outubro 31, 2012


Hoje é o DIA MUNDIAL DA POUPANÇA.

Por isso, vamos começar por poupar ...
... nas palavras.


Leia.

outubro 29, 2012

VAMOS FAZER MERENDEIRAS



Sabemos que os homens seguiram a nossa sugestão de leitura de fim de semana e que agora a cozinha já não tem segredos para eles. Então agora nada melhor do que praticarem. 
Vá!, juntem a família  e metam as mãos na massa.



VAMOS FAZER MERENDEIRAS 

As merendeiras são doces típicos dos Santos, que expressam a sabedoria de uma tradição ainda bem enraizada em Portugal. Podem ser saboreadas simples ou com frutos secos, a acompanhar uma chávena de chá, de café ou somente como uma guloseima, em qualquer altura do dia. Têm a vantagem de se poderem congelar durante algum tempo. Tendem a endurecer ao fim de três dias, mas mesmo assim são deliciosamente boas, torradas e saboreadas simples ou barradas com um pouco de manteiga ou doce.





Merendeiras, quem resiste?

Como se fazem?

Dos inúmeros livros de cozinha existentes na Biblioteca Municipal, 
deixamo-vos aqui esta receita:

Ingredientes:
1 Kg de batata doce (usei batata normal)
500g de açúcar
1 colher (sobremesa) de manteiga
canela q.b.
nozes e figos picados, pinhões e passas, nozes 
800g de farinha
3 ovos
raspa de limão
15 gr  de fermento de padeiro

Preparação:
Cozem-se as batatas e trituram-se, juntam-se todos os ingredientes e amassam-se muito bem. Tapa-se a massa e deixa-se repousar durante um tempo. Moldam-se as merendeiras do formato de broinhas grandes.
Leva-se a forno médio em tabuleiros polvilhados de farinha, até ficarem bem lourinhas.



  Depois, é só comer!

Para outras receitas, não deixe de passar pela 
Biblioteca Municipal


outubro 26, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA


Mais um fim de semana que se aproxima e com ele a nossa sugestão de leitura de fim de semana, que desta vez, tem um público alvo: Os Homens.

Queremos que os homens descubram 
o prazer de cozinhar.

Se está a iniciar-se nas lides culinárias e não tem ninguém a quem pedir ajuda, se é solteiro, se começou a viver sozinho, damos-lhe uma ajuda com alguns truques básicos e práticos que o vão transformar num verdadeiro chef. 



Não, uma cozinha não tem que parecer 
um campo de batalha.

Se o leitor seguir a nossa sugestão de leitura de fim de semana, encontrará esclarecimentos, conselhos, dicas para economizar, indicações nutricionais, as calorias por dose e até a bebida certa para acompanhar cada prato.


Curioso?
Vai deixar de estar.


Manual de Sobrevivência para 
HOMENS NA COZINHA
Noções e Técnicas
Editora Impala

Neste livro vai encontrar todas as dicas para organizar a sua cozinha e escolher os utensílios certos, como fazer compras e como poupar dinheiro. Ficará a conhecer os diferentes tipos de queijos, quais os vinhos que devem acompanhar aquele prato, os diferentes tipos de cerveja e muito mais...




Este livro é a base para avançar 
com segurança para a preparação de receitas.....românticas! 
Como esta que lhe deixamos aqui.



Camarões salteados com limão

Coza o miolo de camarão, durante cinco minutos, em água abundante e temperada com uma pitada de sal; escorra-o e reserve. Pique um dente de alho e refogue-o numa frigideira, num pouco de azeite.
Adicione-lhes o miolo de camarão cozido. Tempere com sal, pimenta e o sumo de limão. Junte um raminho de coentros e salteie. Retire e sirva de imediato.
A bebida certa é vinho verde e pode acompanhar com fatias de pão torrado, previamente barradas com manteiga de alho.
Os nutrientes do camarão, do azeite, do alho e do limão combinam-se para reforçar as defesas e o sistema imunitário.




Tenha um Bom Fim de Semana 
lembre-se

Um Homem que sabe cozinhar é sexy.

outubro 25, 2012

A PINTURA NÃO SE FEZ PARA DECORAR APARTAMENTOS. É UMA ARMA DE ATAQUE E DE DEFESA




A arte, hoje, não seria igual sem o génio do pintor espanhol Pablo Picasso. Numa carreira que se prolongou por quase 80 anos, Picasso - sempre vigoroso, sempre cheio de alegria de viver - mostrou ser o artista mais versátil e inventivo, não só do século XX, mas talvez de todos os tempos, um mestre da pintura e do desenho, bem como de outros meios, como a colagem, a cenografia, a cerâmica e a escultura. Mas o seu talento não era simplesmente estético. A sua pintura mais famosa, Guernica, captou o horror total da guerra, enquanto na sua água-forte da pomba da paz apontou o caminho para um futuro mais feliz.



"O maior inimigo da criatividade é o bom senso."
                                                                                                                                    Pablo Picasso 



Picasso por André Carrilho
Picasso nasceu artista a 25 de outubro de 1881. Diz-se que sabia desenhar antes de saber falar e, quando o fez, a sua primeira palavra foi "lápis".
Nasceu menino-prodígio na Andaluzia, passou pela chuvosa Galiza, cresceu adolescente na Catalunha, viveu e amou em Paris e, no pós-Guerra, mudou-se para o sul de França, onde morreu a 8 de abril de 1973, aos 91 anos.
Era ainda criança quando o pai, pintor, lhe passou o testemunho (tintas e pinceis) e desistiu de pintar.
Picasso apoiou-se nos "gigantes" Cranach, El Greco, Poussin, Velásquez, Goya, Inges, Manet, que transformou e recriou, sem nunca se repetir.
O Picasso emocional alia-se a Georges Braque racional para inventarem o cubismo.
Não lhe bastava o que as coisas eram: excitava-se com aquilo que elas podiam ser. Se as formas básicas de Cézanne - a esfera, o cone e o cilindro - serviam para tudo, então um cilindro podia ser uma garrafa e uma garrafa podia ser um cilindro.


"Há pessoas que transformam o sol 
numa simples mancha amarela, 
mas há aquelas que fazem de uma 
simples mancha amarela o próprio sol."
                                                                                                                            Pablo Picasso 



Picasso, 1937, pintando Guernica
A Guernica é a obra mais conhecida de Picasso, criada a seguir ao horroroso bombardeamento da cidade espanhola com o mesmo nome, em 1937.
A enorme tela apresenta uma massa retorcida de cores escuras, corpos contorcidos, cabeças a gritar e animais aterrorizados - uma visão do apocalipse da guerra. 
Esta obra-prima é simultaneamente um memorial às pessoas indefesas mortas nesta ação, durante a Guerra Civil Espanhola (1936-39), e um aviso sobre os horrores da guerra. Mais de 1000 pessoas morreram e apenas 1% dos edifícios da cidade sobreviveu.
Picasso ficou tão indignado com o regime de Franco, que não permitiu que a pintura fosse levada para Espanha enquanto o ditador fosse vivo. Finalmente, ela chegou a Madrid em 1981, onde permanece, demasiado frágil para ser levada para o Museu Guggenheim, em Bilbau, apesar dos pedidos dos bascos.


Obras de Pablo Picasso divididas em períodos 



"Na realidade trabalha-se com poucas cores. 
O que dá a ilusão do seu número 
é serem  postas no seu justo lugar"
                                                                                                                          Pablo Picasso 


Não, infelizmente a Biblioteca Municipal não tem nenhuma obra de Picasso, 
mas tem livros com a vida  e com as pinturas deste génio universal, 
que o leitor poderá requisitar.

Venha descobrir o mundo de Picasso, os seus quadros, a sua inspiração
e o que podemos aprender hoje com a sua arte.

Esperamos por si!


outubro 22, 2012

SEJA A MUDANÇA QUE VOCÊ QUER VER NO MUNDO


"A defesa dos Direitos do Homem, elaborada a partir do sofrimento do seu próprio povo, tornou-se uma das suas atividades terrenas principais. Por elas, em 1989 foi-lhe atribuído  o Prémio Nobel da Paz. (Em parte, uma descompostura norueguesa ao governo de Pequim no ano do massacre de Tiananmen Square; mas em parte também o reconhecimento do alto teor moral do Dalai Lama por coexistência nobre e digna com a China)."
                                                                                                                           José Cutileiro



Dalai Lama aos 3 anos
"Nasci a 6 de julho de 1935 numa aldeiazita chamada Taktser, que significa "o tigre que ruge", situada no extremo nordeste do Tibete, na província de Amdo, fronteiriça à China. Os meus pais era pequenos agricultores. 
Após o meu nascimento, um par de corvos veio empoleirar-se sobre o telhado da nossa casa. Chegavam todas as manhãs, ficavam um pouco, depois partiam. Isso constitui um aspeto de particular interesse, porque um facto semelhante produziu-se por altura do nascimento do primeiro, do sétimo e do oitavo Dalai Lamas.
Quando ainda não tinha três anos de idade, uma brigada encarregada pelo governo de Lassa de encontrar a reencarnação do Dalai Lama chegou ao convento de Kumbum. Vários indícios conduziram estes homens à quinta dos meus pais, onde passaram a noite a brincar comigo e a observar-me muito atentamente. Regressaram alguns dias mais tarde com uma série de objetos que haviam pertencido ao décimo terceiro Dalai Lama e outros, idênticos, que não tinham sido dele. Perante cada um dos que lhe pertenceram, eu gritava: "É meu! É meu!". Foi assim que por fim fui reconhecido como o novo Dalai Lama". 
                                                                                               Tenzin Gyatso, 14ª Dalai Lama 



"Sê gentil sempre que for possível. 
É sempre possível".


"Desde a minha fuga do Tibete, vivo exilado na Índia. Em 1949-1950, a República Popular da China enviou um exército para invadir o meu país. Durante perto de dez anos, continuei a ser o chefe político e espiritual do meu povo e procurei estabelecer relações pacíficas entre as nossas duas nações; mas a tarefa revelou-se impossível. E tive de admitir, a contragosto, que poderia servir melhor o meu povo a partir do exterior.
Há já quarenta anos que ocorreu a invasão chinesa do Tibete. E nada mais temos a não ser a nossa vontade - a verdade - para tratar com os Chineses. Apesar das suas lavagens ao cérebro, apesar de todas as formas de atrocidades e de propaganda a que recorrem e apesar dos meios que eles utilizam, a verdade continua a ser a verdade.
O poder da vontade dos seres humanos comuns substituirá o poder das espingardas".



"Acredito que o objetivo da nossa vida seja a busca da felicidade. Isso está claro. Quer se acredite em religião ou não, quer se acredite nesta religião ou naquela, todos nós procuramos algo melhor na vida. Portanto, acho que a motivação da nossas vida é a felicidade".


"Embora os Tibetanos queiram que eu regresse ao Tibete, recebo mensagens do interior dizendo que não o faça nas circunstâncias presentes. Embora refugiado, permaneço livre, livre de falar em nome do meu povo. No mundo livre, sou mais útil como porta-voz. Posso servi-lo melhor do exterior.
Uso o mesmo traje bordeaux que qualquer outro monge usa. Não é de boa qualidade e está remendado. Como todos os outros monges, obedeço aos votos de pobreza e não possuo qualquer bem pessoal.
Desde a infância que me fascinam os objetos mecânicos. Conserto os relógios de parede e de pulso, ou então vou plantar vegetais. Aprecio sobretudo as tulipas. Gosto de as ver crescer.
Ás sete horas, é o momento da televisão. Gosto das séries da BBC sobre a civilização ocidental e as maravilhosas emissões sobre a natureza.



"Quando em 1989 o Prémio Nobel da Paz me foi atribuído, muitos descobriram nessa ocasião o problema tibetano. Escreveram-me cartas a perguntar: "Onde fica o Tibete?"
Naturalmente, o Prémio Nobel ajudou-me junto dos chefes de Estados. Alguns receberam-me oficialmente. Outros, como o presidente Mitterand, a título privado - sempre as razões diplomáticas."



"Poderia dizer que a religião é uma espécie de luxo. É muito bom praticar alguma, mas é evidente que podemos bem passar sem ela. Em troca, sem qualidades humanas fundamentais - o amor, a compaixão e a bondade - não podemos sobreviver. A nossa paz e estabilidade mental dependem delas".



Sobre esta personalidade fascinante, encontrará na Biblioteca Municipal  da sua cidade bibliografia que poderá requisitar para empréstimo domiciliário.



Tenha uma Boa Semana
 
Dê a quem você ama: 
asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar.

outubro 19, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA


Fim de semana com chuva e frio e nada melhor que o nosso sofá, um chá quente e um bom livro. E para que o sofá não fique sozinho, e enquanto o chá nos aquece, a leitura do livro que lhe sugerimos, vai levá-lo a viver alguns dos acontecimentos que marcaram o século XX. 

E a  nossa sugestão de leitura de fim de semana é:

O homem que gostava de cães
de Leonardo Padura
Porto Editora

O título, "O homem que gostava de cães" foi "roubado" por Leonardo Padura a um conto de Raymond Chandler, onde um assassino a soldo ama os cães. 

"Utilizo-o como metáfora da possível união destas três personagens tão diferentes umas das outras: um homem que fez a História [Trótski], um homem que entrou na História porque o matou [Ramón Mercader] e um homem que sofre a História [Iván]".


Em 2004, com a morte da mulher, Iván, um aspirante a escritor, relembra um episódio que lhe aconteceu em 1977, quando conheceu um homem enigmático que passeava pela praia acompanhado de dois galgos russos. Após vários encontros, "o homem que gostava de cães" começou a confidenciar-lhe relatos singulares sobre o assassino de Trótski, Ramón Mercader, de quem conhecia pormenores muito íntimos. Graças a essas confidências, Iván irá reconstituir a trajetória de Liev Davídovich Bronstein, mais conhecido por Trótski, e de Ramón Mercader, e de como se tornaram em vítima e verdugo de um dos crimes mais reveladores do século XX.

"Um grande romance, um hino às ilusões perdidas e um requisitório contra o comunismo, a utopia mais destruidora do século passado".
Livres Hebdo


"Creio que o assassinato de Trótski tem um carácter simbólico muito grande dentro da perda dessa utopia socialista. O meu livro mostra como a União Soviética, a partir da época de Estaline, sofreu um acelarado processo de dogmatização, de perversão, que acabou por converter o país numa autocracia onde só Estaline decidia. Não decidia só o que acontecia na União Soviética, decidia o que acontecia no resto dos partidos comunistas do mundo. Quem não correspondia a essa ortodoxia ficava de fora", acrescenta o escritor cubano.

Natália, Frida Kalo e Trótski na Casa Azul



Leonardo Padura nasceu em Havana, em 1955. Licenciado em filologia, trabalhou como guionista, jornalista e crítico.
Tornou-se sobretudo conhecido pelos seus romances policiais, protagonizados pelo detetive Mario Conde, traduzidos para inúmeras línguas.
A sua obra foi distinguida com diversos prémios literários, como o Prémio Café Gijón 1995, o Prémio Hammett em 1997, 1998 e 2005, o Prémio do Livro Insular 2000, França, ou o Brigada 21 para o melhor romance do ano, além de vários prémios da crítica em Cuba e do Prémio Nacional do Romance em 1993.
Leonardo Padura é fundamentalmente um escritor, apesar de fazer investigações históricas e literárias. Gosta de utilizar a História como componente da ficção porque acredita que "a ficção é capaz de realçar a parte mais dramática da História. É muito complicado escrever romances históricos no sentido em que os acontecimentos da realidade têm a sua própria dramaturgia e os acontecimentos da literatura têm a sua, que é diferente. Têm leis diferentes"



Tenha um Bom Fim de Semana
 com 
Boas Leituras



outubro 18, 2012

WISLAWA SZYMBORSKA, 1923-2012



A mão
vinte e sete ossos, 
trinta e cinco músculos,
cerca de duas mil células nervosas
em cada um das pontas dos cinco dedos.
É quanto basta 
para escrever Mein Kampf
ou a Casinha do Ursinho Puff.

                                                                            Tradução do polaco de Teresa Swiatkiewicz


Wislawa Szymborska nasceu a 2 de julho de 1923 em Kórnik, na Polónia. Em 1931 mudou-se com a família para Cracóvia, onde estudou literatura e sociologia.
Estreou-se como poeta em 1945 com o poema Szukam Slowa (Procuro uma palavra). De 1953 a 1981 colaborou, como editora de poesia e como colunista, na revista semanal Zycie Literakie (A vida Literária).
Wislawa Szymborska, na sua poesia,  aborda temas como o Holocausto, a Segunda Guerra Mundial, a ocupação soviética e a transição para a democracia, a situação atual polaca. 
Em 2007, juntou-se aos intelectuais polacos que acusaram a direita conservadora dos irmãos gémeos Lech e Jaroslaw Kaczynski (então Presidente da República e Primeiro-Ministro, respetivamente) de "não compreenderem" a democracia e "tentarem enfraquecer e renegar instituições de um Estado democrático como os tribunais independentes e os Media livres".


No aeroporto

Correm um para o outro de braços abertos,
exclamam ridentes: Até que enfim! Enfim!
Ambos vestidos com agasalhos de inverno,
gorros de lã,
cachecóis,
luvas,
botas,
mas só para nós.
Porque um para o outro estão nus.
                                                                  
                                                                         Tradução do polaco de Teresa Swiatkiewicz



A autora, que se destacou por uma poesia mesclada de emoção, ironia, e pela habilidade de usar trocadilhos, ao longo da sua carreira ganhou vários prémios e, em 1996, aos 73 anos, ganhou o Prémio Nobel da Literatura.
Segundo a Academia Sueca "por uma poesia que com precisão irónica permite que os contextos históricos e biológicos reluzam em fragmentos de realidade humana". O Comité do Nobel considerou-a o "Mozart da poesia".

Sempre que lhe perguntavam por que escrevia poesia, respondia com um simples "Isso eu não sei".
Aos 88 anos de idade, a 1 de fevereiro deste ano, faleceu, vítima de cancro do pulmão.




Os poemas de Szymborska exploram situações pessoais, mas são ao mesmo tempo tão genéricos que permitem à sua autora evitar confidências. No seu conhecido poema sobre um gato num apartamento vazio, em vez do lamento pela perda do marido de uma amiga lemos:


GATO NUM APARTAMENTO VAZIO

Morrer não é coisa que se faça a um gato.
Que há-de um gato fazer
num apartamento vazio?
Subir às paredes?
Roçar-se nos móveis?
Aparentemente não mudou nada
e no entanto está tudo mudado.
Continua tudo no seu lugar
e no entanto está tudo fora do sítio.
E à noite a lâmpada já não está acesa.

Ouvem-se passos nas escadas,
mas não são os mesmos.
A mão que põe o peixe no prato
também já não é a que o punha.

Há aqui qualquer coisa que já não começa
à hora do costume,
qualquer coisa que não se passa
como deveria passar-se.

Havia aqui alguém que há muito estava e estava
e que de repente desapareceu
e agora insistentemente não está.

Procurou-se em todos os armários,
revistaram-se as estantes,
espreitou-se para debaixo do tapete.
Violou-se até a proibição
de desarrumar os papéis.
Que mais se pode fazer?
Dormir e esperar.

Quando regressar, ele vai ver,
ele vai ver quando chegar.
Vai ficar a saber
que isto não é coisa que se faça a um gato.
Caminhar-se-á em direcção a ele
como que contrariado,
devagarinho,
com patas amuadas.

E nada de saltos ou mios. Pelo menos ao princípio.

                                                                                                   Tradução de Manuel António Pina



Os seus poemas foram traduzidos em 36 línguas e em Portugal foram publicados 3 livros que se encontram esgotados e que a Biblioteca Municipal infelizmente não dispõe para empréstimo domiciliário.


Mas, não deixe de nos visitar.


Esperamos por si.

outubro 16, 2012

PASSE MELHOR, PASSE POR CÁ!


Queremos que passe melhor o seu dia a dia. 
Não, não  fique em casa. 



Não passe os dias a lavar roupa. Não passe mais a ferro.




Não passe os dias a lavar o chão. Chega!



Francamente, não passe os dias a dormir no sofá! 




Também não é nada bom que passe os dias a comer!




Não passe os dias deprimida por causa das contas por pagar!




Não passe os dias a ver a Júlia Pinheiro.


                                                                                                          
ENTÃO O QUE FAZER


Passe pela Biblioteca Municipal.
Passe bons momentos a ver um filme,
de aventura, ação, musical, comédia, documentário, etc.
O importante é que passe




 
Passe a palavra e traga um amigo.
E passe a saber que é 


 


outubro 12, 2012

UMA LEITURA DIFERENTE

Porque hoje é 6.ª feira e se aproxima mais um fim de semana, é o dia em que habitualmente lhe deixamos uma sugestão de leitura. Essa sugestão é quase sempre um autor ou um determinado livro. Mas desta vez a nossa sugestão vai ser diferente. Vamos deixar uma sugestão de leitura, tal como fazemos todas as 6.ªs feiras, mas hoje vamos também fazer-lhe um convite. Ora leia:

********************************************
CONVITE
Convidamos todos os nossos utilizadores a deslocarem-se amanhã, sábado, 
entre as 14:30 e as 18:00, à
Biblioteca Municipal
para uma leitura diferente. 

Pedimos-lhe que entre na 
secção de periódicos 
e leia gratuitamente 
jornais, nacionais ou regionais, 
ou então revistas variadas.

ESPERAMOS POR SI

********************************************

Agora veja, 
lentamente e com atenção, 
alguns dos títulos que temos para si. 





Se não souber concretamente qual é a secção de periódicos da Biblioteca Municipal, nós mostramos-lhe já qual é.



Conseguiu identificar? Certamente que sim.

Mas se este convite não lhe agradou e se continuar a preferir a leitura de um livro, 
então nós temos uma sugestão para si.

Mo Yan, Prémio Nobel da Literatura 2012

Como sabe, ontem ficámos a conhecer o premiado com o Nobel da Literatura 2012. Trata-se do escritor chinês Mo Yan, aparentemente muito conhecido no seu país, mas do qual apenas existe um livro traduzido em português. É um bom pretexto para conhecermos um pouco da literatura oriental. Infelizmente, não poderemos sugerir-lhe a leitura desse livro, uma vez que a Biblioteca Municipal não o possui. Mas poderemos sugerir-lhe a leitura de outros autores de literatura chinesa, que a Biblioteca disponibiliza  para empréstimo. Para ficar a conhecer quais são esses autores CLIQUE AQUI

TENHA UM BOM FIM DE SEMANA.
SE POSSÍVEL,
COM LEITURAS DIFERENTES



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