Eduardo Pires Coelho nasceu em Lisboa em 1974. Licenciado em Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa e trabalha em mercados financeiros desde 1997.
dezembro 03, 2021
PASSARAM AINDA ALÉM DA TAPROBANA
Eduardo Pires Coelho nasceu em Lisboa em 1974. Licenciado em Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa e trabalha em mercados financeiros desde 1997.
novembro 24, 2021
ÚLTIMO OLHAR
“O detonador do romance é um acontecimento passado em
Espanha:
O apedrejamento de um autocarro que levava idosos infetados pela
covid.
A partir daí senti necessidade de o situar de forma correta.”
Fotografia de Tiago Miranda/Expresso |
novembro 19, 2021
JOSÉ SARAMAGO, 1922-2010
novembro 10, 2021
UMA DECLARAÇÃO DE AMOR À MINHA ILHA
O leitor poderá encontrar na nossa Biblioteca, para empréstimo domiciliário, os seguintes títulos:
- O Terceiro Servo
- Arquipélago
- Meridiano 28
Ilha Terceira, Açores |
novembro 05, 2021
FOI NO CHIADO QUE TUDO COMEÇOU
Lisboa, Chiado, anos 1950 |
outubro 29, 2021
MAS MESMO ASSIM, EVELYN, PORQUÊ? PORQUÊ EU?
outubro 21, 2021
PRÉMIO CAMÕES 2021
Paulina Chiziane
Pode encontrar na nossa Biblioteca Municipal o livro da escritora
Guerra. Destruição. Miséria. Sofrimento. Humilhação. Ódio. Superstição. Morte. Este é o cenário dantesco, boscheano, que encontramos nas páginas de "Ventos do Apocalipse". As palavras fortes, cruas, incisivas, dilacerantes e delirantes da autora levam-nos a questionar-nos quanto de ficção existirá no realismo das descrições deste palco apocalíptico em que a guerra mais aberrante será talvez a de dois povos, os mananga e os macuácua, colocados entre dois fogos e não sabendo quem os defende e quem os ataca. Paulina Chiziane é uma contadora nata de estórias. Consegue levar-nos ao âmago do mais baixo dos mais baixos degraus de degradação do ser humano. Com ela percorremos as vinte e uma noites de pesadelo e tormentos que foi o êxodo dos sobreviventes de uma aldeia. Através dela aprendemos a respeitar Sixpence, tornado o herói simbólico, emblemático, e líder venerado desses fugitivos. Pela sua mão desvendamos o mundo de Minosse, a última mulher que restou ao régulo Sianga, e ouvimos as palavras sábias de Mungoni, o adivinho. E compreendemos a loucura de Emelina, a assassina dos próprios filhos. São da autora estas palavras ditas por uma das personagens em absoluto desespero: «Se o homem é a imagem de Deus, então Deus é um refugiado de guerra, magro e com o ventre farto de fome. Deus tem este nosso aspecto nojento, tem a cor negra da lama e não toma banho à semelhança de nós outros, condenados da terra. O Diabo, sim, esse deve ser um janota que segura os freios da vida dos homens que sucumbem.» O leitor julgará.
In, Wook