Espera-nos um fim de semana, ainda com temperaturas altas, a convidar para uma leitura numa esplanada. E a nossa sugestão de hoje vai para o romance de Inês Pedrosa, "Os íntimos", vencedor do Prémio Máxima de Literatura, no passado dia 23 de setembro.
É a segunda vez que Inês Pedrosa vence este prémio, depois de, em 1998, ter sido distinguida com o romance "Nas tuas mãos".
É a segunda vez que Inês Pedrosa vence este prémio, depois de, em 1998, ter sido distinguida com o romance "Nas tuas mãos".
Segundo o jurí, constituído por Maria Helena Mira Mateus, Valter Hugo Mãe, Leonor Xavier e Laura Torres, diretora da Máxima, Inês Pedrosa foi escolhida por unanimidade.
O Prémio Máxima de Literatura, no valor de quatro mil euros, é o único prémio literário atribuído exclusivamente a mulheres em Portugal.
"Sou homem, não gosto de ler romances. Fiz de conta que gostava, durante uns anos, para caçar miúdas. Pensava que aprenderia a caçá-las melhor se lesse o mesmo que elas, como se pudesse penetrar-lhes nos sonhos. Mas os sonhos das mulheres são em geral diferentes dos desejos que rugem dentro delas". pág. 18
"As mulheres gostam que tudo se relacione. Como se não pudessem existir sem relações". pág. 23
"Os homens não se ofendem com o alheamento dos amigos. Não fazem perguntas íntimas. Sabem esperar. (...) Não se propõem resolver-nos os problemas, para depois nos atirarem à cara os problemas que nos resolveram. Não nos culpam". pág. 191
"Os homens não se ofendem com o alheamento dos amigos. Não fazem perguntas íntimas. Sabem esperar. (...) Não se propõem resolver-nos os problemas, para depois nos atirarem à cara os problemas que nos resolveram. Não nos culpam". pág. 191
O livro é uma visita ao universo masculino. "Não se pode viver com eles, não se pode viver sem eles", diz o ditado.
Inês Pedrosa nasceu em Coimbra a 15 de agosto de 1962. A licenciatura em Comunicação Social, pela Universidade Nova de Lisboa, deu-lhe acesso ao jornalismo, tendo colaborado no O Jornal, O Independente e o Expresso e em revistas, nomeadamente a Marie Claire, que dirigiu durante três anos, e a LER.
Em 1992 publicou o seu primeiro romance intitulado "A instrução dos amantes" e em 1997 seguiu-se o romance "Nas tuas mãos" (Prémio Máxima de Literatura em 1998).
Posteriormente, e com a aceitação do próprio autor, organizou e assinou a fotobiografia de José Cardoso Pires, recolhendo depoimentos de figuras conceituadas do mundo literário.
Em 2000 e como forma de marcar o século XX, escreveu "20 Mulheres para o Século XX", consagrando, entre outros, Sophia de Mello Breyner Andresen, Simone de Beauvoir, Marie Curie, Isadora Ducan, Paula Rego.
Selecionou, organizou e prefaciou uma antologia de poesia portuguesa intitulada "Poemas de Amor" (2001), contendo textos de oitenta e oito poetas, desde a Idade Média até à contemporaneidade, apresentados de forma cronológica.
É, desde fevereiro de 2008, diretora da Casa Fernando Pessoa e assina uma coluna no semanário Sol. Os seus livros estão publicados em Espanha, Itália, Brasil e Alemanha.
BOM FIM DE SEMANA COM BOAS LEITURAS
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