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agosto 02, 2023

ESTOU DE OLHO EM TI

Sei o que andas a fazer

Escolhemos para a sua leitura de férias um dos thriller mais chocante do ano
O romance de estreia de Harriet Tyce
Laranja de Sangue


A vida de Alison parece perfeita. Tem um marido dedicado, uma filha adorável, uma carreira em ascensão como advogada e acaba de lhe ser atribuído o primeiro caso de homicídio. Só que Alison bebe. Demasiado. E tem vindo a negligenciar a família.  Além de que esconde um caso amoroso quase obsessivo com um colega que gosta de ultrapassar os limites.
Uma cliente de Alison não nega ter esfaqueado o marido e quer declarar-se culpada. No entanto, há algo na sua história que parece não fazer sentido. Salvar esta mulher pode ser o primeiro passo para Alison se salvar a si própria. Mas alguém conhece os segredos de Alison. Alguém quer fazê-la pagar pelo que fez. E não irá parar até ela perder tudo o que tem.



Harriet Tyce nasceu em novembro de 1972. Cresceu em Edimburgo e estudou Inglês na Universidade de Oxford, antes de fazer um curso intensivo de Direito na City University. Exerceu como advogada criminal em Londres durante quase uma década e fez um Mestrado em Escrita Criativa - romances policiais na Universidade de East Anglia.
O romance que hoje sugerimos foi um verdadeiro êxito internacional, tendo sido traduzido em mais de 20 línguas e os direitos para televisão já foram adquiridos pela World Productions. 
Laranja de Sangue foi finalista do prémio Capital Crime/ Amazon Publishing para Melhor Estreia de 2019 e selecionada para o Richard and Judy Book Club. Foi bestseller do Sunday Times.


"E o toque final, a laranja-de-sangue que puseste num prato.
Pegas na faca, uma faca afiada com o cabo em madeira e a lâmina de aço meio descolorada..."



"Laranja de Sangue é sombrio e de leitura compulsiva.
Uma estreia incrível"
                                               The Thimes






junho 18, 2021

MAS AFINAL O QUE É ISSO DAS "HISTÓRIAS À 5.ª"?

Histórias à 5.ª é um projeto da Biblioteca Municipal da Marinha Grande, que, num esforço de se adaptar às contingências decorrentes da pandemia Covid-19 e da impossibilidade de desenvolver sessões de leitura presenciais para os mais pequenos, teve de recorrer aos meios tecnológicos para continuar a sua missão de promover a leitura, os livros e os autores. 

Assim, nasceram as Histórias à 5.ªque são pequenos vídeos onde são lidos livros existentes na Biblioteca Municipal e dirigidos ao público infantil dos nossos Jardins de Infância e do 1.º CEB, na faixa etária entre os 3 e os 10 anos.

Ao longo deste ano letivo fizemos sempre companhia aos mais pequenos à quinta-feira. A pandemia impediu as crianças de virem à Biblioteca para sessões de leitura em grupo, mas a Biblioteca arranjou uma solução para continuar a estar próxima dos nossos leitores mais novos. Já são muitos os vídeos que temos disponíveis para visualização. Todos eles com a leitura de alguns dos muitos livros infantis que temos na Biblioteca para empréstimo. 

Clique na imagem e escolha um vídeo.
Ouça com os seus filhos uma das muitas histórias já disponíveis. 


Venha à Biblioteca, traga os seus filhos, netos, sobrinhos, etc... A leitura faz parte da formação intelectual das crianças, aumenta a capacidade de concentração e de raciocínio, estimula a criatividade e a imaginação. Uma criança que lê, é uma criança que pensa e que é capaz de interpretar melhor a realidade que a rodeia. Certamente, que irá ser um jovem mais atento, mais consciente e com maior capacidade e autonomia para interpretar a realidade e fazer as suas escolhas.

LER FAZ CRESCER . VENHA À BIBLIOTECA .


E quando acompanhar os seus filhos, netos, sobrinhos,... à Biblioteca, por que não escolher um livro também para si? O empréstimo é gratuito, por períodos de 15 dias, renováveis 2 vezes por igual período de tempo. Pode vir já hoje e aceitar a nossa sugestão de leitura. Requisite um livro de José Saramago, escritor português, galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1998, e que hoje, dia 18 de junho, se assinala 11 anos sobre a sua morte. 

Veja AQUI os livros 
que a Biblioteca Municipal possui do autor.


MAIS UMA RAZÃO PARA PASSAR POR CÁ.




abril 28, 2021

ÀS VEZES, TENHO INVEJA DOS LIVROS

 


Valter Hugo Mãe é um escritor português nascido a 25 de setembro de 1971, em Angola, numa cidade chamada Henrique Carvalho e que, atualmente, se chama Saurimo.
Passou a infância em Paços de Ferreira e em 1980 mudou-se para Vila do Conde. 
Licenciou-se em Direito e fez uma pós-graduação em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Em 1999 foi co-fundador da editora Quasi, que publicou, entre outros, obras de Mário Soares, Caetano Veloso, Cruzeiro Seixas, Ferreira Gullar, António Ramos Rosa, entre muitos outros.
Entre 2001 e 2004, co-dirigiu a revista Apeadeiro e, em 2006, fundou a editora Objecto Cardíaco.
Em 2007, o seu romance O Remorso de Baltasar Serapião venceu o Prémio Literário José Saramago.


"Por vezes, tive a sensação de assistir a um novo 
parto da língua portuguesa."
                                                                                                           José Saramago


Em 2012, com o seu romance A Máquina de Fazer Espanhóis, disponível na Biblioteca Municipal, foi o vencedor do Prémio Portugal Telecom de Literatura, atual Prémio Oceanos.

Para além da escrita, dedica-se, também, ao desenho e, em maio de 2007, teve uma exposição individual na Galeria Símbolo, no Porto. A música é outra das suas paixões e, em 2008, estreou-se como vocalista do grupo Governo, no Teatro do Campo Alegre, no Porto.


O seu mais recente livro, Contra Mim publicado em outubro de 2020, resultado de um isolamento forçado, que o levou a uma introspeção, é formado por breves relatos, que contam, como num romance, a vida do autor, mais concretamente a sua juventude.
A escrita é cativante e prende o leitor pela forma comum, mas incomparável, como as narrativas são contadas. Contra Mim é o seu livro mais pessoal e intimista.

"Era na loja do senhor Martins que via as revistas. Comprava quase nada, imaginava apenas como seria comprar. Gostava das capas, das cores, e as pessoas das revistas pareciam guloseimas de tão coloridas e sorridentes. (...)
E eu ia embora convencido de que as solteiras dos folhetins eram iguais à Elizabeth Savalla ou à Sónia Braga. Os solteiros eram todos como o Tony Ramos ou o Reginaldo Faria. Falavam pausadamente e tinham sempre um sorriso malandro, um sorriso do qual desconfiávamos".


A sua obra está traduzida em inúmeras línguas e editada em países como o Brasil, Alemanha, Espanha, França e Croácia.

Se ainda não conhece, 
passe por cá e fique a conhecer.



novembro 25, 2020

NÃO LHES FALTARAM TÉCNICOS, NO SEU DIVÓRCIO

25 de novembro

Dia Internacional pela Eliminação 
da Violência Contra as Mulheres
 

Tânia Ganho nasceu em Coimbra, em 1973. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, trabalhou durante vários anos em legendagem para televisão e cinema. Foi assistente convidada na Universidade de Coimbra, onde lecionou tradução literária, área a que se dedica há mais de 20 anos. Traduziu autores como Angela Davis, Siri Hystvedt, Maya Angelou, Leila Slimani, Chimamanda Adichie, Davis Lodge, entre outros.

Em 2012, ganhou o primeiro prémio na categoria internacional do Concurso de Contos Cidade de Araçatuba, no Brasil.

Da autora, a Biblioteca Municipal tem para empréstimo domiciliário os seguintes títulos:
  • Cuba Libre
  • A Vida sem Ti
  • A Lucidez do Amor
  • Apneia

 

"Todo o processo de luta pela guarda do filho era uma maratona e, enquanto Alessandro tinha resistência de um corredor de fundo, Adriana foi, durante anos, incapaz de fazer outra coisa que não sprints. E, no fim de cada sprint, estava esgotada. Demorou muito a transformar-se em maratonista, a dominar a arte da respiração bradicárdica."


Quando Adriana ganha finalmente coragem para sair de casa com o filho de cinco anos, pondo fim ao casamento com Alessandro, mal pode imaginar que o marido, incapaz de aceitar o divórcio, tudo fará para a destruir - nem que para isso tenha de destruir o próprio filho.
Apneia é uma viagem ao mundo sórdido da violência conjugal e parental, através de um labirinto negro em que os limites da resistência psicológica são postos à prova, ameaçando desabar a qualquer instante, e dos meandros tortuosos de uma Justiça por vezes incompreensível, desumana e desfasada da realidade.
Apneia é um romance intenso, absorvente e perturbador, que ilustra com uma autenticidade desarmante o estado de guerra em que vivem milhares de famílias estilhaçadas, e com o qual, inevitavelmente, muitos leitores se vão identificar, encontrando nestas páginas ecos da sua própria experiência.


Pintura de Cristina Troufa






abril 21, 2020

FOI UM TEMPO CARICATO, MAS SEM GRAÇA


Ilustração de André  Carrilho

"Durante meio século, não se pôde ouvir certas rádios, nem ler certas palavras, nem casar com uma enfermeira, nem beber Coca-Cola, nem andar de bicicleta ou usar um isqueiro sem licença. Não se pôde, não se pôde, não se pôde.
E o clima de proibição sistemática, abarcando tudo, mas tudo, dos mais inofensivos comportamentos aos mais subversivos panfletos, levou a que, com o tempo, nem fosse necessário produzir uma lei para proibir, por exemplo, a entrada de uma senhora de cabeça descoberta numa igreja.
Ao "é proibido" juntaram-se os heterónimos "não se faz", "é pecado" e "parece mal", que ainda subsistem nos nossos dias, revogadas as leis escritas. (...)
O castigo - que ia da descompostura ou ralhete paternalista à prisão efectiva e sem prazo definido, por medida de segurança, ou ao degredo nas colónias, ou, em casos extremos, ao campo de concentração do Tarrafal (...).
Não era, pois, apenas o Estado que proibia. Proibíamo-nos uns aos outros.(...)
Os leitores nascidos em democracia poderão duvidar da realidade dos factos que aqui são narrados. E é maravilhoso que o façam. Porque esse estranho tempo em que era indecoroso uma senhora traçar a perna, ou usar calças, em que não se podia mostrar o umbigo à beira-mar, pedir dinheiro na rua sem ser para o Santo António, conduzir um táxi ou entregar correio sem boné, ou guiar em tronco nu, parece ficção. Quem viveu sempre em liberdade terá dificuldade em imaginar um país onde os filmes era escrutinados para defender os bons costumes e se ia parar à cadeia por ouvir a BBC ou ler um determinado livro. Foi um tempo caricato, mas sem graça."
                                                                                                                     António Costa Santos



Quando pudermos reativar o nosso serviço de empréstimo,
o leitor vai poder requisitar este livro, que é uma autêntica 
viagem às proibições do tempo da outra senhora 


Já imaginou viver num país onde:
  • Uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?
  • As enfermeiras estão proibidas de casar?
  • As saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?
Fotografia de Eduardo Gageiro, 1974

Mulheres de Abril
somos
mãos unidas
juntas formamos fileiras
decididas
ninguém calará
a nossa voz
                                                                                               Maria Teresa Horta


António Costa Santos, nasceu em Lisboa em 1957. Jornalista desde 1976, colabora atualmente com a Antena 2. Foi chefe de readação do semanário Se7e e teve uma crónica semanal no Expresso sobre questões de vida quotidiana, "Estado de Sítio".
É autor de guiões para cinema e televisão e de vários livros.
Tem quatro filhos, aos quais proibiu algumas coisas ao longo da vida, como bater nos mais fracos, faltar às aulas para ir jogar matraquilhos, deixar os discos fora das caixas, denunciar um colega ou pregar mentiras, com exceção das piedosas e em legítima defesa.



Veja AQUI 
O Programa das Comemorações do 25 de abril de 2020




abril 16, 2020

PARA QUE SERVE A LITERATURA?



No dia 23 de abril celebra-se o 
Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor

A Direção-Geral do Livro e das Biblioteca (DGLAD) está a assinalar esse dia através do passatempo #UmaBibliotecaUmLeitor, envolvendo assim as bibliotecas públicas e os seus leitores na comemoração desse dia.

A Biblioteca de Maria Helena Vieira da Silva, 1949


250 biblioteca públicas de todo o país fizeram as suas sugestões de leitura. 
Foram sugeridos mais de 150 livros. 
Foram identificados os 10 mais referidos, para público adulto e infantil.


Participe. Vote no seu preferido.
A DGLAB irá premiar
1 Leitor e 1 Biblioteca em cada categoria
  • O passatempo decorre de 15 a 21 de abril
  • Cada participante deve votar no livro e/ou infantil preferido, indicar a biblioteca municipal que frequenta e deixar os seus contactos
  • Cada pessoa pode votar apenas 1 vez: livro infantil e livro adulto
  • Os resultados do Passatempo serão divulgados no dia 23 de abril
  • A DGLAB oferece um conjunto de 50 livros a 2 utilizadores (livro infantil e livro adulto), que votaram no livro mais votado de adulto e infantil
  • A DGLAB oferece um conjunto de 20 livros à Biblioteca Municipal a que pertenceram os utilizadores selecionados.

Vote e Escolha o Seu Preferido AQUI






fevereiro 12, 2020

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA 2020 - FASE MUNICIPAL

O Plano Nacional de Leitura 2027 (PNL), com o objetivo de celebrar a leitura e a expressão, articulou-se com a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), com a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e com o Instituto Camões - Instituto da Cooperação e da Língua (Camões, IP), e promove este ano a 14.ª edição do Concurso Nacional da Leitura.

Aceitando o desafio que lhe foi colocado pelo PNL e pela RBE, o Município da Marinha Grande associou-se uma vez mais ao evento, promovendo a fase municipal do Concurso, que se realizou nos dias 04 e 05 de fevereiro, na Biblioteca Municipal da Marinha Grande, tendo como destinatários os alunos de todos os graus de ensino, dos três Agrupamentos de Escolas do concelho, num total de 147 participantes.

Os quatro primeiros classificados de cada nível de escolaridade irão representar o Município da Marinha Grande na fase seguinte do Concurso - Fase Intermunicipal, que se realiza a 25 de março, em Leiria.

As obras selecionadas para a fase municipal foram:

1.º CEB - Memórias de um cavalinho de pau, de Alexandre Parafita
2.º CEB - A menina dos pés azuis, de Helena Rainha Coelho
3.º CEB - Uma questão de cor, de Ana Saldanha
SECUNDÁRIO - Nos passos de Magalhães, de Gonçalo Cadilhe

O Júri do concurso foi constituído por um representante da Câmara Municipal da Marinha Grande - a Sra. Vereadora Dra. Célia Guerra, pela Coordenadora Interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares - Dra. Graça Barão, pelos Professores Bibliotecários dos Agrupamentos de Escolas do concelho e por um elemento externo convidado - o ex-professor José Figueiredo.


Os alunos vencedores apurados para a fase intermunicipal foram:

1º CEB
Pedro Calado (EB1 Cumeira - 3.º ano - Agrupamento MG Nascente)

Madalena Pedroso (EB1 Trutas - 4.º ano - Agrupamento MG Nascente)
Simão Jesus  (EB1 Picassinos - 4º ano - Agrupamento MG Nascente) 

Maria Gameiro (EB2/3 Guilherme Stephens - 4.º ano - Agrupamento MG Poente)

2º CEB
Luana Santos (EB2/3 Guilherme Stephens - 6.º ano - Agrupamento MG Poente)
Inês Ventura (EB2/3 Nery Capucho - 6.º ano - Agrupamento MG Nascente)
Santiago Sousa (EB2 Padre Franklim - 6.º ano - Agrupamento Vieira Leiria)
Anafayra Oliveira (EB2/3 Guilherme Stephens - 6.º ano - Agrupamento MG Poente) 

3º CEB
Rodrigo Claro (EB2/3 Nery Capucho - 8.º ano - Agrupamento MG Nascente) 
Inês Gomes (EB2/3 Guilherme Stephens - 7.º ano - Agrupamento MG Poente) 
Tomás Ricardo (EB2/3 Nery Capucho - 8.º ano - Agrupamento MG Nascente)
Andreia Lopes (EB2/3 Guilherme Stephens - 8.º ano - Agrupamento MG Poente)

SECUNDÁRIO
Beatriz Santos (EB3/Sec Calazans Duarte - 10.º ano - Agrupamento MG Poente) 
Mariana Simões (EB3/Sec Calazans Duarte - 10.º ano - Agrupamento MG Poente) 
Lara Soares (EB3/Sec Pinhal do Rei - 12.º ano - Agrupamento MG Nascente)
Ana Raquel Malhado (EB3/Sec Pinhal do Rei - 12.º ano - Agrupamento MG Nascente)









Aos alunos apurados para a fase seguinte desejamos 









janeiro 29, 2020

DIA DA ESCRITA À MÃO

No passado dia 23 de janeiro, 5.ª-feira, realizou-se na Biblioteca Municipal da Marinha Grande uma atividade de celebração da escrita à mão, a propósito do Dia da Escrita à Mão, comemorado nesse dia. Os utilizadores da Biblioteca foram convidados a deixar as suas mensagens, sobre as mais variadas temáticas, desde que estivessem manuscritas. O resultado foi este que podemos ver na foto. Foram dezenas as mensagens recebidas e que poderão ser lidas num dos painéis expositivos existentes da sala de periódicos da Biblioteca Municipal. 




Texto evocativo da comemoração:
"O Dia da Escrita à Mão observa-se a 23 de janeiro.
O dia teve origem nos Estados Unidos da América e celebra uma invenção com 3500 anos: a escrita à mão. Com a massificação das novas tecnologias a escrita à mão tornou-se obsoleta, querendo o Dia da Escrita à Mão reavivar uma arte que durante muitas gerações foi utilizada para passar ideias revolucionárias, escrever obras imortais, assinar acordos internacionais, declarar amores intensos e fazer ameaças, entre muitos outros.
Como cada pessoa tem a sua escrita única, gémeos inclusive, ela permite identificar a autenticidade de documentos, assim como criar ligações emocionais mais fortes entre as pessoas. Como a escrita à mão de cada pessoa é estável, ela permite também verificar a existência de certas doenças.
Neste dia as pessoas são encorajadas a deixar teclados de lado e a escrever à mão, em papel, e, se necessário, a fazer a digitalização e o upload do documento escrito à mão. Escrever uma carta, um poema ou entrar num curso de caligrafia, são algumas sugestões para comemorar este dia."





Passe por cá, leia e deixe a sua mensagem.





janeiro 15, 2020

ALGUÉM ROUBARA A ÚLTIMA CEIA


"De braços abertos, pintado a óleo sobre tela, a ocupar uma parede inteira, Jesus estendia os braços para si, graciosamente iluminado, rodeado pelos apóstolos, que reagiam ao anúncio da traição. A Última Ceia."

Fotografia de Anna McCarthy

"Delimitado por uma moldura cor de vinho, ali estava o Giampietrino, três metros e dois centímetros de altura por sete metros e oitenta e cinco centímetros de comprimento, a cópia a óleo sobre tela de A Última Ceia.
Estaquei no meio da sala, indiferente aos outros visitantes. Não estava maravilhado pela importância e singularidade do quadro. Era belo, sem dúvida, com uma expressividade desarmante. Todavia, havia algo mais ali dentro que me fez parar. Lá estavam eles, o mesmo homem e a mesma mulher de há duas horas. Sentados nos bancos de pele, de frente para a tela, contemplavam-na.
Só eu os via. Eram os meus protagonistas. De repente todo o meu esboço ganhou cor e o livro pintou-se defronte dos meus olhos.
Eu ia roubar um quadro."



De visita à igreja de Santa Maria delle Grazie em Milão, uma jovem mulher apaixona-se por um carismático milionário. Mas, quando alguns meses depois, é abordada por um antigo professor, Sofia é colocada inesperadamente perante um dilema. Deverá denunciar o homem com quem vai casar-se, ou permitir tornar-se cúmplice deste ladrão de arte irresistível?
Enquanto a intimidade entre o casal aumenta, um jogo de morte, do gato e do rato, começa. E aquilo que ao início aparentava ser um conto de fadas transforma-se rapidamente num pesadelo, ao mesmo tempo que um plano ousado e meticuloso é urdido para roubar a obra-prima de Leonardo da Vinci.



Requintado, intimista, inspirado em acontecimentos verídicos, 
A Última Ceia 
transporta-nos até ao enigmático mundo da arte. 
Passado entre Londres e Milão, habitado por uma coleção
 extraordinária de personagens, para as quais a ambição e fama 
se sobrepõem a qualquer outro valor, 
este é um thriller sofisticado de leitura compulsiva.


Fotografia de Anna McCarthy

Nuno Nepomuceno nasceu em 1978, nas Caldas da Rainha. É licenciado em matemática pela Universidade do Algarve.
Em 2012, venceu o Prémio Literário Note!, com o seu primeiro romance, O Espião Português.
Em 2016, A Célula Adormecida, o seu primeiro thriller psicológico, atingiu o nº 1 do top de vendas de livros policiais na Fnac, Bertrand, Wook e Amazon.
O romance que hoje divulgamos, A Última Ceia, assinala o seu regresso ao thriller psicológico.

"A Última Ceia é o meu livro preferido. Não tem tanto a ver com o enredo, mas sim com o facto de considerar que é aqui onde demonstro toda a minha maturidade narrativa e versatilidade enquanto escritor. Mais do que um thriller, a Última Ceia é uma história de amor, um "conto" sobre a relação entre um homem e uma mulher."
Nuno Nepomuceno











julho 25, 2019

VIAGEM INADIÁVEL DA ÁGUA - MARINHA GRANDE

"Há véus que escondem o outro lado do espelho, são o reflexo das imagens dos que ousam rasgar as sombras desocultando a luz aos caminhos vindouros. Os verdadeiros rios são os que se confundem com a inteligência, os que levam a bom porto as naus nas correntes invisíveis. Esses rios colam-se às margens, são férteis em história e abraçam as utopias, desaguam nas bibliotecas e dormem connosco. A Marinha Grande é uma paleta de encontros felizes, de Geografia e Arte, de inovação e resistência. O Rei visionário deixou a

Catedral verde e sussurrante, aonde a
luz se ameiga e se esconde
e aonde ecoando a cantar
se alonga e se prolonga a longa voz do mar (...)
                                                                                Afonso Lopes Vieira

Um Rei poeta e visionário, um poeta que eleva ao gótico o Pinhal do Rei.
As juras de amor acontecem onde a natureza inspira os impulsos da paixão, onde a poesia encontra os aromas e a paisagem é a casa dos prodígios. São Pedro de Moel fica onde as arribas escarpadas enfrentam o "gemido das ondas" e Dom Miguel e Dona Juliana se confessaram às flores rosas e perfumadas. O sol que abria os olhos rente ao mar, curvado ao horizonte, escrevia o destino das viúvas. Escreveu-o quando a justiça implacável do rei D. João IV condenou o Duque à morte. A jovem Duquesa regressou a São Pedro de Moel para reencontrar os lugares onde foi feliz, as flores rosas e perfumadas, cúmplices de longos passeios junto ao mar e chamar-lhes: Saudades.

Com o mar ao fundo, o poeta Afonso Lopes Vieira (1878-1946), comprometido com a Renascença Portuguesa, encontrou, em São Pedro de Moel, na "Casa Nau", a varanda criadora.
Casa Nau - São Pedro de Moel

Um espaço privilegiado onde recebeu Vitorino Nemésio, Viana da Mota ou Aquilino Ribeiro. O poeta solidário deixou a "Casa Nau" aos filhos dos operários vidreiros, para que se transformasse numa colónia de férias, para que as crianças respirassem a tranquilidade inspiradora e descobrissem na casa do poeta as palavras soltas com que teceu sonâmbulos passeios. O mar podia ser um brinquedo gigante onde se modelava a areia, como os sonhos "entre as mãos das crianças". Guilherme Stephens misturou o sonho e a areia e fez a indústria vidreira: fundou a Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande, no século XVIII. A capital do vidro foi também a capital do movimento operário, da consciência ideológica sob o arco da liberdade desenhando flores contra a II República. Quando os jardins ainda não tinham a terra e os lagos eram poças de chuva, o sopro de esperança era anarquista e a bolha de vidro um pulmão de gente."
In, Viagem Inadiável da Água
de António Vilhena e José Vieira
Edição Águas do Centro Litoral, S. A.



"Este não é um livro de viagens, mas permite-nos viajar; não é um atlas de lugares, mas dá-nos a possibilidade de reencontrarmos nomes e paisagens do imaginário coletivo; não é um livro de História, mas é impossível ignorá-la. Viagem Inadiável da Água é o encontro de todos os deslumbramentos possíveis, das pequenas coisas que convivem com pessoas e recantos que o narrador captou. Pode dizer-se que é uma tentativa de olhar o belo que o passado deixou visível.(...)"
António Vilhena (autor)








julho 05, 2019

FÉRIAS TAMBÉM É SINÓNIMO DE LEITURA

Dia de praia em família, mas com muita leitura.




Tarde de chuva na praia?
Não faz mal...
Temos livros para todos,  
para todos os gostos e idades.



Sem nada para fazer ... a não ser LER





Vá de Férias, mas antes passe por cá
e requisite livros para toda a família.
Veja as nossas Sugestões de Leitura
e Boas Férias.







maio 22, 2019

CONTOS DE SEMPRE NOS TEMPOS MODERNOS


No mês passado os jornais noticiaram que uma escola em Barcelona retirou 30% dos livros da sua biblioteca, porque os considerava tóxicos e sexistas.
Histórias como a Bela Adormecida e o Capuchinho Vermelho foram banidas das estantes. 

Finalmente, ao fim de séculos destes contos abusivos, que foram transmitidos - inconscientemente - de geração machista em geração machista, James Finn Garner chamou a si a missão de esclarecer e libertar as clássicas histórias da carochinha, recontando-as dum modo mais consentâneo com a atualidade, isentas de preconceitos e expurgadas das influências dum passado cultural que deixa muito a desejar.



"Andámos à pancada para ver quem lia primeiro"
Os Irmãos Grimm


Caro Leitor, 
a Biblioteca Municipal tem para empréstimo domiciliário 
uma literatura totalmente isenta de preconceitos 


O Capuchinho Vermelho

Era uma vez uma rapariga chamada Capuchinho Vermelho, que vivia com a mãe perto de um grande bosque. Um dia a mãe mandou-a levar um cesto de fruta fresca e água mineral a casa da avó - não porque tal fosse trabalho de mulher, claro, mas porque se tratava de um ato generoso que contribuía para fomentar um sentimento de comunidade. Aliás, a avó da rapariga não estava doente, encontrando-se, pelo contrário, de perfeita saúde física e mental, inteiramente capaz de cuidar de si, como adulta madura que era.
Vai daí, Capuchinho Vermelho fez-se ao caminho pelo meio do bosque com o cesto enfiado no braço.  Muitos achavam aquele bosque um lugar perigoso e de mau presságio, pelo que nunca lá punham os pés. Capuchinho Vermelho tinha, porém, tal confiança na sua sexualidade a desabrochar que não se deixava intimidar por tão óbvia imagética freudiana. 
No caminho para casa da avozinha, Capuchinho Vermelho encontrou um lobo, que lhe perguntou o que levava no cesto e a quem respondeu:
- São uns alimentos saudáveis para a minha avó, que é evidentemente capaz de tomar conta de si própria, como adulta madura que é.
- Sabes, minha querida, nada é seguro para uma menina como tu andar sozinha pelo meio destes bosques! - retorquiu o lobo.
- Considero extremamente ofensiva a tua observação sexista - disse Capuchinho Vermelho -, mas vou ignorá-la tendo em conta a tua tradicional condição de pária da sociedade, cujo trauma te levou a criar uma mundividência própria, perfeitamente válida. E agora, se me dás licença, tenho de prosseguir o meu caminho.
Capuchinho Vermelho continuou a andar, sempre pelo carreiro principal. No entanto, o lobo, cuja condição de excluído da sociedade o isentara da obediência escravizante ao raciocínio linear de tipo ocidental, conhecia um atalho para casa da avozinha.
Irrompeu pela casa dentro e comeu a senhora, procedimento inteiramente adequado a um carnívoro, como era o seu caso. A seguir, liberto das noções rígidas e tradicionalistas quanto ao que era masculino ou feminino, vestiu a camisa de dormir da avozinha e enfiou-se na sua cama.

Capuchinho Vermelho entrou na cabana e exclamou:
- Avozinha, trouxe-lhe umas coisinhas para comer, sem gorduras nem sal, em homenagem ao seu papel de matriarca sábia e criadora.
Da cama, o lobo respondeu, em voz sumida:
- Chega-te cá, netinha, para eu te ver.
Capuchinho Vermelho acrescentou:
- Ah, é verdade! Já me esquecia de que a avozinha é opticamente tão limitada como um morcego. Mas, avozinha, que grandes olhos tem!
- Já muito viram e muito perdoaram!
- E que grande nariz tem (em termos relativos, claro, e, de qualquer modo, atraente, à sua maneira).
- Já muito cheirou e muito perdoou, minha querida!
- E que grandes dentes tem!
Aí o lobo disse:
- Sinto-me muito feliz por ser quem sou e o que sou. - E saltou para fora da cama, fitando-a com as suas garras, pronto a devorá-la.
Capuchinho Vermelho gritou, não assustada com a aparente tendência do lobo para o travestismo, mas horrorizada com a invasão do seu espaço pessoal.
Os seus gritos foram ouvidos por um lenhador (ou técnico de combustível lenhoso, como preferia que lhe chamassem) que passava ali perto. Quando irrompeu pela cabana, logo se apercebeu da confusão e tentou intervir. Mal ergueu no ar o seu machado, Capuchinho Vermelho e o lobo pararam de brigar.
- Que pensa o cavalheiro que está a fazer? - perguntou Capuchinho Vermelho. O lenhador arregalou os olhos de espanto e fez menção de responder, mas nem uma palavra lhe ocorreu. - Entrar aqui como um homem de Neanderthal, deixando que a sua arma pense por si! exclamou ela. - Machista! Especista! Como se atreve a presumir que as mulheres e lobos sejam incapazes de resolver os seus problemas sem a ajuda de um homem?


Ao ouvir o discurso arrebatado de Capuchinho Vermelho, a avozinha saltou de dentro da boca do lobo e, agarrando no machado de lenhador, cortou-lhe a cabeça.
Passado o mau bocado, Capuchinho Vermelho, a avozinha e o lobo sentiram-se unidos por uma certa comunhão de propósitos. Decidiram, por isso, fundar uma família alternativa baseada no respeito mútuo e na cooperação e viveram felizes no bosque para sempre.



BOA LEITURA




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