Último mestre da sua geração, o russo Chagall foi um dos maiores e mais populares pintores europeus do século XX. Nascido de uma família judia humilde e religiosa, deixou a sua cidade natal, Vitebsk, para estudar em São Petersburgo e depois em Paris. No entanto, apesar de a França ter acabado por ser a sua pátria adotiva, a arte de Chagall manteve sempre uma forte identidade russa.
Pintor, gravador e vitralista bielorusso, mais tarde nacionalizado francês, Marc Chagall nasceu a 7 de julho de 1887 em Vitebsk. Iniciou-se em pintura no atelier de um retratista local. Estudou depois na Academia de Arte de São Petersburgo e, de volta à cidade natal, conheceu Bella, que viria a ser sua mulher, de quem pintou um retrato em 1909.
Regressou a São Petersburgo e de lá seguiu para Paris, "como que levado pelo meu destino" e "com todos os meus sonhos", ligando-se a Blaise Cendras, Max Jacob e Apollinaire e aos pintores Delaunay, Modigliani e La Fresnay.
Quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial, Chagall, de volta à Russia, foi mobilizado, mas ficou em São Petersburgo. Em 1915 casou-se com Bella.
Durante a Revolução Russa de 1917, foi nomeado comissário de Belas-Artes do governo de Vitebsk. Fundou uma escola aberta a todas as tendências, mas ao entrar em conflito com Malevich, acabou por demitir-se.
Na mesma época, pintou murais para a sala e o foyer do teatro Judeu de Moscovo.
"O solo que alimentou as raízes da minha arte foi Vitebsk,
mas a minha arte ansiava por Paris como a árvore anseia por água".
O aniversário (1915) 79x99 cm Museu de Arte Moderna, Nova Iorque |
Chagall visitou a Palestina e a Síria e publicou "Ma vie" (Minha vida), autobiografia ilustrada com gravuras que já havia exposto em Berlim. Realizou, então, uma grande retrospetiva no Kunstmuseum da Basiléia.
A partir de 1935, o clima de guerra e de perseguição aos judeus refletiu-se na sua pintura, onde os elementos dramáticos, sociais e religiosos passaram a ter grande importância.
Em 1941, Marc Chagall foi para os Estados Unidos, onde três anos depois morreria Bella Chagall, causando-lhe grande depressão.
Equestrienne (1931) 100x80 cm Museu Stedelijk, Amesterdão |
Com o final da Segunda Guerra Mundial, pintou telas de fundo e cenários para o balett "Os Pássaros de Fogo", de Stravinsky.
Regressou definitivamente a França, em 1947. Poucos anos depois criou vitrais para a sinagoga da Universidade Hebraica de Jerusalém. Os vitrais para a Catedral de Metz, dos muitos que criou a seguir, datam de 1958.
Chagall esteve várias vezes em Israel, realizando várias obras por encomenda.
Em 1953, em Turim, praticamente todo o mundo ocidental lhe veio render homenagem na mais ampla exposição retrospetiva até então dedicada a um pintor vivo.
Em sua homenagem, em 1973, foi inaugurado o Museu da Mensagem Bíblica de Marc Chagall, na famosa cidade do Sul de França, Nice.
Em 1977 o governo francês condecorou-o com a Grã-cruz da Legião de Honra.
Marc Chagall, morreu, de ataque cardíaco aos 97 anos, em Saint-Paul de Vence, no Sul da França a 28 de março de 1985.
"Estou satisfeito, e continuo a acreditar na minha Santíssima Trindade estritamente pessoal: creio em Deus, na pintura e na música de Mozart. (...) Sempre haverá cores puras, música, poesia. Sempre haverá artistas atraídos pela luz".
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