A Amazónia e o que vai restando dela,
é notícia todos os dias.
Caro Leitor, como sugestão de leitura para o último fim de semana de agosto, apresentamos "um romance de amor pela floresta, a aventura, a poesia, que vos fará esquecer a barbárie das cidades."
"Este romance nasceu sem o saber durante uma terrível tempestade amazónica, em 1978. Estava no Equador, país que foi a minha primeira longa paragem de um exílio iniciado em 1977 e que se prolongaria até 1989. Quando se desencadeou aquela tempestade, há já quatro meses que vivia numa aldeia shuar, erigida na margem leste do alto Nangaritza, e era como um deles, mas não era um deles".
"Quando este romance estava a ser lido em Oviedo pelos membros do Júri que poucos dias depois lhe atribuiria o Prémio Tigre Juan, a muitos milhares de quilómetros de distância e de ignomínia um bando de assassinos armados e pagos por outros criminosos mais importantes, daqueles que usam fatos de bom corte, unhas cuidadas e dizem atuar em nome do "progresso", liquidavam a vida de um dos mais lídimos defensores da Amazónia, e uma das figuras mais destacadas e consequentes do Movimento Ecologista Universal.
Este romance já não te chegará às mãos, Chico Mendes, querido amigo de poucas palavras e muitas ações, mas o Prémio Tigre Juan também é teu, e de todos os que hão-de continuar o teu caminho, o nosso caminho coletivo em defesa deste único mundo que possuímos."
Luis Sepúlveda
Antonio José Bolívar Proano vive em El Idilio, um lugar remoto na região amazónica dos índios shuar, com quem aprendeu a conhecer a selva e as suas leis, a respeitar os animais que a povoam, mas também a caçar e descobrir os trilhos mais indecifráveis.
Um certo dia resolve começar a ler, com paixão, os romances de amor que, duas vezes por ano, lhe leva o dentista Rubicundo Loachamín, para ocupar as solitárias noites equatoriais da sua velhice anunciada. Com eles, procura alhear-se da fanfarronice estúpida desses "gringos" e garimpeiros que julgam dominar a selva porque chegam armados até aos dentes, mas que não sabem enfrentar uma fera a quem mataram as crias.
Este romance está traduzido em cerca de 60 idiomas, com perto de vinte milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.
Foi adaptado ao cinema com guião do próprio autor, realizado pelo australiano Rolf de Heer, tendo como actor principal Richard Dreyfuss.
Este romance está traduzido em cerca de 60 idiomas, com perto de vinte milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.
Foi adaptado ao cinema com guião do próprio autor, realizado pelo australiano Rolf de Heer, tendo como actor principal Richard Dreyfuss.
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