dezembro 14, 2018

TER UMA AVÓ É COMO TER UM EXÉRCITO


"Só as pessoas diferentes podem mudar o mundo. 
Nunca uma pessoa normal mudou porcaria nenhuma"
                                                                                                                                     A Avozinha



Caro Leitor, escolhemos para leitura do seu fim de semana
 uma belíssima história contada com muito humor e emoção, sobre
como a relação emocionante de uma avó e da sua neta
pode ser um tributo à eternidade dos laços familiares.



Elsa tem sete anos de idade, quase oito, e é diferente. Para já, tem como melhor - e única - amiga a avó de setenta e sete anos de idade, que é doida: não levemente taralhoca, mas doida varrida a sério, capaz de se pôr na varanda a tentar atingir pessoas que querem falar sobre Jesus com uma arma de paintball, ou assaltar um jardim zoológico porque a neta está triste. Todas as noites, Elsa refugia-se nas histórias da Avozinha, cujo cenário é o reino de Miamas, na Terra-de-Quase-Acordar, um reino mágico onde o normal é ser diferente.
Quando a Avozinha morre de repente e deixa uma série de cartas a pedir desculpa às pessoas que prejudicou, tem início a maior aventura de Elsa. As cartas levam-na a descobrir o que se esconde por detrás das vidas de cada um dos estranhíssimos moradores de um prédio muito especial, mas também à verdade sobre contos de fadas, reinos encantados e a forma como as escolhas do passado de uma mulher ímpar criam raízes no futuro dos que a conheceram.



Fredrik Backman nasceu a 2 de junho de 1984, na Suécia, e foi colunista e blogger antes de se aventurar como romancista. O seu romance de estreia, Um homem chamado Ove, é bestseller do The New York Times e deu origem a um filme, cujo remake será produzido e protagonizado por Tom Hanks. Fredrik Backman foi o escritor sueco com mais sucesso internacional, nomeadamente nos EUA, onde foi o autor estrangeiro de ficção mais lido em 2017 na Amazon.



"Quando começar a leitura de A minha avó pede desculpa, tenha à mão uns
 quantos lenços de papel, mas também o seu sentido de humor.
 Este é esse tipo de livro - se não o ler, nunca se perdoará."
                                                                                            Business Insider











dezembro 07, 2018

12.º FRAGMENTO DO NOSSO PATRIMÓNIO


FRAGMENTOS é a denominação de uma página, que encontrou ao longo deste ano nos nossos blogues. No ano em que se assinalou o Ano Europeu do Património Cultural, a Biblioteca Municipal publicou 12 fragmentos do nosso património concelhio, um por mês. Desta forma, demos o nosso contributo para incentivar a pesquisa e o conhecimento, dando a conhecer ou relembrando acontecimentos, lugares, memórias, daquilo que nos identifica e que, historicamente, nos une enquanto comunidade. 
O presente vive-se, o futuro há-de vir, mas o passado fica sempre: é a nossa identidade e o nosso Património.



Hoje publicámos o 
12.º FRAGMENTO DO NOSSO PATRIMÓNIO. 


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novembro 30, 2018

CEM MITOS SEM LÓGICA


Se pensa que tem todas as certezas do mundo 
em relação ao que o rodeia, pense duas vezes...

           
 Fazer sexo é um ótimo exercício físico



Ouvimos muitas vezes, e pensamos, de forma esperançosa, que fazer sexo é um excelente exercício físico. E que compensa, claramente, as faltas ao ginásio. Pedimos desculpa pela deceção, mas temos mesmo de dizer que não se pode contar com sexo, mesmo que seja tórrido, para manter a linha e perder calorias.


O cérebro dos humanos é excecionalmente grande

  

Nós, humanos, gostamos de pensar que somos os seres vivos mais especiais que alguma vez caminharam neste planeta - é comum dizermos "eles, os animais", quando nos referimos aos nossos companheiros do mesmo ramo evolutivo como se de uma classe completamente diferente da nossa se tratasse. Nós, humanos, somo únicos - ou assim gostamos de pensar - e é no nosso cérebro que costumamos colocar essa singularidade. Tão singular, aliás, que muitos acreditam que o nosso cérebro é excecionalmente grande quando comparado com o dos outros animais. Mas será mesmo?


 Jesus nasceu a 25 de dezembro e o Reis Magos eram três



(...) o dia 25 de março como a data da conceção de Cristo (com a visita do anjo Gabriel e todas as outras cores da lenda), e por consequência, nove meses depois, o nascimento de Cristo a 25 de dezembro. Por conveniência ou não, a data de 25 de dezembro não se encontra explicitamente na Bíblia, em nenhum dos quatro evangelhos do Novo Testamento, tendo sido apenas fixada "oficialmente"no século IV (...)
(...) os Reis Magos vieram de leste até Jerusalém, mas em nenhuma parte se diz que eram três - apenas três oferendas: ouro, mirra e incenso. Três oferendas, mas não necessariamente três Reis Magos. A história  - e a sua mitificação - tem destas coisas.

Caro Leitor, 
ficou curioso com os mitos que nos rodeiam?


"(...) o nosso senso comum nem sempre é o melhor guia, e muitos dos mitos e ideias preconcebidas que exploramos neste livro, nascem exatamente daí - o terreno pantanoso do achar que uma bola de futebol vai sempre cair mais depressa do que uma pena, porque nunca lemos Galileu ou pensámos no papel da resistência do ar. Como diz a expressão popular, "o Inferno está cheio de boas intenções", e muitas delas certamente que terão a ver com tentativas de simplificação da nossa vida por parte do nosso senso comum.(...)
Reconhecendo que, no mundo pós-factos no qual vivemos, onde desinformação e fake news parecem tão mais fáceis e importantes do que a informação obtida criticamente e validada por peritos, sentimos esforços como este livro cada vez mais necessários."




A informação que nos rodeia é tanta que nem conseguimos parar para separar aquilo que é mito daquilo que é verdade científica.
No livro que sugerimos como leitura do seu fim de semana, a jornalista de ciência Sara Sá e o neurocientista Pedro Ferreira mostram como a ciência e a história nem sempre confirmam o senso comum. Afinal, o Universo e a nossa cultura são muito mais interessantes e ricos do que parece à primeira vista.
Venha surpreender-se!




BOA LEITURA




novembro 21, 2018

MÃE, ONDE É QUE TU ESTÁS?


"Agora temos todo o tempo do mundo. 
Tirando o facto de eu estar mais para lá do que para cá e o
 John mal se lembrar do próprio nome. Mas não faz mal.
 Eu lembro-me. Entre nós, somos como uma só pessoa". 


Helen Mirren e Donald Shutherland - Ella e John

Os Robina partilharam uma vida maravilhosa por mais de sessenta anos. Agora, já com oitenta e tal, Ella tem cancro e John sofre de Alzheimer. Na ânsia de viver uma grande aventura, estes "velhotes em apuros" fogem da supervisão dos filhos e dos médicos, que parecem querer controlar-lhes as vidas, deixando para trás a sua casa nos arredores de Detroit, decididos a viver uma férias proibidas e a redescobrir toda uma vida. Com ela a fazer de atenta copiloto, John conduz a caravana Leisure Seeker de 78 pelas vias esquecidas da Rota 66 até à Disneyland, em busca de um passado muito doloroso de recordar. Mas apesar disso, Ella está decidida a demonstrar que tudo se pode repetir na vida... mesmo que todos digam o contrário.


Uma Viagem Inesquecível
Escrito por Michael Zadoorian
Editado pela Harper Collins



"Foi uma viagem fenomenal. Diverti-me imenso. Se tivéssemos ficado em casa, as coisas tinham piorado muito mais cedo, acreditem.  Eu teria sofrido muito mais. Teria sido submetida a todas as indignidades que a medicina moderna tem para oferecer e nada teria mudado. Eventualmente, seria enviada para casa para morrer. E depois, apesar de todos os seus desejos, o John seria enviado para uma casa de repouso. Para ele haveria um declínio final de um ano ou dois ou três, cada um pior do que o outro.
E por fim, seria o final infeliz. Um de nós sem o outro. Era o que aconteceria se não acabasse a história desta forma."




Michael Zadoorian, escritor norte-americano, nasceu a 26 de fevereiro de 1975, em Detroit, Michigan.
O livro que hoje divulgamos foi um best seller a quando da sua publicação em 2009.
Em 2017, foi adaptado ao cinema pelo realizador Paolo Virzi, tendo como protagonistas os atores Helen Mirren e Donald Sutherland.
Veja o filme e leia o livro.



"Uma Viagem Inesquecível é praticamente como a própria vida:
 jovial, dolorosa, comovente, trágica, misteriosa e a não perder."
                                                                                      Booklist





novembro 16, 2018

11.º FRAGMENTO DO NOSSO PATRIMÓNIO


FRAGMENTOS é a denominação de uma nova página, que passará a encontrar nos nossos blogues. No ano em que se assinala o Ano Europeu do Património Cultural, a Biblioteca Municipal irá publicar 12 fragmentos do nosso património concelhio, um por mês. Desta forma, pretendemos dar o nosso contributo para incentivar a pesquisa e o conhecimento, dando a conhecer ou relembrando acontecimentos, lugares, memórias, daquilo que nos identifica e que, historicamente, nos une enquanto comunidade. 
O presente vive-se, o futuro há-de vir, mas o passado fica sempre: é a nossa identidade e o nosso Património.



Hoje publicámos o 
11.º FRAGMENTO DO NOSSO PATRIMÓNIO. 


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novembro 07, 2018

NADA DO QUE VIVEMOS NA INFÂNCIA É A FEIJÕES



"À medida que vamos reconstituindo o fio à meada e indo lá atrás de tudo, é fácil darmo-nos conta de que muito do que nos viria a marcar a vida toda começou muito cedo e, à vezes, sem  darmos por isso e sem o termos associado a qualquer coisa que nos despertou na infância. (...)
Eu habituei-me - não por especial mérito meu, mas porque não havia outra solução, e o ser humano foi feito para resistir e se adaptar. E não apenas me habituei e adaptei, como também tirei todo o partido da situação: os meus tempos no Carvalhal foram dos mais felizes da minha vida e, seguramente, dos mais importantes para o que eu viria a ser depois. Não é impunemente que um tipo cresce a comer arroz de feijão todos os almoços e cebola crua com sal e broa todos os lanches."


Hoje divulgamos um livro de memórias e de reflexões: da infância à juventude, do jornalismo à política, que tem como pano de fundo a História Contemporânea do nosso país e que começa em 1960 e termina em 2010.


"Isto não é um livro de pró-memória, 
mas para deixar registado 
o que me lembro antes de me esquecer."
                                                                                  Miguel Sousa Tavares



O seu autor, já conhecido dos nossos Leitores, é Miguel Sousa Tavares.
O livro intitula-se Cebola Crua com Sal e Broa: da infância para o mundo



Pode um homem viver impunemente começando a sua infância numa aldeia do Marão, comendo cebola crua com sal todas as merendas? E daí saltar para o mundo cinzento e as manhãs submersas da vida salazarenta da Lisboa dos anos sessenta? Acordar na manhã luminosa do 25 de Abril e descobrir que, afinal, éramos todos anti-fascistas e revolucionários e, logo depois, ir ao encontro do mundo e descobrir-se a si mesmo como uma testemunha privilegiada de tempos incríveis que, não os narrando, teria sepultado para sempre na cinza dos dias inúteis?
Declaro que vi. E, por isso, conto. Antes que a água tudo lave e apague.




Para ficar a conhecer um pouco mais do autor, veja AQUI


"Sempre tive uma certeza, 
a de que a infância me determinou muito."
                                                                                   Miguel Sousa Tavares



BOA LEITURA


outubro 29, 2018

A SOCIEDADE LITERÁRIA DA TARTE DE CASCA DE BATATA




Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para a Formação de Adultos, como sugestão de leitura.

Londres, 1946. Depois do sucesso estrondoso do seu primeiro livro, a jovem escritora Juliet Ashton procura duas coisas: um assunto para o seu novo livro, e, embora não o admita abertamente, um homem com quem partilhar a vida e o amor pelos livros. É com surpresa que um dia Juliet recebe uma carta de um senhor chamado Dawsey Adams, residente na ilha britânica de Guernsey, a comunicar que tem um livro que outrora pertenceu a Juliet. Curiosa por natureza, Juliet começa a corresponder-se com vários habitantes da ilha. É assim que descobre que Guernsey foi ocupada pelas tropas alemãs durante a segunda Guerra Mundial, e que as pessoas com quem agora se corresponde formavam um clube secreto a que davam o nome de Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata. O que nasceu como um mero álibi para encobrir um inocente jantar de porco assado transformou-se num refúgio semanal, pleno de emoção e sentido, no meio de uma guerra absurda e cruel.
Fascinada pela história da dita Sociedade Literária, e ainda mais pelos seus novos amigos, Juliet parte para Guernsey. O que encontra na ilha mudará a sua vida para sempre.


UM DOS MELHORES LIVROS DO ANO...
UM ROMANCE DELICIOSO, INESQUECÍVEL.
BOOKPAGE


O livro foi recentemente adaptado ao cinema, sob a direção de Mike Newell, o mesmo realizador de Quatro Casamentos e um Funeral e Harry Potter e o Cálice de FogoO filme Guernsey - A Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata conta com a participação de Lily James (Downton AbbeyCinderela) no papel da escritora Juliet Ashton. Veja a seguir o trailer.






Aceite a nossa sugestão.
Passe por cá, requisite o livro, leia-o e na próxima 5.ª feira, aproveite o feriado para ver o filme. 
Depois ... deixe-nos a sua opinião.










outubro 19, 2018

UM PARAÍSO ENTRE INIMIGOS


"Um homem sentar-se com um cão numa colina, numa tarde gloriosa, é como reencontrar o Éden, onde não fazer nada não era aborrecido, mas uma paz"
                                                                                                               Milan Kundera



Joel Neto nasceu a 3 de março de 1974 em Angra do Heroísmo. 
Trabalhou para a maior parte dos grandes jornais portugueses como repórter, editor e colunista. 
Sempre quis ser um escritor açoriano e, depois de 20 anos a trabalhar nos jornais em Lisboa, em 2012  regressou à ilha e passou a viver da e para a escrita.
Vive com a mulher no lugar dos Dois Caminhos, freguesia da Terra Chã (ilha Terceira), onde tem dois cães, um jardim de azáleas e um pomar.
É daí que continua a escrever a série de relatos A Vida no Campo para o Diário de Notícias.



"Sempre que há uma história que tem de ser contada,
 há um livro que tem de ser escrito"
                                                                                                             Ernest Hemingway






Lisboa 2017 - Nova Iorque 1996 - Faial 2017 - Praga 1939. É neste eixo que decorre a ação de Meridiano 28. O livro parte de uma descoberta de Joel Neto. Encontrou registos que mostravam que, durante a Segunda Guerra Mundial, ingleses e alemães das comunidades que desenvolviam a expansão do telégrafo a partir da ilha do Faial tinham vivido em paz.

"- Em quantos lugares no mundo sabe o José Filemom de ingleses e alemães terem permanecido em paz durante a Segunda Guerra Mundial? (...)
- Falo de paz verdadeira. De harmonia. De lugares onde as crianças alemãs usassem suásticas e, apesar disso, as inglesas frequentassem as mesmas escolas que elas. (...) Lugares onde senhoras inglesas e alemãs se encontrassem para passeios matinais, caminhando juntas à beira-mar durante horas, com as suas sombrinhas e os seus vestidinhos? Alheias ao facto de os irmãos e os primos e os amigos de infância se digladiarem no conflito mais letal da História da Humanidade? (...)
- Não havia muitos, não - prosseguiu Fitzhugh. - Mas havia a ilha do Faial, no arquipélago dos Açores."



Em 1939, o mundo entrou em guerra. Foi o conflito mais mortífero da história da Humanidade. Mas, na pequena ilha açoriana do Faial, ingleses e alemães conviveram em paz durante mais três anos. Eram os loucos dos cabos telegráficos.
No mar em frente emergiam os periscópios de Hitler. Dezenas de navios britânicos eram afundados todos os meses. Já em terra, as crianças inglesas continuavam a aprender na escola alemã, dividendo as carteiras com meninos adornados de suásticas. As famílias juntavam-se para bailes e piqueniques.
Os hidroaviões da Pan Am faziam desembarcar estrelas do cinema e da música, estadistas e campeões de boxe. Recolhiam-se autógrafos. Jogava-se tennis e croquet. Dançava-se ao som do jazz.
Viviam-se as mais arrebatadoras histórias de amor.



Caro Leitor, são estas histórias que lhe sugerimos para leitura no seu fim de semana.
Um reencontro entre dois homens de tempos distintos e que talvez tenham mais em comum do que aquilo em que gostariam de acreditar. Uma memória das mulheres que amaram e talvez não tenham sabido fazê-lo.



Hidroaviões da Pan Am no porto da cidade da Horta em 1939

"Uma cidade a assistir da primeira fila à guerra, imune a ela e, 
no entanto, atingida no coração."
                                                                                                                              Alice




Boa Leitura





outubro 10, 2018

10.º FRAGMENTO DO NOSSO PATRIMÓNIO


FRAGMENTOS é a denominação de uma nova página, que passará a encontrar nos nossos blogues. No ano em que se assinala o Ano Europeu do Património Cultural, a Biblioteca Municipal irá publicar 12 fragmentos do nosso património concelhio, um por mês. Desta forma, pretendemos dar o nosso contributo para incentivar a pesquisa e o conhecimento, dando a conhecer ou relembrando acontecimentos, lugares, memórias, daquilo que nos identifica e que, historicamente, nos une enquanto comunidade. 
O presente vive-se, o futuro há-de vir, mas o passado fica sempre: é a nossa identidade e o nosso Património.



Hoje publicámos o 
10.º FRAGMENTO DO NOSSO PATRIMÓNIO. 


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setembro 28, 2018

VICIANTE, MARAVILHOSO, HIPNOTIZANTE






Para quem gosta de ler, outubro era o mês por que todos ansiávamos.
Quem é o Nobel da Literatura era a pergunta que se impunha.

Este ano a Academia Sueca anunciou que não irá atribuir o Prémio Nobel da Literatura
É o desfecho da crise provocada pela revelação, no final de 2017, de acusações de assédio sexual feitas ao marido de uma escritora que fazia parte da Academia Sueca e de ter divulgado antecipadamente alguns nomes de escritores que viriam a receber o Nobel. O seu julgamento começou no passado dia 24 de setembro. 

Não é a primeira vez que o Prémio Nobel da Literatura não é atribuído. Em 1914, 1918, 1935, 1940-1943 o galardão não foi entregue. Devido a um escândalo é a primeira vez.
No entanto em 2019 haverá dois vencedores. O prémio relativo a este ano será atribuído em paralelo com o escritor distinguido no próximo ano. 
As outras categorias do Prémio Nobel não serão afetadas por esta decisão.


A 12 de outubro, data em que seria anunciado o Nobel da Literatura deste ano, ficaremos a saber qual destes quatro autores, Neil Gaiman, Haruki Murakami, Kim Thúy e Maryse Condé, finalistas ao Prémio Alternativo ao Nobel da Literatura, será o vencedor. Estes quatro finalistas foram escolhidos por voto popular através da internet.

A Nova Academia foi fundada este ano por várias figuras da cultura sueca como forma de protesto pelo cancelamento da atribuição do Prémio Nobel da Literatura em 2018 e será dissolvida após a entrega do prémio a 9 de dezembro.




Haruki Murakami, eterno candidato a vencer o Prémio Nobel da Literatura e agora, candidato ao prémio alternativo ao Nobel da Literatura, é o autor que sugerimos para leitura no primeiro fim de semana de outono.

Nasceu em Quioto a 12 de janeiro de 1949, tendo crescido em Kobe, uma cidade portuária onde era fácil conviver com estrangeiros e ter acesso à grande literatura mundial. Foi nesse ambiente multi-cultural que viria a ser influenciado por autores de diversas origens, refletindo as suas obras um sentimento de desilusão face à moderna vida urbana e à progressiva deterioração das relações humanas.
Estudou teatro grego antes de gerir um bar de jazz em Tóquio, entre 1974 e 1981.
Em 1986 veio para a Europa seguindo-se os Estados Unidos da América, onde acabou por se fixar.
Escritor influenciado pela cultura ocidental, traduziu para japonês as obras de F. Scott Fitzgerald, Truman Capote, John Irving e Raymond Carver.



Viciante, Maravilhoso, Hipnotizante são três adjetivos 
que caracterizam um dos seus livros mais aplaudidos e que hoje sugerimos
 para leitura de fim de semana.





kafka à Beira-Mar narra as aventuras (e desventuras) de duas estranhas personagens, cuja vidas, correndo lado a lado ao longo do romance, acabarão por revelar-se repletas de enigmas e carregadas de mistério. São elas Kafka Tamura, que foge de casa aos 15 anos, perseguido pela sombra da negra profecia que um dia lhe foi lançada pelo pai, e de Nakata, um homem já idoso que nunca recupera de um estranho acidente de que foi vítima quando jovem, que tem dedicado boa parte da sua vida a uma causa - procurar gatos desaparecidos.

Neste romance os gatos conversam com pessoas, do céu cai peixe, um chulo faz-se acompanhar de uma prostituta que cita Hegel e uma floresta abriga soldados que não sabem o que é envelhecer desde os dias da Segunda Guerra Mundial. Assiste-se, ainda, a uma morte brutal, só que tanto a identidade da vítima como a do assassino permanecerão um mistério.



"Kafka à Beira-Mar é vivamente recomendado; 
leia-o ao seu gato."
                                                            Washington Post




setembro 19, 2018

NA IGREJA TEM DE HAVER LIBERDADE DE PENSAR E DE INTERPRETAR


Ilustração de André Carrilho



Numa altura em que a Igreja Católica está envolta em polémica, o Papa Francisco tem pela frente uma missão gigantesca.
A credibilidade da Igreja como instituição bateu no fundo. A pedofilia tem de acabar, assim como os escândalos com o Banco do Vaticano. Os Direitos Humanos têm de ter significado também dentro da Igreja: liberdade de investigação, de opinião, de expressão. As mulheres não podem ser discriminadas. A moral sexual deve ser revista, bem como a lei do celibato.


Os desafios que o Papa Francisco tem pela frente, o Leitor vai encontrá-los neste livro.
Disso nos dá conta o padre Anselmo Borges.


"Este é um livro altamente inspirador para as gerações que vivem os tempos conturbados dos nossos dias. [...] uma obra tão importante, que nos permite conhecer melhor o Papa Francisco - buscador da paz, do diálogo inter-religioso, da renovação da Igreja, da defesa da Natureza, do combate à desigualdade, da afirmação intransigente dos direitos Humanos"
                                                                                                          Artur Santos Silva




"O que é admirável em Anselmo Borges é que ele pronuncie a palavra liberdade
 na casa da Igreja, com a naturalidade e a coragem próprias
 de quem deseja defender o essencial".
                                                                                                          Lídia Jorge



Anselmo da Silva Borges, nasceu a 20 de julho de 1944, em Paus, Resende. É um padre católico, professor universitário e ensaísta. Aos 19 anos decidiu ser padre e foi ordenado pelo cardeal Cerejeira. Nunca deixou a igreja, mas escolheu a via da crítica ativa.
"Posso ser um bom católico e não acreditar em Fátima porque não é um dogma. Não me repugna, contudo, que as crianças, os chamados três pastorinhos, tenham tido uma experiência religiosa, mas à maneira das crianças e dentro dos esquemas religiosos da altura. É preciso também distinguir aparições de visões. É evidente que Nossa Senhora não apareceu em Fátima."

O padre Anselmo Borges considera que o Papa Francisco, que celebrou a 13 de março cinco anos de pontificado, foi desde a primeira hora um papa diferente e com a preocupação de tornar a Igreja próxima das pessoas.
O papa, que escolheu chamar-se Francisco inspirado em Francisco de Assis, reúne as qualidades  dos jesuítas e dos franciscanos, tem mais simpatia fora da Igreja do que na hierarquia católica.





"O que mais noto aqui é que o Papa Francisco não está vivo e operante,
 em primeiro lugar, na hierarquia católica. 
Diria até que há mais simpatia para com ele fora da Igreja"
                                                                                                                  Anselmo Borges
                                                







BOA LEITURA






setembro 13, 2018

9.º FRAGMENTO DO NOSSO PATRIMÓNIO




FRAGMENTOS é a denominação de uma nova página, que passará a encontrar nos nossos blogues. No ano em que se assinala o Ano Europeu do Património Cultural, a Biblioteca Municipal irá publicar 12 fragmentos do nosso património concelhio, um por mês. Desta forma, pretendemos dar o nosso contributo para incentivar a pesquisa e o conhecimento, dando a conhecer ou relembrando acontecimentos, lugares, memórias, daquilo que nos identifica e que, historicamente, nos une enquanto comunidade. 
O presente vive-se, o futuro há-de vir, mas o passado fica sempre: é a nossa identidade e o nosso Património.



Hoje publicámos o 
9.º FRAGMENTO DO NOSSO PATRIMÓNIO. 


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agosto 29, 2018

O QUARTO DE JACK


"Acordo na Cama e está a chover, 
que é quando a Claraboia está toda desfocada. (...)
Quando acordo, a Claraboia está toda azul no seu vidro, 
não resta neve nem nos cantos.(...)
Agora a Claraboia já escureceu, 
espero que Deus mostre o seu rosto prateado"


"O Quarto de Jack é um dos livros mais profundamente 
comoventes que li em muito tempo"
                                                                John Boybne, 
autor de O Rapaz do Pijama às Riscas


Para Jack, de cinco anos, o quarto é o mundo todo. É onde ele e a Mamã comem, dormem, brincam e  aprendem. Embora Jack não saiba, o sítio onde ele se sente completamente seguro e protegido, aquele quarto de 11m2, é também a prisão onde a mãe tem sido mantida contra a sua vontade. Contada na divertida e comovente voz de Jack, esta é a história de um amor imenso que sobrevive a circunstâncias aterradoras e da ligação umbilical que une mãe e filho.


O Quarto de Jack, foi em 2010 finalista do Man Booker Prize 
e do Orange Prize,  tendo vencido importantes galardões.



O livro faz parte do Plano Nacional de Leitura, recomendado no programa de português do 8º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada na sala de aula e pode ser requisitado na Biblioteca Municipal para empréstimo domiciliário.




Emma Donoghue nasceu a 24 de outubro de 1969 em Dublin, Irlanda.
Escreve desde os 23 anos. Com incursões em vários géneros literários, é a ficção onde regista maior popularidade. Os seus livros estão traduzidos em cerca de 40 línguas.
O Quarto de Jack foi adaptado para cinema pela própria autora, o que lhe valeu a nomeação ao Oscar de melhor argumento adaptado.
Para além desta nomeação, teve ainda mais 3 indicações:
  • Oscar de melhor filme
  • Oscar de melhor realizador
  • Oscar de melhor atriz - Brie Larson

O filme venceu vários prémios, incluindo o Oscar de melhor atriz.



"Adorei O Quarto de Jack. É de uma imaginação incrível 
e de um estilo de linguagem deslumbrante. 
E no meio de tudo isto, um miúdo totalmente credível e encantador. 
Diferente de tudo o que li até hoje."
                                                                                Anita Shreve, 
autora de Viver depois de Ti






Boa Leitura




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