agosto 30, 2019

ERA COMO UM DELES, MAS NÃO ERA UM DELES



A Amazónia e o que vai restando dela,
 é notícia todos os dias.

Caro Leitor, como sugestão de leitura para o último fim de semana de agosto, apresentamos "um romance de amor pela floresta, a aventura, a poesia, que vos fará esquecer a barbárie das cidades."




"Este romance nasceu sem o saber durante uma terrível tempestade amazónica, em 1978. Estava no Equador, país  que foi a minha primeira longa paragem de um exílio iniciado em 1977 e que se prolongaria até 1989. Quando se desencadeou aquela tempestade, há já quatro meses que vivia numa aldeia shuar, erigida na margem leste do alto Nangaritza, e era como um deles, mas não era um deles".

"Quando este romance estava a ser lido em Oviedo pelos membros do Júri que poucos dias depois lhe atribuiria o Prémio Tigre Juan, a muitos milhares de quilómetros de distância e de ignomínia um bando de assassinos armados e pagos por outros criminosos mais importantes, daqueles que usam fatos de bom corte, unhas cuidadas e dizem atuar em nome do "progresso", liquidavam a vida de um dos mais lídimos defensores da Amazónia, e uma das figuras mais destacadas e consequentes do Movimento Ecologista Universal.
Este romance já não te chegará às mãos, Chico Mendes, querido amigo de poucas palavras e muitas ações, mas o Prémio Tigre Juan também é teu, e de todos os que hão-de continuar o teu caminho, o nosso caminho coletivo em defesa deste único mundo que possuímos."
Luis Sepúlveda


Veja AQUI para ficar a conhecer mais sobre o autor



Antonio José Bolívar Proano vive em El Idilio, um lugar remoto na região amazónica dos índios shuar, com quem aprendeu a conhecer a selva e as suas leis, a respeitar os animais que a povoam, mas também a caçar e descobrir os trilhos mais indecifráveis.
Um certo dia resolve começar a ler, com paixão, os romances de amor que, duas vezes por ano, lhe leva o dentista Rubicundo Loachamín, para ocupar as solitárias noites equatoriais da sua velhice anunciada. Com eles, procura alhear-se da fanfarronice estúpida desses "gringos" e garimpeiros que julgam dominar a selva porque chegam armados até aos dentes, mas que não sabem enfrentar uma fera a quem mataram as crias.

Este romance está traduzido em cerca de 60 idiomas, com perto de vinte milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.
Foi adaptado ao cinema com guião do próprio autor, realizado pelo australiano Rolf de Heer, tendo como actor principal Richard Dreyfuss.













agosto 21, 2019

PODEREI RECUPERAR A MEMÓRIA?






Jean-Christophe Grangé, nascido a 15 de julho de 1961,  é hoje, sem dúvida, o mestre do suspense da literatura francesa contemporânea, com os seus livros a figurarem permanentemente nos tops de vendas. 
A sua primeira profissão foi a de redator publicitário, passando depois, aos 28 anos,  a trabalhar como jornalista para a revista Paris-Match, para o jornal Sunday Times e para a National Geographic.
Com os seus trabalhos jornalísticos ganhou um Prémio Reuters e um World Press.
Iniciou a sua carreira de escritor em 1994 com o thriller O voo das cegonhas, que recebeu excelentes críticas. Mas foi em 1998 que surgiu o sucesso público com Rios de Púrpura e mais tarde com o Império dos Lobos (todos eles fazem parte do fundo bibliográfico da Biblioteca Municipal e estão disponíveis para empréstimo domiciliário)
Rios de Púrpura e O Império dos Lobos deram origem a dois filmes, em 2000 e 2004, respetivamente, tendo os argumentos de ambos sido escritos pelo autor. O ator francês Jean Reno participou em ambos os filmes no papel principal.
Os seus romances já foram traduzidos em mais de 20 línguas.




"Mas, subitamente, falhou um retrato; um homem de cerca de quarenta anos, de expressão ainda juvenil, olhos proeminentes. O louro do cabelo e das sobrancelhas reforçavam o ar de adolescente indeciso.
O medo trespassou-a, como uma onda eléctrica; uma dor cravou-se-lhe no peito. Aquelas feições despertavam uma reminiscência que não correspondia a nenhum nome, nenhuma recordação precisa. A sua memória era um túnel negro. Onde é que já vira aquela cara? Um ator? Um cantor? Um conhecimento antigo?"





Anna Heymes é casada com um alto funcionário do Ministério do Interior. Há mais de um mês que sofre de alucinações terríveis e de crises de amnésia, ao ponto de já não reconhecer o próprio marido e de duvidar da sua honestidade. 
Entretanto, o inspetor Paul Nerteaux é encarregado de um inquérito relativo à morte de três mulheres de origem turca que trabalhavam em oficinas clandestinas e cujos corpos foram encontrados atrozmente mutilados. Para se infiltrar no bairro turco, Nerteaux recorre a Jean-Louis Schiffer, conhecido pela sua reputação de policia implacável. 
No decurso do inquérito, eles vão cruzar o caminho de Anna, que recupera pouco a pouco a memória com a ajuda de uma psicóloga, descobrindo verdades inacreditáveis sobre o seu próprio passado...




Os Lobos Cinzentos cumprem um contrato. Procuram uma mulher.

agosto 16, 2019

MÁGICO E HILARIANTE



Mágico e hilariante é como a Paris Match descreve 
o livro que sugerimos para o seu fim de semana.







A incrível viagem do faquir que ficou fechado num armário IKEA é uma aventura rocambolesca e hilariante passada nos quatro cantos da Europa e na Líbia pós Kadhafi, uma história de amor mais efervescente do que a Coca-Cola, mas também o reflexo de uma terrível realidade: o combate travado por todos os clandestinos, últimos aventureiros do nosso século.



"O livro mais divertido do momento e, 
como se isso não bastasse, 
uma reflexão profunda sobre 
o destino dos imigrantes ilegais"
                                                                                     Rádio RTL






Ajatashatru Larash Patel, faquir de profissão, que vive de expedientes e truques de vão de escada, acorda certa manhã decidido a comprar uma nova cama de pregos. Abre o jornal e vê uma promoção aliciante: uma cama de pregos a €99.99 na loja Ikea mais próxima, em Paris. Veste-se para a ocasião - fato de seda brilhante, gravata e o seu melhor turbante - e parte da Índia com destino ao aeroporto Charles de Gaule.
Uma vez chagado ao enorme edifício azul e maravilhado com a sapiência expositiva da megastore sueca, decide passar aí a noite a explorar o espaço. No entanto, um batalhão de funcionários da loja a trabalhar fora de horas obriga-o a esconder-se dentro de um armário, prestes a ser despachado para Inglaterra. Para o faquir, é o começo de uma aventura feita de encontros surreais, perseguições, fugas e aventuras inimagináveis, que o levam numa viagem por toda a Europa e Norte de África.









"Para além de um país ocidental com tendência democrática, o senhor Ikea desenvolvera um conceito comercial no mínimo insólito: a visita forçada ao seu estabelecimento. (...)
Em suma, uma pessoa que quisesse comprar três parafusos e duas cavilhas saía quatro horas depois com uma cozinha equipada e uma boa indigestão".






Para ficar a conhecer mais sobre o autor, veja AQUI








agosto 08, 2019

8 DE AGOSTO - DIA MUNDIAL DO GATO



Quem tem um ou mais gatos sabe que todos os dias são
O Dia do Gato.




Quem vive com gato ou gatos, tem menos probabilidade de ter problemas cardíacos ou de hipertensão. 
Nós que os amamos e que vivemos com eles, 
temos realmente muita sorte.





Caro leitor, se ler histórias de gatos também lhe vai fazer muito bem; especialmente se o fizer com um gato a ronronar no colo.
Há muito que a paixão pelos gatos se manifesta na literatura. Autores como Emile Zola, Doris Lessing, Mark Twain, entre muitos outros, descrevem-nos uma maravilhosa variedade de gatos e mostram-nos como eles podem contribuir para o enriquecimento da vida humana.




O Meu Patrão, o Gato



"Se anda a pensar em arranjar um gato lá para casa e está interessado em ficar com uma ideia geral de como irá ser a sua vida sob o domínio de Felis domesticus, veio bater à porta certa. Segundo os meus cálculos, até hoje trabalhei para - e quero dizer exatamente isso: trabalhei para - trinta e nove dessas criaturas de quatro patas, incluindo um período memorável em que estive às ordens de vinte e três felinos ao mesmo tempo.
Claro que os gatos não prestam. São aldrabões, pedinchões, trapaceiros e uns aduladores desavergonhados. Estão sempre tão cheios de esquemas, planos, conspirações e contra-conspirações, embustes e artimanhas como qualquer vigarista digno desse nome. São capazes de analisar o nosso carácter melhor do que um psiquiatra de 50 dólares à hora. Sabem até ao miligrama quanta manteiga devem dar para nos amansar. São inquestionavelmente mais espertos do que eu, o que é uma das razões que me leva a adorá-los.
Aqueles que odeiam os gatos irão tentar calar-me com o velho argumento de que "Se os gatos são assim tão espertos, porque é que não conseguem fazer truques como os cães?". Não se trata de os gatos não saberem fazer truques; o que acontece é que se recusam. São demasiado espertos para se porem de pé a implorar comida quando já sabem de antemão que, de qualquer maneira, lha daremos. E quanto a deitarem-se de patas para o ar, a fingirem de mortos ou a "falarem", o que os bichanos têm a ganhar que não seja já deles?
A  propósito, os gatos são um bom treino para um casamento bem sucedido - ensinam-nos qual é o nosso lugar em casa. A primeira coisa que a Kitty faz é organizar a nossa vida em casa de modo confortável ... para ela. Só come quando lhe apetece, sai quando quer e só volta quando está para aí virada. (...)"
                                                                                               In, 
O Meu Patrão, O Gato, de Paul Gallico




Na nossa seleção de Leitura para Férias encontrará esta e outras histórias irresistíveis sobre Gatos



Viste-nos e Boas Férias 



julho 25, 2019

VIAGEM INADIÁVEL DA ÁGUA - MARINHA GRANDE

"Há véus que escondem o outro lado do espelho, são o reflexo das imagens dos que ousam rasgar as sombras desocultando a luz aos caminhos vindouros. Os verdadeiros rios são os que se confundem com a inteligência, os que levam a bom porto as naus nas correntes invisíveis. Esses rios colam-se às margens, são férteis em história e abraçam as utopias, desaguam nas bibliotecas e dormem connosco. A Marinha Grande é uma paleta de encontros felizes, de Geografia e Arte, de inovação e resistência. O Rei visionário deixou a

Catedral verde e sussurrante, aonde a
luz se ameiga e se esconde
e aonde ecoando a cantar
se alonga e se prolonga a longa voz do mar (...)
                                                                                Afonso Lopes Vieira

Um Rei poeta e visionário, um poeta que eleva ao gótico o Pinhal do Rei.
As juras de amor acontecem onde a natureza inspira os impulsos da paixão, onde a poesia encontra os aromas e a paisagem é a casa dos prodígios. São Pedro de Moel fica onde as arribas escarpadas enfrentam o "gemido das ondas" e Dom Miguel e Dona Juliana se confessaram às flores rosas e perfumadas. O sol que abria os olhos rente ao mar, curvado ao horizonte, escrevia o destino das viúvas. Escreveu-o quando a justiça implacável do rei D. João IV condenou o Duque à morte. A jovem Duquesa regressou a São Pedro de Moel para reencontrar os lugares onde foi feliz, as flores rosas e perfumadas, cúmplices de longos passeios junto ao mar e chamar-lhes: Saudades.

Com o mar ao fundo, o poeta Afonso Lopes Vieira (1878-1946), comprometido com a Renascença Portuguesa, encontrou, em São Pedro de Moel, na "Casa Nau", a varanda criadora.
Casa Nau - São Pedro de Moel

Um espaço privilegiado onde recebeu Vitorino Nemésio, Viana da Mota ou Aquilino Ribeiro. O poeta solidário deixou a "Casa Nau" aos filhos dos operários vidreiros, para que se transformasse numa colónia de férias, para que as crianças respirassem a tranquilidade inspiradora e descobrissem na casa do poeta as palavras soltas com que teceu sonâmbulos passeios. O mar podia ser um brinquedo gigante onde se modelava a areia, como os sonhos "entre as mãos das crianças". Guilherme Stephens misturou o sonho e a areia e fez a indústria vidreira: fundou a Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande, no século XVIII. A capital do vidro foi também a capital do movimento operário, da consciência ideológica sob o arco da liberdade desenhando flores contra a II República. Quando os jardins ainda não tinham a terra e os lagos eram poças de chuva, o sopro de esperança era anarquista e a bolha de vidro um pulmão de gente."
In, Viagem Inadiável da Água
de António Vilhena e José Vieira
Edição Águas do Centro Litoral, S. A.



"Este não é um livro de viagens, mas permite-nos viajar; não é um atlas de lugares, mas dá-nos a possibilidade de reencontrarmos nomes e paisagens do imaginário coletivo; não é um livro de História, mas é impossível ignorá-la. Viagem Inadiável da Água é o encontro de todos os deslumbramentos possíveis, das pequenas coisas que convivem com pessoas e recantos que o narrador captou. Pode dizer-se que é uma tentativa de olhar o belo que o passado deixou visível.(...)"
António Vilhena (autor)








julho 10, 2019

OS DADOS DO 1.º SEMESTRE

Terminado o primeiro semestre de 2019, apresentamos alguns dados que refletem parte da atividade da Biblioteca Municipal e dos serviços por ela prestados.
Através do gráfico a seguir, podemos ver o número de livros emprestados para leitura domiciliária e a comparação com os meses análogos do ano anterior.



Comparativamente a 2018, verificamos que houve um muito ligeiro aumento na quantidade de livros emprestados. De 4.499 livros emprestados no 1.º semestre de 2018, passámos para 4.531 em 2019, significando um aumento de apenas 32 livros requisitados. Se analisarmos mês a mês, verificamos que só nos meses de março e abril houve aumento na quantidade de livros requisitados face a 2018, ficando os restantes meses aquém do verificado no ano anterior.

Estes resultados demonstram que o trabalho feito na divulgação e na promoção da leitura, que tem vindo a ser desenvolvido pela Biblioteca Municipal ao longo dos anos, especialmente junto da comunidade educativa, deve continuar e reforçar-se. 
O investimento na renovação e atualização dos fundos documentais e a articulação existente com as bibliotecas escolares dos vários Agrupamentos de Escolas do concelho assumem especial importância no desenvolvimento de hábitos continuados de leitura.


Da totalidade de livros requisitados, cerca de 75% foram por leitores numa faixa etária acima dos 18 anos, 5% na faixa situada entre os 13 e os 17 anos e 20% dos livros emprestados pela Biblioteca Municipal destinaram-se a leitores na faixa etária até aos 12 anos.




Ao longo do 1º semestre de 2019 verificamos que os leitores que mais livros requisitam são do género feminino, representando 69% do universo de leitores ativos, estando o género oposto representado apenas por 31%.

Ao longo do 1º semestre registámos novas adesões, com a inscrição de 120 novos leitores, distribuídos da seguinte forma: 71 inscrições de novos leitores com idade acima dos 18 anos, 9 com idade compreendida entre os 13 e os 17 anos e as restantes 40 inscrições pertencem a crianças até aos 12 anos.


ao longo do 1º semestre





Infanto-juvenil













julho 05, 2019

FÉRIAS TAMBÉM É SINÓNIMO DE LEITURA

Dia de praia em família, mas com muita leitura.




Tarde de chuva na praia?
Não faz mal...
Temos livros para todos,  
para todos os gostos e idades.



Sem nada para fazer ... a não ser LER





Vá de Férias, mas antes passe por cá
e requisite livros para toda a família.
Veja as nossas Sugestões de Leitura
e Boas Férias.







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