dezembro 23, 2011


A Palavra mais Bela


Ilustração de Raquel Pinheiro
Fui ver ao dicionário de sinónimos
A palavra mais bela sem igual
Perfeita como a nave dos Jerónimos...
E o dicionário disse-me NATAL.

Perguntei aos poetas que releio:
Gabriela, Régio, Goethe, Poe, Quental,
Lorca, Olegário... e a resposta veio:
Christmas...Noel...Natividad...Natal...

Interroguei o firmamento todo!
Cobras, formigas, pássaros, chacal!
O aço em chispa, o «pipe-line», o lodo!
E a voz das coisas respondeu NATAL.

Cânticos, sinos, lágrimas e versos:
Um N, um A, um T, um A, um L...

Perguntei a mim próprio e fiquei mudo...
Qual a mais bela das palavras, qual?
Para que perguntar se tudo, tudo,
Diz Natal, diz Natal, e diz Natal?!

Adolfo Simões Muller,
in Natal na Poesia Portuguesa





A equipa da Biblioteca Municipal deseja a todos os amigos, seguidores e visitantes um
FELIZ NATAL

dezembro 22, 2011

MAS O QUE É AQUILO, QUE CHEI...!!!

MEU DEUS, QUE BEM QUE CHEIRA!!!
E QUE ASPETO !!!!!



O GATO DO SIMON ADOROU !!!!!

A deliciosa receita de peru, que fez as delicias da Ceia de Natal do gato do Simon, foi retirada de um dos inúmeros livros de culinária que a Biblioteca Municipal dispõe para empréstimo domiciliário.

E para que a sua Ceia de Natal seja também inesquecível aqui vai a famosa receita de

 Peru Recheado com Carnes

Os ingredientes necessários são:

1 peru com 4 kg
150 g de carne de porco
150 g de fiambre
150 g de presunto
50 g de bacon
200 g de miolo de pão
1 cebola
1 cenoura
2 dentes de alho
6 colheres de sopa de margarina
2 ovos
1 colher de sopa de pickles
1 laranja
1 limão
vinho branco q.b.
1 pau de canela
1 colher de chá de cravinho
1 raminho de tomilho
fio de cozinha
sal, pimenta e salsa q.b.

E para que fique com este aspeto delicioso,
é só prepará-lo assim:

Coloque o peru num recipiente e tempere-o com sal, sumo de laranja, sumo de limão, vinho branco, 1 pau de canela, 1 colher de chá de cravinho e 1 raminho de tomiho e deixe marinar durante 24 horas.
Coza as cenouras e os ovos. Refogue a cebola e os alhos picados, numa colher de sopa de margarina. Adicione a cenoura cortada em pedacinhos.
Coloque este preparado na picadora e junte a carne de porco, o fiambre, o presunto, o bacon , o miolo de pão, os pickles, os ovos e a salsa picada; triture e tempere com sal e pimenta.
Recheie o peru com este preparado, ate-o com fio de cozinha e coloque-o num tabuleiro. Derreta a restante margarina e regue o peru com ela. Leve ao forno a 190º C, entre 3 a 4 horas.
Antes de servir retire o fio de cozinha.
E os parabéns vão para a melhor cozinheira do mundo 



Tenha um Feliz Natal,
na companhia dos seus familiares e amigos.


dezembro 21, 2011

AS BOLANDAS DO PERU

O peru que correu a cidade metido dentro de um cesto

Há bem perto de três meses que o senhor Firmino mantinha, na capoeira do seu quintal, um bonito peru, alimentado a preceito com sopinhas de pão, migas de couves e milho do melhor.
Uns dias antes do Natal, o Senhor Firmino agarrou o peru pelas asas, a calcular-lhe o peso, e disse para a mulher:
- Está em boa conta.
A mulher do Senhor Firmino fez que sim com a cabeça, limpou as mãos ao avental e foi à cozinha. Ao ver estes preparos, o peru sentiu-se muito levezinho e pensou: "Agora é que é... Ela vem com a faca e ..." Afinal, em vez da faca, a mulher do Senhor Firmino trouxe da cozinha uma fita vermelha que atou às pernas do peru, em jeito de laçarote.
- O nosso compadre Augusto vai gostar - disse o Senhor Firmino.
A mulher do Senhor Firmino fez que sim com a cabeça e meteu o peru dentro dum cesto.

****
- Ó mana, venha ver o presente que o compadre Firmino me mandou. Bonito peru!
A mana do Senhor Augusto veio da cozinha com uma faca na mão...
"Ai! Ai! Ai! Desta é que eu não escapo", pensou o peru, muito encolhido dentro do cesto.
- Espere lá mana! - exclamou o Senhor Augusto. - Este peru tão bonito estava mesmo a calhar para o Doutor Hipólito. Ele tem sido tão atencioso, tão simpático...
- Que acha, mana?
A mana do Senhor Augusto achou bem.
****
- Senhor doutor, para onde quer que leve o peru? - perguntou a empregada do Doutor Hipólito em pessoa.
- Leve-o para a cozinha...
"É desta. Desta vez é que é...", pensou o peru todo a tremer e a encher-se de suores frios.
Mas o Doutor Hipólito mudou de ideias:
- Nós já temos um peru para a ceia, um outro peru para o dia de Natal, ainda outro para o dia de Ano Novo. Este peru está a mais. Pensando bem, talvez seja mais sensato oferecê-lo ao senhor Inspetor.
****
- Mais um peru! - disse, muito arreliado, o senhor inspetor. - Se os vou matar a todos, fico enjoado de peru para toda a vida.
O peru, dentro do cesto, com as patas atadas pelo laçarote vermelho, nem se mexia de tão atrapalhado que estava.
- Como é que me hei-de livrar deste peru? - dizia o senhor Inspetor. - Já sei. Mandem-no ao senhor Capitão, com os meus cumprimentos.

****
Pobre peru. Em cada nova casa em que entrava era um desmaio. Sacudido de um lado para o outro, em bolandas de aqui para ali, o infeliz conheceu quase todas as casas dos senhores importantes daquela cidadezinha de província.

"Agora é que é!", não era.
"Desta não escapo!", escapava.
"Ai que eu morro!", não morria.

Da casa do senhor Capitão, passou à do senhor Major. O senhor Major ofereceu-o ao senhor Tenente-Coronel. O senhor Tenente-Coronel ofereceu-o ao senhor Brigadeiro. O senhor Brigadeiro não o ofereceu ao senhor General, porque lhe tinham dito que o senhor General só podia comer pescada cozida. Em compensação, ofereceu-o ao senhor Arcebispo, com os respeitosos cumprimentos e desejos de boas festas.
Se o peru desse acordo de si, talvez pensasse que, por aquele andar, ainda viria a conhecer o Papa. Mas o pobre peru, mirrado e doente com tantas emoções, já nem tinha forças para pensar o que quer que fosse.
Na capoeira do jardim do senhor Arcebispo, havia vinte e três perus, onze gansos, quinze patos e outros bicos de menor importância.
- Vou dar um bodo aos pobres. No dia de Natal não quero uma única ave na minha capoeira - ordenou o piedoso Arcebispo.
E nem houve tempo para desatar as pernas ao desgraçado peru. Cumprindo as ordens do senhor Arcebispo, os criados começaram imediatamente a fazer a distribuição das galinhas, galos, patos, gansos e perus pelos pobres mais necessitados da diocese. O peru do laçarote coube ao Jacinto, o Jacinto carpinteiro.
Juntou-se a família toda para ver o peru.
- Como o senhor Arcebispo é bondoso - dizia a mulher do Jacinto.
- Que bonito peru - dizia o sogro do Jacinto.
- Um laçalote encanado! - dizia o filho mais novo do Jacinto, um trapalhão a falar.
"Desta não me salvo!", pensava, todo chupadinho de medo, o peru.
- É pena que já tenha deitado o bacalhau de molho para a ceia - monologava o Jacinto. - Talvez não fosse mal feito mandar o peru de presente ao meu patrão...Ele ficava satisfeito e como eu lhe devo uns certos favores...

****
- Olha bem para este peru que o pequeno do Jacinto me trouxe. Não parece mesmo o nosso peru? - perguntou o Senhor Firmino à mulher.
A mulher do Senhor Firmino fez que sim com a cabeça.
- Ainda vem com o laçarote e tudo! Que voltas teria ele dado até voltar cá para casa?
O Senhor Firmino nunca se espantara tanto.
- E como ele está magro, coitado! Até parece que mirrou pelo caminho!
Com tantos sustos, o peru ficara só em penas, pele e ossos. Nem uma febrazinha de carne que prestasse.
- Volta para a capoeira - decidiu o Senhor Firmino. - Ele que engorde, porque no próximo Natal vamos dá-lo...
- Ao compadre Augusto, nunca mais! - interrompeu a mulher.
- Claro que não. Vamos dá-lo... ao Doutor Hipólito. Aposto contigo em como e endemoninhado do peru vem cá parar outra vez. Tinha a sua graça!

**** 
Pois claro que tinha a sua graça. Eu é que não estou para contar outra vez a mesma história. E o peru  goze muitos anos regalados de boa vida!...
                                                                                        António Torrado, in Dezembro à porta


Este peru teve sorte.
Mas há quem não tenha.

E amanhã prometemos uma receita deliciosa de peru para a sua Ceia de Natal.

NÃO PERCA!

dezembro 20, 2011

PEQUENOS LEITORES NA BIBLIOTECA


Uma das atividades desenvolvidas pela Biblioteca Municipal designa-se CONTAMOS ... CONTIGO [Hora do Conto] e tem como objetivos gerais a promoção e incentivo à leitura, a divulgação de livros, autores e ilustradores e a aproximação da Biblioteca Municipal ao público mais pequeno, potenciais futuros leitores, identificando-os com o espaço e familiarizando-os com a sua organização e modo de funcionamento.


Daí esta atividade ter sempre duas componentes básicas: uma visita guiada pelos diferentes espaços funcionais, acompanhada de uma breve explicação sobre a sua organização e funcionamento, e uma sessão de leitura em grupo com posterior contato individual com os livros. Esta atividade é programada e realizada pelos Técnicos especializados da Biblioteca Municipal, adaptada aos níveis etários dos destinatários, que são as crianças do ensino pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico. 


Assim, no âmbito desta atividade temos recebido ao longo mês de dezembro a visita de várias escolas, num total de mais de 200 crianças, na sua maior parte oriundas de instituições de ensino pré-escolar do concelho. Para algumas desta crianças já é prescindível a visita guiada, dado que já estão perfeitamente identificadas com o espaço, por ser frequente a sua deslocação à Biblioteca Municipal, acompanhadas pelas professoras ou familiares.  



E porque é NATAL, a nossa Margarida vestiu-se a rigor e, tal como ela está a indicar na foto ao lado, procedeu à leitura do livro escolhido para o mês de dezembro     

Um beijo para o Pai Natal, com texto de Elisabeth Coudol, ilustrado por Nancy Pierret e editado pela Nova Gaia. Veja o resumo na página LEITORES+NOVOS.



Para todos as crianças, professoras e educadoras,
votos de FELIZ NATAL.

Desejos de BOAS FESTAS da nossa Margarida Natal.




                                                   

dezembro 19, 2011

JÁ FEZ A SUA ÁRVORE DE NATAL?



Sou um pinheiro vulgar

"Sou um pinheiro vulgar. Ora estava eu dormindo em pé, muito regalado  da vida, lá na minha terra, quando me foram acordar.
Olharam para mim e exclamaram:
- Este é bom! É mesmo bom!
Fiquei vaidosíssimo. Estavam a dizer que eu era bom.
Que era bom, já eu o sabia de cor e salteado, mas que o afirmassem assim tão alto e bom som era coisa de causar admiração.
Vai daí, começaram a bater-me com um machado pequeno e teimoso que se fartava! Cada golpe que ele me dava, arrancava-me um pedacinho de força. 
Ilustração de Norman Rockwell

"Não há-de ser nada" - pensei eu, tentando agarrar-me mais e mais à terra que sentia fugir-me debaixo das raízes. Quando percebi que flutuava no ar, soube que não ia viver por mais tempo naquele sítio. E não me enganava.
Trouxeram-me para aqui e enfeitaram-me com mil e um presentes: bolas brilhantes, fitas de cores, levíssimos bonecos que baloiçam nas minhas agulhas verdes de pinheiro vulgar.
Iluminaram-me e todos olham para mim com um estranho ar de festa, de alegria.
Onde vim parar? Por que me admiram assim tanto?
Onde está o mistério?
Serei eu, afinal de contas, não um pinheiro vulgar, mas um pinheiro diferente dos meus irmãos e amigos que ficaram lá longe, dormindo em pé, sossegadinhos no pinhal onde eu nasci?"

         Maria Alberta Menéres, in O livro de Natal

 
Quem não tem uma árvore de natal nada vulgar é...

O elefante que decorou a sua amiga girafa e assim pode passear com ela para todo o lado.

Mas...

O Simon tem uma árvore de natal igual à que temos em nossas casas, mas...
Também tem um gato!...


Tenha um Feliz Natal

dezembro 16, 2011

MONTRA de LIVROS

Aproxima-se mais um fim de semana, que para alguns significa o início de um curto período de férias. Como tal, hoje não vamos deixar apenas uma sugestão de leitura, mas sim várias sugestões, algumas delas disponíveis para empréstimo na Biblioteca Municipal.

Deixamo-vos uma apresentação que nos foi gentilmente enviada, através de e-mail, por um dos nossos seguidores diários, a quem endereçamos os nossos sinceros agradecimentos.

Esta apresentação contém referências a livros, a autores, imagens e frases marcantes, esperando que sejam fonte de inspiração para boas leituras. 


Não deixe de ver a apresentação até ao final.

Ora veja:


Tenha um bom fim de semana e umas boas férias, se for o caso,
com boas leituras. E, não se esqueça, venha à 

BIBLIOTECA MUNICIPAL

dezembro 15, 2011

O BOLO QUE ERA REI... E O GATO...

O bolo-rei

" O bolo-rei tomava-se muito a sério. Não havia discussão: ele era o rei dos bolos.
Como tal, quando lhe caiu uma passa da coroa, ordenou ao bolo inglês:
- Traz-me essas passas de volta.
O bolo-inglês fez-se desentendido e respondeu:
- Sorry! I don't understand...
O que queria dizer, na língua dele, que pedia desculpa, mas não tinha entendido.
Então, o bolo-rei virou-se para um bolo de natas e deu a mesma ordem. Queria, outra vez, a passa a ornamentar-lhe a coroa.
O bolo de natas tinha uma fala atrapalhada, por causa do excesso de natas.
- Flá, plefe, pflu, pfló...
Não se percebia nada.
O bolo-rei, muito irritado, ordenou ao bolo de amêndoa, que lhe respondeu:
- Também a mim me caiu uma amêndoa torrada e não me queixo.
O bolo-rei, cada vez mais exasperado, deu a mesma ordem a um pudim de gelatina, mas o pudim de gelatina era muito frágil, muito nervoso e só tremeu, tremeu, incapaz de dizer ou fazer o que quer que fosse.
 - São uns rebeldes estes meus súbditos - concluiu, numa grande exaltação, o bolo-rei.
- Condeno-os a que sejam todos cortados às fatias.
E assim aconteceu. Mas nem o bolo-rei escapou".

                                 António Torrado in Dezembro à porta, Edições Asa

E Natal sem doces não é Natal.
E para que o bolo-rei não falte na sua Ceia de Natal,
deixamos-lhe aqui uma receita, tirada de um dos
 inúmeros livros de receitas  de que dispomos para empréstimo domiciliário.

A receita do bolo-rei

E os ingredientes são:
  • 730 g. de fermento para pão
  • 12 colheres de sopa de leite
  • 750 g. de farinha de trigo
  • 200 g. de manteiga
  • 200 g. de açúcar branco
  • 1 cálice de vinho do Porto
  • 40 g. de passas
  • 40 g. de nozes
  • 30 g. de pinhões
  • 200 g. de frutos cristalizados
  • manteiga para untar os tabuleiros
  • cubos de açúcar
  • 2 gemas
  • frutos cristalizados e metades de noz para decorar
  • geleia de maçã para pincelar

 E para que o bolo-rei fique tal e qual, a preparação é assim:

Misture o fermento, o leite e um pouco de farinha. Deixe levedar durante duas horas. Deite a farinha num alguidar e junte o preparado de fermento, a manteiga amolecida, o açúcar e o vinho do Porto. Amasse. Junte os frutos secos e os cristalizados em pedacinhos. Amasse. Tenda uma bola e deixe levedar em local abrigado, coberta por um pano branco. Aguarde 12 horas. Divida a massa e molde dois bolos. Coloque em tabuleiros untados e, no meio ponha uma lata forrada com papel de alumínio para evitar que a bola feche. Pincele com as gemas batidas e enfeite com cubos de açúcar, frutos cristalizados e metades de noz. Deixe levedar durante mais 2 horas. Coza em forno pré-aquecido. Ao retirar do forno, pincele com geleia de maçã.

Ficou ótimo não ficou?
Agora mãos na massa...
É só pôr a mesa, convidar a família e deliciar-se com o bolo-rei.
Mas atenção ao gato!...
Onde é que ele anda...
Alguém o viu por aqui?




Tenha um doce Natal

dezembro 14, 2011

PRÉMIO SAKHAROV 2011

O Prémio tem o nome do cientista soviético Andrei Sakharov, exilado na União Soviética pela oposição ao programa nuclear e às políticas repressivas da URSS. Fundou a Organização Memorial, que continuou a defender os direitos humanos e a promoção da democracia após a sua morte, em 1989.

Todos os anos, o Parlamento Europeu atribui o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento a indivíduos ou organizações que se destacaram na defesa dos direitos humanos e da democracia. Este ano, os vencedores são cinco representantes da Primavera árabe "pela sua luta pela liberdade, pela democracia e pelo fim dos regimes autoritários".
A cerimónia da entrega do prémio, no valor de €50.000, está agendada para hoje, dia 14 de dezembro, durante a sessão plenária de Estrasburgo.



Os vencedores Prémio Sakharov 2011 são:
  • o tunisino Mohammed Bouaziziprémio póstumo - que ao imolar-se desencadeou a revolta popular que levou à queda de Ben Ali.
  • a militante egípcia Asmaa Mahfouz que com o apelo lançado no You Tube, inspirou as concentrações na praça Tahrir que levaram à queda de Hosni Mubarak.
  • o dissidente líbio Ahmed al-Zubair Ahmed al-Senussi, de 77 anos, esteve preso 31 anos por se opor ao regime de Muammar Kadhafi.
  • a advogada síria Razan Zeitouneh,  uma das coordenadoras da revolta na Síria, está proibida de deixar o país.
  • o cartunista sírio Ali Farzat, cartunista de crítica política, que em agosto, as autoridades sírias partiram-lhe as duas mãos.

Este ano a  cerimónia de entrega do Prémio Sakharov contará com a presença de dois bloggers portugueses que venceram um concurso lançado pelo Gabinete de Informação do Parlamento Europeu em Portugal,  cujo desafio era fazer um comentário a um dos 30 textos biográficos dos laureados com este galardão desde 1988.
Os textos dos vencedores, Rafael Gonçalves e Jonathan da Costa versavam, respetivamente, a ativista de Myanmar Aung San Suu Kyi - Prémio Sakharov 1990 - e o movimento Mães da Praça de Maio - Prémio Sakharov 1992.

"Os grandes espíritos sempre tiveram que lutar conta a oposição feroz de mentes medíocres"
                                                                                             Albert Einstein


"Minha esposa e eu vivemos isolados durante sete anos. Não podíamos sequer falar com os outros. Uma única vez um amigo veio procurar-nos e tivemos a permissão de conversar com ele na rua. Foi um milagre poder falar com ele abertamente. Era um colega da universidade. Nós estávamos completamente isolados das pessoas".



Andrei Sakharov, físico russo, inventor da bomba de hidrogénio, nasceu em Moscovo a 21 de maio de 1921. Preocupado com as consequências dos seus trabalhos para o futuro da humanidade, procurou despertar a consciência do perigo da corrida ao armamento nuclear. Obtém um êxito parcial com a assinatura, em 1963,  do Tratado contra Ensaios Nucleares
Indignado com a invasão soviética do Afeganistão, apelou ao boicote dos Jogos Olímpicos de Moscovo, sendo condenado por Brezhnev, em 1980, a um exílio forçado em Gorki, onde permaneceu, com a sua mulher Helena Bonner, até finais de 1986, data em que foi autorizado a regressar a Moscovo.
Considerado na URSS como um dissidente com ideias subversivas, cria, nos anos setenta, um Comité para a defesa dos direitos do homem e para a defesa das vítimas políticas. Os seus esforços são premiados com o Prémio Nobel da Paz em 1975, mas não foi autorizado a viajar até Oslo para o receber.

Morreu a 14 de dezembro de 1989 e em sua memória a União Europeia instituiu o Prémio Sakharov para destacar pessoas que lutam defesa dos direitos humanos e liberdade de expressão.


"Que nada nos limite. Que nada nos defina. Que nada nos sujeite.
Que a liberdade seja a nossa própria substância."
                                                       Simone de Beauvoir

dezembro 13, 2011

EXPOSIÇÃO "OLHANDO O OUTRO..."

Todos somos diferentes e temos os mesmos direiros.

No âmbito do concurso "Olhando o outro...", inserido nas comemorações do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, está patente ao público,  até ao próximo dia 16 de dezembro, no átrio de entrada da Biblioteca Municipal, uma exposição dos trabalhos realizados pelos alunos do Agrupamento de Escolas Professor Alberto Nery Capucho.


O concurso Olhando o outro…" foi uma iniciativa do grupo da Educação Especial daquele Agrupamento, que  visou não só reforçar junto da comunidade escolar e dos seus agentes a consciência e importância dos benefícios que a todos nós pode trazer a Inclusão das Crianças e Jovens com Necessidades Educativas Especiais numa perspectiva de Educação para a Cidadania, mas também premiar os trabalhos que melhor representaram a mensagem subjacente à comemoração daquele dia  e que envolveu todos os estabelecimentos de educação do Agrupamento, na promoção da  sensibilização para a igualdade de oportunidades e salientar a ideia que a diferença é a normalidade.
Este concurso teve como principais objetivos:
  • incentivar a participação de toda a comunidade escolar na construção de uma escola inclusiva
  • promover uma maior tomada de consciência para os assuntos referentes à deficiência
  • promover a consciêncialização e mudanças de atitude sobre a deficiência
  • encorajar e sensibilizar os alunos para o valor da importância da inclusão.

Venha Olhar o Outro...

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