"Tirar fotos é prender a respiração quando todas as faculdades
convergem para a realidade fugaz"
Henri Cartier-Bresson
Henri Cartier-Bresson era o "fotógrafo do imediato", justamente porque o seu lema era: "Fotografar é lutar com o tempo e captar o acaso". Foi um dos fotógrafos mais importantes de século XX e é considerado o pai do fotojornalismo.
Nasceu a 22 de agosto de 1908, em Chanteloup-en-Brie, França, descendente de uma família proeminente da indústria têxtil. Concluiu pintura e filosofia na Universidade de Cambridge e, em 1931, influenciado pelo movimento surrealista, tornou-se fotógrafo profissional.
Em 1939 viajou para África, onde permaneceu durante um ano. E foi aí, em África, que a sua vida mudou. Deixou a pintura e dedicou-se em exclusivo à fotografia. Quando voltou a Paris, comprou uma Leica formato 35mm que o acompanhou durante toda a vida.
Durante a Segunda Guerra Mundial foi, durante 3 anos, prisioneiro num campo de concentração na Alemanha. Conseguiu fugir, juntou-se à Resistência Francesa e, em 1945, fotografou a libertação de Paris.
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Henri Cartier-Bresson, Cremação de Gandhi, 1948 |
Em 1947, Cartier-Bresson, Robert Capa, David Seymour e George Rodger, fundaram a Agência Magnum
Entre 1948 e 1950, passou a maior parte do tempo na Índia, Paquistão, China e Indonésia.
Fotografou o fim do domínio britânico na Índia, conheceu Gandhi, fotografou os seus últimos dias de vida e, por fim, fotografou a sua cremação.
Na China fotografou os primeiros meses de Mao Tse Tung durante a Revolução Cultural. Foi também o primeiro fotografo da Europa Ocidental a fotografar livremente a vida na União Soviética. Durante esse período estabeleceu a sua reputação como foto-jornalista de incomparável sensibilidade e habilidade. As suas fotografias captaram os novos acontecimentos da época e a vida cultural dos países que fotografou.
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Guarda de Honra na Cerimónia da Comemoração da Libertação de Leninegrado, 1973 |
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Martin Luther King, 1961 |
Na década de 1950 foram editados vários livros com as suas fotografias, sendo o mais importante e o mais conhecido "Images à la Sauvette".
Não usava tripé, somente a sua Leica na mão, para justamente passar despercebido e não perder o momento certo, o momento decisivo. A fotografia por si só não o interessava, somente a reportagem fotográfica, onde homem e mundo comunicam.
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Trafalgar Square no Dia da Coroação de George VI, 1937 |
Em 1966, Cartier-Bresson retirou-se da Magnum, mas permitiu que a Agência continuasse a divulgar as suas fotografias. Aos 62 anos, em 1970, casou com a fotógrafa Martine Frank, que faleceu no passado dia 16 de agosto. Em 2003 criou uma Fundação com o seu nome.
A 2 de agosto de 2004, aos 96 anos de idade, faleceu em Cereste, França.
"Os fotógrafos têm a mesma função dos poetas: eternizar o momento que passa."
Mário Quintana
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