abril 23, 2019

DIA MUNDIAL DO LIVRO




A leitura e a inteligência andam lado a lado.
 Quanto mais se dedicar à leitura, mais inteligente se tornará.
Ler significa focarmo-nos noutra coisa - abre-nos a porta para um novo mundo.
Ler tem um efeito mais calmante do que fazer caminhadas, tomar uma chávena de chá 
ou até ouvir a nossa música preferida.




A Biblioteca Municipal espera por si



abril 12, 2019

PLANTAR UMA SEMENTE...

Plantar uma semente, regá-la, ver como cresce e ver nascer as primeiras flores é muito gratificante para quem dedica algum do seu tempo à jardinagemAlém de ser uma atividade que pode contribuir para termos uma vida mais longa e saudável, porque pode prevenir a demência,  ajuda a reduzir os efeitos do stress e da depressão e até ajuda a controlar o peso e a tensão arterial elevada.


Fazer jardinagem, Caro leitor, traz benefícios quer físicos quer mentais.



Qualquer espaço exterior - um terraço, a entrada de uma cave ou o parapeito de uma janela - pode ser tratado como um jardim. Com um pouco de planeamento, o espaço mais negligenciado da sua casa pode transformar-se num local aprazível. 


A Biblioteca Municipal possui para empréstimo domiciliário livros que o vão ensinar todos os passos para uma jardinagem bem sucedida, desde o desenho de um jardim às tarefas necessárias à sua manutenção.
Com os dias mais longos, o ar menos frio apetece por as mãos na terra e começar a plantar. No entanto, o inicio da primavera é um período em que temos de ter alguma cautela, porque nem sempre o inverno acaba totalmente por a primavera ter começado.
Para lhe facilitar as tarefas no seu jardim, escolhemos para si um leque variado de livros com respostas rápidas a todas as suas dúvidas e com sugestões criativas para que o seu espaço se torne no seu jardim.


Esperamos por si, porque...




Os gatos não crescem em vasos, as flores sim







abril 05, 2019

EU ESCREVO PARA AQUELES QUE NÃO ME PODEM LER



Eduardo Galeano, um dos mais apaixonado ativista e escritor latino-americano, nasceu a 3 de setembro de 1940, em Montevideu, Uruguai.
Nos cafés de Montevideu despertou para o "arco-íris da humanidade", para o colorido das gentes e dos pequenos gestos, e aprendeu a escutar a dignidade das vozes das ruas.
Com um percurso intensamente político, Eduardo Galeano foi, nos anos 60, editor do mítico Marcha, principal  jornal de esquerda uruguaio, e, se sonhara ser jogador de futebol em criança, cedo se tornou um ponta de lança dos oprimidos e dos sem voz, fitando o silêncio a que estavam condenados.
A sua voz alimentou o fogo de movimentos contestatários, ecoou entre o nevoeiro do Chiapas, em 1996, e entre os indignados de Madrid, em 2011.
Em 1973, com o golpe militar no seu país, foi preso e o seu nome passou a constar da lista dos esquadrões da morte. Temendo pela sua vida exilou-se em Espanha.
Com a restauração da democracia, voltou ao seu país em 1985, onde viveu atá à sua morte a 13 de abril de 2015.
Em julho de 2008, Eduardo Galeano foi agraciado com o primeiro título de Cidadão Ilustre do Mercosul.




Escrito no exílio e ilustrado pelo autor, O Livros dos Abraços reúne memórias e sonhos, fábulas que entrelaçam o real e o fantástico, crónicas indeléveis das trivialidades, das gentes e dos seus costumes, da política e dos seus mártires, do amor, da guerra e da paz.
O Livro dos Abraços é uma história alternativa da América Latina, contada pelo mestre da narrativa breve, numa síntese inspirada do seu imaginário.




Paradoxos

Se a contradição é o pulmão da história, o paradoxo há-se ser, ocorre-me, o espelho que a história usa para troçar de nós.
Nem o próprio filho de Deus se salvou do paradoxo. Ele escolheu, para nascer, um deserto subtropical onde quase nunca neve, mas a neve transformou-se num símbolo universal do Natal desde que a Europa decidiu europeizar Jesus. E como se não bastasse, o nascimento de Jesus é, hoje em dia, o negócio que mais dinheiro dá aos mercadores que Jesus expulsou do Templo.
Napoleão Bonaparte, o mais francês dos franceses, não era francês. Josef Estaline, o mais russo dos russos, não era russo; e o mais alemão dos alemães, Adolf Hitler, nasceu na Áustria. Margherita Sarfatti, a mulher mais amada pelo anti-semita Mussolini, era judia. José Carlos Mariátegui, o mais marxista dos marxistas latino-americanos, acreditava fervorosamente em Deus. Che Guevara foi considerado totalmente inapto para a vida militar pelo exército argentino.
Pelas mãos de um escultor chamado Aleijadinho, que era o mais feio dos brasileiros, nasceram as maiores belezas do Brasil. Os negros norte-americanos, os mais oprimidos, criaram o jazz, que é a mais livre das músicas. Dom Quixote, o mais andante dos cavaleiros, foi concebido na cela de uma prisão. E, cúmulo dos paradoxos, Dom Quixote nunca disse a sua frase mais célebre: Ladram, Sancho, sinal de que cavalgamos.
"Acho-te nervosa", diz o histérico. "Odeio-te", diz a apaixonada. Não haverá desvalorização", diz, em vésperas da desvalorização, o ministro da Economia.
"Os militares respeitam a Constituição", diz, em vésperas do golpe de Estado, o ministro da Defesa.
Na sua guerra contra a revolução sandinista, o governo dos Estados Unidos concordava, paradoxalmente, com o Partido Comunista da Nicarágua. E paradoxais foram também, no fim de contas, as barricadas sandinistas durante a ditadura de Somoza: as barricadas, que fechavam as ruas, abriam o caminho.
In, O Livro dos Abraços












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