abril 13, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA

Por ser 6ª feira, vamos deixar a nossa habitual sugestão de leitura para o fim de semana. E hoje, por ser 6ª feira 13 e por se assinalar a 13 de abril o DIA DO BEIJO, vamos deixar duas sugestões diferentes, com temáticas também diferentes. Pretendemos, assim, estabelecer a ligação entre as datas que se assinalam hoje e a leitura.

E a nossa primeira sugestão aborda o tema do Beijo, que está presente em inúmeras representações, tanto na literatura, como na poesia, ...

A Tua Boca
A tua boca. A tua boca.
Oh, também a tua boca.
Um túnel para a minha noite.
Um poço para a minha sede.

Os fios dormentes de água
que a tua língua solta num grito cor-de-rosa
e a minha língua sorve e canta
e os meus dentes mordem derramando a seiva
da tua primavera sem palavras
o poema inquieto e livre que a tua boca oferece
à minha boca.

As loucas bebedeiras de ternura
por essa viagem até ao sangue.
Os beijos como fogueiras.
As línguas como rosas.

Oh, a tua boca para a minha boca.

Joaquim Pessoa, in Os olhos de Isa


... como na arte, concretamente, na pintura,

O beijo, de Gustav Klimt (1907)
... na escultura,

O beijo, de Auguste Rodin (1887)

... e mesmo na fotografia, existem imagens famosas do beijo.

O beijo em Times Square,
foto de Alfred Eisenstaedt (1945)

Mas, sobre o beijo algumas questões se podem levantar, tais como: Onde começa o beijo? Onde, quando? Em que momento? No Renascimento? Na Idade Média? Ou mais cedo? Na Antiguidade?  Poderá encontrar a resposta a estas questões no livro que lhe sugerimos:

HISTÓRIA DO BEIJO,
de  Gérald Cahen
Editora Teorema

É a história do beijo, " ... É a história desta realidade sempre presente no nosso imaginário, da evolução das suas representações e das mudanças nos costumes, que se pretende fazer nesta obra, dirigida por Gérald Cohen, (...)" , escritor e editor francês, que reúne nesta obra textos de vários autores, que abordam o mesmo tema.



Mas, se este tema não lhe desperta interesse e se é uma pessoa para quem a 6ª feira 13 lhe traz alguma perturbação, temos também uma sugestão de leitura para si. Se o oculto, o desconhecido, o destino o atraem e se quer saber mais para os tentar interpretar, então comece por interpretar algo que está ao seu alcance - as mãos.

COMO LER AS LINHAS DAS MÃOS
PARA CONHECER A PERSONALIDADE, A FORTUNA, O AMOR

Sinopse: As origens da quiromancia perdem-se na noite dos tempos. Muitos confundem esta fascinante arte com superstição ou mesmo com charlatanaria, mas recordo-lhe, leitor que não há duas mãos iguais... As mãos contêm um surpreendente número de informações sobre o carácter, as atitudes, a saúde e muitas outras características que permitem conhecer melhor a pessoa a quem pertencem e permitem prever, sem determinismo, o seu provável comportamento em muitas áreas da vida. Este manual explica-lhe as bases para interpretar, ao pormenor, os múltiplos sinais que aparecem nas mãos, desde a forma, cor ou estrutura, às linhas principais e secundárias, aos montes e outros sinais específicos.

Como vê, damos-lhe boas razões para não ficar em casa.
Venha à Biblioteca Municipal.


BOM FIM DE SEMANA

abril 11, 2012

11 de ABRIL - DIA MUNDIAL DA DOENÇA DE PARKINSON


Celebra-se, a 11 de abril, o Dia Mundial da Doença de Parkinson, uma iniciativa da Associação Europeia da Doença de Parkinson (EPDA - European Parkinson's Disease Associations).
A data evoca o nascimento de James Parkinson, o médico inglês que, em 1817, identificou e descreveu os sintomas da doença que viria a receber o seu nome.
  
A Doença de Parkinson é uma doença neurológica degenerativa do sistema nervoso central, para a qual ainda não existe cura. Pode aparecer em qualquer idade, mas é pouco comum nas pessoas com idade inferior a 30 anos. O risco de desenvolver esta doença aumenta com a idade  e os homens são ligeiramente mais afetados do que as mulheres.
É a segunda doença neurodegenerativa mais comum, atingindo mais de uma em cada mil pessoas na Europa.
Estima-se que existam seis milhões de pessoas portadoras da doença de Parkinson a nível mundial.
Em Portugal estima-se que existam entre 20 a 30 mil doentes com Parkinson, mas, tendo em conta que não existe qualquer registo oficial, o número pode ser muito superior.
Duarte Cancela Abreu, porta-voz da Associação Portuguesa de Doentes com Parkinson, sublinha que, para além do aumento do número de doentes, o Parkinson está também a afetar pessoas cada vez mais novas.

A APDK é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPPS) com sede em Lisboa e delegações em todo o país.Os seus principais objetivos são a sensibilização para a doença de Parkinson, apoiar os doentes e angariar meios para intervir junto dos organismos competentes.
No nosso distrito estima-se  que existam cerca de 1000 doentes. Na Marinha Grande existe uma  delegação da APDP, com cerca de 90 associados, que se reúnem às terças-feiras, pelas 17H30, no Largo 5 de Outubro, nº 5A - Casa de Alpendrada - (junto ao Museu Joaquim Correia).


Nas últimas décadas a Doença de Parkinson tem sido intensamente investigada sem que a sua causa tenha sido ainda encontrada. No entanto, está provado que existem fatores genéticos , ambientais e outros relacionados com os hábitos de vida, que incidem no seu aparecimento, mas ainda não se conhece a relação causa-efeito.

Em 70% dos casos a doença começa por um tremor localizado geralmente a um membro superior que atinge depois o outro membro do mesmo lado. O tremor ocorre quando os membros estão em repouso e desaparece quando o doente executa movimentos.
Os sintomas motores mais comuns são: tremor, rigidez muscular, acinesia e alterações da postura. Mas, manifestações não motoras poderão também ocorrer, tais como: falhas de memória, depressão, alteração do sono e distúrbios do sistema nervoso autónomo.

A maneira como você encara a vida é que faz toda a diferença.
                                                                     Luís Fernando Veríssimo

abril 09, 2012

Há sempre alguém que resiste, Há sempre alguém que diz não...

"Lembro-me de uma vez, era eu ainda um novato nisto das cantigas, íamos cantar com o Zeca Afonso à Marinha Grande. O recinto estava repleto de GNR; ia eu a recuar para trás do piano quando o Adriano colocou a mão no meu ombro e me disse: "Anda cá , pá, não há azar".
                                                                                                              Vitorino, in Adriano Presente!




Adriano Correia de Oliveira, intérprete do Fado de Coimbra e músico de intervenção, nasceu em Avintes a 9 de abril de 1942.
Em Coimbra, para onde foi estudar Direito em 1959, deparou-se com uma intensa atividade estudantil e cultural. É em Coimbra que toma contacto com o forte movimento antifascista estudantil, ao qual adere desde a primeira hora e, ainda "caloiro", iniciou-se no teatro e na música.
Com uma grande sensibilidade para a poesia e para a música popular, dotado de um timbre de voz único e de uma intensa emoção que colocava nos temas que interpretava, iniciou uma carreira musical muito própria.

Fausto, Adriano, Zeca

Em 1963, edita o seu primeiro disco de vinil, "Fados de Coimbra", que continha "Trova do Vento que Passa", poema de Manuel Alegre e uma balada fundamental da sua carreira. Esta música foi cantada pela primeira vez numa festa de receção ao caloiro da Faculdade de Medicina de Lisboa e Adriano teve de repeti-la seis vezes, transformando-a numa espécie de hino do movimento estudantil.
Entre 1960 e 1980, grava mais de noventa temas, que constituíram aquela que é uma das mais ricas obras musicais do século XX português. Antes e depois do 25 de Abril percorre o país e o mundo com a sua voz, carregada de esperança, em espetáculos musicais e em sessões e comícios do seu partido.
Em 1969 edita "O Canto e as Armas", com vários poemas de Manuel Alegre. Nesse mesmo ano, pelo conjunto da sua obra recebe o Prémio Pozal Domingues.
Em 1975 lançou "Que Nunca Mais", com direção musical de Fausto e textos de Manuel da Fonseca. Este disco levou a revista inglesa Music Week a elegê-lo como Artista do Ano.
Faleceu a 16 de outubro de 1982, aos 40 anos de idade.


Nos últimos dias da sua vida, Ary dos Santos escreveu um conjunto de sonetos, entre os quais este, em homenagem ao seu amigo Adriano Correia de Oliveira.


Memória de Adriano

Nas tuas mãos tomaste uma guitarra.
Copo de vinho de alegria são
Sangria de suor e cigarra
Que à noite canta a festa da manhã.

Foste sempre o cantar que não se agarra
O que à terra chamou amante e irmã
mas também português que investe e marra
Voz de alaúde e rosto de maçã.

O teu coração de ouro veio do Douro
num barco de vindimas de cantigas
tão generoso como a liberdade.

Resta de ti a ilha de um Tesouro
A joía com as pedras mais antigas.
Não é saudade, não! É amizade.
Ary dos Santos



Veja AQUI a bibliografia de Adriano Correia de Oliveira existente na Biblioteca Municipal. 

Tenha uma boa semana com boa música

abril 05, 2012

FOLAR DA PÁSCOA

A quadra pascal está intimamente ligada à família,  à celebração de rituais religiosos e, como é próprio da natureza humana,  ... à gula.  Nesta altura, interrompem-se as dietas, porque há que preservar as tradições.  



E o que não pode faltar na Páscoa?
Claro!
As amêndoas, os ovos e os folares.



E para que o folar não falte na sua mesa e possa deliciar a sua família, deixamos-lhe uma receita, retirada de um dos vários livros de culinária que a biblioteca municipal disponibiliza aos seus leitores. Só tem de seguir a receita. Tome nota:

Ingredientes:
- 800 gr de farinha
- 100 gr de margarina
- 35 gr de fermento de padeiro
- 250 gr de açúcar
- 3 ovos
- 2dl de leite morno
- sal, canela e erva-doce q.b.
- 3 ou 4 ovos cozidos para enfeitar o folar

Preparação:
  1. Dissolva o fermento num pouco de leite morno e junte alguma farinha. Faça uma bola bem húmida e deixe levedar 20 minutos.
  2. Amasse a restante farinha com o açúcar, o leite e os ovos e junte a bola de fermento. Bata bem. Acrescente a manteiga, o sal e as especiarias.
  3. Bata até a massa se soltar da tigela. Deixe levedar numa tigela tapada com 1 cobertor, em local protegido e ameno + ou - 3 horas.
  4. Faça então uma bola ligeiramente achatada, onde coloca os ovos previamente cozidos e frios. Com um pouco de massa faça uns cordões que coloca a rodear os ovos.
  5. Pincele com gema de ovo, deixe levedar mais um pouco e leve a forno quente (200ºC) até ficar bem corado e cozido.

Nós já experimentámos e o resultado foi este. Ora veja: 



Se quiser continuar a surpreender a família e os amigos com receitas diferentes e sem gastar muito dinheiro, temos a solução ideal para si.

Venha à Biblioteca Municipal

TENHA UMA BOA PÁSCOA

abril 04, 2012

CAMINHAIS EM DIREÇÃO DA SOLIDÃO. EU, NÃO, EU TENHO OS MEUS LIVROS

Marguerite Duras é provavelmente a mais célebre escritora francesa. Nasceu a 4 de abril de 1914, na Indochina, atual Vietname, com o nome de Marguerite Donnadieu.
Passou a infância e a juventude  na Indochina, com a mãe e os dois irmãos, facto que marcou profundamente a sua vida e obra.  Aos 17 anos mudou-se para Paris, onde estudou Direito e Ciências Políticas na Universidade de Sorbonne, tendo-se licenciado em 1935.
Adotou o nome Duras, inspirada numa localidade perto do sítio onde o pai, falecido quando tinha 4 anos, possuía propriedades. Foi trabalhar até 1941, para o Ministério das Colónias e, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) fez parte da Resistência e filiou-se no Partido Comunista.
Em 1942, editou o seu primeiro romance "Les Impudents".
No final da guerra trabalhou como jornalista na revista Observateur e continuou a escrever, tendo alcançado o reconhecimento da sua obra com três romances editados entre 1950 e 1955:
Une Barrage Contre ja Pacifuque (Uma Barragem contra o Pacífico), Le Marin de Gibraltar (O Marinheiro de Gibraltar) e Le Square (O Jardim).

Marguerite Duras e Gerard Depardieu

Em 1959, escreveu o argumento do filme Hiroshima Mon Amour (Hiroshima Meu Amor), realizado por Alain Resnais e foi nomeada para um Oscar da Academia de Hollywood.
A sua paixão pelo cinema ficou patente na década de 70, altura em que escreveu e realizou diversos filmes, como Camion, com Gerard Depardieu.



Em 1984, regressou às grandes obras literárias com L'Amant (O Amante), romance semi-autobiográfico sobre a sua juventude na Indochina e que reflete as paisagens e as personagens da colónia francesa.  O livro ganhou o Prémio Goncourt, o mais prestigiado galardão literário francês. Oito anos mais tarde, foi realizado pelo francês Jean-Jacques Annaud, um filme baseado no romance.

 
Em 1985, lançou uma coletânea de contos, La Douleur (a Dor), inspirada na situação que viveu no pós-guerra, quando teve de tratar do marido que sobreviveu aos campos de concentração nazis. Após a sua recuperação, separou-se e, casou com outro homem.
Desde 1980 que Duras mantinha uma relação conturbada com Yann Andréa Steiner, 38 anos mais novo e obcecado pelos seus livros. Andréa Steiner escreveu dois livros sobre o período que viveu com Duras, quando a criatividade dela já estava ofuscada por problemas com o álcool. Apesar de tudo, o casal viveu junto até à morte da escritora, a 3 de novembro de 1996, em Paris. 

Quem foi Marguerite Duras?
"(...) Porque a vida de Marguerite é também a de uma criança do nosso século, de uma mulher profundamente empenhada nas coisas do seu tempo, pelas quais abraçou os combates principais.
(...) Porque se ela foi a escritora do Amor, foi também a militante dos direitos das mulheres e a defensora apaixonada do prazer feminino. Reivindicou sem cessar o direito ao prazer, e foi ao longo da vida uma notável apaixonada."
Este livro encontra-se disponível para empréstimo domiciliário.


"Creio que nada substitui a leitura de um texto, nada substitui a memória de um texto, nada, nenhum jogo".

Veja AQUI a bibliografia de Marguerite Duras disponível para empréstimo domiciliário.


abril 02, 2012

02 de ABRIL - DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL

The International Board on the Books for Young People (IBBY), criou o Dia Internacional do Livro Infantil em 1967, em honra do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, cujo aniversário do seu nascimento é assinalado a 02 de abril.


Aproveite as Férias da Páscoa e dê a conhecer
 Hans Christian Andersen,
 às suas crianças.
Encontrará na Sala Infantil da Biblioteca Municipal, 
 até ao próximo dia 23 de abril,  
uma exposição de cartazes com a sua biografia
e
uma mostra bibliográfia dos seus livros que poderá requisitar para empréstimo domiciliário.



A redação da mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil é anualmente atribuída a um país membro do IIBY. Este ano, o autor da mensagem, que é divulgada em mais de 70 países pelo Conselho Internacional sobre a Literatura para os Jovens, do qual Portugal faz novamente parte, é  o poeta mexicano Francisco Hinojosa e, intitula-se: 

 "Era uma vez um conto que contava o mundo inteiro

Quando lemos, contamos ou ouvimos contos, cultivamos a imaginação, como se fosse necessário dar-lhe treino para a mantermos em forma.
Quando lemos, contamos ou ouvimos contos em voz alta, estamos a repetir um ritual muito antigo que cumpriu um papel fundamental na história da civilização: construir uma comunidade.
Os contos são fecundos e imortais, em especial os da tradição oral, que se adequam às circunstâncias e ao contexto do momento em que são contados ou rescritos".



Em Portugal, a mensagem do
 Dia Internacional do
Livro Infantil
é acompanhada  de um cartaz da ilustradora
Yara Kono,
premiada o ano passado pelas ilustrações do livro "O Papão no Desvão", um picture book com texto de Ana Saldanha, publicado pela Caminho.
Yara Kono nasceu no Brasil, de descendência japonesa, mas foi em Portugal que se afirmou como designer e ilustradora, onde integra a equipa da Planeta Tangerina.





Levou-me um livro com ele
pelo mundo a passear
Não me perdi nem me achei
-porque um livro é afinal...
um pouco da vida, bem sei.
                                                               
João Pedro Mésseder, in O G é um gato enroscado

Tenha uma Boa Semana

março 30, 2012

Tanta roupa e nada para vestir!

Nesta altura do ano, qualquer um sente sempre a mesma angústia! Será do tempo? Durante o dia a temperatura é de verão e à noite de inverno, apesar de já estarmos na primavera. Será das roupas primavera/verão? que já espreitam nas montras e nos fazem sentir completamente ...  fora de moda.

Quantas vezes já aconteceu, tirarmos todas as nossas roupas do armário e nada ...nada de interessante para vestir? Temos imensa roupa arrumada no armário, mas vendo bem, nada combina com nada, tudo tem estilos diferentes e acabamos sempre por sair de casa com a roupa do costume.


"Uma mulher deve ser duas coisas: elegante e fabulosa"
Coco Chanel


A nossa sugestão de leitura de fim de semana vai dar-lhe uma ajuda.

Vai ajudá-la a gastar menos dinheiro em compras desnecessárias, perder menos tempo todas as manhãs e, ainda, a ter um look sem falhas. Este livro, útil e prático, aborda temas como a organização da imagem, do estilo e do seu guarda-roupa. É também, um guia de reciclagem do nosso armário, poupando-nos tempo e dinheiro. Crie um guarda-roupa simples e funcional , só com o essencial! Menos é mais! O barato sai caro!

tanta ROUPA e nada para vestir
Autora: Maria Guedes
Editora: Ideias de ler



Maria Guedes nasceu em 1978 em Lisboa e desde cedo revelou um fascínio pelo mundo da moda.
em 2000 licenciou-se em Marketing e Publicidade e em 2003 concluiu uma pós-graduação em Comunicação e Imagem.
Em 2006, viaja para Nova Iorque, onde frequenta a Associates Fashion Studies Program da Parsons - The New School for Design. Estagia com os designers americanos Zac Posen e Jill Stuart e colabora na organização da New York Fashion Week.
De regresso a Portugal, dedica-se ao Personal Styling, Shopping Assistido e Design de roupa por medida.
Em 2009, lança o blogue http://maria-guedes.blogspot.com/, onde tece considerações diárias sobre moda, estilo, compras. 



 Vista-se mal e notarão o vestido. Vista-se bem e notarão a mulher.
                                                                                                             Coco Chanel


Faça qualquer coisa por Si.
Venha à Biblioteca Municipal.


Tenha um Bom Fim de Semana


março 28, 2012

A MINHA ORAÇÃO É O MEU TRABALHO

Último mestre da sua geração, o russo Chagall foi um dos maiores e mais populares pintores europeus do século XX. Nascido de uma família judia humilde e religiosa, deixou a sua cidade natal, Vitebsk, para estudar em São Petersburgo e depois em Paris. No entanto, apesar de a França ter acabado por ser a sua pátria adotiva, a arte de Chagall manteve sempre uma forte identidade russa.


Pintor, gravador e vitralista bielorusso, mais tarde nacionalizado francês, Marc Chagall nasceu a 7 de julho de 1887 em Vitebsk. Iniciou-se em pintura no atelier de um retratista local. Estudou depois na Academia de Arte de São Petersburgo e, de volta à cidade natal, conheceu Bella, que viria a ser sua mulher, de quem pintou um retrato em 1909.

Regressou a São Petersburgo e de lá seguiu para Paris, "como que levado pelo meu destino" e "com todos os meus sonhos", ligando-se a Blaise Cendras, Max Jacob e Apollinaire e aos pintores Delaunay, Modigliani e La Fresnay.
Quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial, Chagall, de volta à Russia, foi mobilizado, mas ficou em São Petersburgo. Em 1915 casou-se com Bella.
Durante a Revolução Russa de 1917, foi nomeado comissário de Belas-Artes do governo de Vitebsk. Fundou uma escola aberta a todas as tendências, mas ao entrar em conflito com Malevich, acabou por demitir-se.
Na mesma época, pintou murais para a sala e o foyer do teatro Judeu de Moscovo.



"O solo que alimentou as raízes da minha arte foi Vitebsk,
mas a minha arte ansiava por Paris como a árvore anseia por água".


O aniversário (1915) 79x99 cm
Museu de Arte Moderna, Nova Iorque
 Chagall visitou a Palestina e a Síria e publicou "Ma vie" (Minha vida), autobiografia ilustrada com gravuras que já havia exposto em Berlim. Realizou, então, uma grande retrospetiva no Kunstmuseum da Basiléia.
A partir de 1935, o clima de guerra e de perseguição aos judeus refletiu-se na sua pintura, onde os elementos dramáticos, sociais e religiosos passaram a ter grande importância.
Em 1941, Marc Chagall foi para os Estados Unidos, onde três anos depois morreria Bella Chagall, causando-lhe grande depressão.



Equestrienne (1931) 100x80 cm
Museu Stedelijk, Amesterdão
Com o final da Segunda Guerra Mundial, pintou telas de fundo e cenários para o balett "Os Pássaros de Fogo", de Stravinsky.
Regressou definitivamente a França, em 1947. Poucos anos depois criou vitrais para a sinagoga da Universidade Hebraica de Jerusalém. Os vitrais para a Catedral de Metz, dos muitos que criou a seguir, datam de 1958.
Chagall esteve várias vezes em Israel, realizando várias obras por encomenda.
Em 1953, em Turim, praticamente todo o mundo ocidental lhe veio render homenagem na mais ampla exposição retrospetiva até então dedicada a um pintor vivo.
Em sua homenagem, em 1973, foi inaugurado o Museu da Mensagem Bíblica de Marc Chagall, na famosa cidade do Sul de França, Nice.
Em 1977 o governo francês condecorou-o com a Grã-cruz da Legião de Honra.
Marc Chagall, morreu, de ataque cardíaco aos 97 anos, em Saint-Paul de Vence, no Sul da França  a 28 de março de 1985.

"Estou satisfeito, e continuo a acreditar na minha Santíssima Trindade estritamente pessoal: creio em Deus, na pintura e na música de Mozart. (...) Sempre haverá cores puras, música, poesia. Sempre haverá artistas atraídos pela luz".

Gosta de Arte?

Consulte o nosso catálogo em: http://services.cm-mgrande.pt/pacweb/

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março 26, 2012

26 de MARÇO - DIA DO LIVRO PORTUGUÊS

                                                
Os Livros

Apetece chamar-lhes irmãos, 
tê-los ao colo,
afagá-los com as mãos,
abri-los de par em par,
ver o Pinóquio a rir
e o D. Quixote a sonhar,
e a Alice do outro lado
do espelho a inventar
um mundo de assombros
que dá gosto visitar.
Apetece chamar-lhes irmãos
e deixar brilhar os olhos
nas páginas das suas mãos.

     José Jorge Letria,
Pela casa fora, 1997


Ao longo dos séculos, o livro tem tido várias funções, com principal destaque para a evolução do saber, como grande veículo promotor da cultura, da educação, da ciência e da democracia.
Hoje, 26 de março, comemora-se do DIA do LIVRO PORTUGUÊS, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Autores e que visa assinalar o dia em que foi impresso o primeiro livro em Portugal, "O Pentateuco".
A escolha da Biblioteca Municipal para assinalar este dia vai para a escritora Alice Vieira, que com os seus livros infanto-juvenis, tem encantado gerações de crianças portuguesas. Alice Vieira é hoje uma das mais importantes escritoras portuguesas para jovens, tendo ganho projeção nacional e internacional, com várias das suas obras editadas no estrangeiro.

Alice Vieira nasceu a 20 de março de 1943 em Lisboa. É licenciada em Germânicas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1958 iniciou a sua colaboração no Suplemento Juvenil do Diário de Lisboa e a partir de 1969 dedicou-se ao jornalismo profissional. Desde 1979 tem vindo publicar regularmente livros tendo, atualmente editados na Caminho, cerca de 30 títulos.
A pedido dos filhos escreveu o seu primeiro livro "Rosa, minha irmã Rosa", editado em 1979, ganhou o Prémio de Literatura Infantil do Ano Internacional da Criança.
Desde essa primeira obra e até à atualidade escreveu vário livros de literatura infanto-juvenil, tendo também publicado um vasto conjunto de contos tradicionais, também eles dedicados aos leitores mais novos.

 Ao longo da sua vida, Alice Vieira recebeu vários prémios pela sua obra:

  •  1979 - Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança, com Rosa, Minha irmã Rosa.
  • 1983 - Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Infantil, com Este Rei que Eu escolhi.
  • 1994 - Grande Pémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra.
  • 1994 - Foi candidata ao Prémio Hans Christian Anderson da IBBY (International Board on Books for Young People), tendo a obra Olhos de Ana Marta, sido uma das que integraram a lista de honra.
  • 2007 - Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho, com o livro Dois Corpos Tombando na Água.
  • 2009 - Estrela de Prata do Prémio Peter Pan, atrubuída pela Internacional Board on Books for Young People, IBBY, e a Feira do Livro de Gotemburgo, Suécia, com o romance juvenil Flor de Mel.
  • 2012 - Integra a seleção de 2012 da Biblioteca Internacional da Juventude, considerada a maior do mundo na área infanto-juvenil, com o livro Meia hora para mudar a minha vida. Esta seleção com 250 títulos, é divulgada numa exposição , a "White Ravens", que está patente na Feira do Livro Infantil de Bolonha, Itália, que começou no passado dia 19 de março.

Deixamos-lhe a imagem de algum dos seus livros mais conhecidos.
Ora veja:



Na Sala Infantil da Biblioteca Municipal poderá encontar alguns destes livros.
Aproveite as férias da Páscoa e apresente Alice Vieira aos seus filhos.

--- VENHA À BIBLIOTECA ---

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