outubro 22, 2012

SEJA A MUDANÇA QUE VOCÊ QUER VER NO MUNDO


"A defesa dos Direitos do Homem, elaborada a partir do sofrimento do seu próprio povo, tornou-se uma das suas atividades terrenas principais. Por elas, em 1989 foi-lhe atribuído  o Prémio Nobel da Paz. (Em parte, uma descompostura norueguesa ao governo de Pequim no ano do massacre de Tiananmen Square; mas em parte também o reconhecimento do alto teor moral do Dalai Lama por coexistência nobre e digna com a China)."
                                                                                                                           José Cutileiro



Dalai Lama aos 3 anos
"Nasci a 6 de julho de 1935 numa aldeiazita chamada Taktser, que significa "o tigre que ruge", situada no extremo nordeste do Tibete, na província de Amdo, fronteiriça à China. Os meus pais era pequenos agricultores. 
Após o meu nascimento, um par de corvos veio empoleirar-se sobre o telhado da nossa casa. Chegavam todas as manhãs, ficavam um pouco, depois partiam. Isso constitui um aspeto de particular interesse, porque um facto semelhante produziu-se por altura do nascimento do primeiro, do sétimo e do oitavo Dalai Lamas.
Quando ainda não tinha três anos de idade, uma brigada encarregada pelo governo de Lassa de encontrar a reencarnação do Dalai Lama chegou ao convento de Kumbum. Vários indícios conduziram estes homens à quinta dos meus pais, onde passaram a noite a brincar comigo e a observar-me muito atentamente. Regressaram alguns dias mais tarde com uma série de objetos que haviam pertencido ao décimo terceiro Dalai Lama e outros, idênticos, que não tinham sido dele. Perante cada um dos que lhe pertenceram, eu gritava: "É meu! É meu!". Foi assim que por fim fui reconhecido como o novo Dalai Lama". 
                                                                                               Tenzin Gyatso, 14ª Dalai Lama 



"Sê gentil sempre que for possível. 
É sempre possível".


"Desde a minha fuga do Tibete, vivo exilado na Índia. Em 1949-1950, a República Popular da China enviou um exército para invadir o meu país. Durante perto de dez anos, continuei a ser o chefe político e espiritual do meu povo e procurei estabelecer relações pacíficas entre as nossas duas nações; mas a tarefa revelou-se impossível. E tive de admitir, a contragosto, que poderia servir melhor o meu povo a partir do exterior.
Há já quarenta anos que ocorreu a invasão chinesa do Tibete. E nada mais temos a não ser a nossa vontade - a verdade - para tratar com os Chineses. Apesar das suas lavagens ao cérebro, apesar de todas as formas de atrocidades e de propaganda a que recorrem e apesar dos meios que eles utilizam, a verdade continua a ser a verdade.
O poder da vontade dos seres humanos comuns substituirá o poder das espingardas".



"Acredito que o objetivo da nossa vida seja a busca da felicidade. Isso está claro. Quer se acredite em religião ou não, quer se acredite nesta religião ou naquela, todos nós procuramos algo melhor na vida. Portanto, acho que a motivação da nossas vida é a felicidade".


"Embora os Tibetanos queiram que eu regresse ao Tibete, recebo mensagens do interior dizendo que não o faça nas circunstâncias presentes. Embora refugiado, permaneço livre, livre de falar em nome do meu povo. No mundo livre, sou mais útil como porta-voz. Posso servi-lo melhor do exterior.
Uso o mesmo traje bordeaux que qualquer outro monge usa. Não é de boa qualidade e está remendado. Como todos os outros monges, obedeço aos votos de pobreza e não possuo qualquer bem pessoal.
Desde a infância que me fascinam os objetos mecânicos. Conserto os relógios de parede e de pulso, ou então vou plantar vegetais. Aprecio sobretudo as tulipas. Gosto de as ver crescer.
Ás sete horas, é o momento da televisão. Gosto das séries da BBC sobre a civilização ocidental e as maravilhosas emissões sobre a natureza.



"Quando em 1989 o Prémio Nobel da Paz me foi atribuído, muitos descobriram nessa ocasião o problema tibetano. Escreveram-me cartas a perguntar: "Onde fica o Tibete?"
Naturalmente, o Prémio Nobel ajudou-me junto dos chefes de Estados. Alguns receberam-me oficialmente. Outros, como o presidente Mitterand, a título privado - sempre as razões diplomáticas."



"Poderia dizer que a religião é uma espécie de luxo. É muito bom praticar alguma, mas é evidente que podemos bem passar sem ela. Em troca, sem qualidades humanas fundamentais - o amor, a compaixão e a bondade - não podemos sobreviver. A nossa paz e estabilidade mental dependem delas".



Sobre esta personalidade fascinante, encontrará na Biblioteca Municipal  da sua cidade bibliografia que poderá requisitar para empréstimo domiciliário.



Tenha uma Boa Semana
 
Dê a quem você ama: 
asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar.

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