Ilustração de André Carrilho |
Numa altura em que a Igreja Católica está envolta em polémica, o Papa Francisco tem pela frente uma missão gigantesca.
A credibilidade da Igreja como instituição bateu no fundo. A pedofilia tem de acabar, assim como os escândalos com o Banco do Vaticano. Os Direitos Humanos têm de ter significado também dentro da Igreja: liberdade de investigação, de opinião, de expressão. As mulheres não podem ser discriminadas. A moral sexual deve ser revista, bem como a lei do celibato.
Os desafios que o Papa Francisco tem pela frente, o Leitor vai encontrá-los neste livro.
Disso nos dá conta o padre Anselmo Borges.
"Este é um livro altamente inspirador para as gerações que vivem os tempos conturbados dos nossos dias. [...] uma obra tão importante, que nos permite conhecer melhor o Papa Francisco - buscador da paz, do diálogo inter-religioso, da renovação da Igreja, da defesa da Natureza, do combate à desigualdade, da afirmação intransigente dos direitos Humanos"
Artur Santos Silva
"O que é admirável em Anselmo Borges é que ele pronuncie a palavra liberdade
na casa da Igreja, com a naturalidade e a coragem próprias
de quem deseja defender o essencial".
Lídia JorgeAnselmo da Silva Borges, nasceu a 20 de julho de 1944, em Paus, Resende. É um padre católico, professor universitário e ensaísta. Aos 19 anos decidiu ser padre e foi ordenado pelo cardeal Cerejeira. Nunca deixou a igreja, mas escolheu a via da crítica ativa.
"Posso ser um bom católico e não acreditar em Fátima porque não é um dogma. Não me repugna, contudo, que as crianças, os chamados três pastorinhos, tenham tido uma experiência religiosa, mas à maneira das crianças e dentro dos esquemas religiosos da altura. É preciso também distinguir aparições de visões. É evidente que Nossa Senhora não apareceu em Fátima."
O padre Anselmo Borges considera que o Papa Francisco, que celebrou a 13 de março cinco anos de pontificado, foi desde a primeira hora um papa diferente e com a preocupação de tornar a Igreja próxima das pessoas.
O papa, que escolheu chamar-se Francisco inspirado em Francisco de Assis, reúne as qualidades dos jesuítas e dos franciscanos, tem mais simpatia fora da Igreja do que na hierarquia católica.
"O que mais noto aqui é que o Papa Francisco não está vivo e operante,
em primeiro lugar, na hierarquia católica.
Diria até que há mais simpatia para com ele fora da Igreja"
Anselmo Borges
BOA LEITURA
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