outubro 30, 2020

O CORAÇÃO É MAIOR QUE A PERDA

 porque a vida é maior que a dor, e a saudade e a felicidade não têm limites,  nem tabelas, nem distâncias. 

Caro Leitor, 
esta é a nossa sugestão de leitura para o fim-de-semana.

Um livro que o vai convidar a refletir sobre o envelhecimento, 
(no passado dia 28 de outubro assinalou-se o Dia Mundial da Terceira Idade)
sobre novas oportunidades e nunca ser tarde para ser feliz.



Uns dias antes de comemorar as bodas de ouro, a tragédia bate à porta de Manuel, com a morte da mulher da sua vida. As filhas, Helena e Luísa, há muito longe de casa, insistem que o futuro do pai passe pelo lar de idosos da vila mais próxima.
Na casa de Manuel, sucedem-se as reuniões familiares e as desavenças que o martirizam. Entre elas, valem as visitas carinhosas do filho mais novo e da neta, cúmplices da sua autonomia e capacidade de decisão, bem como a presença constante de Nicolau, o gato, companheiro fiel e atento ouvinte dos longos desabafos de septuagenário.
A solidão crescente e o agravamento de alguns problemas de saúde fazem com que Manuel ceda, mas apenas temporariamente, às pretensões das filhas.
Surpreendentemente, aquilo que seria o fim transforma-se no início de uma grande etapa na sua vida, entre novos sentimentos, novas pessoas e novos lugares. Na sua jornada de redescoberta da felicidade, Manuel muda completamente a vida de todos os que o rodeiam...


Fotografia de Barbara Bates

"- Não sei se sabes Justina, mas eu tenho um gato que não queria, de forma nenhuma, deixar abandonado ou entregue a alguém. Acredito que nunca alguém chegou aqui acompanhado por um amigo de quatro patas. A Teresa adorava o Nicolau. Acho que o pobre animal sente bastante a falta dela e eu não posso virar as costas assim. É um gato muito meigo e faz-me imensa companhia."



José Rodrigues nasceu a 7 de agosto de 1969 em Viseu. 
Licenciado em Gestão, desenvolve a sua atividade profissional na área dos seguros.
A família e os amigos, o karaté e o futebol veterano complementam o enorme gosto pela escrita.


"- Anda daí, Nicolau. Queres vir comigo ao bar, para beber um café e comer um biscoito? (...)
O felino saltou para cima da cama e espreguiçou-se, como adorava fazer, dando sinais de que ninguém o arredaria dali tão cedo."




Boa Leitura e Bom Fim de Semana





outubro 21, 2020

REPRESENTAÇÕES DO REAL

Há vários meses que estamos a enfrentar uma realidade nova, que nos tem imposto restrições, hábitos e rotinas diferentes, desencadeando em nós uma mistura de medo, mas também de coragem, que nos tem permitido adaptarmo-nos às novas circunstâncias. O mesmo tem acontecido ao longo dos séculos.
Se recuarmos na História, facilmente verificamos que a Humanidade sempre conviveu com momentos epidemiológicos dramáticos e mortíferos, com efeitos devastadores, bem presentes na arte, em especial na pintura, através da qual nos surgem imagens representativas da existência de epidemias incontroláveis. Deixamos aqui alguns exemplos emblemáticos, de como foi representada a doença, a morte e o medo na pintura.

Enterro de vítimas da peste negra em Tournai (1348).
Pormenor de iluminura nas “Crónicas e Anais de Gilles le Muisit”, abade de St. Martin de Tournai, Biblioteca Real da Bélgica


O Triunfo da Morte, de Pieter Bruegel (1562), exposta no Museu do Prado (Madrid),
representando a devastação coletiva provocada pela doença, pela morte e pela guerra.


A Peste dos Filisteus em Ashdod, de Pieter van Halen (1661), Wellcome Collection (Londres), recriando o ambiente de uma pandemia narrada no Velho Testamento. 


Peste, de Arnold Bocklin (1898),
onde se mistura o tema da morte e do misticismo, talvez inspirado na peste bubónica.


Mas nem só na pintura encontramos representações de ambientes marcados pela doença. Também a literatura tem obras, algumas mundialmente famosas, cujos enredos são marcados pela dor e pelas doenças, que assolaram alguns países ao longo da História. É o caso da sugestão de leitura que  lhe deixamos hoje.


A Ilha
de 
Victoria Hislop




Num momento em que tem que tomar uma decisão que pode mudar a sua vida, Alexis Fieldings está determinada a descobrir o passado da sua mãe. Mas Sofia nunca falou sobre ele, apenas contou que cresceu numa pequena aldeia em Creta antes de se mudar para Londres. Determinada a descobrir o passado da sua mãe, Alexis Fieldings decide visitar Creta. A sua mãe dá-lhe uma carta para entregar a uma velha amiga, que lhe dará mais informações sobre as suas origens. Esta acaba por descobrir que a ilha em que viviam os seu antepassados era uma antiga colónia de leprosos, onde a sua bisavó foi assolada por esta tragédia. O livro conta a história de várias gerações, da ilha Spinálonga, que foi uma colónia de leprosos de 1903 a 1957. Os leprosos eram isolados na ilha e viviam em comunidade. Estas pessoas viviam exiladas, mas com uma vida normal à espera de uma cura para a doença. O livro dá-nos uma lição de amizade e tolerância, mesmo nos tempos mais difíceis que possamos viver.



Victoria Hislop
é escritora e jornalista. Escreve artigos sobre viagens para o 
The Sunday Telegraph, artigos sobre educação para o Daily Telegraph e diversos artigos generalistas para a Woman & Home. Actualmente, vive em Kent com a sua família. Depois de publicar o seu primeiro romance, A Ilha, Victoria Hislop foi aclamada pela crítica e acarinhada por milhares de leitores. Posteriormente, publicou O Regresso, A arca e Hotel Sunrise.















outubro 14, 2020

PENSE POSITIVO

 

"Pense positivamente!" Muitas vezes, os outros incitam-nos deste modo, enquanto vamos deslizando para o pessimismo, que torna o relaxamento impossível. Mas o pensamento positivo não é só um remédio de emergência emocional: é a fonte da nossa criatividade e visão. A frase de Mahatma Gandhi, "Temos de ser as mudanças que queremos ver no mundo", é a definição mais simples e completa do pensamento positivo. Este ultrapassa a ideia de transformar os acontecimentos negativos em positivos, como vinagre em mel: tem mais a ver com acreditar em si próprio, com o poder do pensamento e a energia do otimismo".

É capaz de se acalmar até ficar descontraído?
Consegue acalmar os seus pensamentos e emoções quando quer?


A arte do relaxamento é indiscutivelmente a chave do seu bem-estar 
neste tempo difícil e turbulento.


Elaborado em torno de um núcleo de preceitos fundamentais e exercícios simples e práticos para a mente e para o corpo, Aprenda a Relaxar oferece uma nova abordagem ao assunto, que se baseia no aumento da satisfação e da calma e no afastamento das ansiedades desnecessárias.


Concentrando-se em áreas-chave onde se podem obter resultados a curto prazo sem grandes mudanças no estilo de vida, 25 exercícios, passo a passo ilustrados, explicam técnicas mentais e físicas, fáceis e eficazes. Controlo do stresse, respiração, massagem, gestão pessoal do tempo, melhoria do sono, distanciamento e meditação.



O livro que estamos a divulgar não é só para ler mas sim para saborear. 
São conselhos práticos de especialistas, reflexões filosóficas e ilustrações apelativas, que o vão ajudar a redescobrir a satisfação - em nós próprios, nos outros, na natureza, na vida do dia-a-dia.












outubro 08, 2020

PARABÉNS LOUISE GLÜCK



"Pela sua inconfundível voz poética que, com austera beleza, torna universal a existência individual" e por ser "uma das mais proeminentes poetas da literatura contemporânea americana", fundamentaram a escolha de Louise Glück para a atribuição do Prémio Nobel da Literatura 2020. 


Louise Elisabeth Glück, poeta, ensaísta e professora, nasceu a 22 de abril de 1943 em Nova Iorque, tem ascendência judaico-húngara. É desde 2004, escritora-residente da Rosenkranz da Universidade de Yale. A sua estreia literária foi em 1968 com o livro "Firstborn".

Para além do Prémio Nobel, já anteriormente recebeu vários prémios:

  • 1993 - Prémio Pulitzer
  • 2001 - Prémio Bollingen
  • 2003-2004 - US Poet Laureate
  • 2014 - National Book Award
  • 2015 - Medalha Nacional de Humanidades conferida pelo presidente Obama



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