Vasco Granja, divulgador de banda desenhada e do cinema de animação em Portugal, morreu aos 83 anos a 4 de maio de 2009 em Cascais.
Nasceu em Lisboa a 10 de julho de 1925 e o seu interesse pelo cinema surge na adolescência. Aos 16 anos chegou a ser admitido como segundo assistente de fotografia no filme "A Noiva do Brasil" de Santos Neves.
Em 1952 e 1960 foi detido pela PIDE, devido à sua ligação ao PCP, tendo cumprido 16 meses de prisão no Forte de Peniche.
Depois do 25 de Abril de 1974, fez dos desenhos animados a sua vida, tendo ajudado a criar a Associação Portuguesa de Cinema de Animação.
O termo "banda desenhada"é, utilizado pela primeira vez por Vasco Granja num artigo publicado no Diário Popular em 19 de novembro de 1966.
O termo "banda desenhada"é, utilizado pela primeira vez por Vasco Granja num artigo publicado no Diário Popular em 19 de novembro de 1966.
Em 1978 esteve ligado à fundação da primeira livraria especializada em BD em Lisboa, "O Mundo da Banda Desenhada".
O seu programa na RTP, intitulado "Cinema de Animação", emitido durante 16 anos com mais de 1000 emissões, deu a conhecer personagens como Bugs Bunny e a Pantera Cor-de-Rosa, mas também histórias de bonecos de plasticina, sombras chinesas e outros, a maioria da cinematografia do Leste da Europa.
A sua faceta de divulgador foi ainda mais notória na banda desenhada, devendo-se ao seu esforço continuado a publicação de "Corto Maltese", de Hugo Pratt, pela Editora Bertrand.
Os 50 anos da chegada a Portugal de Astérix e a sua aldeia de irredutíveis pela mão da revista Foguetão. Portugal foi o primeiro país não francofono a publicar as aventuras de Astérix da dupla René Goscinny e Albert Urdezo.
Até aos dias de hoje já foram publicados 33 albúns, traduzidos em mais de 80 línguas e a personagem principal - Astérix - já foi a fonte de inspiração para 11 adaptações ao cinema, para além de jogos, brinquedos e parques temáticos.
Pode encontrar estes e outros "Herois da BD" na Biblioteca Municipal.
Consulte o nosso catálogo on-line em http://cm-mgrande.pt/pacweb/
Mas não é só a Banda Desenhada que está de parabéns.
O poeta Pedro Tamen venceu o Grande Prémio de Poesia 2010 da Associação Portuguesa de Escritores APE/CTT, com a sua obra "O Livro do Sapateiro", editado pela D. Quixote no ano passado. Esta obra já tinha merecido o Prémio Corrente d'Escritas em fevereiro deste ano. A sua poesia já mereceu outras distinções. Em 1981 o Prémio D. Dinis, em 1991 o Prémio da Crítica e o Grande Prémio Inapa da Poesia, em 1997 o Prémio Nicola e em 2000 o Prémio da Imprensa e Prémio Pen Clube.
Para António Ramos Rosa, "a poesia de Pedro Tamen é um incessante exercício de liberdade".
Vejo-me no brilho que te dou,
ó espelho das minhas mãos,
fugaz vitória destes dias
últimos.
Pedro Tamen, in "O livro do Sapateiro"
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