abril 28, 2021

ÀS VEZES, TENHO INVEJA DOS LIVROS

 


Valter Hugo Mãe é um escritor português nascido a 25 de setembro de 1971, em Angola, numa cidade chamada Henrique Carvalho e que, atualmente, se chama Saurimo.
Passou a infância em Paços de Ferreira e em 1980 mudou-se para Vila do Conde. 
Licenciou-se em Direito e fez uma pós-graduação em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Em 1999 foi co-fundador da editora Quasi, que publicou, entre outros, obras de Mário Soares, Caetano Veloso, Cruzeiro Seixas, Ferreira Gullar, António Ramos Rosa, entre muitos outros.
Entre 2001 e 2004, co-dirigiu a revista Apeadeiro e, em 2006, fundou a editora Objecto Cardíaco.
Em 2007, o seu romance O Remorso de Baltasar Serapião venceu o Prémio Literário José Saramago.


"Por vezes, tive a sensação de assistir a um novo 
parto da língua portuguesa."
                                                                                                           José Saramago


Em 2012, com o seu romance A Máquina de Fazer Espanhóis, disponível na Biblioteca Municipal, foi o vencedor do Prémio Portugal Telecom de Literatura, atual Prémio Oceanos.

Para além da escrita, dedica-se, também, ao desenho e, em maio de 2007, teve uma exposição individual na Galeria Símbolo, no Porto. A música é outra das suas paixões e, em 2008, estreou-se como vocalista do grupo Governo, no Teatro do Campo Alegre, no Porto.


O seu mais recente livro, Contra Mim publicado em outubro de 2020, resultado de um isolamento forçado, que o levou a uma introspeção, é formado por breves relatos, que contam, como num romance, a vida do autor, mais concretamente a sua juventude.
A escrita é cativante e prende o leitor pela forma comum, mas incomparável, como as narrativas são contadas. Contra Mim é o seu livro mais pessoal e intimista.

"Era na loja do senhor Martins que via as revistas. Comprava quase nada, imaginava apenas como seria comprar. Gostava das capas, das cores, e as pessoas das revistas pareciam guloseimas de tão coloridas e sorridentes. (...)
E eu ia embora convencido de que as solteiras dos folhetins eram iguais à Elizabeth Savalla ou à Sónia Braga. Os solteiros eram todos como o Tony Ramos ou o Reginaldo Faria. Falavam pausadamente e tinham sempre um sorriso malandro, um sorriso do qual desconfiávamos".


A sua obra está traduzida em inúmeras línguas e editada em países como o Brasil, Alemanha, Espanha, França e Croácia.

Se ainda não conhece, 
passe por cá e fique a conhecer.



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