agosto 22, 2012

É PÔR NUMA MESMA LINHA DE MIRA A CABEÇA, O OLHO E O CORAÇÃO


"Tirar fotos é prender a respiração quando todas as faculdades
 convergem para a realidade fugaz"
                                                                                                           Henri Cartier-Bresson


Henri Cartier-Bresson era o "fotógrafo do imediato", justamente porque o seu lema era: "Fotografar é lutar com o tempo e captar o acaso". Foi um dos fotógrafos mais importantes de século XX e é considerado o pai do fotojornalismo.

Nasceu a 22 de agosto de 1908, em Chanteloup-en-Brie, França, descendente de uma família proeminente da indústria têxtil. Concluiu pintura e filosofia na Universidade de Cambridge e, em 1931, influenciado pelo movimento surrealista, tornou-se fotógrafo profissional.
Em 1939 viajou para África, onde permaneceu durante um ano. E foi aí, em África, que a sua vida mudou. Deixou a pintura e dedicou-se em exclusivo à fotografia. Quando voltou a Paris, comprou uma Leica  formato 35mm que o acompanhou durante toda a vida.
Durante a Segunda Guerra Mundial foi, durante 3 anos, prisioneiro num campo de concentração na Alemanha. Conseguiu fugir, juntou-se à Resistência Francesa e, em 1945, fotografou a libertação de Paris. 

Henri Cartier-Bresson, Cremação de Gandhi, 1948
Em 1947, Cartier-Bresson, Robert Capa, David Seymour e George Rodger, fundaram a Agência Magnum
Entre 1948 e 1950, passou a maior parte do tempo na Índia, Paquistão, China e Indonésia. 
Fotografou o fim do domínio britânico na Índia, conheceu  Gandhi, fotografou os seus últimos dias de vida  e, por fim, fotografou  a sua cremação.





Na China fotografou os primeiros meses de Mao Tse Tung durante a Revolução Cultural. Foi também o primeiro fotografo da Europa Ocidental a fotografar livremente a vida na União Soviética. Durante esse período estabeleceu a sua reputação como foto-jornalista de incomparável sensibilidade e habilidade. As suas fotografias captaram os novos acontecimentos da época e a vida cultural dos países que fotografou.

Guarda de Honra na Cerimónia da Comemoração
da Libertação de Leninegrado, 1973


Martin Luther King, 1961

Na década de 1950 foram editados vários livros com as suas fotografias, sendo o mais importante e o mais conhecido "Images à la Sauvette". 
Não usava tripé, somente a sua Leica na mão, para justamente passar despercebido e não perder o momento certo, o momento decisivo. A fotografia por si só não o interessava, somente a reportagem fotográfica, onde homem e mundo comunicam. 

Trafalgar Square no Dia da Coroação de George VI, 1937
Em 1966, Cartier-Bresson retirou-se da Magnum, mas permitiu que a Agência continuasse a divulgar as suas fotografias. Aos 62 anos, em 1970, casou com a fotógrafa Martine Frank, que faleceu no passado dia 16 de agosto. Em 2003 criou uma Fundação com o seu nome.
A 2 de agosto de 2004, aos 96 anos de idade, faleceu em Cereste, França.

"Os fotógrafos têm a mesma função dos poetas: eternizar o momento que passa."
                                                                                                                 Mário Quintana 


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