setembro 27, 2011

SÓ TEMOS DE OLHAR, EU NÃO INVENTEI NADA

"Os meus quadros são o resultado de uma série de cálculos e  de um número ilimitado de estudos"

Na manhã do dia 27 de setembro de 1917 morreu Edgar Degas.
Foi sepultado no jazigo da família no Cemitério de Montmarte, tendo como única exigência que uma só frase fosse proferida sobre o seu túmulo: " Ele amou muito o desenho".
Edgar Degas nasceu a 19 de julho de 1834 em Paris. Licenciou-se em Direito e iniciou a sua aprendizagem artística no estúdio de Barrias e no Louvre, onde se inscreveu, em 1853, como copista. Aí prosseguiu a sua formação artística segundo a divisa: "É preciso copiar e recopiar os mestres...".
Entre 1856 e 1859, viajou frequentemente para Itália, visitando Roma, Florença e Nápoles.
Em 1859, regressou a Paris, conheceu Manet, tornou-se um membro regular das tertúlias do Café Guerbois e expôs no Salon.

Durante a guerra franco-prussiana alistou-se na Guarda Nacional. Quando regressou a Paris em 1873, depois de uma viagem por Nova Orleães, renovou os seus contactos com os impressionistas e participou na maioria das exposições efetuadas pelo grupo.  Foi um dos artistas mais inspirados pelas técnicas da fotografia e pela arte japonesa e inventou novas técnicas de pintura. Durante os anos oitenta admirou o trabalho de Gauguin e viajou por Espanha e Marrocos. Em 1893, a sua primeira e única exposição individual teve lugar na galeria de Durand-Ruel. Nos últimos anos do século, quase cego, dedicou-se à escultura.
O nome de Degas está associado, sobretudo, a certos temas: identificamo-lo imediatamente com um jóquei ou com uma bailarina, tal como identificamos Monet com os nenúfares ou Cézanne com o monte Sainte-Victoire.


Absinto
O Absinto, 1876
Óleo sobre tela, 92X68 cm
Paris, Musée d'Orsay

É certamente a mais célebre representação de café de Degas e um dos seus quadros mais famosos.
Em O Absinto, Degas pintou duas formas de degradação humana: um boémio e uma prostituta destruídos pelo álcool.
O enquadramento da imagem  coloca, em primeiro plano, as mesas vazias. Degas escolheu uma paleta de cores muito limitada, usando o preto, o ocre e o branco para descrever a desolação da cena.




Prima Ballerina
 
Prima Ballerina, 1876-78
Pastel sobre monótipo, 58X42 cm
Paris, Musée d'Orsay

Prima Ballerina, mostra a bailarina principal a dançar o seu solo num palco vazio. O quadro mostra a bailarina a executar um movimento rápido depois de ter terminado um arabesco, que Degas apresentou de forma muito precisa através da perna visível, da posição dos braços graciosamente estendidos, do movimento do tronco e da ligeira inclinação da cabeça. A impressão da rapidez do passo de dança é sublinhado pelo tutu cintilante guarnecido de flores e pelas extremidades flutuantes da fita do pescoço em veludo negro.
A cena é vista de cima para baixo e em oblíquo, como se estivessemos sentados num dos camarotes de boca do teatro.


"Nenhuma arte poderia ser tão pouco espontânea como a minha; a inspiração, a espontaneidade, o temperamento são-me desconhecidos. É necessário refazer o mesmo tema dez, ou mesmo cem vezes. Em arte, nada deve parecer acidental, nem mesmo o movimento"
                                                                                                                              Edgar Degas

Ficou com curiosidade de saber mais sobre Edgar Degas e a sua obra?
Veja AQUI  a bibliografia que encontrará na sua Biblioteca.

Sem comentários:

Enviar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...