setembro 07, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA


Até onde se pode ir para saldar uma dívida de sangue?

Depois de se ter dedicado quase em exclusivo ao confronto com árabes e fundamentalistas islâmicos, Gabriel Allon  vê-se agora a braços com inimigos tão ou mais terríveis, os russos.

E são as aventuras de Gabriel Allon, um peculiar agente secreto israelita, que combina uma notável cultura com uma astúcia ainda mais apurada, quando se trata de derrubar o inimigo, que lhe vamos sugerir como leitura de fim de semana.

Seis meses após o dramático final de As Regras de Moscovo ( que o leitor poderá requisitar na Biblioteca Municipal), Gabriel Allon regressa à lua-de-mel com Chiara e ao restauro de uma peça setecentista do Vaticano. Mas a sua paz é efémera.
De Londres chega a notícia de que Grigori Bulganov, espião e desertor russo que lhe salvou a vida em Moscovo, desapareceu sem deixar rasto. Nos dias que se seguem, Gabriel e a sua equipa travarão um duelo mortal com Ivan Kharkov, um dos homens mais perigosos do mundo.
Confrontado com a possibilidade de perder a coisa mais importante da sua vida, Gabriel será posto à prova de maneiras inconcebíveis até então. E nunca mais será o mesmo.
Operações bem descritas, enquadramento histórico e político bem explicado, facilmente o leitor se deixa envolver pelo mais recente thriller de Daniel Silva.



"Se for necessário fazer mal a um homem, 
então que seja de tal forma grave, 
que não haja razão para temer a sua vingança"
                                                                                                                               Maquiavel


Filho de pais açoreanos imigrados em Massachusetts, Daniel Silva nasceu em 1960 em Michigan. Foi jornalista e trabalhou para a UPI, primeiro em Washington e depois no Cairo, como correspondente para o Médio Oriente. Nesse período cobriu diversos conflitos políticos e a guerra Irão-Iraque. 
Foi produtor da CNN durante vários anos, tendo sido responsável por alguns programas muito populares como o Crossfire, The International Hour e The World Today, entre outros.
Em 1997, logo após o êxito do seu primeiro livros, The Unlikely Spy, Daniel Silva resolveu dedicar-se por completo à escrita, tendo entretanto publicado diversos best-sellers mundiais.
O Washington Post coloca-o "entre os melhores jovens autores norte-americanos de literatura de espionagem" e é com frequência comparado a Graham Greene e a John Le Carré.




Ilustração de Janice Nadeau


Tenha um Bom fim de semana 
na companhia de Gabriel Allon. 



setembro 06, 2012

O ERRO É O FUNDO EM QUE SE DESTACA UMA VIRTUDE, E A VIRTUDE SERIA INAPRECIADA SE O ERRO NÃO EXISTISSE.


"Amadeo de Souza Cardoso é a primeira descoberta de Portugal na Europa do século XX!"
                                                                                                             Almada Negreiros


Amadeo de Souza Cardoso nasceu a 14 de novembro de 1887 em Manhufe, Amarante e foi o percursor da arte moderna em Portugal.
Os seus primeiros trabalhos foram os desenhos e as caricaturas.
Aos dezanove anos mudou-se para Paris e aí tomou conhecimento com o Impressionismo e depois com o Expressionismo e o Cubismo.
Conheceu Amadeu Modigliani, de quem se tornou um grande amigo, compartilhando com ele um atelier.  
No dia 5 de março de 1911, Modigliani e Amadeo de Souza Cardoso inauguraram uma exposição no atelier do pintor português, perto do Quai d'Orsay, cujo livro de honra foi assinado por Picasso, Max Jacob e Derain.


Em 1912 publicou um álbum com 20 desenhos e, depois disso, copiou o conto de Flaubert "La légende de Saint Julien l'Hospitalier", trabalho esse ignorado pelos apreciadores de arte. Este último trabalho, depois de ter ficado durante muitos anos nas mãos do editor, acabou por ser adquirido pela própria viúva do pintor, para evitar que fosse destruído.

Menina dos cravos
Em 1914, Amadeo de Souza Cardoso tem trabalhos expostos em Londres e nos Estados Unidos da América.
Depois de participar numa exposição nos Estados Unidos, em 1913, voltou a Portugal e realizou duas exposições, uma no Porto e outra em Lisboa, causando escândalo: as suas obras foram criticadas, ridicularizadas e houve até confrontos físicos entre críticos e defensores da arte moderna.
Em Portugal é difícil aceitar novos processos e novas ideias e muitas vezes os percursores só veem reconhecido o seu trabalho após a sua morte.
Em 1914 encontrou-se em Barcelona com Antoni Gaudi, e parte para Madrid onde é surpreendido pelo início da I Guerra Mundial. Regressa a Portugal e envolve-se na experimentação de novas formas de expressão, tendo pintado com tal persistência que, em 1916, expõe no Porto 114 obras com o título "Abstracionismo".


"A ciência descreve as coisas como são; 
a arte, como são sentidas, como se sente que são".
                                                                                                                        Fernando Pessoa





A 25 de outubro de 1918, aos 31 anos de idade, morre prematuramente em Espinho, vítima de gripe pneumónica que grassava em Portugal.

Em 1925, realizou-se em França uma retrospetiva do pintor, com 150 trabalhos que foram muito bem aceites pelo público e pela crítica. Dez anos depois, em Portugal, foi criado um prémio para distinguir pintores modernistas, que recebeu o nome "Prémio Souza-Cardoso". 
Em 1953, a Biblioteca-Museu de Amarante, sua cidade natal, deu a uma das suas salas o nome do pintor e, em 1958, a Casa de Portugal,  em Paris, realizou uma exposição das suas obras.


De 14 de novembro de 2006 a 14 de janeiro de 2007, na Fundação Calouste Gulbenkian houve uma retrospetiva da sua obras, com o título "Diálogos de Vanguarda". A exposição reuniu cerca de 260 obras, graças à colaboração de vários museus e coleções particulares espalhadas por todo o mundo e, constituiu um dos momentos culturais de 2006.
O público acorreu em massa à Gulbenkian e no último dia da exposição as portas estiveram abertas toda a noite. 

"A arte começa onde a imitação acaba"
                                                                                                            Oscar Wilde


Gosta de arte? 
A Biblioteca Municipal também e até tem livros sobre o assunto.

Visite-nos


setembro 04, 2012

CONTINUAMOS CÁ ... E MUITO BEM!

É com grata satisfação que retomamos as nossas mensagens com dados estatísticos recolhidos diariamente na Biblioteca Municipal. Apesar de continuarmos a trabalhar sem aplicação informática, que nos permita recolher em tempo real dados sobre todas as operações relacionadas com a inscrição de leitores e empréstimo de documentos, não quisemos perder o histórico que já possuíamos e iniciámos a recolha diária manual de dados. A margem de erro pode existir, naturalmente, apesar do nosso esforço em mantermos o rigor que sempre pautou o nosso trabalho.

Assim, feita a recolha e tratamento dos dados relativos à atividade do mês de agosto, estamos em condições de afirmar que a Biblioteca Municipal continua a elevar o número de livros requisitados. Podemos constatar o que é afirmado, através da análise do gráfico apresentado a seguir e que nos mostra a evolução da quantidade de livros emprestados no mês de agosto nos últimos cinco anos.



Se o ano de 2010 apresentou uma quebra significativa no número de empréstimos, os anos seguintes têm apresentado uma franca recuperação.

Dos 1087 livros emprestados no mês de agosto deste ano,
293 resultaram de pedidos de renovação feitos pelos leitores, presencialmente, via e-mail ou telefone.

O mês de agosto registou 24 inscrições de novos leitores.

No balcão de empréstimos foram atendidos ao longo do mês cerca de 593 leitores.
Neste número não estão contabilizados os utentes que utilizam a biblioteca, exclusivamente, para uso dos computadores e leitura de periódicos.


VENHA À BIBLIOTECA MUNICIPAL
E
CONTINUE A LER




Ler com os olhos, os ouvidos, com o tacto, com os poros e demais sentidos.
Ler com razão e sensibilidade.Ler desejos, o tempo, o som do silêncio e do vento.
Ler imagens, paisagens, viagens.
Ler verdades e mentiras
Ler para obter informações inquietantes, dor e prazer.
Ler o fracasso, o sucesso,o ilegível, o impensável, as entrelinhas.
Ler na escola, em casa, no campo, na estrada, em qualquer lugar.
Ler a vida e a morte.
Saber ser leitor tendo o direito de saber ler.

Ler, simplesmente ler.
Edith Chacon Theodoro


ESPERAMOS POR SI.


setembro 03, 2012

NEWSLETTER setembro



Conheça as atividades programadas para o mês de SETEMBRO
na SUA 
Biblioteca Municipal 

Consulte a nossa NEWSLETTER 
clique na imagem ou AQUI




agosto 31, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA


A vida modifica-se rapidamente...
A vida muda num instante...
Sentamo-nos para jantar
e a vida, como a conhecemos, acaba!


De um dos ícones da literatura americana, um livro espantoso de honestidade e paixão eletrizante. O retrato de um casamento e de uma vida, com bons e maus momentos, que tocará quem alguma vez amou um marido, uma mulher ou um filho.

"De uma honestidade devastadora, O Ano do Pensamento Mágico é um magnífico retrato sobre a perda, a mágoa e a tristeza, pintado ao detalhe, e sem vacilar, com o olhar cirúrgico da autora."     The New York Times




"Uma pessoa está a jantar e a vida que conhece acaba subitamente." 


Esta é a emoção do arranque do relato da escritora norte-americana Joan Didion sobre a morte repentina do marido, enquanto a filha de ambos, de 38 anos, lutava pela vida no hospital, após choque séptico.
Este é um livro para todos. Para todos aqueles que já se perguntaram: 
E agora? 
O que fazer se a vida parece já não ter sentido nenhum?



Joan Didion nasceu a 5 de dezembro de 1934 em Sacramento, formou-se na Universidade da Califórnia em Berkeley e licenciou-se em inglês em 1965.
É uma conceituada escritora, jornalista, dramaturga, ensaísta e novelista. Escreve regularmente nas revistas The New York Review of Books e The New Yorker. Colaborou com o marido, o escritor John Gregory Dunne, já falecido, em numerosos guiões cinematográficos. 
É autora de cinco romances e oito ensaios.
Os seus retratos de teorias da conspiração, paranóicos e psicopatas (incluindo Charles Manson) são considerados património da literatura americana. Foi, aliás, distinguida com a Medalha Anual, atribuída pela National Book Foundation, pela contribuição dada à literatura do seu país.



Com o seu livro O Ano do Pensamento Mágico, que hoje sugerimos como leitura de fim de semana, a autora venceu o Prémio Evelyn F. Burkey outorgado pelo Writers Guil of América e o Prémio Puddly de não ficção. Venceu ainda o National Book Award 2005 e em 2007 o Prémio Médicis.
O livro foi também levado à cena na Broadway, tendo Vanessa Redgrave, atriz vendedora de um Oscar, como protagonista.
Em Portugal, no final de 2009, estreou no Teatro Nacional D. Maria II, um monónolo interpretado por Eunice Muñoz, com encenação de Diogo Infante.




Aceite a nossa sugestão de leitura
Aproveite bem o Fim de Semana 


Ilustração de Rabeca Korpita



agosto 30, 2012

SABIA QUE...


"A expressão mais excitante em ciência, a que prenuncia novas descobertas, não é "Eureka!", mas sim "Que engraçado...!"
                                                                                                                         Isaac Asimov

Sabia que os gelados com pauzinho foram inventados por uma criança de onze anos que, acidentalmente, numa fria noite de inverno, deixou fora de casa o refresco que preparara?
E que a plasticina foi originalmente usada como produto de limpeza para o papel de parede?
Alguma vez pensou que as deliciosas batatas fritas pala-pala devem a sua existência à reação enfurecida de um Chefe de Cozinha, após uma queixa de um cliente sobre a espessura das suas batatas?



Venha à Biblioteca Municipal, requisite este livro, junte a família e passe um serão divertido.

Invenções Acidentais, é um livro recheado de factos interessantes que, de uma forma bem disposta, nos dá informações sobre o modo como foram criados, por exemplo, alguns alimentos ou objetos do nosso dia a dia.
São histórias fascinantes por detrás das invenções acidentais mais importantes do mundo: da penicilina ao micro-ondas, passando pelos post-it e pelo velcro, até às saquetas de chá e à máquina de escrever.
Invenções que mudaram de maneira radical a nossa vida e o mundo à nossa volta.


Os esquilos colecionam nozes. Os cães enterram ossos. Os camelos armazenam comida e bebida nas suas bossas. Os porcos não fazem nada disso. Não se interessam por colecionar, enterrar ou armazenar.
Então porque guardamos o nosso dinheiro num porquinho?
A história deste objeto vem do século XV, quando os potes eram feitos com um barro barato cor de laranja, também chamado "pygg" (porco em inglês antigo). Nesses tempos, o dinheiro era guardado num desses potes, o chamado piggy bank. Séculos mais tarde, toda a gente se esquecera que "pygg" se referia ao material e, quando foi pedido a um oleiro inglês que fizesse piggy banks, ele produziu potes com a forma de porcos, o que encantou as crianças.


"Uma invenção fabulosa, mas quem a quererá usar?"
Rutherford B. Hayes, Presidente americano, depois de ter feito uma chamada de Washington para a Pensilvânia com o telefone de Alexander Graham Bell, em 1876.




O famoso pintor expressionista russo Wassily Kandinsky é considerado o fundador da pintura abstrata. 
Segundo uma anedota popular, uma noite, quando chegou ao seu estúdio em Munique, reparou numa estranha e irreconhecível imagem de "uma beleza interior pouco habitual". Depressa se apercebeu que se tratava de uma das suas pinturas figurativas que estava de pernas para o ar no cavalete.
Diz-se que esta experiência o convenceu quanto aos poderes da abstração total.



"Tudo o que podia ser inventado já foi inventado."
Charles H. Duell, comissário do Departamento de Patentes dos Estados Unidos, em 1899, ao revelar que pretendia encerrar o Departamento de Patentes.

Ficou curioso, não ficou?
Visite-nos!



agosto 28, 2012

FELIZ ANIVERSÁRIO JOÃO TORDO



João Tordo nasceu a 28 de agosto de 1975 e é filho do cantor Fernando Tordo e de Isabel Branco. Formou-se em Filosofia. Em 1999 foi para Londres fazer um Mestrado em Jornalismo. A cidade influenciou-o tanto, que quis ficar até "ao limite das suas possibilidades", mas quando deu por si a trabalhar num bar e a fazer traduções, percebeu que era tempo de partir.
Seguiu para Nova Iorque e frequentou os cursos de escrita criativa do City College. De manhã ia às aulas, servia à mesa num restaurante durante o jantar e escrevia pela noite dentro.
O seu livro "O livro dos Homens sem Luz" publicado em 2004 nasceu assim.

João Tordo é influenciado por autores como Edgar Allan Poe, Herman Melville ou Dostoievski, e pela literatura policial e de mistério, construindo narrativas dentro de narrativas  que absorvem o leitor. 
Foi o vencedor do Prémio Jovens Criadores em 2001.
Escreveu, em parceria, o guião para o filme "Amália, a Voz do Povo" de 2008.

Em 2009 foi o vencedor do Prémio Literário José Saramago.

"Sou o sexto escritor que vence este prémio, atribuído bianualmente. É uma grande responsabilidade porque a partir do momento em que ficamos debaixo deste jugo que é o nome  de José Saramago - nome mais importante das nossas letras nos últimos cem anos - temos de fazer jus desse nome. Portanto, tudo o que vier daqui para a frente são momentos que me vão obrigar a pensar muito bem naquilo que vou escrever e publicar".

Em 2011 foi finalista do Prémio Portugal Telecom.
Trabalha como cronista, tradutor, guionista e formador em workshops de ficção.

Publicou cinco romances:
  • 2004 - O livro dos Homens Sem Luz
  • 2007 - Hotel Memória
  • 2009 - Três Vidas - vencedor do Prémio José Saramago
  • 2010 - O Bom Inverno - finalista do Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores
  • 2011 - Anatomia dos Mártires
Terminou no passado mês de julho o seu último romance.
Os seus livros estão publicados em França, Itália, Brasil, Sérvia e Croácia.

Para ler os seus livros não precisa de ir tão longe. 
Basta visitar-nos.

Uma Boa Semana com Boas Leituras.

agosto 24, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA


Cabo Raso, Portugal
"A câmara fotográfica não faz qualquer diferença. 
Todas registam aquilo que conseguimos ver. Mas, temos que VER."
 Ernst Haas




"Não existem regras para boas fotografias, apenas existem boas fotografias".
Ansel Adams




Açores, Portugal
Luz
A matéria-prima da fotografia.
Conheça as suas propriedades, características e tipos, para que as suas imagens ganhem alma e magia.
Da mesma forma que para escrever um texto é preciso a tinta de uma caneta, para fazer uma fotografia é fundamental que exista luz, por mais ténue que esta seja.



Composição
A mensagem da fotografia.
Aprenda a interpretá-la e a construí-la através do usos das regras essenciais, da perspetiva, dos pontos focais e da cor.





O leitor gostava, que as suas fotografias tiradas nas férias, 
ficassem assim fantásticas?
Sabe que isso é possível?
Como?


É simples! Basta vir à Biblioteca Municipal e requisitar o livro que lhe vamos sugerir como leitura de fim de semana.



Fotografia
Luz, Exposição, Composição, Equipamento e Dicas para fotografar em Portugal
Autor: Joel Santos
Editora: Centro Atlântico


Esta obra de referência vai aumentar o seu conhecimento fotográfico, oferecendo-lhe as ferramentas e a inspiração para criar excelentes fotografias.
O livro está repleto de dicas e sugestões, que resultam do extenso trabalho fotográfico do seu autor, apresentando fotografias inspiradoras e diagramas elucidativos.
Em suma, trata-se de uma obra incontornável para qualquer amante da fotografia, visando ensinar, inspirar e entusiasmar o leitor, revelando-lhe todo um novo mundo de oportunidades fotográficas.
Este livro pretende ajudá-lo a compreender a fotografia, a inspirá-lo de uma forma única e, sobretudo, a contagiá-lo de um modo irreversível com o gosto pela fotografia.




Joel Santos nasceu em 1978, sendo licenciado e mestre em Economia. Em 2003 desperta a sua paixão pela fotografia. Em 2004 parte para Timor-Leste como docente da Universidade de Economia - uma experiência de três anos que impulsiona o seu gosto pelo retrato espontâneo e pela reportagem de vida quotidiana.
Inicia a sua ligação ao mundo editorial em 2005 com a revista FotoDigital. 
Os seus trabalhos foram distinguidos com alguns dos mais prestigiados prémios nacionais e internacionais de fotografia, onde se incluem o primeiro prémio (2006) e a menção honrosa (2007) na categoria de Natureza do Prémio Fotojornalismo Visão/BES, os prémios Wild Pleces (Natureza/Cor, 2007), FIAP Silver Medal (Natureza/Cor, 2009) e Melhor Português (Natureza/cor, 2009) no Salão Internacional de Arte Fotográfica do Algarve.
Atualmente, com a agência de viagens Papa-Léguas, lidera viagens e workshops fotográficos em Portugal e por todo o mundo, aliando a vasta experiência como viajante ao gosto de comunicar e formar.



Timor-Leste

Tenha um Bom Fim de Semana 
e lembre-se

"Os caminhos fotográficos estão sempre livres, à espera de serem percorridos, de preferência com toda a nossa paixão. Ser fotógrafo é um privilégio. 
Aproveite-o sem reservas"
                                                       Joel Santos




agosto 22, 2012

É PÔR NUMA MESMA LINHA DE MIRA A CABEÇA, O OLHO E O CORAÇÃO


"Tirar fotos é prender a respiração quando todas as faculdades
 convergem para a realidade fugaz"
                                                                                                           Henri Cartier-Bresson


Henri Cartier-Bresson era o "fotógrafo do imediato", justamente porque o seu lema era: "Fotografar é lutar com o tempo e captar o acaso". Foi um dos fotógrafos mais importantes de século XX e é considerado o pai do fotojornalismo.

Nasceu a 22 de agosto de 1908, em Chanteloup-en-Brie, França, descendente de uma família proeminente da indústria têxtil. Concluiu pintura e filosofia na Universidade de Cambridge e, em 1931, influenciado pelo movimento surrealista, tornou-se fotógrafo profissional.
Em 1939 viajou para África, onde permaneceu durante um ano. E foi aí, em África, que a sua vida mudou. Deixou a pintura e dedicou-se em exclusivo à fotografia. Quando voltou a Paris, comprou uma Leica  formato 35mm que o acompanhou durante toda a vida.
Durante a Segunda Guerra Mundial foi, durante 3 anos, prisioneiro num campo de concentração na Alemanha. Conseguiu fugir, juntou-se à Resistência Francesa e, em 1945, fotografou a libertação de Paris. 

Henri Cartier-Bresson, Cremação de Gandhi, 1948
Em 1947, Cartier-Bresson, Robert Capa, David Seymour e George Rodger, fundaram a Agência Magnum
Entre 1948 e 1950, passou a maior parte do tempo na Índia, Paquistão, China e Indonésia. 
Fotografou o fim do domínio britânico na Índia, conheceu  Gandhi, fotografou os seus últimos dias de vida  e, por fim, fotografou  a sua cremação.





Na China fotografou os primeiros meses de Mao Tse Tung durante a Revolução Cultural. Foi também o primeiro fotografo da Europa Ocidental a fotografar livremente a vida na União Soviética. Durante esse período estabeleceu a sua reputação como foto-jornalista de incomparável sensibilidade e habilidade. As suas fotografias captaram os novos acontecimentos da época e a vida cultural dos países que fotografou.

Guarda de Honra na Cerimónia da Comemoração
da Libertação de Leninegrado, 1973


Martin Luther King, 1961

Na década de 1950 foram editados vários livros com as suas fotografias, sendo o mais importante e o mais conhecido "Images à la Sauvette". 
Não usava tripé, somente a sua Leica na mão, para justamente passar despercebido e não perder o momento certo, o momento decisivo. A fotografia por si só não o interessava, somente a reportagem fotográfica, onde homem e mundo comunicam. 

Trafalgar Square no Dia da Coroação de George VI, 1937
Em 1966, Cartier-Bresson retirou-se da Magnum, mas permitiu que a Agência continuasse a divulgar as suas fotografias. Aos 62 anos, em 1970, casou com a fotógrafa Martine Frank, que faleceu no passado dia 16 de agosto. Em 2003 criou uma Fundação com o seu nome.
A 2 de agosto de 2004, aos 96 anos de idade, faleceu em Cereste, França.

"Os fotógrafos têm a mesma função dos poetas: eternizar o momento que passa."
                                                                                                                 Mário Quintana 


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