João Tordo nasceu a 28 de agosto de 1975 em Lisboa. Formou-se em Filosofia na Universidade Nova de Lisboa.
Em 2009 foi o vencedor do Prémio José Saramago com o romance As Três Vidas.
Foi finalista dos prémios Portugal Telecom, prémio Fernando Namora, Melhor Livro de Ficção Narrativa da SPA e do Prémio Literário Europeu.
O seu romance Felicidade, foi o vencedor, em 2021, do Prémio Fernando Namora.
Os seus livros estão publicados em vário países, incluindo França, Itália, Alemanha, Brasil, Hungria, Espanha, Argentina, México e Uruguai.
Do autor que hoje divulgamos, fazem parte do fundo documental da
Biblioteca Municipal as seguintes obras:
- As Três Vidas
- O Bom Inverno
- A Noite em que o Verão Acabou
- Felicidade
- O Livro dos Homens sem Luz
- O Paraíso Segundo Lars D.
- Hotel Memória
- O Luto de Elias Gro
- O Deslumbre de Cecília Fluss
- A Mulher que Correu Atrás do vento
- Águas Passadas
"Poucos autores portugueses têm unhas para o thriller,
e o Tordo sai vencedor da experiência"
João Céu e Silva, Diário de Notícias
Um policial de ritmo imparável e delicada sensibilidade, que vai ao âmago dos nossos piores medos,
é a nossa sugestão de leitura para as suas férias.
Um thriller que vai deixar o leitor em suspenso sobre o desenrolar da história.
Durante treze dias de janeiro de 2019, a chuva cai sem misericórdia sobre Lisboa. É quando aparece a primeira vítima, na praia de Assentiz: uma jovem de quinze anos trazida pela maré. O seu corpo apresenta marcas de sofisticada malvadez. A primeira agente no local é Pilar Benamor, uma sub-comissária da PSP cuja coragem e empenho em descobrir a verdade ocultam segredos dolorosos.
A jovem vítima é Charlie, filha de um empresário inglês, mas logo o cadáver de um segundo crime brutal - um rapaz de dezassete anos - aparece na floresta de Monsanto, em condições macabras. Estas duas mortes violentas abrem caminho a uma investigação que irá descarnar a alta sociedade portuguesa e o submundo do crime.
Ao longo desse inclemente mês de Inverno, Pilar desbrava caminho na investigação, contra tudo e todos e com a ajuda de Cícero, um misterioso ermita. Desobedecendo a ordens superiores e colocando a própria vida em risco, vai penetrar no mundo escuro e tenebroso de um psicopata, enquanto luta com os fantasmas que há muito carrega: um pai polícia que morreu em serviço, um vício que a consome e a vulnerabilidade num mundo dominado por homens.
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Pintura de Karin Jurick |
"Curiosamente, foi o mar que me devolveu a esperança. Ela chegou na forma da crueldade, do horror. Curioso, não é? Que de um acontecimento funesto nasça a possibilidade de sentido.
Fui eu quem a descobriu, à afogada, no meu passeio matinal pela arriba. E a culpa nasce precisamente daí - de o meu temperamento melancólico se alimentar positivamente da morbidez; de o sofrimento ser o seu húmus mais fértil. Ao encontrar o cadáver, a minha vida ganhou novo alento.
Vergonhosamente, desabrochei."