outubro 31, 2011

DIA DAS BRUXAS (HALLOWEEN)


A tradição de se comemorar o Dia das Bruxas (Halloween) é muito recente em Portugal, tendo ganho alguma popularidade entre os mais jovens, por ser uma data assinalada em contexto escolar.
É uma tradição importada dos países anglo-saxónicos, em especial dos Estados Unidos, Irlanda, Canadá e Reino Unido. As raízes da celebração remontam aos povos da antiguidade, havendo vestígios de celebrações do dia 31 de outubro, por exemplo entre os Celtas (Irlanda), que celebravam esta data por ela coincidir com o fim do verão, período de fertilidade, e dar início a um novo ano. Acreditavam que nessa noite os mortos, que para eles viviam em felicidade perfeita, visitavam a Terra, voltando às suas casas, facto que era celebrado com rituais de adoração, fazendo-se fogueiras para afastar os espíritos malignos. A pouco e pouco esta tradição foi evoluindo, sendo exportada para outros países, tal como aconteceu nos Estados Unidos onde se julga ter sido introduzida por emigrantes irlandeses, passando a constituir uma tradição que se mantém até aos dias de hoje.

Por seu lado, a Igreja Católica instituiu o dia 1 de novembro como o dia de todos os santos e o dia 2 como dia de finados. Assim, de certo modo, a religião cristã integrou algumas das antigas crenças, proibindo no entanto tudo o que se relacionasse com a bruxaria. Recorde-se o Tribunal do Santo Ofício, que através dos autos de fé condenaram à fogueira homens e mulheres suspeitos da prática de feitiçaria, fazendo do período da Inquisição um dos mais dramáticos da História.
Se esta celebração, quer na sua origem pagã quer religiosa, nasce como uma celebração aos mártires e aos defuntos, progressivamente ela tem vindo a incorporar diferentes influências que a afastam do seu espírito inicial, manifestando-se pela emergência de elementos pagãos, em torno de símbolos ligados à bruxaria e ao ocultismo, marcados pontualmente por pormenores macabros.

E este imaginário, que envolve atualmente as celebrações  do Halloween, está refletido também na literatura.
A "bruxa" como um ser feio e demoníaco, por contraponto à fada boa e bela, povoa a literatura para a infância.
Os ambientes da feitiçaria, das personagens malignas e sobrenaturais, dos fenómenos transcendentes que criam seres fantásticos, estão presentes na literatura juvenil. 
A área das ciências ocultas e da espiritualidade tem leitores fiéis.

O recente fenómeno Harry Potter inscreve-se nesta tendência, bem como a saga de O Senhor dos Anéis.

Por isso, deixamos-lhe aqui esta MONTRA DE LIVROS, que pode requisitar na Biblioteca Municipal.  É uma mostra constituída por livros para todas as idades. Para os ler, basta estar inscrito na Biblioteca e requisitá-los.
 

VENHA À BIBLIOTECA MUNICIPAL!

TENHA UM BOM DIA ... 
... DAS BRUXAS!






outubro 28, 2011

LEITURA DE FIM DE SEMANA


Mais um fim de semana à porta.

E contariando as condições atmosféricas que se verificaram nos últimos dias, prevê-se que o fim de semana seja de sol e com temperaturas amenas,  que convidam certamente a sair de casa.

Que tal um passeio por um dos parques da cidade,
na companhia de um livro?
Aceite a sugestão que lhe vamos deixar. 



A nossa sugestão é o livro "Morder-te o coração", da escritora Patrícia Reis, da editora Dom Quixote. 

Este livro é, na opinião de Inês Pedrosa, "uma viagem alucinante pelos labirintos do desejo e da solidão, que nos arrasta para lá das convenções dos géneros e do sexo, conduzindo-nos ao conhecimento da vertigem. A escrita transparente e comunicante de Patrícia Reis ganha corpo e espessura nesta narrativa polifónica orquestrada pela obsessão do Grande Amor aquela luz infinita que simultâneamente cega e acende a verdade íntima de cada um de nós. Este livro morde-nos, de facto, o coração e é para isso que servem os bons livros".


O livro fala dos encontros e desencontros por causa do amor: um homem e uma mulher no Pico; a fuga dela, a busca dele, a vida em Estocolmo, a infância, as memórias africanas da amante dos dois, o desespero dele e a tentativa de suicídio dela. Morder-te o coração é um livro sobre a vida.

"... Tu já não te lembras. Foi há dez anos, neste quarto, a olhar o Pico, os barcos, o azul-cinza do mar calmo, a cama por fazer, os livros e as revistas espalhados, (...) Todos os anos venho aqui. Fico no mesmo quarto e vejo-te, de manhã, encostada à brisa que te levantava os cabelos, a dizer "Anda, anda morder-me o coração". (...) Quando me fui embora, não deixei morada. Hoje, quero que saibas que não te disse nada e quando te pedi para me morderes o coração era só para me certificar de que ele existia no meu peito. Tu preferiste beijar-me, nunca me mordeste. (...) Um amor de Verão. Apenas um. Doce e cuidadoso como nenhum outro. (...)" Pág.13 e segs.



Patrícia Reis nasceu em 1970, começou a sua carreira jornalística em 1988 no semanário O Independente, passou pela revista Sábado e realizou um estágio na revista norte-americana Time, em Nova Iorque. De volta a Portugal, é convidada para o semanário Expresso, fez a produção do programa de televisão Sexualidades , trabalhou na revista Marie Claire, na Elle e nos projectos especiais do diário Público. Editora da revista Egoísta, é sócia do atelier de Design e Texto 004, participando em projectos de natureza muito variada. Escreveu a curta biografia de Vasco Santana e o romance fotográfico Beija-me (2006), em co-autoria com João Vilhena, a novela Cruz das Almas (2004) e os romances Amor em Segunda Mão (2006), Morder-te o Coração (2007), que integrou a lista de 50 livros finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura, No Silêncio de Deus (2008) e Antes de Ser Feliz (2009).



Tenha um bom fim de semana

outubro 27, 2011


"No fundo, o meu único rival internacional é Tintim!
Nós somos os pequenos que não nos deixamos apanhar pelos grandes"
                                                                                       Charles de Gaulle


As Aventuras de Tintim - O Segredo do Licorne estreia hoje em Portugal,
naquele que é um dos maiores lançamentos de sempre nos cinemas portugueses.
O filme é realizado por Steven Spielberg e exibido em 3D, com personagens animadas a partir da interpretação real de atores como Jamie Bell (Tintim), Daniel Craig ou Andy Serkis, em cenários virtuais.
O filme baseia-se nos álbuns "O Segredo do Licorne" e "O Tesouro de Rackham, o Terrível", que não são os mais sofisticados da coleção, mas faz sentido, se pensarmos que este pode se o início de uma trilogia com mais filmes de Tintim. Estão já confirmados pelo menos mais duas aventuras. Enquanto elas não chegam, as aventuras de Tintim, quer em banda desenhada quer em filmes de animação, estão à disposição dos leitores, para empréstimo domiciliário, na sala Infantil da sua biblioteca.


Personagem da banda desenhada conhecido como o repórter mais famoso do mundo, Tintim, foi criado por Hergé.
A sua primeira aventura, Tintin au Pays des Sovietes (Tintim no país dos Sovietes), surgiu a 10 de janeiro de 1929 no "Petit Vingtième", suplemento do jornal belga Le Vingtième Siècle.
Desde o início, Tintim tem em Milu, um foxterrier de pelo branco, o seu inseparável e alegre companheiro, que o ajuda nas mais diversas situações.
Com a ocupação da Bélgica em 1940 pelas tropas nazis, o jornal Le Vingtième Siècle, tal como outros, foi encerrado, interrompendo a publicação de Tintin au Pays de l'Or Noir (Tintim no país do Ouro Negro), história que só seria retomada oito anos mais tarde, em 1948. Durante o período da ocupação, que durou até 1944, Tintim foi sendo publicado no jornal Le Soir, como sucedeu com le Crabe aux Pinces d'Or (O Carangueijo das Tenazes de Ouro), de 1940, episódio que marcou o aparecimento de Capitão Haddock, personagem que veio enriquecer o universo de Tintim, com o seu feitio impulsivo e vocabulário truculento.

A primeira aparição de Tintim em Portugal "As aventuras de Tin-tim na América do Norte" aconteceu no nº 53 da revista O Papagaio, publicada a 16 de abril de 1936. Os principais protagonistas chamavam-se Tim-Tim  e o cão Rom-Rom (Tintim e Milu, respetivamente). Estas histórias foram coloridas por iniciativa do editor português que, deste modo, "antecipou" a decisão de Hergé começar a colorir a sua banda desenhada.
Hergé ficou "encantado" quando viu os desenhos a cores, apenas criticou a paginação. Dizia que não respeitava o original e por isso alterava o efeito "suspense".
Hergé nunca esteve em Portugal, mas criou uma personagem secundária, um português, comerciante de Lisboa, chamado Oliveira de Figueira, que consegue vender tudo e que fala pelos cotovelos.
Aparece em "Os Charutos do Faraó", "No País do Ouro Negro", "Carvão no Porão" e "As Jóias de Castafiore".

O leitor, que na sua juventude se deliciou com as aventuras do nosso herói,
venha à Biblioteca Municipal, apresente-o aos seus filhos e leve o Tintim para casa.

Boas Leituras com Muitas Aventuras

outubro 26, 2011



"Somos todos escritores. Só que uns escrevem, outros não"
                                                                                                          José Saramago

O Prémio Literário José Saramago, que foi instituído pela Fundação Círculo de Leitores e é atribuído de dois em dois anos, distingue uma obra literária no domínio da ficção, romance ou novela, escrita em língua portuguesa, por um escritor com idade não superior a 35 anos, cuja primeira edição tenha sido publicada em qualquer país lusófono.

Os premiados com este galardão nas edições anteriores foram:

1999 - Paulo José Miranda, Natureza Morta
2001 - José luís Peixoto, Nenhum Olhar
2003 - Adriana Lisboa, Sinfonia em Branco
2005 - Gonçalo M. Tavares, Jerusalém
2007 - Valter Hugo Mãe, O remorso de Baltasar Serapião
2009 - João Tordo, As Três Vidas.

O júri do Prémio José Saramago foi, nesta edição, presidido pela diretora editorial do Círculo de Leitores, Guilhermina Gomes, e composto ainda pela escritora e académica brasileira Nelida Piñon; pela poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares; pela "presidenta" da Fundação José Saramago, Pilar del Río, e pelo poeta e escritor Vasco Graça Moura. Por escolha da presidente Guilhermina Gomes, integraram também o júri Manuel Frias Martins, Maria de Santa Cruz e Nazaré Gomes dos Santos.

Esta é a sétima edição do galardão, no valor de 25 mil euros, e foi atribuído por unanimidade à escritora brasileira Andréa del Fuego com o livro "Os Malaquias", editado pela Língua Geral.

"Em Os Malaquias, a brasileira Andréa del Fuego transfigura numa impressiva obra de ficção a cruel banalidade da existência de três desgraçados irmãos órfãos, nascidos no rude ambiente de uma fazenda da Serra Morena, e que a vida separa desde muito pequenos. A escrita surpreende insuspeitados recursos de estranheza na coloquialidade quotidiana e desenvolve-se num ritmo muito seguro, perturbante e por vezes quase alucinatório".
Vasco Graça Moura

Andréa del Fuego, nasceu em 1975 em S. Paulo, Brasil.
Com formação em publicidade fez produção de cinema e realizou duas curtas-metragens. Colaborando em várias revistas, inicia-se em 2004 na escrita com "Minto enquanto posso". Em 2005 publica "Nego tudo", em 2007 "Engano seu" e em 2009 "Nego fogo". Em 2008 publica dois livros juvenis "Quase caio" e "Sociedade da Caveira de Cristal" e em 2010 publica "Irmãs de pelúcia" dedicado a um público infantil. Andréa del Fuego está presente em diversas antologias de contos, nomeadamente "30 Mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira" e "Os cem menores contos brasileiros do século". Andréa del Fuego foi dintinguida ainda este ano com o Prémio São Paulo de Literatura.


Momentos
Há momentos assim na vida:
descobre-se inesperadamente que a perfeição existe,
que é também ela uma pequena esfera que viaja no tempo, vazia, transparente, luminosa, e que à vezes
(raras vezes) vem na nossa direção,
rodeia-nos por breves instantes
e continua para outras paragens e outras gentes.
                                                                  José Saramago




Boa Semana com Boas Leituras

outubro 25, 2011

DE VOLTA À BIBLIOTECA

As crianças estão de volta à Biblioteca Municipal. Passadas algumas semanas sobre o início de mais um ano letivo, a biblioteca voltou a encher-se da alegria contagiante das crianças mais pequenas.
Retomámos  hoje a nossa atividade de promoção da leitura Contamos ...CONTIGO!, contando com a participação de 34 crianças, com idades compreendidas entre os quatro e os cinco anos, que vieram de Vieira de Leiria, mais concretamente do Jardim dos Pequeninos.


Iniciámos a atividade com um breve Bibliotour por todos os espaços funcionais da Biblioteca, acompanhado por uma explicação sobre o seu funcionamento, adaptada ao nível etário das crianças.  
As crianças mostraram-se recetivas e interessadas, demonstrando já alguns conhecimentos básicos sobre o funcionamento de uma biblioteca, facto que nos deixou bastante satisfeitos, uma vez que estávamos perante crianças com um nível etário muito baixo.                                       


O momento mais aguardado da visita estava na Sala Infantil.  Depois de confortavelmente sentados nas almofadas, a Miriam, Técnica da Biblioteca Municipal, deu início à leitura do livro do mês, "Os vizinhos da casa azul", de Vera do Vale.

Através da leitura do livro "Os vizinhos da casa azul", vemos como é possível aprender a viver e a conviver com os outros, vencendo teimosias e comportamentos mais conflituosos, sobretudo entre vizinhos.

Após a leitura, a atividade continuou com o habitual momento de contacto autónomo com os livros da sua preferência, previamente selecionados pelas Técnicas da Biblioteca, tendo em atenção a faixa etária dos pequenos leitores.

 

Até à Próxima!
Continuamos a Contar ... Contigo!

outubro 24, 2011

TERTÚLIA DOS ANOS DE OIRO

Realizou-se no passado dia 20 de outubro, no auditório da Biblioteca Municipal mais uma Palestra inserida no âmbito da atividade da Tertúlia dos Anos de Oiro, projeto da responsabilidade da ADSER II - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social da Região da Marinha Grande (IPSS).
A palestra foi proferida pelo Norberto Barroca e o tema foi "O teatro de opereta em Portugal nos séculos XIX e XX". 


"Gosto de peças que façam as pessoas pensar, refletir sobre os problemas"
                                                                                           Norberto Barroca

Norberto Barroca
 Norberto Barroca é arquiteto de formação, mas desde cedo que enveredou pelo teatro. Estreou-se profissionalmente em 1960, com o Grupo Fernando Pessoa, dizendo poesia em Portugal, no Brasil, em Angola e Moçambique. Enquanto encenador estreou-se na Casa da Comédia em 1967,  tendo recebido o Prémio de Imprensa em 1969, pela encenação  de "Fando e Lis" de Arrabal. Trabalhou em companhias como a Casa da Comédia, Teatro Estúdio de Lisboa, Empresa Vasco Morgado, Companhia Nacional de Teatro (Teatro S. Luís, de que foi diretor), A Centelha (Viseu), Novo Grupo (Teatro Aberto), 1º Acto (Algés), Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Maria Matos, Casino Estoril, A Barraca, Teatro ABC e Teatro Maria Vitória. Na cidade do Porto trabalhou com a Seiva Trupe e o Teatro Experimental do Porto, do qual foi Diretor Artístico de 1998 até dezembro de 2009. 
Na sua cidade natal, Marinha Grande, encenou diversos trabalhos para o Grupo de Teatro do Operário. Foi o autor de "A soprar se vai ao longe!" e de uma adptação musical de "O Fidalgo Aprendiz". Este ano, encenou a peça "O Inspetor Impostor", no seu original "O Inspetor Geral" de Nikolai Gogol.
Para a Câmara Municipal da Marinha Grande escreveu a reconstituição da revolta do 18 de janeiro - " O 18 de janeiro de 1934 na Marinha Grande - Movimento Revolucionário dos Vidreiros", "Uma Obragem do séc. XVIII" e a peça "Marquês de Pombal -  o Rei do Rei D. José".
A 15 de maio de 2010, Norberto  Barroca foi homenageado pelos 50 anos de carreira, tendo-lhe a autarquia marinhense atribuído a Medalha Comemorativa dos 75 anos do 18 de janeiro de 1934.

No cinema teve participações como ator em filmes de Jorge Silva Melo e foi autor do argumento de "Passagem por Lisboa", de Wim Wenders em 1994.


A Tertúlia dos Anos de Oiro reúne-se todas as segundas e quintas feiras, no Auditório da Biblioteca Municipal,
 entre as 15h00 e as 17h00, onde são desenvolvidas várias sessões sobre várias temáticas, que vão desde a História da Literatura à História do Mundo, passando pelas Línguas Estrangeiras, como o Francês e o Inglês.



"O teatro é a poesia que sai do livro e se faz humana" 
                                                Federico Garcia Lorca


Boa Semana e se possível vá ao teatro

outubro 21, 2011

LEITURA DE FIM DE SEMANA

Esperamos que a nossa sugestão de leitura de fim de semana o ajude, lhe dê algum ânimo, alguma esperança. E a nossa sugestão é o livro "Como esticar o salário e encurtar o mês", de Camilo Lourenço, editado pela "Livros d´Hoje".

  •  Está farto de chegar ao fim do mês sem "um tostão" no bolso? 
  • As dívidas não param de aumentar?
  • Não sabe onde há-de arranjar mais dinheiro?
  • Não consegue poupar?
Este é o livro de que estava à espera. O livro que o vai ajudar a resolver todos esses problemas.

Num período de crise financeira e económica profunda, em que o desemprego não pára de subir e o aforro das famílias a baixar, Camilo Lourenço, jornalista de economia, partilha consigo algumas recomendações e conselhos que o vão ajudar.


Sabe que se tiver cuidado com os seus gastos pode poupar o equivalente a 20% das suas despesas mensais?

"Experimente seguir os conselhos deste livro (ainda que apenas 50% deles) e vai ficar surpreendido com os resultados. Não se esqueça: você não tem de fazer tudo de uma vez". pág 141

Camilo Lourenço é jornalista económico e docente universitário. Licenciou-se em Direito Económico pela Faculdade de Direito de Lisboa e passou ainda pela Universidade Católica, Columbia University e University of Michigan, nos EUA, onde estudou Jornalismo Financeiro e Economia.
Começou a sua carreira no semanário O Jornal e Correio da Manhã e foi um dos fundadores do Diário Económico. Atualmente é colunista no Jornal de Negócios, Record e comentador da RTP e RTP-Informação para questões económicas.

Venha à Biblioteca Municipal,
requisite o livro,
leia-o
e faça uma reflexão sobre este assunto.

Bom Fim de Semana e Boas Leituras

outubro 20, 2011

PARABÉNS AOS VENCEDORES

PRÉMIO LEYA 2011
O Prémio LeYa, considerado o de maior valor pecuniário em Portugal (100 mil euros), foi criado em 2008 e visa distinguir um romance inédito escrito em português. Este ano candidataram-se 162 romances originais, a maior parte de Portugal e do Brasil, mas também de Inglaterra, França e Itália.
A decisão do júri, constituído por Manuel Alegre, José Castello, José Carlos Seabra Pereira. Lourenço Joaquim da Costa Rosário, Nuno Júdice, Pepetela e Rita Chaves, foi tomada por maioria, depois de muita discussão. "Foi uma edição com livros de muita qualidade", afirmou o presidente do júri, Manuel Alegre.
Relativamente à obra premiada, "O teu rosto será o último", o júri salientou a "composição delicada de histórias autónomas, que se traçam em fios secretos", considerando que o romance, "apoiado em imagens fortes, constroi um perturbador painel do presente português".
João Ricardo Pedro sucede a Murilo Carvalho e a João Paulo Borges Coelho que venceram este prémio em 2008 e 2009, respetivamente. Em 2010 o prémio não foi atribuído.
Anunciado o vencedor de 2011, está desde já aberta a edição de 2012 do Prémio LeYa, cujo regulamento será brevemente disponibilizado em http://www.leya.com/.

João Ricardo Pedro

João Ricardo Pedro foi o vencedor do Prémio LeYa 2011, com o seu romance "O teu rosto será o último".
O autor manifestou uma "enorme alegria" quando soube da distinção. "Escrevi este livro há dois anos, quando fiquei desempregado", disse à agência Lusa, acrescentando que vai ser um grande incentivo para continuar a escrever e que já tem novas ideias.
O romance relata a história de uma criança nascida em Portugal no período da Revolução de 25 de Abril e segue o seu percurso até aos 17 anos, acompanhada pela família


PRÉMIO MAN BOOKER

Julian Barnes
O escritor britânico Julian Barnes, de 65 anos, autor de dez romance e de três livros de contos, esteve três vezes na lista dos finalistas do Prémio Man Booker para ficção, com os romances "O Papagaio de Flaubert" em 1984; "Inglaterra, Inglaterra", em 1998 (ambos disponíveis na Biblioteca Municipal), e "Arthur & George", em 2005.
Em 2011 é finalmente o vencedor do Prémio Man Booker 2011 para ficção, com o romance "The Sense of an Ending", que já foi comprado pela editora Quetzal e será publicado em breve em Portugal.
Pela sua carreira literária, Julian Barnes recebeu recentemente o David Cohen Prize for Literature 2011.

BOAS LEITURAS

outubro 19, 2011

O "POETINHA" FARIA HOJE 98 ANOS

"(...) Tomara que a tristeza te convença, que a saudade não compensa e que a ausência não dá paz, e o verdadeiro amor de quem se ama, tece a mesma antiga trama que não se desfaz. E a coisa mais divina do mundo, é viver cada segundo como nunca mais".
                                                                                                                           Vinicius de Moraes

Dele disse Carlos Drummond de Andrade: "Vinicius é o único poeta brasileiro que ousou viver sob o signo da paixão. Quer dizer, da poesia em estado natural. Eu queria ter sido Vinicius de Moraes".

Marcus Vinicius da Cruz de Melo Moraes, mais conhecido por Vinicius de Moraes, foi de tudo um pouco. Poeta, compositor, diplomata, dramaturgo, jornalista, além de galanteador e boémio. Nasceu a 19 de outubro de 1933, no Rio de Janeiro.
Poeta essencialmente lírico, também conhecido como "Poetinha", apelido  atribuído por Tom Jobim, notabilizou-se pelos seus sonetos.


Considerado como o "mais romântico dos poetas" da sua geração, a obra de Vinicius é extensa. Não se resume apenas à poesia, mas passa também pela prosa, dramaturgia, jornalismo, diplomacia e música. No campo musical, o "Poetinha" teve como principais parceiros Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque, Carlos Lyra.
Mas foi da sua parceria com Tom Jobim que resultaram grandes sucessos tais como: "Se Todos Fossem Iguais a Você", "A Felicidade", "Chega de Saudade", "Eu Sei Que Vou Te Amar" e uma das canções mais gravadas em todo o mundo, "Garota de Ipanema".


"Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim".
                                                                              Vinicius de Moraes, in "Procura-se um amigo"

O poeta estava em Portugal, a dar uma série de espetáculos, alguns com Chico Buarque e Nara Leão, quando o regime militar emitiu o AI-5 (Ato Institucional nº 5), através do qual foi afastado compulsivamente da carreira diplomática. O motivo apontado terá sido o seu comportamento boémio, que alegadamente o  impedia de cumprir as suas funções.
Vinicius foi amnistiado após a sua morte pela justiça brasileira em 1998. Em 2006, foi oficialmente reintegrado na carreira diplomática. A Câmara dos Deputados brasileira aprovou em fevereiro de 2010 a promoção póstuma do poeta ao cargo de "ministro de primeira classe" do Ministério do Negócios Estrangeiros, o equivalente a embaixador. A lei foi publicada no Diário Oficial, no dia 22/06/2010 com o nº 12.265.

O cidadão do mundo, Vinicius de Moraes, faleceu a 17 de abril de 1980, já reconhecido como um dos maiores compositores e poetas brasileiros.




Na Biblioteca da sua cidade pode requisitar para empréstimo domiciliário o livro de Vinicius de Moraes "O operário em construção e outros poemas".

 Boa Semana com Boas leituras e Boa Música

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