julho 29, 2011

LEITURA DE FIM-DE-SEMANA

Na passada 6ª feira deixámos-lhe uma sugestão de leitura de fim-de-semana ligada a S. Pedro de Moel. Esta semana deixamos-lhe 2 sugestões de leitura, de 2 autores naturais do nosso concelho, que tiveram percursos de vida um pouco semelhantes e cujas obras evocam as suas raízes: Colectânea de Contos de António Vitorino, de António Vitorino e Colectânea de Contos de José Loureiro Botas, de José Loureiro Botas. Ambas as obras têm edição da Biblioteca de Instrução Popular de Vieira de Leiria.


António Vitorino, sabe quem foi?

António Gomes Vitorino, nasceu em março de 1886, em Vieira de Leiria. Aos 18 anos muda-se para Lisboa. Paralelamente à sua atividade profissional, desenvolve uma ligação forte ao teatro, levando-o à representação e à escrita de textos dramáticos. "Actor" é mesmo a profissão anotada no seu bilhete de identidade. Pertenceu a vários grupos de teatro e representou  personagens de vários autores, entre eles Pirandello, Ibsen, Tolstoi, Raúl Brandão, Gil Vicente, entre outros. Em Lisboa conviveu com Mário Dionísio, Alves Redol, Manuel da Fonseca. Foi sócio d'A Voz do Operário, que o homenageou em 1947.

A partir de 1930 publica vários livros, ensaios e narrativas sobre o presente e passado da sua terra de origem, bem como poesia e contos dispersos em revistas e jornais.
A temática principal das suas obras é o difícil quotidiano dos trabalhadores manuais vieirenses e mostra a ligação que António Vitorino manteve com a sua terra de origem, onde voltava e permanecia sempre que lhe era possível. Nos anos 50 verificaram-se na Biblioteca de Instrução e Recreio da Praia, algumas sessões de leitura dos seus livros.
Faleceu em Lisboa a 27 de abril de 1962.
Em 1977, a Assembleia de Freguesia de Vieira de Leiria deliberou atribuír o seu nome a uma das ruas da localidade.



E o nome de José Loureiro Botasdiz-lhe alguma coisa? 

José Loureiro Botas, nasceu a 6 de julho de 1902, na Praia da Vieira. Fez a escola primária na Vieira, que concluiu aos nove anos com distinção. O jornal O Século noticiou o facto, advogando um apoio estatal que lhe permitisse concluir os estudos, o que nunca aconteceu.
Aos 18 anos foi trabalhar para Lisboa, tal como António Vitorino, onde se relaciona com escritores, jornalistas, artistas plásticos, participando em alguns círculos da intelectualidade da época. Integrou o corpo directivo do Ateneu Comercial de Lisboa entre 1930 e 1962 e colaborou em várias publicações periódicas como O Seculo, Diário Popular, Mundo Ilustrado.



Em 1940 inicia a publicação em livro de alguns dos seus textos escritos para jornais e revistas.
A temática principal dos seus contos e novelas é a vida da população pobre da Praia da Vieira, sobretudo dos pescadores, não esquecendo outras ocupações a eles ligadas.  Muitos dos seu contos relatam acontecimentos verídicos passados na Praia da Vieira.
Esta colectânea de contos tem a particularidade de ser prefaciada por Mário Soares, que conheceu José Loureiro Botas nos anos 40. 
Faleceu em Lisboa a 18 de junho de 1963.
Em 1977, é dado o seu nome a uma rua da Praia da Vieira e em 1997 foi atribuído o seu nome à escola Secundária de Vieira de Leiria.  



E para conhecer melhor os autores, passe pela Biblioteca Municipal
e requisite estes livros.

E JÁ AGORA!

Aproveite as férias e passe por Vieira de Leiria e Praia da Vieira, no concelho da Marinha Grande, e conheça os locais que serviram de inspiração à obras destes autores.



        

  
 PASSE POR CÁ! PASSE A CONHECER!
  

julho 28, 2011

DIA NACIONAL DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA


Nós não herdámos a terra dos nossos antepassados,
 pedimos emprestada aos nossos filhos
                                                 Provérbio Índio



28 de julho, é o Dia Nacional da Conservação da Natureza. A data coincide com o dia da criação, em 1948, da primeira organização não governamental em Portugal, a Liga para a Conservação da Natureza, e simboliza, assim, o envolvimento da sociedade civil nessa causa.

Aproveite se está de férias e vá passear pelos parques naturais da sua região.
Ouça, cheire e sinta a beleza que a natureza tem para lhe oferecer.

  • Na praia, não colha nem pise as plantas que crescem nas dunas, porque facilita a erosão.
  • Tome banho apenas em zonas autorizadas.
  • Não compre rochas nem corais, pois se o fizer estará a incentivar o seu comércio, contribuindo para a destruição dos recifes.
  • Quando for caçar, respeite os regulamentos sobre a caça e não encare as aves de rapina como seus concorrentes. Estes animais controlam pragas e eliminam os animais doentes entre as espécies cinegéticas.
  • Ao visitar uma área protegida, não colha flores, ovos ou sementes, não corte ramos nem faça inscrições nas árvores.
  • Da floresta e dos parques naturais, leve só fotografias.
  • Quando fizer um piquenique, não abandone o lixo (papel, sacos plásticos, latas, copos), leve-o consigo ou deposite-o nos locais próprios.
  • Faça fogueiras apenas nos locais indicados para esse fim, tomando as precauções adequadas. Se fumar, certifique-se que, no final, o cigarro fica bem apagado. Marque 117, número nacional de Protecção à Floresta para informar de situações que envolvam risco de ocorrência de incêndio.


Este é um tema que interessa a todos.
 Aqui pode encontrar bibliografia que a Biblioteca Municipal dispõe para empréstimo domiciliário

A natureza nunca nos engana; somos sempre nós que nos enganamos.
                                                                                                       Jean Jacques Rousseau

julho 27, 2011

PRAZER DE LER? O QUE É ISSO?

"Dos diversos instrumentos utilizados pelo homem, o mais espetacular é,
 sem dúvida, o livro.
Os demais são extensões do seu corpo. O microscópio, o telescópio são extensões da sua visão; o telefone é a extensão da sua voz; em seguida temos o arado e a espada, extensão do seu braço.
O livro, porém, é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação".
                                                                                                                          Jorge Luís Borges


A leitura tem de ser um prazer e os leitores devem usufruir de alguns direitos inalienáveis.
Direitos do Leitor
  1. O direito de não ler
  2. O direito de saltar páginas
  3. O direito de não acabar um livro
  4. O direito de reler
  5. O direito de ler não importa quê
  6. O direito de amar os "heróis" dos romances
  7. O direito de ler não importa onde
  8. O direito de saltar de livro em livro
  9. O direito de ler em voz alta
  10. O direito de não falar do que se leu
In, "Como um romance" de Daniel Pennac


Ilustração de Marina Marcolin


No livro "Como um romance", Daniel Pennac questiona, através da recriação ficcional do ambiente de uma sala de aula, a razão de os jovens não gostarem de ler.
Baseado nas suas próprias experiências como professor, ele ensina como recuperar nos alunos o gosto pela leitura, um ato esquecido neste início de século, dominado pela comunicação em massa.
Acima de tudo, Pennac quer mostrar que o ato de ler é um ato de prazer e não de obrigação. O verbo ler é avesso ao imperativo e como tal não pode ser conjugado por obrigação.
Assim, ler é e  deve ser um prazer, desenvolvido, de preferência, desde muito cedo e "em voz alta".


"(...) Andava enquanto lia, uma mão no bolso, a outra, a que segurava o livro, um pouco estendida, como se enquanto lia nos oferecesse o livro (...) Apetecia-nos ler, e pronto...(...) O mais importante, era ele ler para nós em voz alta, era a confiança que ele colocava imediatamente no nosso desejo de comprender... O homem que lê em voz alta eleva-nos à altura do livro. Ele verdadeiramente a ler.
(...) Os livros não foram escritos para que o meu filho, a minha filha, a juventude, os comente, mas para que, se o coração assim decidir, sejam lidos".


Daniel Pennac nasceu em Casablanca, em 1944, e é considerado um dos mais importantes e populares autores da literatura francesa. Os seus romances granjearam-lhe um enorme sucesso internacional, que conheceu também com "Como um romance", um ensaio sobre a leitura que se transformou num livro de culto.

Se depois de ler alguns exertos do livro, ficou com vontade de o ler, Visite-nos!

"Leio e abandono-me, não à leitura, mas a mim"
                                                                              Fernando Pessoa

julho 26, 2011

DIA DOS AVÓS


Hoje comemora-se o Dia dos Avós.
Escolheu-se o dia 26 de julho para a comemoração, porque é o dia  de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.


O Dia dos Avós tem como objetivo destacar e promover o papel dos avós na família - muitas vezes, os avós são o suporte afetivo e financeiro de pais e filhos - como muitas vezes se diz, os avós são pais duas vezes...

Ser avô e avó de uma criança é uma experiencia muito gratificante e enriquecedora. A vinda de um neto representa um novo começo, com novos sonhos e ambições.
São muitas as vantagens do relacionamento de avós e netos.
É uma fase de amor que une, expande e engrandece toda a família.

Contudo, ser avô e avó não substitui os pais, os avós devem apenas prestar auxílio, compreensão e estímulo na educação do neto.


A relação mágica que se estabelece entre avós e netos é baseada nas tarefas básicas diárias, que são executadas em conjunto. Deixamos aqui algumas sugestões divertidas:

  • Contar histórias - podem contar histórias de como era o antigamente para que o seu neto  perceba a evolução dos tempos.
  • Contar aventuras - os netos adoram ouvir as aventuras dos avós, o que eles fizeram e conheceram.
  • Ensinar a árvore genealógica - é muito importante para um neto conhecer a constituição da família
  • Atribuir tarefas ao neto - dê tarefas ao seu neto para ele cumprir e faça-as com ele
  • Incentivar o gosto pela leitura - tornarem-se leitores da Biblioteca Municipal e fazerem da ida à Biblioteca um ritual agradável para ambos. Podem participar na Hora do Conto, podem requisitar o Pack Família, podem ver um filme, podem ler os jornais diários, podem fazer jogos e pinturas....Podem passar uma tarde divertida na Biblioteca Municipal.

Visite-nos. Não Custa Nada.

julho 25, 2011

PACK FAMÍLIA


Já ouviu falar do Pack Família?

Sabia que,
se estiver inscrito na Biblioteca Municipal, 
pode requisitar um Pack Família por um período de 10 dias úteis?


Mas o que é o Pack Família?

É um conjunto de livros e revistas, seleccionado pelo próprio leitor, que, de entre um leque de opções que colocamos ao seu dispôr, pode constituir o seu próprio Pack, de acordo com os seus gostos pessoais e destinado à leitura de cada membro da família.
As dificuldades económicas por que todos estamos a passar não são desculpa para não estar informado. A Biblioteca Municipal tem uma resposta de acordo com o seu perfil.


"Como se formam os buracos negros? Um enigma colossal",
in Super Interessante

"Alimentos light, zero e diet - mito ou verdade?",
in Sport Life

"As grandes ambições dos Incas.
Elevando-se da obscuridade até aos píncaros do poder, os governantes andinos dominaram reinos, esculpiram montanhas e fundaram um império poderoso",
in National Geographic

"No poupar é que está o ganho.
Gastar menos está na ordem do dia.
Mas poupar não tem de significar fazer sacrifício.
É possível manter a mesma qualidade de vida, chegar tranquilamente ao fim do mês e até amealhar algum dinheiro",
 in Pais & Filhos

"Canção de protesto: uma história.
Canto mole em letra dura nunca fez revoluções.
Protestar enquanto se canta é algo que vem de longe, de muito longe,
e que tanto passou para chegar até aos Deolinda.
Da "estranha fruta" de Billie Holiday ao "Fight the Power" dos Public Enemy, da cantiga como arma de José Mário Branco ao rap de Chullage e Valete",
in Blitz


Estas são algumas das revistas que pode seleccionar para o seu Pack Família.
Pode acompanhá-las com livros para todos os membros da família, até ao máximo de 5 unidades, por um período de empréstimo de 10 dias úteis.
Para tal é só consultar o nosso catálogo on-line em http://services.cm-mgrande.pt/pacweb/ ou aceitar as nossas sugestões de leitura expostas no átrio da Biblioteca Municipal.

Adira a este serviço. Aproveite. É gratuito.
Boa Semana e Boas Leituras

julho 22, 2011

Pinhal do Rey

Catedral verde e sussurrante, aonde
a luz se ameiga e se esconde
e aonde ecoando a cantar
se alonga e se prolonga a longa voz do mar,
ditoso o Lavador que a seu contento
por suas mãos semeou este jardim;
ditoso o Poeta que lançou ao vento
esta canção sem fim...

                        (...)

Na sussurrante e verde catedral
oiço rezar a alma de Portugal:
ela aí vem, dorida, e nos seus olhos
sonâmbulos de surda ansiedade
no roxo da tardinha,
abre a flor da Saudade;
ela aí vem, sozinha,
dorida do naufrágio e dos escolhos,
viúva de seus bens
e pálida de amor,
arribada de todos os alens
de este mundo de dor;
ela aí vem, sozinha,
e reza a ladainha
na sussurrante catedral aonde
toda se espalha e esconde
e aonde ecoando a cantar
se alonga e se prolonga a voz do mar...

Afonso Lopes Vieira, Ilhas de Bruma, 1917:78-8


Poderá encontrar este e outros poemas na nossa sugestão de Leitura de Fim de Semana "Afonso Lopes Vieira (1878-1946) - Fotobiografia", de Cristina Nobre.
Na fotobiografia poderá ainda observar dezenas de objetos pessoais do poeta, tais como o fato de batizado, o anel que assinala a edição de Amadis, a sua camisa de pescador, aparos que usou, a caixa de tabaco e as mortalhas dos cigarros, a sua máquina fotográfica, entre tantos outros. 



E nada melhor como complemento à leitura da sua  fotobiografia, uma visita à Casa - Museu Afonso Lopes Vieira, em S. Pedro de Moel.
A Casa constitui em si um testemunho literário da obra de Afonso Lopes Vieira, na medida em que possui diversos elementos decorativos mandados aplicar pelo poeta , ao longo da sua vida.
Pode ser visitada de quarta a domingo das 10h30 às 18h00.



Veja AQUI os livros de Afonso Lopes Vieira e Veja AQUI os livros sobre o autor
que a Biblioteca Municipal dispõe para empréstimo domiciliário.


E os Mais Novos não foram esquecidos, na nossa página Leitores+Novos, encontrará informação sobre o autor e sobre os livros que escreveu para crianças.

Cristina Nobre, nasceu na Marinha Grande em 1963.
Professora, investigadora e ensaísta, formada em Línguas e Literaturas Modernas (1985),  pela Universidade de Lisboa, Mestre em Literatura Portuguesa (1990), com a tese Um texto instrutivo do século XVI de Gonçalo Fernandes Trancoso: "Contos e Histórias de Proveito e Exemplo" (1999) e Doutorada em Literatura Portuguesa (2001), pela Universidade de Lisboa com a tese  Afonso Lopes Vieira. A reescrita de Portugal. Vol. I e Inéditos. Vol. II (2005), sendo presentemente professora do departamento de Línguas e Literatura, na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Leiria e investigadora do CIID-Centro de Investigação Identidades e Diversidades.



Os outros livros da autora, que a Biblioteca Minicipal tem para empréstimo domiciliário 
 pode encontrá-los  AQUI.


BOM FIM DE SEMANA E BOAS LEITURAS

julho 21, 2011

HORA DO CONTO

Contar histórias revela o significado sem cometer o erro de o definir. 
                                                                                                                               Hannah Arendt


A Biblioteca Municipal recebeu hoje uma visita especial. Contámos com a presença de 22 crianças do CAF - Componente de Apoio à Família dos Agrupamentos de Escolas Guilherme Stephens e Nery Capucho, com idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos.
Mas não estiveram sózinhos. A eles juntaram-se mães, avós e irmãos mais velhos, que na companhia de crianças pequenas,  participaram na habitual sessão da Hora do Conto. 
E a Sala Infantil encheu-se de meninos de várias idades e, em silêncio, deu-se início à leitura do livro do mês "O Gato e o Rato" da escritora Luísa Ducla Soares.

Mais outra! Disseram todos.
E assim foi!

Seguiu-se a leitura do livro "Bolinha estranha", de Malorie Blackman.
E a sessão terminou com as crianças a contactarem individualmente com os livros, previamente escolhidos pelas Técnicas  da Biblioteca, de acordo com as suas faixas etárias.

 



Ficamos à espera, que os  meninos que nos visitaram hoje, voltem novamente à Biblioteca e continuem a disfrutar do prazer da leitura.

A Biblioteca está cheia de livros. Vem descobri-los. Junta-te a nós.
 

julho 20, 2011

É um Livro, de Lane Smith

Imperdível! Ora veja ...




Frente                                        Verso

    

O livro que divulgamos hoje não é apenas uma fábula com breves diálogos entre um macaco, um burro e um rato. Apesar da sua simplicidade, ele aborda uma questão que continua actual, que é a da coexistência entre o poder e a sedução das novas tecnologias e a paixão intemporal pelos livros. Lane Smith autor do livro, americano, nascido em 1959 no Oklahoma, autor e ilustrador de livros infantis amplamente premiados, afirma que a magia transmitida pelos livros não se revela apenas através da leitura, "... não é só o prazer da leitura, mas a combinação de todos os elementos de que os LIVROS são feitos: a textura do papel e das tintas, os respectivos cheiros, as cores e as imagens, as formas das letras, a maneira como tudo isto se apresenta e constitui uma outra linguagem silenciosa que nos encanta." 

(...)
Burro - O livro envia mensagens?
Macaco - Não.
Burro - E tuíta?
Macaco - Não.
Burro - Tem Wi-Fi?
Macaco - Não.
Burro - Precisa de palavra-passe?
Macaco - Não... isto é um Livro! Olha!

 
(...)
Macaco - Devolves-me o meu livro?
Burro - Não. 
Macaco - Não importa ... Vou à Biblioteca. 
(...)


Pois é! 
Tal como as personagens deste livro, deixe-se seduzir pela magia dos livros e pelo imaginário da leitura. Venha à Biblioteca Municipal e traga os seus filhos.
Mostre-lhes que ler livros é tão bom [ou melhor], que outras formas de ocupar o tempo.

Já agora! 
Porque não participar com eles numa das sessões da Hora do Conto, que a Biblioteca Municipal realiza ao longo da semana?
Veja amanhã no nosso blogue mais desenvolvimentos sobre este assunto.

Esteja atento!
Marcamos encontro consigo, amanhã,
na Biblioteca ou através do nosso Blogue.

julho 19, 2011

"QUEM SALVA UMA VIDA É COMO SE SALVASSE UM MUNDO INTEIRO"

"Tenho de salvar estas pessoas, tantas quantas eu puder. Se estou a desobedecer a ordens, prefiro estar com Deus e contra os homens, do que com os homens e contra Deus".

Aristides de Sousa Mendes foi o "Schindler português" muito antes de o alemão começar a sua actividade humanitária em prol dos judeus. Atendendo à verdade histórica, Oscar Schindler é que foi o Aristides alemão.

Nascido a 19 de julho de 1885, numa família abastada de antigos fidalgos de província, de Cabanas de Viriato, perto de Viseu, Aristides e o irmão gémeo cursaram Direito em Coimbra e seguiram a carreira diplomática. Após o golpe de 28 de maio de 1926, foi colocado em Vigo, num posto prestigiante e de confiança. Seguiu-se Antuérpia, outro posto de confiança, onde ficou 9 anos. Aos 50 anos era decano de corpo diplomático.


Em 1938, após Salazar recusar o seu pedido de permanecer na Bélgica, foi colocado em Bordéus. Em 1939, com o rebentar da II Guerra Mundial e, em 1940, devido à invasão da França pelas tropas alemãs, milhares de refugiados fogem para sul. Os jardins do consulado e as ruas servem de local de acampamento a milhares de pessoas das mais variadas nacionalidades, sobretudo judeus que fogem da perseguição nazi.

Em 1940, Aristides era cônsul de Portugal em Bordéus e, indo contra uma directiva expressa de Salazar para não se concederem vistos a refugiados que quisessem atravessar a França para chegar a Portugal, desobedeceu e passou 30 mil vistos.

"Concede vistos sem olhar a nacionalidades, etnias ou religiões. Graças a ele, Portugal ficou na história como um país que apoiou os refugiados durante a II Guerra Mundial", lembra a historiadora Irene Pimentel.

No dia 24 de junho de 1940 recebe um telegrama de Salazar ordenando-lhe o regresso imediato a Lisboa. "Enfrentou a ira de Salazar, que não poderia permitir que um diplomata desobedecesse às suas ordens", relata Irene Pimentel. Após 32 anos de serviço, Aristides de Sousa Mendes (com uma família de 12 filhos) foi demitido compulsivamente sem direito a qualquer reforma ou indemnização. Foi ainda proibido de exercer advocacia e os filhos de frequentarem a universidade.

Alberga no seu palácio de Cabanas de Viriato muitas das famílias de refugiados, hipotecando para o efeito todo o recheio. A partir de 1941, já na miséria, foi auxiliado pela Comunidade Israelita de Lisboa. Terminada a Guerra, em 1945, fez uma exposição para a reapreciação do seu processo da qual não obteve resposta.
A 3 de abril de 1954 morre, no Hospital da Ordem Terceira, em Lisboa, desonrado e sozinho, acompanhado apenas por uma sobrinha.


Aristides de Sousa Mendes só foi reabilitado nos anos 80 de século XX e muito por pressão exterior. Foi primeiro elogiado nos Estados Unidos e em Israel. Em 1998, a Assembleia da República condecora-o com a Cruz de Mérito, a título póstumo, pelas suas acções em Bordéus. Em 2007, a RTP promoveu a escolha dos dez maiores portugueses de todos os tempos. Aristides de Sousa Mendes foi o terceiro mais votado. Ironicamente, o primeiro lugar foi atribuído a Salazar, e o segundo a Álvaro Cunhal.

"Aristides não tem um monumento em Portugal. Mais do que um monumento, deveria haver simplesmente uma lei que dissesse: A nuvem - aquela coisa efémera - a nuvem mais bonita em Portugal, todos os dias, deveria chamar-se Aristides de Sousa Mendes"
                                                  Ferreira Fernandes


A Biblioteca Municipal não quer deixar de prestar uma pequena homenagem a um dos maiores símbolos nacionais da II Guerra Mundial e durante este mês tem patente uma mostra bibliográfica, no átrio de entrada, sobre Aristides de Sousa Mendes e a época em que viveu.

Visite-nos

julho 18, 2011

DIA INTERNACIONAL NELSON MANDELA



A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 18 de julho, aniversário de Nelson Mandela, o Nelson Mandela International Day, Dia Internacional Nelson Mandela, um dia de activismo.
A resolução foi adotada por consenso pelos 192 Estados membros da ONU "... pela contribuição do ex-presidente sul-africano para a cultura da paz e da liberdade.", e foi o primeiro reconhecimento da ONU a uma pessoa.


O Conselho de Segurança da ONU também reconheceu a dedicação de Mandela "... ao serviço da humanidade na resolução dos conflitos, relações entre raças, promoção e protecção dos direitos humanos, reconciliação, igualdade entre os sexos e os direitos das crianças e de outros grupos vulneráveis".
O comunicado da ONU faz especial referência à luta de Mandela contra o regime segregacionista do apartheid, cuja eliminação também esteve entre os objectivos da ONU, desde a sua criação, e que foi derrubado em 1994, com a  sua eleição como primeiro presidente negro da África do Sul.

Para o secretário-geral da ONU, Ban ki-moon, Mandela é um "... exemplo vivo dos principais valores das Nações Unidas. Um cidadão exemplar".

Neste dia, a Fundação Nelson Mandela pede a todos os cidadãos que dêem 67 minutos do seu tempo a ajudar os outros.

Porquê 67 minutos?
Porque cada minuto corresponde a um ano de trabalho desenvolvido pelo líder sul-africano em prol da causa pública.

"Nós podemos mudar o mundo e transformá-lo num lugar melhor. Está nas tuas mãos fazer a diferença".

Veja AQUI o destaque do nosso Blog à data 9 de fevereiro,
data em que Nelson Mandela se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul.


julho 15, 2011

"MAFALDA E O SEU BANDO: O RISO É GARANTIDO"

"Não tem importância o que penso de Mafalda.
 O importante é o que Mafalda pensa de mim"
                                                                 Julio Cortázar, 1973


"Na vida real nasci a 15 de Março de 1963. O meu pai é inspector de seguros e em casa cultiva plantas para se distrair. A minha mãe é dona de casa. Conheceram-se quando estudavam na Universidade, mas ela abandonou os estudos para cuidar de mim, segundo ela diz. O nome que me puseram foi uma homenagem à miúda do filme Dar la Cara, tirado de um romance de David Viñas. A 22 de Setembro de 1964, Quino conseguiu-me uma recomendação para trabalhar na revista Primera Plana, e em Março de 65 levaram-me para o diário El Mundo.
(...) Também gosto de ler, ouvir as notícias, ver televisão (excepto as séries), jogar xadrez, bowling e de não fazer nada. Gosto muito de brincar e correr ao ar livre, onde haja passarinhos e árvores, como em Bariloche".


"Mafalda, uma heroína zangada que recusa o mundo tal com ele é"
                                                                                  Umberto Eco


"(...) O pobre secretário da ONU tem muito boas intenções e seria bom que lhe dessem ouvidos, mas...
Quando penso nele, compreendo melhor o meu pai e a minha mãe. Afinal de contas eles não têm culpa de ser quem são nem de viver como vivem.
Os Beatles, gosto deles porque são alegres, estão de acordo comigo em muitas coisas e tocam uma música que nos agrada. Eles deviam ser presidentes do mundo, porque têm influência sobre muita gente de todos os países.
Entre as coisas de que não gosto estão: primeiro, a sopa, depois, que me perguntem se gosto mais do pai ou da mãe, depois o calor e a violência. Por isso, quando for grande, vou ser tradutora na ONU. Assim, quando os embaixadores começarem a discutir vou traduzir tudo ao contrário para se entenderem melhor e haja paz de uma vez".



"A Mafalda tranquilizou-nos. As coisas estão mesmo assim. Mal".
                                                              Marcello Bernardi


Quino, autor de banda desenhada (BD), caricaturista e ilustrador argentino, pseudónimo de Joaquín Salvador Lavado, nasceu em Mendoza a 17 de julho de 1932, filho de imigrantes espanhóis. A 29 de setembro de 1964 idealizou a irreverente personagem para um anúncio de electrodomésticos e estaria longe de imaginar que Mafalda se tornaria uma das mais célebres comentadoras políticas da época. À primeira vista, "Mafalda" podia ser uma menina de seis anos, reguila, desafiadora e descarada, mas depressa se percebeu que da sua boca, dos balões que Quino preenchia, saíam comentários mordazes e pertinentes sobre a ordem do mundo, a luta de classes, o capitalismo e o comunismo, mas também, de forma mais subtil, sobre a situação política e social Argentina.


A par da atitude de adulto, mas com o desarmante discurso de criança, "Mafalda" tem essa mesma condição de menina que detesta sopa, adora os Beatles, não compreende a guerra no Vietname e tem monólogos preocupados em frente de um globo terrestre.
Mafalda continua viva. E agora, aos 47 anos, até já tem uma estátua junto do prédio onde viveu o "pai" Quino quando era miúdo como ela.


  
Quino foi distinguido várias vezes, destacando-se:
  • Troféu Palma de Ouro do Salão Internacional de Humorismo de Bordighera, em 1978
  • Desenhador do Ano a nível mundial, em 1982
  • Prémio B'naiB'rith Derechos Humanos, em 1998
  • Prémio Quevedos de Humor Gráfico, em 2001
Em Portugal, Quino tem um grande número de livros editados pela Dom Quixote, Bertrand e Teorema, e já se deslocou ao nosso país,  em 2001 e 2003, para encontros com jornalistas e leitores portugueses.


Para um fim de semana bem disposto, passe pela Biblioteca Municipal
e requisite um livro da "Mafalda". 

 Mas não só. Veja AQUI a bibliografia de Quino disponível para empréstimo domiciliário.


BOM FIM DE SEMANA E BOAS LEITURAS

julho 14, 2011

UM DIA DIFERENTE

 


Estamos de férias.              
O sol brilha.        
O céu é azul.                 VAMOS  PARA A PRAIA.





Mas, mas ...,    
a temperatura ...,  
o vento ...,
as nuvens ..., 
ESTÁ FRiiiiOOOO! 

                
ENTÃO ...
... VAMOS À BIBLIOTECA!



julho 2011

julho 2011

julho 2011

     julho 2011

POIS É!

Quando o tempo nos prega umas partidas, há sempre alternativas.
E as crianças sabem, que existe um local que é bem do seu agrado.
Elas sabem e conhecem, que a Biblioteca é um espaço agradável, bonito, onde são bem recebidas e onde
há bué de coisas giras pra fazer.
Foi o que fizeram as crianças das fotos.



FAÇA O MESMO QUE ELAS!
TRAGA AS SUAS CRIANÇAS E PROPORCIONE-LHES UM DIA DIFERENTE!
UM DIA NA BIBLIOTECA MUNICIPAL

VENHA!



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