Netfilx 
de mais um thriller de Harlan Coben

 


Enquanto isso ... 

a Biblioteca Municipal tem para empréstimo domiciliário o mais recente e alucinante thriller que a Netflix irá apresentar possivelmente em 2026 

Seja o primeiro a saber se ele o vai encontrar




"Mathew tem três anos e vive com os pais, David e Cheryl Burroughs. A vida da família parece um sonho, mas... o pior acontece: David acorda a meio da noite, coberto de sangue do filho, e é condenado a prisão perpétua. Ele sabe que é inocente, mas as provas põe-no atrás das grades. 
Cinco anos passam, e a irmã de Cheryl visita David na prisão. Consigo, leva uma fotografia que uma amiga tirou. No fundo da imagem, está um menino. Esse menino parece-se muito com Matthew. David sente imediatamente que o filho está vivo, tem a certeza, e a única solução é fugir parta o encontrar.
Qual será a verdade?  
Conseguirá rever Matthew e provar a sua inocência?
Quem está por trás de tudo aquilo?"



"A história e a forma como está contada são de génio"
                                                                                                       Financial Times







Harlan Coben é um dos autores mais requisitados na Biblioteca Municipal.
Nasceu a 4 de janeiro de 1962, em Newark, Nova Jersey. Ao longo dos anos construiu uma carreira de sucesso escrevendo thrillers cheios de mistério e suspense, com personagens cativantes. A sua escrita tem um estilo dinâmico que envolve e prende o leitor do principio ao fim.
Foi o primeiro autor a vencer os três mais prestigiados prémios da literatura policial nos Estados Unidos da América: o Edgar Award, o ShamusAward e o Anthony Award.
Tem mais de 80 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo e a sua obra está traduzida em 45 línguas.



"- E o quê? - A voz de Cheryl era puro gelo. - Viste um miúdo parecido com o meu filho morto e resolveste dar cabo da vida de toda a gente?
Da tua vida, não, pensou Rachel, mas achou que era melhor não o dizer."











novembro 05, 2025

CRIME NAS CORRENTES D'ESCRITAS

"Foi no ano em que as ainda jovens escritoras Tânia Ganho e Gilda Barata participaram pela primeira vez nas Correntes d' Escritas que ocorreu o inesperado e misteriosos desaparecimento do manuscrito que o veterano jornalista e também famoso ficcionista, Mário Zambujal, pretendia apresentar à direção do celebrado evento, pensa-se que com vista à obtenção de um patrocínio da parte da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim destinado à sua publicação."


Germano Almeida nasceu a 31 de julho de 1945 na ilha da Boa Vista e é um dos mais importantes escritores cabo-verdianos contemporâneos.
Formou-se em Direito na Universidade Clássica de Lisboa e, depois de regressar ao seu país, exerceu advocacia e foi mais tarde procurador da República.
Além da carreira jurídica, destacou-se na literatura e retrata de forma singular a sociedade cabo-verdiana, com humor, ironia e com um olhar crítico sobre as contradições do seu país.
Pelo conjunto da sua obra, reconhecida pela originalidade, humor e profundidade social, foi em 2018 distinguido com o Prémio Camões, o mais importante galardão literário em língua portuguesa.
Tem obras publicadas no Brasil, França, Espanha, Itália, Alemanha, Suécia, Holanda, Noruega, Dinamarca, Cuba, Estados Unidos, Bulgária e Suíça.

"Desde a primeira edição das Correntes d' Escrita que fui sucessivamente convidado a nela participar, pelo que devo seguramente contar umas vinte presenças. (...) E foi desses dias de agradável convívio que me surgiu a ideia de escrever uma paródia que deveria passar-se durante os quatro dias de uma edição das Correntes, e que decorreria à volta de um misterioso desaparecimento de um manuscrito  pertencente a um dos escritores convidados."



Este romance, que hoje divulgamos, é uma divertida e irónica homenagem ao próprio mundo literário e ao famoso festival de escritores que se realiza 
na Póvoa de Varzim - as Correntes d' Escritas. 
O romance mistura ficção policial e sátira e mostra como se comportam 
os escritores quando se reúnem para falar de literatura.



"A gente tem que aprender com quem sabe como se faz, e olha que ninguém vai estranhar, nem mesmo esses pretos, eles estão, não diria já habituados, direi antes, já treinados para serem acusados de qualquer coisa má que aconteça em qualquer lugar e recebem a acusação sem refilar. (...)
Está bem, contemporizo, vamos então arranjar outra mais convincente, deixemos os palops gozarem as Correntes d' Escritas em paz, acabaremos por encontrar alguma outra vítima que nos sirva, é pena não estar nenhum escritor cigano nestas jornadas literárias".








outubro 31, 2025

O QUE TERÁ JANTADO ...

"(...) Comecei a questionar-me sobre o que poderiam dizer aqueles que estavam na cozinha em momentos chave da História. O que poderia estar a borbulhar nos tachos enquanto se jogavam os destinos do mundo? 
(...) Rapidamente, surgiram outras perguntas. O que terá comido Saddam Hussein depois de ter mandado gasear dezenas de milhares de curdos? Não terá tido dores de barriga? E o que comia Pol Pot na época em que quase dois milhões de Khmers morriam à fome? E o que jantou Fidel Castro quando pôs o mundo à beira de uma guerra nuclear? qual deles gostava de comida picante? Quem comia muito e quem se limitava apenas a debicar o que punha no prato? (...)
Não tinha escolha. Tantas eram as perguntas à espera de resposta que tive de ir à procura dos cozinheiros dos ditadores."


Witold Szablowski é um premiado jornalista e escritor polaco nascido em 1980. É conhecido pelas suas reportagens que cruzam história, política e experiências humanas marcantes. Trabalhou como repórter no jornal Gazeta Wyborcza, onde se destacou pelo olhar sensível e crítico sobre a realidade pós-comunista.


"(...) Levei quase quatro anos a escrever este livro. Durante esse tempo, passei por quatro continentes: desde uma aldeola esquecida por todos na savana queniana, às ruínas da antiga Babilónia no Iraque, ou à selva do Camboja, onde se esconderam os últimos Khmers Vermelhos.
(...) Foi-me difícil convencê-los a conversar comigo. Alguns ainda não tinham recuperado do trauma de trabalhar para alguém que podia matá-los a qualquer momento.
 (...) Graças às conversas com os cozinheiros, compreendi como os ditadores aparecem no mundo. É um conhecimento importante num tempo em que, segundo o relatório da organização americana Freedom House, há quarenta e nove países governados por ditadores. Ainda por cima, este número tem crescido constantemente. O ambiente atual é favorável a ditadores e vale a pena sabermos o mais possível sobre eles."

Para leitura no seu fim de semana, escolhemos um livro que apresenta as histórias
 dos cozinheiros que trabalharam para Saddam Hussein (Iraque), Idi Amin Dada (Uganda), 
Enver Hoxha (Albânia), Fidel Castro (Cuba) e Pol Pot (Camboja). 

O livro mostra-nos que até na cozinha dos ditadores há histórias 
que dizem muito sobre o século XX e sobre a condição humana.



 
Um livro de leitura compulsiva a que não falta, 
mesmo sob um pano de fundo de horrores, uma pitada de humor.




outubro 03, 2025

COMO PODIA AQUILO TER ACONTECIDO?


Continuamos a dar destaque às novas aquisições e hoje 
sugerimos para leitura do seu fim de semana,
 o romance de estreia de Leonor Sampaio da Silva,
 finalista do Prémio Leya em 2023

Passagem Noturna



Certa noite, um fenómeno natural súbito e inexplicável deixa um hotel completamente isolado e rodeado por uma cratera funda, o que não só resulta numa perda de liberdade de movimentos para os hóspedes (que não podem sair e têm de passar a ocupar posições específicas para não desequilibrarem um edifício em perigo de derrocada), mas também num convívio forçado entre pessoas de contextos e gerações muito diferentes que eventualmente nunca chegariam a conhecer-se.
O "sinistro"- como virá a ser referida a catástrofe - é pressentido pela filha do Engenheiro responsável pela construção do hotel, uma pré-adolescente que perdeu a mãe em circunstâncias pouco claras dois anos antes; leitora voraz e de imaginação fértil, a Menina Sem Sorte Nenhuma crê que recebeu a mensagem do abalo e, cansada das namoradas do pai, resolve lançar-se numa aventura, pondo-se em contacto com a Guia Turística que se encontra sitiada no hotel.




"No dia seguinte, ninguém sobreviveu. Assim poderia começar este livro - com a história de um crime em tudo oposto à ficção de Saramago. Mas não foi dessa maneira que as autoridades competentes classificaram o acontecimento. Uma catástrofe. Uma tragédia. Um credo na ponta da língua. Uma desgraça, meu Deus, nas pontas de outras línguas. Um agora-é-arregaçar-as-mangas-e-aprender-com-os-erros-do-passado, nas línguas mais práticas. Diria Saramago que aprenderam sobretudo os que não sobreviveram e que pouco nos valerá a lição, pois não estarão cá para no-la contar. Mas eu estou e, tendo sobrevivido, contarei a minha versão."



Leonor Sampaio da Silva é natural de Ponta Delgada, ilha de São Miguel.
É professora Associada no Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da Universidade dos Açores. Além do seu trabalho académico, dedica-se à escrita literária, contando com várias obras publicadas, nos géneros do conto e da poesia. Estreou-se como escritora com o livro de contos Mau Tempo e Má Sorte - contos pouco exemplares, que foi distinguido com o Prémio de Humanidades Daniel de Sá em 2014.
Passagem Noturna é o seu romance de estreia e foi finalista do Prémio LeYa em 2023.

"Do outro lado da cratera, o Senhor Engenheiro fez uma recomendação surpreendente: pediu ao Diretor do Hotel que mandasse todos os hóspedes para os seus quartos. Com o peso dos turistas concentrados no lóbi, o edifício inclinara-se para sul e ele ainda não decidira se essa seria a melhor direção da derrocada"


BOA LEITURA



setembro 05, 2025

JÁ LEU ESTES LIVROS?

 


E estes também?




Venha conhecer o novo romance de
uma das autoras mais lidas na nossa biblioteca





É a nossa sugestão para leitura do seu fim de semana

Entrelaçando passado e presente, O vento conhece o meu nome conta-nos a história de duas personagens inesquecíveis, ambas em busca da família e de um lar. É uma sentida homenagem aos sacrifícios que fazemos em nome dos filhos e uma carta de amor às crianças que sobrevivem a perigos inimagináveis - sem nunca deixar de sonhar.

Viena, 1938. Samuel Adler tem apenas 5 anos quando o pai desaparece, na infame Noite de Cristal - a noite em que a sua família perde tudo. Para garantir a segurança do filho, a mãe consegue-lhe lugar num comboio que transporta crianças judias para fora do país, agora ocupado pelo regime nazi. Samuel embarca sozinho, deixando a família para trás, tendo o seu violino como única companhia. 

Arizona, 2019. Anita Díaz e a mãe tentam entrar nos EUA, fugindo à violência que reina no seu país, El Salvador. No entanto, são separadas na fronteira, ao abrigo de uma nova lei que regulamenta a emigração, forçando à separação das famílias. A mãe desaparece sem deixar rasto e Anita é colocada em sombrias instituições de acolhimento. O caso desperta a atenção de Selena Durán, uma californiana de ascendência latina, e de Frank Angileri, um promissor advogado, que tudo farão para reunir de novo mãe e filha. Juntos, vão conhecer de perto a violência que muitas mulheres sofrem em silêncio, sem que dela consigam escapar.




Isabel Allende é uma das escritoras latino-americanas mais lidas e traduzidas em todo o mundo. Nasceu a 2 de agosto de 1942, em Lima, no Peru, onde o seu pai, Tomás Allende, era diplomata chileno.
Após a separação dos pais, mudou-se ainda criança para o Chile, país com o qual se identifica profundamente.
Trabalhou como jornalista em revistas e televisão antes de se dedicar à literatura. Em 1981, após o golpe militar de Pinochet, partiu para o exílio na Venezuela, experiência essa que marcou fortemente a sua obra.
A estreia literária aconteceu em 1982 com o romance A Casa dos Espíritos, que rapidamente se tornou um "clássico contemporâneo" e um exemplo do realismo mágico latino-americano.  A obra deu lugar a um filme, realizado por Bille August, com Jeremy Irons, Meryl Streep, Winona Ryder e Antonio Banderas como protagonistas, tendo grande parte do mesmo sido filmado em Lisboa e no Alentejo.

A sua escrita cruza ficção histórica, memória pessoal e critica social, sempre com personagens femininas fortes, explorando temas como o exílio, a identidade, a liberdade e a justiça. Está traduzida em 40 línguas e vendeu mais de 75 milhões de exemplares, sendo a escritora mais lida em língua espanhola.

Recebeu mais de 60 prémios internacionais:
  • Prémio Nacional de Literatura do Chile em 2010, 
  • Prémio Hans Christian Andersen em 2012 na Dinamarca
  • A Medalha da Liberdade nos Estados Unidos atribuída por Barack Obama em 2014
  • Em 2018 tornou-se a primeira escritora de língua espanhola premiada com a medalha de honra do National Book Award, nos Estados Unidos, pelo seu enorme contributo para o mundo das letras.

Atualmente vive nos Estados Unidos, onde fundou a Fundação Isabel Allende, dedicada a causas sociais e de defesa dos direitos das mulheres e das crianças.


Ler é sempre uma boa ideia





agosto 21, 2025

CHEGARAM!!!!!

Depois do tratamento técnico efetuado pela técnica de biblioteca e documentação, os livros da autora mais solicitada na nossa biblioteca estão prontos para serem requisitados pelos nossos leitores.
O tratamento técnico de livros numa biblioteca é o conjunto de procedimentos que permitem organizar e disponibilizar os documentos ao público. Inclui etapas como a colocação de carimbos, catalogação, segundo as Regras Portuguesas de Catalogação, classificação por assuntos, segundo a Classificação Decimal Universal- CDU, o que vai facilitar a pesquisa no catálogo bibliográfico.
O tratamento técnico é essencial para transformar um simples conjunto de livros num acervo organizado, acessível e preservado, garantindo que a Biblioteca cumpre a sua função de difusão da informação e do conhecimento.

Dos bastidores da biblioteca ... para as suas mãos





Freida McFadden 
é a autora do momento e os seus livros são um fenómeno editorial



Freida McFadden nasceu em Nova Iorque a 1 de maio de 1980. É médica e especialista em lesões cerebrais. Autora de diversos thrillers psicológicos, todos eles bestsellers, já traduzidos em mais de 40 idiomas e os direitos de alguns dos seus livros já foram adquiridos para filmes e séries.
Em Portugal estreou-se com A Criada, editado em 2022, obra que chegou rapidamente ao primeiro lugar das listas de livros mais vendidos. Esse romance vai ser adaptado ao cinema pela Lionsgate,  realizado por Paul Feig, tendo como protagonistas Sydney Sweeney e Amanda Seyfried. A estreia está prevista para o próximo dia 25 de dezembro. 
Apesar do sucesso literário, mantém a sua vida pessoal e profissional separadas, evitando a exposição pública e entrevistas. Vive com a sua família e o gato preto numa casa de três andares com vista para o mar.






julho 04, 2025

PARABÉNS AFONSO CRUZ POR MAIS UM PRÉMIO



Afonso Cruz nasceu em 1971 na Figueira da Foz. É escritor e artista multidisciplinar, nomeadamente ilustrador, fotógrafo, músico e, nos tempos livres, produz cerveja artesanal. Trabalhou ainda como cineasta durante mais de uma década.
Tem publicados mais de 40 livros, traduzidos em mais de 20 línguas e nos mais variados géneros literários, desde conto, romance, poesia, ensaio, teatro, foto-texto, literatura de viagens e literatura para a infância.


Em menos de 20 anos de carreira literária, 
já foi distinguido com importantes prémios nacionais e internacionais:
  • Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco
  • Prémio Fernando Namora
  • Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga
  • Prémio SPA para Melhor Livro Infantil
  • Prémio SPA para Melhor Livro de Ficção Narrativa
  • Prémio Literário Maria Rosa Colaço
  • Prémio da União Europeia para a Literatura
  • Prémio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil do Brasil
  • Prémio Ibérico Álvaro Magalhães 

O mais recente prémio foi no passado dia 23 de junho, ao vencer pela segunda vez o Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga, com o livro "O que a chama iluminou".

Colaborou regularmente com o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias e continua a escrever mensalmente para o Jornal de Letras, Artes e Ideias, no espaço intitulado Paralaxe, e tem uma coluna de opinião no Sapo.

É membro da banda The Soaked Lamb.
Recebeu a Medalha de Mérito Cultural da Figueira da Foz.
Foi o representante de Portugal, com a escritora Lídia Jorge, na 4º edição da Feira do Livro 2025, que decorreu no passado mês de junho, de 14 a 22, em São Paulo.



"Um leitor tem a vida muito mais longa do que as outras pessoas, porque não morre até acabar o livro que está a ler. (...)
É que a morte também é leitora, por isso, aconselho a que andem sempre com um livro na mão, porque, quando a morte chega e vê o livro, espreita para ver o que estamos a ler, tal como eu faço no autocarro, e distrai-se."
In, O Vício dos Livros









junho 20, 2025

MUITOS PARABÉNS CHICO

 


Chico Buarque (Francisco Buarque de Hollanda), nasceu a 19 de junho de 1944 no Rio de Janeiro. É um dos mais importantes nomes da música, da literatura e do teatro brasileiro, sendo considerado por muitos críticos o maior artista vivo da música brasileira.  

Como compositor e cantor, destacou-se a partir dos anos 1960 com canções que misturam lirismo com envolvimento político. Durante a ditadura militar, a sua obra tornou-se símbolo de resistência, com letras que desafiavam a censura. Exemplo disso temos os clássicos "Apesar de você", "Cálice" e "Construção".
A sua discografia tem aproximadamente oitenta discos, quer a solo, quer em parceria com outros músicos e as suas canções fazem parte da história  e da identidade do povo brasileiro.








Para além da música, Chico desenvolveu ao longo dos anos uma carreira literária (escreveu o seu primeiro conto aos 18 anos), escrevendo peças de teatro e romances.

Foi vencedor de três Prémios Jabuti:
  • Em 1992 com o romance Estorvo
  • Em 2004 com o romance Budapeste que também foi Livro do Ano
  • Em 2009 com o romance Leite Derramado, também Livro do Ano

Os seus romances Benjamim e Budapeste foram ambos adaptados ao cinema, e neste último participaram os atores portugueses Ivo Canelas e Nicolau Breyner.

Em 2019 Chico Buarque viu a sua obra literária reconhecida pelo Prémio Camões, a mais alta distinção para autores de língua portuguesa. 



Chico transcende fronteiras e gerações, 
sendo um símbolo da identidade cultural luso-brasileira.








Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
E inda guardo, renitente
Um velho cravo para mim




junho 03, 2025

O AMIGO

Em 2018 foi o vencedor do National Book Award e do New York Public Library Best Book Award.
Em 2020 foi finalista do International Dublin Literary Awaard, conquistando a crítica e os leitores em todo o mundo.
O Amigo foi selecionado pelo jornal The New York Times como um dos 100 melhores livros do século XXI.

"Uma exploração mordaz, e em muitos momentos comovente, do amor,
 da amizade, da morte, da arte e da literatura."
                                                                                                            The New York Times


"A maior parte das vezes, ignora-me. Dir-se-ia que vive aqui sozinho. Nas raras ocasiões em que estabelece contacto visual comigo, desvia logo o olhar. Os seus olhos grandes, cor de avelã, são impressionantemente humanos; fazem-me lembrar os teus. Uma ocasião, em que tive de ausentar-me da cidade, deixei o meu gato com o namorado que tinha na altura. Ele não era fã de gatos, mas mais tarde disse-me que adorara ficar com o gato porque, disse ele, "senti a tua falta e tê-lo comigo foi como ter uma parte de ti aqui". 
Ter o teu cão é como ter uma parte de ti aqui."

A protagonista deste romance é uma escritora que perde o grande amigo e mentor e se vê forçada a cuidar do seu cão: um enorme grand danois.
O livro narra a comovente história de amizade, que se cria entre uma mulher solitária e um cão traumatizado pela inesperada perda do dono.
Para enfrentar a dor, começa a escrever. Ao fazê-lo, reflete sobre literatura e a arte de escrever, além de relembrar o passado. Enquanto os mais próximos temem que esteja mergulhada numa depressão profunda, a mulher, cada vez mais isolada e obcecada com o bem-estar do cão, recusa-se a separar-se do novo amigo, pois encara esse vínculo como a única hipótese de redenção para ambos.


A prova de que a perda pode conduzir a relações importantes nos lugares mais inusitados. 
Às vezes, é preciso um animal para uma pessoa compreender a sua humanidade.




Sigrid Nunez, nasceu a 22 de março de 1951, em Nova Iorque, onde ainda vive.
É membro da Academia Americana de Artes e Letras, foi professora em várias universidade norte-americanas, nomeadamente a Universidade de Princeton, Columbia e Boston. Trabalhou na revista The New York Review of Books, colaborou com várias publicações conceituadas.
A sua obra está traduzida em mais de vinte línguas e publicada em mais de trinta países.



Naomi Watts e Bill Murray são os protagonistas do filme O Amigo, que estreou nos cinemas no passado dia 28 de março. Fazem ainda parte do elenco as atrizes Sarah Pidgeon e Constance Wu. E claro, o cão Bing, no papel de Apollo, que também compareceu no tapete vermelho da estreia do filme.
O filme, baseado no romance que hoje divulgamos, realizado por Scott McGehe e David Siegel, ainda não tem estreia marcada para Portugal.
Tudo boas razões para requisitar o livro, aqui, na sua Biblioteca.





abril 24, 2025

DO 25 DE ABRIL DE 1974 AO 25 DE NOVEMBRO DE 1975

 

"O 25 de Abril de 1974 surpreendeu os serviços de informação ocidentais, até então relacionados com a DGS, da qual recebiam as informações sobre a situação portuguesa. Ao não terem sido avisados por esta polícia política de que algo iria acontecer, esses serviços compartilham com a DGS o mesmo tipo de ignorância. (...)
Na manhã de 25 de Abril, tanto o embaixador Nash Scott, como o consulado norte-americano em Ponta Delgada, nos Açores, começaram por informar o SD de que tudo estava "tranquilo" e apenas às 9:50h o embaixador enviou um primeiro telegrama. Intitulado "Distúrbios em Portugal", o telegrama descrevia a presença de carros de combate nas ruas de Lisboa, sedes de ministérios cercadas pelos militares, bem como os apelos à calma feitos pelos oficiais sublevados, através da rádio. (...)



E iniciaram-se os acontecimentos militares do dia 25 de novembro de 1975. A partir da madrugada, paraquedistas ocuparam a Base Escola de Tancos, bem como as bases aéreas de Monte Real e do Montijo. Avançando sobre Lisboa, ocupam o Depósito Geral de Material de Guerra e o Comando da 1º Região Aérea, em Monsanto, por volta das 7h da manhã. Aqui detiveram o general Pinho Freire e exigiram a demissão do CEMFA, general Morais e Silva"




"(...) o texto que aqui apresento é uma análise pessoal de episódios entre os finais da ditadura e o 25 de Novembro de 1975, com destaque para o que aconteceu à ex-polícia política e para a ação dos EUA, França e Alemanha nesse período relativamente a Portugal".


É da análise dos acontecimentos ocorridos ao longo de cerca de ano e meio
que surge este livro, essencial para o conhecimento da nossa História recente, 
que hoje divulgamos e sugerimos para 
Leitura do seu Fim de Semana




Irene Flunser Pimentel é uma historiadora portuguesa nascida a 2 de maio de 1950 em Lisboa.
Investigadora do Instituto de História Contemporânea, é licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mestre e doutora em História Institucional e Política do Século XX pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
O seu trabalho centra-se na análise crítica da repressão política durante o Estado Novo, com destaque para a atuação da PIDE, o papel das mulheres no regime, o exílio e a oposição à ditadura.
Também investigou o papel de Portugal durante a Segunda Guerra Mundial, nomeadamente o acolhimento de refugiados judeus e na atividade de espionagem em território português.
A sua investigação tem contribuído significativamente para o entendimento crítico da ditadura portuguesa e da memória histórica do seculo XX em Portugal.
  • Em 2007 foi galardoada com o Prémio Pessoa
  • Em 2009 foi galardoada com o Prémio Seeds of Science
  • Em 2015 foi condecorada pelo governo francês  com as insígnias Chevalier da Ordem Nacional da Legião de Honra.

"Pessoalmente, como muitos e muitas, agradeço aos militares de Abril, que, em 1973 e 1974 se reuniram, primeiro para lutarem por interesses corporativos, e, depois, com uma crescente consciência de que a Guerra Colonial tinha de ser resolvida politicamente, tiveram a audácia e a coragem de arriscar a vida e a liberdade, ao saírem à rua, com tanques e armas , em 25 de abril de 1974. Muito obrigada, oficiais do MFA, capitães de Abril, e às portuguesas e aos portugueses que contribuíram para a conquista da nossa democracia."










abril 04, 2025

CONCERTO EM MEMÓRIA DE UM ANJO


Hoje divulgamos aos nossos leitores um livro de contos,
  Concerto em Memória de um Anjo
que foi Prémio Goncourt de Conto em 2010.

Este prémio, concedido anualmente pela Academia Goncourt, reconhece a excelência das narrativas curtas e, em 2010, destacou Éric-Emmanuel Schmitt, pela sua habilidade em explorar a complexidade da alma humana com uma escrita envolvente e reflexiva.


  • Que relação existe entre uma mulher que envenena sucessivamente os seus maridos e um presidente da República apaixonado?
  • Qual a ligação entre um simples e honesto marinheiro e um escroque internacional que vende bugigangas religiosas fabricadas na China?
  • Por que milagre uma imagem de Santa Rita, padroeira das causas perdidas, assume o papel de guia misteriosa das suas existências?
Todas estas personagens tiveram a possibilidade de se redimir, de escolher a luz em vez da sombra. A todas foi um dia oferecida a salvação. Algumas aceitaram-na, outras recusaram-na, outras ainda não souberam reconhecê-la.
Quatro histórias com ligações entre si. Quatro histórias que atravessam o que de mais comum e mais extraordinário existe na nossa vida. Quatro histórias que exploram uma questão: 
  • Somos livres ou estamos presos a um destino? 
  • Será que podemos mudar?


Éric-Emmanuel Schmitt é um dos mais prolíficos e premiados romancistas franceses do nosso tempo. Entre os seus prémios contam-se o prestigiado prémio Goncourt de Romance e ainda o Grande Prémio de Teatro da Academia Francesa. Está no Top 10 dos autores franceses mais lidos e os seu livros estão traduzidos em mais de 40 idiomas.
Para quem ainda não se rendeu a este género literário (conto), o autor tem várias considerações no seu diário: 
"Contrariamente ao que muita gente pensa, um livro de contos é um livro a sério, com um tema e uma forma. (...) O conto é um esboço de romance, um romance reduzido ao essencial. Este género exigente não perdoa a traição. Enquanto o romance pode ser utilizado como uma arrecadação onde tudo cabe, o mesmo é impossível para o conto. É preciso medir o espaço dedicado à descrição, ao diálogo e à sequência. (...) A brevidade faz do leitor um cativo."


"Concerto em memória de um anjo": escrevo-o com a música de Alan Berg, que me enfeitiça, e me conduz até novas sensações inauditas, pensamentos novos. 
Nunca me apercebera de como a idade nos traz liberdade. Aos 20 anos, somos o  produto da nossa educação, mas aos 40, finalmente, somos o resultado das nossas escolhas (se as tivermos feito).
O jovem transforma-se no adulto desejado pela sua infância. Enquanto o homem maduro é a criança do jovem."








fevereiro 12, 2025

ELA ACHA QUE SABE A VERDADE


A VERDADE É QUE ELA NÃO SABE NADA




Gosta de livros policiais, de mistério, de suspense?
O romance que hoje apresentamos é um thriller viciante, bem ao estilo do seu autor: capítulos curtos, com uma narrativa que o vai prender até à ultima página, com reviravoltas chocantes, onde nos questionamos sobre o que é real ou não.

Este thriller viciante deu origem a uma minissérie que estreou a 1º de janeiro de 2024 na Netflix, com o título A Grande Ilusão (Fool Me Once), chegando rapidamente ao Top das mais vistas. 
Criador e produtor executivo de vários sucessos da Netflix, foi o primeiro autor a vencer os três mais prestigiados prémios da literatura policial nos Estados Unidos da América - o Edgar Award, o Shamus Award e o Anthony Award.
Com mais de 75 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, viu mais de 30 dos seus livros tornarem-se bestsellers e a sua obra ser traduzida em 45 línguas.

De quem falamos nós?

Harlan Coben




Ex-piloto de operações especiais, Maya voltou recentemente para casa. Um dia, vê uma imagem impensável, capturada pela câmara escondida em sua casa: a filha de dois anos a brincar com Joe, o seu falecido marido, brutalmente assassinado duas semanas antes. Tentando manter a sanidade, Maya começa a investigar, mas as descobertas só levantam mais dúvidas.
Conforme os dias passam, ela já não sabe em quem confiar, até que se pergunta: é possível acreditar em tudo o que vemos com os próprios olhos, sobretudo quando é algo que desejamos desesperadamente?
Para encontrar a resposta, Maya vai ter de lidar com os segredos profundos e as mentiras do seu passado antes de encarar a impensável verdade sobre o seu marido ... e sobre si mesma.



"Harlan Coben é como um mágico: deixa o melhor e mais surpreendente truque para o final. Atordoante"
                                                                        Publishers Weekly









dezembro 04, 2024

OS ABISMOS

"Nadie sabe lo que passa en el interior de una familia,
 ese es el gran abismo sobre el que explora la novela"
                                                                                                                         Pilar Quintana


Pilar Quintana é uma escritora colombiana, nascida em Cali, a 1 de janeiro de 1972, e é uma das mais aplaudidas e lidas escritoras de toda a América Latina.
Estudou Comunicação Social em Bogotá, trabalhou como guionista de televisão e redatora de publicidade.
Em 2007, o Hay Festival escolheu-a como um mais notáveis escritores latino-americanos com menos de 39 anos. Em 2011 foi a escritora-convidada na Universidade do Iowa e, no ano seguinte, participou no Workshop de Escritores Internacionais na Universidade Baptista de Hong Konk. 
Foi ainda co-autora do guião de filme Lavaperros, realizado por Carlos Moreno.
Está traduzida em várias línguas.
O seu romance A Cadela, que faz parte do fundo bibliográfico da Biblioteca Municipal, representou um marco na sua carreira como escritora, tendo vencido o Prémio Biblioteca de Narrativa Colombiana e sido finalista do National Book Award nos EUA em 2020.

Os Abismos
romance que hoje divulgamos, foi em 2021, 
o vencedor do Prémio Alfaguarra de Romance.

Este romance mergulha nas complexidades emocionais e psicológicas das relações familiares e é narrado a partir da perspetiva de uma menina, Cláudia, que observa os conflitos, as fragilidades e os segredos dos seus pais.



Claudia tem nove anos e é filha única. A sua vida gira à volta da mãe homónima, já que o pai - com idade para ser seu avô - passa os dias no supermercado que gere com a irmã, casada às escondidas com um tipo muito mais novo. Quando, porém, uma centelha de aventura parece disparar entre este rapaz e a jovem mãe de Claudia, a crise familiar instala-se abruptamente e mergulha a Claudia adulta numa depressão profunda, durante a qual se mete na cama a ler revistas, comentando com a filha como as mortes de Grace Kelly e Natalie Wood não podem ter sido senão  suicídios. E, enquanto a pequena Claudia mais precisa de esperança, mais a mãe lhe cria temores que a empurram para o abismo, donde nem as bonecas regressam.
Tomando como cenário um mundo em que as mulheres não conseguem escapar a casamentos impostos e prisões domésticas, esta é a história inquietante de como uma criança assume as revelações da mãe e os silêncios do pai para construir o seu próprio mundo, sem saber que, apesar de continuarem todos juntos, a família já ruiu há uma eternidade.


"Las mujeres de mi generación tuvieron la oportunidad de decidir si querían ser madres o no porque casi todas somos profesionales, pudimos decidir qué queríamos hacer con nuestras vidas. Pero las mujeres de la generación de mi madre, no. Sólo algunas estudiaron pero el mandato social era que se casarn y fueran madres. Estaba mal visto si escogían una carrera y no formaban una familia"
                                                                                                                                     Pilar Quintana




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