julho 01, 2014

NEWSLETTER julho

 
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junho 19, 2014

FELIZ ANIVERSÁRIO CHICO




A 19 de junho de 1944,  na maternidade São Sebastião, no Largo do Machado, Rio de Janeiro, nascia Francisco Buarque de Hollanda, o quarto dos sete filhos do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim.

Ainda jovem os seus trabalhos conquistaram o reconhecimento da crítica e do publico. Teve como parceiros nomes maiores da MPB (Música Popular Brasileira) como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Toquinho, Milton Nascimento e Caetano Veloso.




Caro Leitor, nada melhor que conhecer as suas letras que são marcantes, conhecer as histórias mais interessantes que estão por trás de algumas das suas maiores composições. Para isso, na sua próxima deslocação à Biblioteca Municipal requisite o livro que aqui lhe sugerimos:



De Wagner Homem
Chico Buarque
Publicado pela Dom Quixote



"Gostei da leitura, flui muito bem. Enquanto lia, eu pensava, tenho uma história boa para contar ao Wagner. Mas, à medida que o livro avançava, todas essas histórias apareciam. Vou pensar mais um pouco, procurar alguma anedota inédita, mas acho que você as conhece todas, melhor que eu.
Um grande abraço,
Chico."

O Chico gostou e certamente o Leitor também irá gostar desta
História de Canções de Chico Buarque,
são 70 anos de idade e 50 de carreia





Encontrando-se atualmente em Paris a ultimar o seu mais recente romance, tem o Leitor a oportunidade de ler ou reler os seus outros romances: Estorvo, Benjamim e Leite Derramado, que disponibilizamos para empréstimo domiciliário.
Na sala  de Áudio/Vídeo poderá ouvir alguma da sua discografia.






Para o escritor Millôr Fernandes, Chico Buarque é a "única unanimidade nacional".
 
Visite-nos e saiba porquê.





 

junho 13, 2014

LEITURA DE FIM DE SEMANA

"A beleza é uma enorme dádiva imerecida, concedida de uma forma aleatória, estupidamente."
 
Caro Leitor,
não se esqueça do protetor solar, pois com a nossa
sugestão de leitura de fim de semana,
só vai querer sair da praia quando chegar à pág. 387 e então
"Deixa-se levar pelo sono, serenamente. E, a um tempo, tudo é límpido, tudo resplandece".
 
Ilustração de Harold Harvey
 
Curioso?
 
O autor que hoje lhe sugerimos, já seu conhecido, tem o dom de emocionar o leitor do principio ao fim dos seus livros e de, através da palavra, expressar sentimentos e provocar visões ao desenrolar o dia a dia de um povo. De acordo com a Amazon.com, foi um dos dez melhores livros de 2013, tendo vendido perto de 1 milhão de exemplares em 42 países.

Lembra-se de Mariam e Laila?  E Khaled Hosseini diz-lhe alguma coisa?
 
Reveja Aqui.
 
 
Agora que já se lembrou do autor e do seu outro êxito, é altura de ler o seu mais recente romance:
 
Editado pela Editorial Presença
E as Montanhas Ecoaram
 
 
"A fábula com que inicio E as Montanhas Ecoaram, ainda que eu a tenha inventado,
 é uma homenagem às histórias que eu ouvia em criança."
 
 
 
"1952. Em Shadbagh, uma pequena aldeia no Afeganistão, Saboor é um pai que um dia se vê obrigado a tomar uma das decisões mais difíceis da sua vida: vender a filha mais nova, Pari, a um casal abastado em Cabul e assim poder continuar a sustentar a restante família. A separação é particularmente devastadora para Abdullah, o irmão mais velho que cuidou de Pari desde a morte da mãe de ambos. Nenhum dos dois imaginava que aquela viagem até à capital iria instalar um vazio nas suas vidas que seria capaz de atravessar décadas e quilómetros e condicionar os seus destinos..."



O médico e escritor Khaled Hosseini nasceu a 4 de março de 1965 em  Cabul, capital do Afeganistão e onde viveu até aos 11 anos de idade.
"Saímos de Cabul em 1976. O meu pai tinha um posto diplomático em Paris. Depois da invasão soviética, pedimos asilo político aos Estados Unidos. Foi em 1980, tinha eu 15 anos. Para os meus pais, que sempre foram doadores generosos, era uma afronta viver de benefícios do Estado, da caridade".
Tirou o curso de Medicina na Universidade da Califórnia e em 1993 começou a trabalhar como médico. Em 2003, aos 38 anos de idade, voltou ao seu país onde "me senti como um turista".
Em 2006, Hosseini foi nomeado Embaixador da Boa Vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
Todos os seus três romances foram best-sellers: O menino de Cabul , tendo sido já adaptado ao cinema por Marc Forster, Mil Sois Resplandecentes e agora E as Montanhas Ecoaram.


Bom Fim de Semana
Com Boas Leituras


 

junho 04, 2014

FELIZ ANIVERSÁRIO PAULINA CHIZIANE


A escritora moçambicana Paulina Chiziane nasceu a 4 de junho de 1955 em Manjacaze, no seio de uma família protestante onde se falavam as línguas chope e ronga.
O português aprendeu-o na escola de uma missão católica.
Viveu no campo até aos 7 anos de idade, mudando-se  depois para os subúrbios da cidade de Maputo, tendo frequentado, na Universidade Eduardo Mondlane, estudos superiores de Linguística, sem no entanto ter concluído o curso.
 
 
"Sou chope, o meu pai era alfaiate de esquina, só depois arranjou uma barraca.
A minha mãe sempre foi camponesa, às vezes ficava uma semana sem vir a casa,
a tratar da machamba (plantação de mandioca)"
 
Participou ativamente na cena política moçambicana como membro da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) e aos 20 anos cantou o hino da independência moçambicana, gritou contra o imperialismo e o colonialismo e depois, com a guerra civil (1975-1922) que arrasou o seu país, desencantou-se com a política.
Trocou a vida partidária para se dedicar à escrita, ao trabalho na Cruz Vermelha e à publicação das suas obras. O seu livro "Ventos do Apocalipse", que foi uma edição de autor, pode ser requisitado na  Biblioteca Municipal. 
 
Iniciou a sua atividade literária em 1984, com uma série de contos publicados na imprensa moçambicana.
Apesar de negar ser romancista, "Nem sei o que isso é. Eu sou só contadora de estórias. Escrevo livros com muitas estórias, estórias grandes e pequenas. Inspiro-me nos contos à volta da fogueira, a minha primeira escola de arte.", tornou-se a primeira mulher moçambicana a publicar um romance, Balada de Amor ao Vento, em 1990.
 
Fotografia António Silva da LUSA
O embaixador de Portugal em Maputo, José Augusto Duarte, acompanhado pelos escritores moçambicanos, Paulina Chiziane e Ungulani Ba Ka Khossa, discursa numa conferência de imprensa sobre a condecoração, com o grau de Grande Oficial da Ordem Infante D. Henrique,  atribuída aos dois escritores pelo Presidente português, Aníbal Cavaco Silva, num reconhecimento do mérito da obra de ambos e que pretende reforçar as relações bilaterais entre os dois países.
 
 "Na história, há um gajo que eu admiro. Eu gosto de Luís de Camões. Mas não pela mesma razão dos outros. Eu gosto dele porque ele não seguiu um caminho, ele abriu um caminho."
                                                                                                                      Paulina Chiziane
 
 
 
Faça também o caminho até à sua Biblioteca
 
Esperamos por Si


 
 

maio 30, 2014

MAS ÉS O CÃO DA VIZINHA! QUE FAZES AQUI, SOZINHO?

Foi assim que tudo começou...


Uma lição de vida de um pequeno grupo de idosos que descobrem
que são uteis e capazes de viverem as suas vidas, é a nossa
sugestão de leitura de fim de semana.
 
É uma história que segundo Le Monde des Livres gostaríamos que fosse verdadeira,
 pois está repleta de entreajuda e de generosidade.

 
E depois, a Paulette...
Escrito por
Barbara Constantine
Publicado pela
Bertrand Editora
 



"Um dia, depois de uma violenta tempestade, Ferdinand passa com os netos pela vizinha e descobre que o teto dela está prestes a desabar. Claramente, ela não tem para onde ir. E, com grande naturalidade, os meninos, de seis e oito anos, sugerem ao avô que a convide para ficar na quinta. Mas a realidade não é assim tão simples, há certas coisas que se fazem, e outras não...
Depois de uma longa noite de reflexão, ele acaba por ir procura-la na mesma. Uma coisa leva à outra e a quinta começa a encher-se, a agitar-se, recomeça a funcionar. Um amigo de infância agora idoso, duas senhoras muito velhas em estado de pânico, estudantes um pouco perdidos, um amor que nasce, animais. E depois a Paulette..."



Basta dar o primeiro passo e ter vontade de realmente ajudar alguém, para que tudo melhore. Não só para nós, mas também para quem nos rodeia. O livro fala-nos da entreajuda, de segundas oportunidades, de estarmos abertos a novas experiências e de partilharmos o que temos, sem que precisemos propriamente de um motivo para o fazer.
Quem não gostaria de ter assim uns vizinhos!!
 
 
 
 
Barbara Constantine nasceu em Nice em 1955. É guionista, ceramista e escritora.
Venceu, em 2010, o Prémio Charles Exbrayante com o livro Tom, Petit Tom, Tout Petit Homme, Tom. A nossa sugestão de leitura de fim de semana, E depois, a Paulette ... é o seu quarto romance.


Tenha um Bom FIM de Semana
com esta história inspiradora,
cheia de alegria, ternura e esperança.


Esperamos por si



maio 22, 2014

22 DE MAIO - DIA DO AUTOR PORTUGUÊS



 
Para mim o
amor
fica-me justo
Eu só visto
a paixão
de corpo inteiro


Sabe o Leitor quem é o autor/a deste poema?
 
O seu autor/a é hoje,
22 de maio - Dia do Autor Português,
distinguida pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA)
com o Prémio de Consagração de Carreira.
O galardão distingue a poeta e ficcionista
"pela qualidade, extensão e representatividade da sua obra".
 
 
 O Leitor já adivinhou que falamos de Maria Teresa Horta.
 Para saber mais sobre a autora, veja AQUI
 
E sabe o Leitor,
quem são os autores destas palavras?
  • Sei que quando me tocas a batida da terra coincide com a do meu coração.  (Manuel Alegre)
  • Antigamente os animais falavam, hoje, escrevem! (Camilo Castelo-Branco)
  • Sou dos que amam demais a Divindade para poder acreditar num só Deus. (Jaime Cortesão)
  • A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos. (António Lobo Antunes)

  • Pensar Portugal. Nós somos um país de "elites", de indivíduos isolados que de repente se põem a ser gente. (...) Nós não temos sequer núcleos de grandes homens. Temos só, de longe em longe, um original que se levanta sobre a canalhada e toma à sua conta os destinos do país. (Virgílio Ferreira)

  • É melhor aprender latim ou melhor aprender matemática? É melhor não ser estúpido. (Agostinho da Silva)

  • Eu não me envergonho de corrigir os meus erros e de mudar de opinião, porque não me envergonho de raciocinar e aprender. (Alexandre Herculano)

  • Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo o dia. (José saramago)

  • O português prefere ser um rico desconhecido,  a ser um herói pobre. É melhor do que parece. O homem português é dissimulado, e fez da inveja um discurso do bom senso e dos direitos humanos. Mas é também um homem de paixões moderadas pela sensibilidade, o que faz dele um grande civilizado. Gosta das mulheres, o que explica o estado de dependência em que as pretende manter. A dependência é uma motivação erótica. (Agustina Bessa-Luís)

  • No teu amor por mim há uma rua que começa. (Ruy Belo)

 Os autores portugueses esperam por si
Aqui, na sua Biblioteca.

 




maio 08, 2014

MAIO, MÊS DO CORAÇÃO


Mais uma vez a Fundação Portuguesa de Cardiologia
elege o mês de maio como o "Mês do Coração",
dirigindo este ano a sua campanha ao "Coração do Idoso",
decorrendo sob a temática "Nascido para ser Ativo".
 
 
 
Portugal é atualmente o sexto país mais envelhecido do mundo e, em 40 anos, passou de país com a maior taxa de natalidade da Europa para o país com a taxa de natalidade mais baixa.
Há cerca de dois milhões de portugueses com idade superior a 65 anos e pouco mais de um milhão e meio com menos de 15 anos.
 
Os idosos são hoje o único segmento etário que cresce em Portugal.
Graças à melhoria das condições de vida e aos progressos médicos, a esperança de vida está a aumentar, sendo na mulher de 82,6 anos e no homem de 78 anos.
 
 
 
 
Na população idosa a doença cardiovascular tem um peso muito importante e é a principal causa de morte.
Aderir à dieta mediterrânica, praticar uma atividade física regularmente (andar a pé cerca de meia hora por dia) e não fumar, vai atenuar o processo de envelhecimento, com mais anos sem doenças e uma maior longevidade.
A Fundação Portuguesa de Cardiologia lembra que "Os homens e as mulheres fisicamente ativos ao longo da vida têm, geralmente, uma maior redução em 25-30% no risco de AVC e morte".
 
 
 
Caro Leitor,
a Biblioteca Municipal quer contribuir para o seu bem estar e para a sua longevidade.

 
Mexa-se, Saia de Casa, Caminhe até à sua Biblioteca,
veja, até 17 de maio,  a exposição que preparamos para si  com  material informativo e mostra bibliográfica sobre as doenças do coração e não só ... e requisite um livro.

 
Depois do exercício físico, que bem que vai saber um bom livro....
 
  
 
 
 
 Boas Caminhadas e Boas Leituras
 


maio 02, 2014

NEWSLETTER maio


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
                                                                           Veja AQUI
 
 


abril 30, 2014

ONTEM NA BIBLIOTECA FOI ASSIM ...

Na companhia de 22 utentes do Centro Social e Paroquial de Vieira de Leiria,
com idades compreendidas entre os 40 e os 92 anos.
 
TODOS prometeram voltar!
Até breve.
 
  
 
  
 
 


abril 24, 2014

DIA MUNDIAL DO LIVRO

Foi comemorado ontem, dia 23 de abril. E na nossa Biblioteca foi assinalado com a presença de muitas crianças vindas da Escola do 1º CEB do Pilado e Garcia. Foi uma manhã bem passada, tendo como ponto de referência o livro e a magia que ele encerra.

E contámos, mais uma vez, com a colaboração preciosa da Patrícia Almeida, da INARTEBAÇA, Associação Cultural de Educação pela Arte, que veio festejar connosco o Dia Mundial do Livro. O ambiente criado foi de alegria e grande entusiasmo, onde todos deram largas à imaginação.
Obrigado Patrícia.
 

abril 23, 2014

23 DE ABRIL - DIA MUNDIAL DO LIVRO




Hoje é o Dia Mundial do Livro
Hoje é o dia de homenagear
Gabriel García Márquez,
escritor colombiano falecido do passado dia 17 de abril,
recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1982.
Foi um dos responsáveis pelo "boom" da literatura latino-americana no mundo.



"O primeiro livro seu que me veio parar às mãos foi Ninguém Escreve ao Coronel, logo  a seguir Cem Anos de Solidão e o choque que me causou foi tal que tive de parar de ler ao fim de cinquenta páginas. Necessitava pôr alguma ordem na cabeça, alguma disciplina no coração e, sobretudo, aprender a manejar a bússola com que tinha a esperança de orientar-me nas veredas do mundo novo que se apresentava aos meus olhos. Na minha vida de leitor foram pouquíssimas as ocasiões em que uma experiência como esta se produziu. Se a palavra traumatismo pudesse ter um significado positivo, de bom grado se aplicaria ao caso. Mas, já que foi escrita, aí a deixo ficar. Espero que se entenda".
                                                             José Saramago sobre García Márquez,
Blimunda, maio, 2013
 
 
 
 
A 15 de julho de 1967, Gabriel García  Márquez publica com grande êxito o seu romance Cem Anos de Solidão, claro exemplo do chamado "realismo mágico". De imediato considerada uma obra-prima a nível internacional. Neste romance encontra-se a chave de toda a obra do autor. De estrutura perfeita, o romance narra a vida de seis gerações de famílias dos Buendia, tendo como eixo principal a relação incestuosa entre eles. García Márquez inventa o espaço mítico de Macondo (uma povoação marginal que aparenta ser o centro do mundo, onde tudo acontece e onde se condensa a história do homem) como único cenário da sua obra.
 
 
 
 
"No México, enquanto escrevia "Cem Anos de Solidão",
entre 1965 e 1966,
 só tive dois discos que se gastaram tanto de serem ouvidos:
os Prelúdios de Debussy e "A Hard Day's Night" dos Beatles"
                                                                                     Gabriel García Márquez
 
 
 
A maior homenagem que se pode fazer
a um autor é ler a sua obra.
 
 
 
 
E neste Dia Mundial do Livro,
Visite-nos e requisite um dos inúmeros livros de
Gabriel García Marquez 
que a Biblioteca Municipal
tem à sua disposição e ganhe asas



Boas Leituras




 

abril 14, 2014

O ANALFABETO POLÍTICO


O ANALFABETO POLÍTICO
 
 
O pior analfabeto é o analfabeto político.
 
Ele não ouve, não fala, nem participa nos
acontecimentos políticos.
 
ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, da renda de casa, do sapato
e do remédio dependem das decisões políticas.
 
O analfabeto político é tão burro que se orgulha
e incha o peito dizendo que odeia a política.
 
Não sabe o imbecil que da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
o assaltante e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista, reles, o corrupto
e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

                                                           Bertolt Brecht, In Brecht Seleção de Poesias, Textos e Teatro




25 de Abril de 1974, Fotografia de Alfredo Cunha

"A 25 de Abril de 1974, o movimento dos capitães derrubou a mais velha ditadura da Europa, com 48 anos. caiu mansa, sem resistência, tão sólida estava que quase ninguém levantou um dedo para a defender. A cavalaria de Salgueiro Maia desceu de Santarém a Lisboa e romanticamente tomou o poder. Tudo pareceu muito fácil, tão natural que um veículo blindado M47 passeia na Rua Augusta, com o Arco Triunfal ao fundo, e D. José, na estátua, observa tudo do Terreiro do Paço. O povo está na rua, é sereno - e aqui, na Rua Augusta, parece mesmo indiferente, como se fosse apenas mais um dia, o primeiro do resto da sua vida."
                                                                                                                          Expresso, 06/04/2012




Num inquérito feito aos portugueses é revelado que o 25 de Abril de 1974 foi o facto mais relevante da História de Portugal e que os portugueses rejeitam o tempo em que se viveu em ditadura.
 
Mas um estudo sobre os 40 anos do 25 de Abril, revela também que os portugueses desconhecem quais foram os protagonistas que marcaram a história da democracia.
 
 
Caro Leitor, se não sabe, se não se lembra e quer recordar
a parir de hoje e até 30 de abril
está patente ao público no hall de entrada da sua Biblioteca
uma mostra bibliográfica sobre os protagonistas da liberdade




Visite-nos


abril 09, 2014

IKEBANA - SABE O QUE É?

A Ikebana é uma arte floral japonesa, originária da Índia, que se caracteriza por criar uma harmonia de construção em que todos os elementos interagem de forma linear. Nos arranjos não prevalecem apenas flores, mas também caules, ramos, folhas, em perfeita harmonia com o próprio recipiente em que o arranjo é feito. A estrutura dos arranjos assenta em três princípios básicos, que simbolizam o céu, a terra e a humanidade. Existem vários estilos e escolas de ikebana, mas todas eles buscam encontrar formas de alcançar o equilíbrio e a simplicidade, criando composições que reflitam a beleza na sua forma mais natural e pura, transmitindo paz, alegria e tranquilidade.
 

 
E foi de Ikebana, que se falou no passado dia 03 de abril, na Biblioteca Municipal. O tema foi tratado por Ayami Pedro, no âmbito da atividade Tertúlia dos Anos de Ouro. Ayami Pedro é de origem japonesa, casou com um marinhense e vive há vários anos na Marinha Grande. Veio falar sobre as características desta arte milenar, trouxe alguns arranjos florais, que podemos ver nas fotos, e exemplificou a forma como se podem fazer composições deste estilo, partindo de simples elementos encontrados na natureza.    
 


 
Venha à Biblioteca Municipal,
 onde poderá encontrar um destes arranjos florais
 
 
 
 
 

abril 07, 2014

EL FUTURO DE LOS NIÑOS ES SIEMPRE HOY. MAÑANA SERÁ TARDE.

Foi, em 1945,  a primeira escritora latino-americana a ganhar o Prémio Nobel da Literatura.
Na cerimónia da entrega do prémio, foi apelidada de "rainha da literatura latino-americana"
 
 
 
Gabriela Mistral, pseudónimo de Lucila de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga, nasceu a 7 de abril de 1889, em Vicuña, Chile, foi poetisa, educadora, diplomata e feminista chilena. Escolheu Gabriela, por prazer, e Mistral, porque sentia ser o vento que soprava com força e tudo varria.
 
Teve uma vida marcada por terríveis perdas. Foi abandonada, ainda bebé pelo pai, a mãe morreu em 1929, o seu noivo suicidou-se em 1907 e, anos mais tarde, em 1943, o seu filho adotivo, Yin Yin, suicidou-se com arsénico.
 
"Alma tremendamente apaixonada, grande em tudo, depois de verter em vários poemas a dor da sua íntima desolação, encheu esse vazio com a preocupação pela educação das crianças, a redenção dos humildes e o destino dos povos hispânicos. Tudo isto, porém, são outros tantos modos de expressão do sentimento principal da sua poesia: a ânsia insatisfeita da maternidade, que é ao mesmo tempo instinto feminino e anelo religioso da eternidade"
                                                                                                             Federico de Onís




Em 1932 inicia a carreira diplomática. Foi nomeada cônsul em Nápoles, mas Mussolini recusa-a. Foi designada consulesa em Lisboa em 1935 e 1936. Esperava encontrar em Portugal um lugar calmo para se dedicar à sua escrita, mas o presidente chileno, Arturo Alessandri Palma, solicitou-lhe que ajudasse a resgatar médicos, intelectuais  e escritores fugidos da ditadura espanhola.
Com a colaboração de antissalazaristas, conseguiu vistos via Portugal para o Chile, de algumas dezenas de intelectuais republicanos. Miguel de Unamuno agradeceu-lhe ter conseguido fugir para França.
"Lisboa tem-me curado da dor da Espanha, mas não durmo a pensar na dor do povo que sofre a matança da Legião Condor".
 
 
Gabriela Mistral gostou de Portugal: "Neste Portugal encontrei paz, tendo um ano de felicidade, nada menos que felicidade". Aprendeu português, língua em que escreveu Repertório Americano e namorou-se da palavra saudade, que definiu como viver em estranheza do mundo.
 
 
Gabriela Mistral é exonerada das suas funções por Salazar, tendo que fugir do país.
 
 
 "Estamos em vésperas da Segunda Guerra Mundial e Gabriela sente-se deprimida pelo que se passa na Europa, ao mesmo tempo que dezassete países da América Latina a propõem para o Prémio Nobel. (...) Em dezembro desse ano, 1945, recebe das mãos do Rei Gustavo V, em Estocolmo, o Prémio Nobel da Literatura. No discurso de agradecimento Gabriela não esquece o povo português no meio de quem gostou de viver: " Por uma sorte que me ultrapassa, sou neste mundo a voz direta dos poetas da minha raça e a indireta das mui nobres línguas espanhola e portuguesa"
                                                                              In Mulheres Escritoras, de Maria Ondina Braga
 
 
 
Seu nome é hoje
 
Somos culpados
de muitos erros e faltas
porém nosso pior crime
é o abandono das crianças
negando-lhes a fonte da vida
Muitas das coisas
de que necessitamos
podem esperar. A criança não pode
Agora é o momento em que
seus ossos se estão formando
seu sangue também está
e seus sentidos
estão se desenvolvendo
A ela não podemos responder "amanhã"
seu nome é hoje.

                                                                                                       Gabriela Mistral
 
 

"Esta mulher canta a criança como ninguém o fez antes dela"
                                                                                                       Paul Valéry
  
 
Depois de uma doença prolongada, morreu em Nova Iorque a 10 de janeiro de 1957. No Chile, são declarados 3 dias de luto nacional e são prestadas homenagens em todo o continente americano.
 
Atualmente, no Chile,  é reconhecida como a maior poetisa nacional, onde existem ruas e museus com o seu nome.
Nas comemorações dos 60 anos da atribuição do Nobel, a 15 de novembro de 2005, o metro de Santiago, dedicou-lhe uma carruagem com o seu nome e com as suas fotografias.
Em setembro de 2009, entrou em circulação uma nova nota de 5 mil pesos com a sua imagem.
 
 
Não existe em Portugal muita informação sobre Gabriela Mistral, mas,
caro leitor,  na Biblioteca da sua Cidade pode requisitar o livro
 Mulheres Escritoras, de Maria Ondina Braga
 para ficar a conhecer melhor a vida e a obra da nossa homenageada de hoje.
 
 
 
Esperamos  pela sua visita
 
 
 
  

março 28, 2014

TODAS AS MADRUGADAS SÃO SUJAS. SÓ AS MANHÃS SÃO LIMPAS


Ficou tão embrenhada na leitura da nossa
sugestão de fim de semana,
que nada mais importa.



Ilustração de Fiep Westendorp
"Alguém dissera um dia que se podia viver sem tudo, menos água e comida,
mas que viver sem livros e sem música não seria o mesmo que viver". 
                                                                                                                
 
E que sugestão é essa?
 
 
É um romance em que, através de três histórias que se cruzam, desde uma aldeia no interior alentejano até ao topo do poder, é retratado o Portugal que construímos e que tão bem conhecemos.

De Miguel Sousa Tavares
Editado pelo Clube do Autor
Madrugada Suja

 


"Fora a época dourada dos grandes dinheiros europeus, em que bastava apresentar um projeto e Bruxelas financiava. Faltava uma piscina municipal no concelho? Bruxelas financiava. (...) E Bruxelas financiava também submarinos alemães de última geração, destinados a combater as fragatas soviéticas no Atlântico Norte e tornados inúteis pela queda do Muro de Berlim, (...) aviões F-16 para inexistentes combates aéreos, plantações de frutos tropicais, abate de barcos de pesca ou inquéritos de opinião sobre as vantagens da democracia. Bruxelas financiava tudo. (...) Foi a época dourada do poder local: sem grande esforço, Luís Morais fez-se eleger e reeleger presidente da câmara de Riogrande, prometendo e fazendo, voltando a prometer e voltando a fazer". 

 


Filho da poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen e do advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares, Miguel Sousa Tavares nasceu no Porto a 25 de junho de 1952. Licenciado em Direito, exerceu advocacia durante doze anos, mas abdicou daquela profissão e passou a dedicar-se exclusivamente ao jornalismo, tendo-se estreado na RTP em 1978.
Em 1989 foi um dos fundadores da revista Grande Reportagem, tendo sido diretor da mesma no ano seguinte e na qual se manteve durante dez anos, até ser substituído por Francisco José Viegas. Ainda em 1989, foi diretor da revista Sábado e cronista do jornal Público de 1990 até 2002.
Na SIC, Miguel Sousa Tavares apresentou programas de informação como "Crossfire" com a jornalista Margarida Marante, falecida a 5 de outubro de 2012.
Em 1998 recusou o cargo de Diretor Geral da RTP e em 1999, na TVI,  partilhou o debate no programa "Em legítima defesa" com Paula Teixeira da Cruz, atual ministra da justiça. Nesta mesma estação televisiva, estreou-se, em 2000, como comentador fixo às terças-feiras, no Jornal Nacional, com a análise à atualidade nacional e internacional.
Atualmente é o comentar do residente do Jornal da Noite da SIC às segundas-feiras.
Depois de incursões no domínio da literatura infantil e de viagens, estreou-se no romance em 2003, com Equador, que vendeu mais de 400.000 exemplares em Portugal, estando ainda traduzido em 11 línguas e editado em cerca de 30 países, com adaptação televisiva em Portugal e no Brasil.
Seguiu-se, em 2007, Rio das Flores, com uma primeira tiragem de 100 mil exemplares. Recebeu o Prémio de Jornalismo e Comunicação Victor Cunha Rego, em 2007.
 
 
 Bom Fim de Semana
com
Boas Leituras
 
 
 
 

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