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fevereiro 21, 2025

NA REALIDADE, OS ALIMENTOS NUNCA PARARAM DE VIAJAR

 


"A comida é uma coisa cheia de passado - de temperos e técnicas que passaram de avós para netos, de tias para sobrinhas, de chineses para portugueses, de peruanos para espanhóis, de filipinos para americanos, de mães para filhos, de turcomanos para eslavos do norte, de antepassados para vindouros. E de acasos, circunstâncias (vejam-se o sucesso da batata frita, do molho de soja ou do döner Kekab) (...)
Além da enorme lista de benefícios para a humanidade, isto é útil por dois motivos. Em primeiro lugar, as fronteiras diluíram-se e não é necessário ir à Coreia para provar Kimchi ou à China para reconhecer a invenção do ramen; basta irmos até ao fundo da rua, ao outro lado da cidade. Em segundo lugar, deixaram de existir cozinhas puras (o que é um festim de melancolia) e reconhecemos que, sendo conveniente conhecermos bem as nossas raízes, tudo o resto é empréstimo, troca e renovação. A cozinha dos portugueses sabe isso pelo que beneficiou e pelo que enriqueceu a mercearia do mundo."  
                                                                                                              Francisco José Viegas,
                                                                                                              In Posfácio A Mercearia do Mundo


Com uma feijoada, um churrasco, um caril, 
uma chávena de chá de rooibos, 
um copo de cerveja
 ou uma taça de champanhe, 
vamos levá-lo a viajar pelo mundo.
É a nossa 
sugestão de leitura para o seu fim de semana


Num país em que todos falam de comida e se apaixonam pela "cozinha do mundo" (do sushi ao poke, dos dim sum ao ramen, do Vinho do Porto ao melhor azeite e ao ceviche ou às especiarias mais raras), estas páginas explicam segredos de cada ingrediente e o modo como cada prato nos chegou à mesa, do século XVIII até hoje.
Se a popularidade do ramen não atinge ainda as proporções da do döner kebab ou do hambúrguer, já o azeite, a pizza, a pimenta, a margarina, o chá, o chili com carne, o sal, a vodca ou o açúcar e o champanhe fazem parte da história da humanidade como nós a conhecemos - a comer dim sum ou cuscuz, feijoada ou sardinhas de conserva, ostras ou corn flakes, mas também beber gin ou whisky, laranjada ou cerveja.
Todas as primeiras frases de cada capítulo incluem uma data e um lugar: são o ponto de partida para fazer a história de 88 produtos (molhos, bebidas, queijos, pratos tradicionais, ingredientes, frutos e sementes) que temperam, iluminam, alimentam ou satisfazem os apetites, as papilas de um mundo sem fronteiras, desejoso de saborear e inventar. Eis como mudámos o nosso mundo e o tornámos mais saboroso.



"A história da globalização também passa pelo estômago.
O livro faz com que o gin, os bagels ou o sushi falem para contar
a história da sua globalização de uma forma acessível.
É a aposta bem-sucedida dos dois historiadores."
                                                            24 Heures








janeiro 31, 2025

OLÁ, LINDA

Com dúvidas em escolher um livro para o seu fim de semana?



O livro que hoje sugerimos para si
foi selecionado para o clube de leitura da apresentadora Oprah Winfrey,
foi leitura de verão em 2023 de Barack Obama,
está no top de vendas do New York Times e da Amazon,
foi escolhido como o melhor romance do ano da Amazon.


William Waters cresceu numa casa silenciada pela tragédia, na qual os seus pais mal conseguiam olhar para ele, muito menos amá-lo; mas quando conhece a vivaz e ambiciosa Julia Padavano, é como se o seu mundo se iluminasse. E com Julia vem a sua família, pois ela e as três irmãs são inseparáveis: Sylvie, a sonhadora, é feliz com o nariz enfiado nos livros; Cecelia é um espirito livre, apaixonada pelas artes; Emeline cuida pacientemente de todos eles. Com os padavanos, William experimenta um novo sentimento: ter um lar, pois cada momento naquela casa é repleto de caos amoroso. 

É então que a escuridão do passado de William vem à tona, colocando em risco não apenas os planos cuidadosamente pensados por Julia para o futuro de ambos, mas também a inexorável devoção das irmãs umas pelas outras. O resultado é uma desavença familiar que muda irremediavelmente as suas vidas.
Será a inabalável lealdade que outrora os ligava forte o suficiente para voltar a reuni-los quando é mais importante?


"Olá Linda" é exatamente isso: lindo, perspicaz, melancólico. 
É uma história sobre família e amizade, sobre como as pessoas
 a quem estamos ligados também nos podem libertar. Adorei.
                                                                                                           Miranda Cowley Heller




Ann Napolitano é uma escritora norte-americana, nascida no dia 21 de outubro de 1971.
Possui um MFA pela New York University. Foi editora associada da revista literária One Story entre 2014-2020, e ensinou escrita de ficção no programa MFA da Brooklyn College, na New York University's School of Continuing and Professional Studies e no Gotham Writers Workshop.
Em 2019, a autora foi nomeada para o Prémio Literário Simpson/Joyce Carol Oates.
O romance que hoje divulgamos já vendeu os direitos de tradução para 21 países.


Pintura de Joseph Lorusso


Poderá o amor curar uma pessoa ferida?



janeiro 10, 2025

LIVRO DO MÊS


"Todo o poder vem do povo.
Mas para onde é que vai?"
                                                                      Bertolt Brecht



Jan-Werner Müller, nascido em 1970, é um famoso cientista político e teórico político alemão, conhecido pelas suas contribuições no estudo da democracia, do populismo e da política contemporânea. 
Atualmente é professor de Política na Universidade de Princeton, no Estados Unidos da América, onde leciona Teoria Política e História das Ideias.

Iniciamos este novo ano com uma sugestão de leitura para o seu fim de semana, com o Livro do Mês, do politólogo alemão Jan-Werner Müller, cuja obra tem sido uma referência para se entender os atuais desafios como o autoritarismo, a crise da democracia e o papel das instituições políticas no mundo contemporâneo.

O que é o Populismo?

Donald Trump, Beppe Grillo, Marine Le Pen e Nicolás Maduro - os populistas estão em alta no mundo inteiro. Mas, exatamente, o que é o populismo? São populistas todos os críticos de Wall Street e da União Europeia? E qual a diferença entre o populismo de direita e o de esquerda? Os movimentos populistas propõem governos mais próximos do povo ou são uma ameaça à democracia? E já agora: quem é "o povo" que se menciona tanto? E quem pode falar em seu nome?
Estas questões nunca fora tão prementes como na atualidade. 


Neste livro, o autor explica que o populismo é fundamentalmente a rejeição do pluralismo. Que os populistas acham que eles - apenas eles - representam o povo e os seus verdadeiros interesses. E esclarece que, contrariamente à sabedoria convencional, os populistas podem governar na convicção de que são os representantes morais exclusivos do povo. Ou seja, se os populistas tiverem poder suficiente, acabarão criando um Estado autoritário que exclui todos os que não forem considerados parte do "povo".
Este livro propõe ainda um conjunto de estratégias concretas para as democracias liberais se oporem aos populistas e, em particular, combaterem a ideia de que eles falam exclusivamente para a "maioria silenciosa" e para as "pessoas reais".



"Nós somos o povo. Quem são vocês?"
                                                                                                       Recep Tayyip Erdogan


"Neste livro essencial, Müller define as características mais salientes do populismo 
- antielitismo, antipluralismo, exclusivismo.
É de leitura rápida, e vale a pena ler cada página".
                                                                              The Washington Post






dezembro 13, 2024

ERA UM DIA DIFERENTE DE TODOS OS OUTROS ...



"Um mergulho encantador na fantasia, 
um livro fascinante de que gostei muito."
                                                                                            Papa Francisco



 
Christian é um importante agente imobiliário que guia um Porsche e mora numa vivenda de luxo. No dia em que fecha um negócio de milhões, não consegue sentir a satisfação que esperava e pergunta-se, pela primeira vez, se o dinheiro, a ambição e o sucesso estarão mesmo na origem da felicidade.
Nessa altura começa a receber umas misteriosas mensagens anónimas que o levam a empreender uma viagem física e espiritual a uma montanha belíssima, sempre acompanhado de Joshua, o gato ruivo que lhe apareceu em casa a pedir festas e não o deixa sozinho um só instante.
Mergulhado num ambiente natural cheio de paz e beleza, Christian vai subindo a montanha e encontrando algumas figuras entre o sagrado e o profano que o farão refletir sobre a perfeição que ele sempre tentou alcançar e também na nova vida, calma e feliz, que um simples gato o vai ajudar a ter.







Thomas Leoncini nasceu a 31 de maio de 1985 em La Spezia, Itália.
É escritor, psicólogo e jornalista, além de autor de vários livros, entre os quais Nados Líquidos, com Zygmunt Bauman, e Deus é Jovem, com o Papa Francisco. 
Faz ainda palestras sobre Psicanálise na Escola de Medicina Psicomédica.



O livro que hoje sugerimos para leitura do seu fim de semana,
 O Homem que queria Ser Amado e o Gato que Se Apaixonou por Ele,
 é a sua primeira incursão na ficção.


O romance que teve o Papa Francisco entre os seus primeiros leitores, 
é uma obra ideal para os tempos cínico e velozes que vivemos, 
em que, para muitos, parece ser importante o que se tem, e não o que se é.





"O maior agradecimento é dirigido ao Papa Francisco, que me honra com a sua preciosa e luminosa proximidade e que foi o primeiro leitor deste romance (um teste com um leitor muito exigente!). (...)
Ainda um último agradecimento: a todos os gatos do mundo, inspiradores que se movem em silêncio, delicados e agressivos, felinos e um pouco humanos, com olhares tão antigos que seduzem a eternidade."
                                                                                                                             Thomas Leoncini



outubro 04, 2024

O LIVRO DO MÊS

 

Colleen Hoover é uma autora norte-americana responsável por enormes sucessos de vendas um pouco por todo o mundo. Os seus livros estão traduzidos em cerca de 30 línguas e já vendeu mais de vinte milhões de exemplares, chegando mesmo em 2022, a ultrapassar o número de vendas da Bíblia.
A sua conta de Instagram tem mais de 2 milhões de seguidores,  a do TikTok 1,3 milhões e é a segunda autora mais seguida no Goodreads, logo a seguir a Stephen King. Em 2023 foi considerada a pessoa mais influente pela revista Time
Colleen Hoover nasceu em Sulphur Springs, Texas, a 11 de dezembro de 1979.
Cresceu numa quinta no Texas, casou-se quando tinha 20 anos e tirou uma licenciatura em Serviço Social. Trabalhou nos Serviços de Proteção de Menores, antes de voltar aos estudos para concluir a sua formação em Educação Especial e Nutrição Infantil.
Vive com o marido e os três filhos no Texas. 
Em 2015 criou The Bookworm, um clube de subscrição de livros autografados pelos respetivos autores e cujos fundos se destinam a instituições de solidariedade social.


Do fundo bibliográfico da Biblioteca Municipal fazem parte os seguinte títulos: 
  • Isto começa aqui
  • Tudo me lembra de ti
  • Isto acaba aqui
  • Talvez agora
  • Nunca jamais
  • Talvez um dia 

Escolhemos para Livro do Mês e para leitura do seu fim de semana, 
o livro Finalista do Prémio Goodreads para melhor romance 

Talvez um Dia 




Por altura do seu 22º aniversário, Sydney parece ter tudo para uma vida feliz. Conjuga os estudos na faculdade com um emprego estável, tem uma relação invejável com Hunter e partilha casa com Tori, a sua melhor amiga. Mas tudo isto acaba por se desmoronar num abrir e fechar de olhos, deixando-a sem rumo e completamente destroçada emocionalmente.
A braços com um desgosto amoroso e uma enorme desilusão, é na amizade  e companheirismo de Ridge, o seu misterioso vizinho, que Sydney irá encontrar algum consolo e tentar reencontrar-se a si própria através da música, a grande paixão que os une.
No entanto, embora seja evidente o bem que ele lhe faz, há coisas na vida de Ridge que Sydney não pode ignorar, sob pena de se transformar naquilo que mais despreza...







setembro 27, 2024

ESTAR CALADO É FAZER MUITO MAIS DO QUE PARECE




"Custa muito, às vezes até chega a doer no corpo, mas saber estar calado pode ser uma das maiores e mais incompreendidas virtudes dos nossos tempos. Numa altura em que ninguém equaciona sequer a hipótese de não arremessar uma opinião sobre tudo e sobre nada, conseguir respirar fundo e guardar os pensamentos só para quem os pede, pode ser um trunfo para o qual não há elogios que cheguem. Quem vê e não sabe, pode até achar que quem escolhe não falar ou é porque não tem nada para dizer ou é porque é ignorante, mas isso é só a ansiedade dos que não sabem estar calados. Quem escolhe não falar está muitas vezes a avaliar até onde é que as pessoas que não se calam conseguem ir para mostrarem o que valem. (...)
As conversas valem muito, não me entendam mal; mas saber quando estar calado no momento certo, é uma pedra semi-preciosa.



Quando uma pessoa está atenta e calada a ouvir, quase que parece que não está a fazer nada. Mas está a fazer muito, está a dar espaço para que se chegue à conclusão que quando não há nada para dizer, não há nada que valha a pena dizer. (...)
Não perdíamos nada enquanto humanidade se houvesse um subsídio para as pessoas serem incentivadas à difícil, mas cada vez mais imprescindível arte de estarem caladas. É certo que o mundo avança de cada vez que há palestras sobre descobertas na Medicina, ou quando se discutem outros assuntos relevantes para o saudável funcionamento do mundo; mas saber estar calado é uma tarefa hercúlea que não tem o justo reconhecimento que merece. (...)
Já se fala tanto e do que para aí se fala nem metade é para aproveitar.
É por isso que quanto mais ouço, mais vontade tenho de estar calado."

"O humor está para a inteligência como os olhos para a cabeça.
Não se pode separá-lo. Tanto mais que o humor extraordinário 
do Bruno é inseparável do que ele pensa: E o que ele pensa não é bonito.
É verdadeiro e realista e generoso."
                                                                                          Miguel Esteves Cardoso



Bruno Nogueira, humorista, ator e apresentador de televisão, nasceu em Lisboa a 31 de janeiro de 1982.
Divide a sua carreira entre o teatro, a televisão e a rádio. É o criador do espetáculo Deixem o Pimba em Paz (2013), onde, ao lado de Manuela Azevedo, desconstrói os temas mais emblemáticos do cancioneiro pimba. Na televisão ganhou destaque nos programas Levanta-te e Ri (SIC), Manobras de Diversão (SIC), Labo B (RTP) e Contemporâneos (RTP), do qual também foi co-criador.
Criou, escreveu e atuou nas séries Último a Sair e Odisseia na RTP, Som de Cristal (SIC), ao lado Miguel Esteves Cardoso em Fugiram de Casa dos Seus Pais (RTP), Sara (RTP), Princípio, Meio e Fim (SIC) e Tabu (SIC).
Na rádio é autor, com João Quadros, de Tubo de Ensaio (TSF) e Mata-Bicho (Antena 3). 
No final de 2018, após um interregno de dez anos, regressou à stand up comedy com Depois do Medo.
Em outubro de 2019, apresentou o espetáculo em Lisboa, no Teatro Nacional Dana Maria II, e terminou a digressão na Altice Arena. Foi a primeira vez que um comediante esgotou este último recinto com um espetáculo a solo.
Durante a pandemia criou um projeto no Instagram intitulado Como é que o Bicho Mexe.
Em dezembro de 2023, integrou o espetáculo Uma Nêspera no Cu que esgotou três datas na Altice Arena.
Tem um podcast chamado Isso não se Diz e, desde novembro de 2022, assina semanalmente as páginas Talvez Crónica na revista Sábado.
Gosta da vida que tem.


E é a coletânea das suas crónicas publicadas na revista Sábado
 (que o Leitor pode ler na Sala de Periódicos da Biblioteca Municipal)
 que hoje sugerimos para leitura do seu fim de semana











setembro 06, 2024

CRIME NA QUINTA DAS LÁGRIMAS

 

Lourenço Seruya nasceu em Lisboa a 9 de novembro de 1992.
Depois de uma breve passagem pela área da comunicação, concluiu em 2015 o Curso de Formação de Atores da ACT - Escola de Atores.
Desde 2011 que representa em teatro, cinema e televisão. Do seu currículo constam  cinco espetáculos teatrais, mais de vinte filmes e outras tantas participações em séries e novelas.
Paralelamente ao trabalho de ator, dá aulas de expressão dramática a crianças e adultos.
Escreve romances policiais e tem como referências Agatha Christie, Robert Bryndza e Camila Läckberg.


A nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana
 é o seu terceiro romance:
Crime na Quinta das Lágrimas


"A Quinta das Lágrimas é um sítio absolutamente deslumbrante e há muito
tempo que queria escrever uma história policial lá.
Tem todos os requisitos para um bom mistério.
É um lugar que faz parte do imaginário de todos os portugueses, sobretudo por ter sido palco do romance mais trágico da nossa História.
No século XIV, era lá que D. Inês e D. Pedro se encontravam 
e foi também lá que a mataram".



Quando Alice e Diogo escolheram a Quinta das Lágrimas para celebrar o casamento, estavam longe de imaginar o horror em que se tornaria o dia mais feliz das suas vidas.
Naquela semana de inverno, com o hotel reservado em exclusivo para noivos, familiares e amigos, os preparativos são concluídos com sucesso.
Contudo, na manhã do casamento, os convidados acordam em sobressalto: a noiva desapareceu. Não a encontram em parte nenhuma e rapidamente se dá início a uma busca pelo exterior da Quinta. O jardim está coberto por um frio gélido e o cadáver de Alice é descoberto em circunstâncias macabras...
A chegada da Polícia Judiciária põe o hotel em alvoroço. Os inspetores estabelecem que o homicídio foi cometido por um dos hóspedes, mas as mentiras propagam-se e ampliam-se as suspeitas.
Quem matou a Alice?
Assim que as evidências se encaixam e começam a formar uma imagem concreta, a polícia inicia uma corrida contra o tempo no encalço de um assassino que não ficará por ali...


Quinta das Lágrimas, Coimbra



Há mais alguém que não sairá vivo 
da Quinta das Lágrimas 





agosto 23, 2024

VEMO-NOS EM AGOSTO

 


Pintura de David de las Heras 



"(...)Tinha repetido aquela viagem todos os dias 16 de agosto à mesma hora, com o mesmo táxi e a mesma florista, debaixo do sol de fogo do mesmo cemitério indigente, para pôr um ramo de gladíolos frescos na sepultura da mãe. A partir desse momento nada mais tinha de fazer até às nove da manhã do dia seguinte, hora a que saía o primeiro ferry de regresso.(...)
Nunca mais voltaria a ser a mesma. Tinha-o vislumbrado no ferry de regresso, entre as hordas de turistas que sempre lhe tinham sido alheias e que de repente e sem motivos claros se lhe tornaram abomináveis."







Gabriel García Márquez nasceu a 6 de março de 1927, em Aracataca, Colômbia, e faleceu a 17 de abril de 2014, na Cidade do México.
Distinguido com o Prémio Nobel da Literatura em 1982, publicou o seu primeiro conto, "A Terceira Resignação", aos vinte anos, e no ano seguinte deu início ao seu percurso jornalístico.
Durante mais de meio século dividiu-se entre estes dois ofícios, enfeitiçado pelo "amargo encanto da máquina de escrever".
O seu talento narrativo fez dele um escritor fascinante para milhares de leitores. Considerado o expoente máximo de "realismo mágico", afirmou sempre: " Não há nos meu romances uma linha que não seja baseada na realidade". 
Foi, definitivamente, o criador de um dos mundos narrativos mais ricos que a língua espanhola produziu no século XX, e o carácter universal da sua obra coloca-o entre os maiores escritores de sempre.



O livro de Gabriel García Márquez 
que hoje sugerimos para leitura do seu fim de semana
é um romance inédito do autor, editado postumamente pelos seus filhos, 
lançado ao público no dia em que faria 97 anos e 
no ano em que se assinala uma década sobre a sua morte (06/03/2024)





Escrito no seu estilo inconfundível e fascinante 
Vemo-nos em Agosto
 é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino.









Todos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano. 
Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsas e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.







agosto 16, 2024

MULHERES QUE COMPRAM FLORES







"(...) Eu tenho a teoria de que a cada pessoa corresponde uma flor.
 E também a cada etapa da sua vida.
 Há mulheres que compram flores e há outras que não. É tudo."








Num bairro pequeno e central da cidade, há cinco mulheres que compram flores. A princípio, nenhuma o faz para si própria: uma compra-as para um amor secreto, outra para o seu escritório, a terceira para as pintar, uma outra para os seus clientes, e a última... para um homem morto. 
Após a perda do seu companheiro, Marina percebe que está totalmente perdida: durante demasiado tempo, ocupou um lugar secundário na sua própria existência. Procurando começar do zero, aceita trabalho temporário numa curiosa florista, chamada "O Jardim do Anjo". Lá , encontrará outras mulheres, todas muito diferentes entre si, mas que, como ela , estão numa encruzilhada vital no que diz respeito ao trabalho, aos amantes, aos desejos ou à família. Do relacionamento entre elas e Olivia, a excêntrica e sábia dona da florista, despontará uma amizade íntima da qual depende o novo rumo que as suas vidas tomarão.



"Um romance apaixonado que agarra 
e que te fará rir e emocionar"
                                                                         Rosa Montero






 

Vanessa Montfort nasceu em Barcelona a 4 de junho de 1975.
Romancista e dramaturga, é já considerada uma das principais vozes da atual literatura espanhola.
Premiada pelos seus três romances anteriores, alcançou o êxito internacional com
Mulheres que compram flores🌷
e que sugerimos para 
leitura do seu fim de semana.





Viciante, divertido, romântico e honesto,
Mulheres que compram flores🌷
é um comovente romance sobre amizade e 
independência feminina, numa viagem épica rumo
 ao centro dos sonhos da mulher contemporânea.






junho 21, 2024

TODA A GENTE TEM UMA IDEIA DO QUE SERIA UMA VIDA PERFEITA




A BBC realizou uma série de seis episódios, adaptações do livro que hoje 
sugerimos para leitura do seu fim de semana.

Um livro de suspense fascinante sobre a improvável
amizade entre duas mulheres grávidas que coloca a questão:
até onde iria para criar a família perfeita?


Agatha está grávida, trabalha a meio tempo como repositora num supermercado nos subúrbios de Londres e conta os dias até ao nascimento do bebé. Os seus turnos parecem intermináveis, o que aumenta a cada dia a sua frustração profissional. Agatha anseia por uma vida como a de Meghan, uma cliente elegante e moderna que a deixa completamente deslumbrada. Meghan tem tudo: dois filhos perfeitos, um marido maravilhoso, um casamento feliz, um grupo de amigas e também escreve artigos num blogue popular sobre maternidade, artigos que Agatha lê com devoção todas as noites enquanto espera pelo namorado cada vez mais ausente, o pai do bebé.
Quando Agatha descobre que Meghan está de novo grávida e que as datas dos partos coincidem, ganha coragem para falar com ela, animada por finalmente terem algo em comum. Meghan vai descobrir que aquele momento sem importância que partilhou com uma funcionária do supermercado está prestes a mudar para sempre o curso do que até então era uma vida perfeita.
 

Michael Robotham nasceu a 9 de novembro de 1960 em Casino, Austrália.
É um escritor de romances policiais. Venceu duas vezes o prémio CWA Gold Dagger do melhor romance e foi também por duas vezes nomeado para o prémio Edgar de melhor romance.
Os seus livros estão à venda em cerca de cinquenta países, tendo já vendido mais de vinte milhões de exemplares em todo o mundo.

"Não conseguirá parar de ler. Cada mulher revela a sua história em capítulos
 alternados e fascinantes que, no fim, convergem de forma magistral.
Um livro de grande qualidade."
                                        People




maio 31, 2024

NAQUELE DIA ACONTECEU

Dia após dia, salte da Idade Média para o século XX 
e depois encontre-se em plena Antiguidade. 



Com este livro não há impossíveis.
É uma autêntica viagem no tempo e no espaço.
São 365 dias que ficaram para a História da Humanidade.


Sabia que o Tintim surgiu no dia 10 de janeiro de 1929?


Sabia que as calças de ganga foram patenteadas no dia 20 de maio de 1873?
Inicialmente destinadas aos vaqueiros e aos mineiros de São Francisco, 
rapidamente se tornaram um sucesso mundial.


Sabia que a 5 de julho de 1996 nasceu a ovelha Dolly, fruto de um feito 
revolucionário da equipa escocesa do cientista Ian Wilmut?


O livro que sugerimos como leitura de fim de semana propõe
 uma autêntica  viagem no tempo.
Das explorações às descobertas científicas, passando pelas artes e pelas letras,
 pela medicina, pela geografia, entre outros, 
o Leitor vai poder percorrer o mundo  e descobrir a aventura humana






 

maio 03, 2024

NÃO FOI UMA MADRUGADA COMO AS OUTRAS

 


O romance que hoje sugerimos para leitura do seu fim de semana
foi escrito durante o confinamento imposto pela pandemia.
É o quarto romance do autor e foi lançado durante 
o festival Corrente de Escritasna Póvoa do Varzim em 2022.  



Inspirado num dos versos de Grândola Vila Morena, "à sombra de uma azinheira/ que já não sabia a idade", nasce o nome deste romance. 
Com o propósito de celebrar Abril e o aproximar da data do seu cinquentenário, levou-o a escrever este romance  onde Portugal é a figura principal do mesmo e onde se faz uma reflexão de um tempo antes e depois de Abril: "Eu diria que são 90 anos de reflexão, 45 anos antes e 45 anos depois"





"Gostaria que este livro fosse lido por todas as gerações"

                                                    Álvaro Laborinho Lúcio


Não é uma madrugada como as outras, aquela em que vai nascer o primeiro filho - ou a primeira filha - de Maria Antónia e João Aurélio: é a que muitos esperavam e agora começa a tomar forma nas movimentações das tropas pelas ruas de Lisboa e Porto. Haverá um antes e um depois desta "manhã inicial", em que nasce a criança e renasce um país de um longo período de trevas.
Mas a almejada revolução e a vinda do bebé perdem todo o significado para João Aurélio no momento em que se cumpre: Maria Antónia morre no parto, deixando o marido e companheiro de luta desolado e definitivamente distante da vida dos vivos.
Enquanto a criança é acolhida e criada pelos tios ( a irmã de João Aurélio e o marido) e Portugal dá os primeiros passos numa nova existência democrática, João Aurélio, o antigo militante, o utópico, mergulha no isolamento e na loucura, na obsessão do passado e da morte.
Catarina cresce longe do pai, procurando saber quem realmente é, no que faz e se propõe fazer, com tudo o que isso implica: liberdade, incerteza, contradição, dúvida, risco. Em paralelo, a jovem vida em democracia do país procura desenvolver-se, libertando-se dos seus atavismos históricos e de um passado idealista.
Portugal, nos quarenta e cinco anos que antecederam o 25 de abril, contado através da história familiar e política de João Aurélio; e Portugal, nos quarenta e cinco anos que se seguiram à revolução, narrado pelo percurso indagador de Catarina. Entre estas e muitas outras personagens extraordinárias - e a inerente diversidade de olhares e perspetivas, passados e presentes - se conta a história da cisão entre pai e filha e a da relação entre a "azinheira" e as suas sombras.







Álvaro Laborinho Lúcio nasceu na Nazaré no dia 1 de dezembro de 1941.
Mestre em Ciências Jurídico-Civilísticas pela faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e magistrado de carreira, é juiz-conselheiro jubilado do supremo Tribunal de Justiça. De 1980 a 1996, exerceu, sucessivamente, as funções de Diretor do Centro de Estudos Judiciários, Secretário de Estado da Administração Judiciária, Ministro da Justiça e Deputado à Assembleia da República. Entre 2003 e 2006, ocupou o cargo de Ministro da República para a Região Autónoma dos Açores.
Com intensa atividade Cívica, é membro dirigente, entre outras, de associações como a APAV e a CRESCER-SER, de que é sócio fundador. Com artigos publicados e inúmeras palestras proferidas sobre temas ligados à justiça, ao direito, à educação, aos direitos humanos e à cidadania em geral, é autor de inúmeros livros.
Agraciado pelo rei de Espanha, com a Grã-Cruz da Ordem de S. Raimundo de Peñaforte, e pelo Presidente da República Portuguesa, com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo, é membro da Academia Internacional da Cultura Portuguesa e doutor honoris causa pela Universidade do Minho.












abril 05, 2024

ESTA MANHÃ, NINA OLHOU-ME SEM ME VER.



"Sou alta e magra, ainda que bem-proporcionada. Franja, cabelo de comprimento médio, castanho escuro. Alguns brancos na trunfa, que disfarço com rímel castanho.
Chamo-me Virginie. Tenho a mesma idade que eles.
Hoje em dia, dos três, só Adrien me fala ainda.
Nina despreza-me.
Quanto a Étienne, sou eu que já não quero saber dele. 
Contudo, fascinam-me desde a infância. Nunca me senti ligada a alguém como àqueles três.
E a Louise"



Se o leitor gostou de A Breve Vida das Flores, 
Vai adorar o segundo romance de Valérie Perrin
Uma história em que a adolescência, a passagem para
a vida adulta e as dores de crescimento nos mostram 
de que matéria é feito um dos mais profundos
sentimentos da vida: a amizade.






Adrien, Étienne e Nina têm dez anos quando se conhecem na escola, em 1986. Rapidamente, tornam-se muito próximos, criam um laço fortíssimo e fazem um pacto: vão partir, juntos, para Paris e jamais se separarão.
Muitos anos mais tarde, em 2017, é encontrado em carro no fundo de um lago, no lugar onde os três amigos cresceram. Virginie, uma jornalista com um passado nebuloso, faz a cobertura do caso. Pouco a pouco, ela vai descobrindo o que aproximou aqueles três amigos. Que pessoas são, hoje, Adrien, Étienne e Nina? Qual a relação entre este estranho acontecimento e a história de amizade que une os três?



"Melhor Romance do Ano"
                                                                   Le Parisien



"Um dos Melhores Livros do Ano"
                                                                           Lire



Tudo boas razões para o Leitor vir à Biblioteca Municipal e 
requisitar esta nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana








Esta manhã, Nina viu-me pela primeira vez






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