agosto 26, 2020

ELA LEVOU AS SANDÁLIAS NOVAS. ELA DISSE...



Continuando a nossa sugestão para as suas férias na praia, 
apresentamos um thriller que o vai prender até à última página 


"Ela costumava contar-me tudo. (...) há meses que ela não queria falar comigo como costumava fazer. O Ted ter-me-ia dito para não me preocupar. É uma adolescente, diria, está a crescer. A água fria gelou-me as mãos, e fechei a torneira. A crescer, ou a afastar-se? Preocupada, ou fechada em si mesma? As perguntas zumbiam-me na mente, (...)".


As horas passam mas Naomi não aparece. A noite avança e Jenny desespera. A filha adolescente já devia ter voltado da escola, onde participou numa peça de teatro. A vida de Jenny, uma médica casada com um neurocirurgião de sucesso, está prestes a mudar.
Um ano depois da noite fatídica, Naomi continua desaparecida.
A polícia procurou em vão e os piores cenários (rapto ou homicídio) parecem hipóteses remotas. A busca obsessiva de Jenny, que não desiste da filha, sugere outra explicação: as pessoas em quem confiava e que julgava conhecer têm escondido segredos - sobretudo a própria Naomi.


"- Onde raio é que ela se meteu? - Olhei para ele, a minha voz a erguer-se . - Ela nunca faz isto: ela avisa-me sempre, mesmo quando está cinco minutos atrasada. - Ao dizê-lo, lembrei-me de que já não o fazia nos últimos tempos, mas também nunca estivera assim tão atrasada."




Jane Shemilt
é médica de clínica geral. frequentou a Royal Free Medical School, tendo-se formado com distinção. Concluiu uma pós-graduação e posteriormente um master in arts em Escrita Criativa na Bristol University e em Bath, respetivamente.
Foi finalista do Janklow & Nesbitt Bath Prize e do Lucy Cavendish Fiction Prize com o livro que hoje lhe sugerimos: A Filha Desaparecida, seu romance de estreia.
Vive em Bristol com o marido e os cinco filhos.




"- Não, estou a falar das minhas sandálias... Olha para elas. (...)
- Os saltos são exageradamente altos. - Até eu consegui ouvir a crítica na minha voz, por isso tentei rir. - Diferentes dos teus habituais... (...)
- Bem, não as podes ter. Estou apaixonada por elas. Amo-as quase tanto quanto amo o Bertie".









agosto 21, 2020

ESTOU DISPOSTA A AJUDAR, MAS SÓ ATÉ CERTO PONTO





Susana-de-olhos-negros: planta trepadeira originária de África, muito apreciada nos jardins de todo o mundo. Planta perene, de fácil cultivo, florindo praticamente o ano todo. Decora cercas, treliças e pode ser plantada em vasos suspensos. Gosta de calor, tolera o frio e geadas fracas.




Caro Leitor
não é sobre plantas e os seus benefícios a nossa sugestão de leitura.
Para o seu fim de semana de praia
sugerimos a leitura de um thriller cheio de suspense.




Aos 16 anos, Tessa foi encontrada num campo do Texas, quase morta e só com alguns fragmentos de memória sobre a sua chegada ali. A imprensa chama-lhe a única Susana-de-Olhos-Negros que sobreviveu a um serial killer. O testemunho de Tessa mandou um homem para o corredor da morte.
Passados 20 anos, Tessa é artista e mãe solteira. Num dia de fevereiro, abre a janela do seu quarto e depara com um magnífico canteiro de susanas-de-olhos-negros diante de si, embora se trate de flores de verão.
Será que o homem que espera a morte é inocente?
Andará o serial killer atrás de Tessa? Ou, pior ainda, da sua filha?


"Nessa primeira vez, imediatamente a seguir ao julgamento, pensei que ou era eu que tinha enlouquecido ou aquelas susanas-de-olhos-negros tinham florido subitamente em outubro debaixo do carvalho no quintal das traseiras em virtude de  algum padrão meteorológico bizarro. Só que o solo parecia ter sido remexido. Num certo frenesim, eu própria arranquei as flores selvagens com uma colher velha."



Julia Heaberlin autora de 3 thrillers psicológicos, tem os seus livros publicados em várias línguas. Atualmente está a escrever o seu quarto livro.
Foi editora de diversos jornais  e recebeu vários prémios pelo seu trabalho.
Vive em Dallas com a família.






"A relva está coberta de Susanas-de-Olhos-Negros. Alguém lhes arrancou as pétalas e deixou-me um rasto. (...)A minha cabeça explode com tantas imagens e fixa-se numa delas. Ele limpou finalmente a lama do rosto. O meu monstro. O assassino das Susanas-de-Olhos-Negros. Está lavado e barbeado. A sorrir."

 



agosto 12, 2020

É UMA FOCA ESCORREGADIA, A FELICIDADE



"Sempre acreditei que a felicidade se encontra logo ali, ao virar da esquina. O segredo é saber qual a esquina certa"


Caro Leitor prepare-se para a viagem da sua vida. 
Esqueça a maçada das malas ou a confusão do check in. 


Visite-nos nas nossas novas instalações e requisite a nossa sugestão de leitura para as suas férias.
Viajará da Índia à Islândia, do Butão à Tailândia. 
Sempre a perseguir o mesmo objectivo: encontrar a felicidade.
Aperte o cinto, recline-se na poltrona e prepare-se para uma experiência única, repleta de inteligência e humor. Com este livro vai dar a volta ao mundo em 300 páginas.
Vai ficar a conhecer dez países, dez maneiras diferentes de viver a felicidade.






"As minhas malas estavam feitas e as provisões acondicionadas. (...).
Pensei, então: e se eu passasse um ano a viajar pelo globo, não à procura dos muitos já batidos lugares de conflito, mas sim daqueles lugares felizes e nunca noticiados? Lugares que possuem, em grandes quantidades, um ou mais daqueles ingredientes que consideramos essenciais ao caloroso guisado da felicidade: dinheiro, prazer, espiritualidade, família, chocolate, entre outros."




"(...) Curvas apertadas, bermas que são autênticos precipícios (sem a proteção de rails) e um condutor que acredita piamente na reencarnação - tudo isto contribui para uma experiência extremamente tensa. Nas estradas do Butão não existem ateus.  (...) As crianças butanesas, conversando e rindo no regresso da escola, separam-se para deixar passar o nosso Corolla assim como o mar Vermelho se abriu para Moisés. Fazem-no sem qualquer comentário desaprovador ou olhar desagradável". 



"(...) a Islândia tem estado sistematicamente classificada como um dos países mais felizes do mundo. Nalgumas sondagens, figura em primeiro lugar. Quando li, pela primeira vez, esta informação tive a mesma reacção que provavelmente estará a ter agora. A Islândia?! A terra do gelo?! A terra do frio e da escuridão, que parece, periclitante, na borda do mapa, como prestes a cair a qualquer instante?! Sim, essa Islândia."






Eric Weinar, jornalista norte-americano, trabalhou durante mais de 10 anos como correspondente estrangeiro da National Public Radio (NPR). Começou as suas viagens em 1993, quando foi destacado para a Índia, onde passou dois anos, cobrindo desde as reformas económicas à peste bubónica. De Nova Deli mudou-se para Jerusalém e daí para Tóquio. Fez reportagens em mais de 30 países, esteve no Iraque repetidas vezes durante o reinado de Saddham Hussein, e encontrava-se no Afeganistão, em 2001, quando o regime talibã caiu. Foi um dos jornalistas da equipa da NPR que conquistou o prémio Peabody pela investigação feita às tabaqueiras norte-americanas.
Vive em Washington com a mulher, a filha e um gato que come demais.


Ilustração de Andrea De Santis


"A minha pesquisa chegou ao fim. Percorri dezenas de milhares de quilómetros. Suportei a escuridão do meio-dia na Islândia e o calor abrasador do Qatar, a funcionalidade exagerada da Suiça e a total imprevisibilidade da Índia. (...)
Não sou cem por cento feliz. Diria que estou mais perto dos feevty-feevty. Vistas bem as coisas, não é assim tão mau. Não, não é mesmo nada mau."









agosto 07, 2020

NINGUÉM É TÃO INOCENTE COMO PARECE


Cancele todos os compromissos. 
Não vai a lado nenhum sem acabar de ler 
No Escuro
                                                                                          Emily Koch




Uma mulher e uma criança são encontradas fechadas numa cave, em risco de vida.
Ninguém sabe quem são - a mulher não consegue falar e nenhuma descrição de pessoas desaparecidas corresponde aos perfis das vítimas. O proprietário da casa, velho e muito confuso, jura que nunca as viu. Os moradores daquela tranquila rua em Oxford estão em choque: como pode tal ter acontecido debaixo dos seus narizes? Mas o detetive Adam Fawley sabe que nada é impossível. E ninguém é tão inocente como parece.

"(...) Grita e grita e grita, até a garganta lhe arder. Mas ninguém vem. Porque ninguém a consegue ouvir. Volta a fechar os olhos, sentindo lágrimas quentes e furiosas a rolar pelo seu rosto. Tem o corpo rígido de revolta e indignação e recriminação, e consciência de pouco mais... até que, aterrorizada, sente pequenos pés frios e afiados percorrerem-lhe a pele."
"A primeira coisa que faço na manhã seguinte é um ponto de situação perante a equipa. Dizer-lhes o que a Vicky me contou, o que a Pippa inventou e o que Rob Gardiner não fez."


Cara Hunter é uma escritora que vive em Oxford, numa rua não muito diferente das que são descritas nos seus thrillers.
No Escuro é o seu segundo livro da série com o detetive Adam Fawlew. Um romance profundamente  inquietante que nos acelera o coração à medida que se revelam segredos há muito enterrados. Afinal, os piores monstros são os que se escondem à vista de todos.


NÃO SE ESQUEÇA: 
ESPERAMOS POR SI, COM MÁSCARA, ÁLCOOL-GEL E DISTANCIAMENTO. 
AGORA AQUI, NO EDIFÍCIO DA RESINAGEM.












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