Sou um pinheiro vulgar
"Sou um pinheiro vulgar. Ora estava eu dormindo em pé, muito regalado da vida, lá na minha terra, quando me foram acordar.
Olharam para mim e exclamaram:
- Este é bom! É mesmo bom!
Fiquei vaidosíssimo. Estavam a dizer que eu era bom.
Que era bom, já eu o sabia de cor e salteado, mas que o afirmassem assim tão alto e bom som era coisa de causar admiração.
Vai daí, começaram a bater-me com um machado pequeno e teimoso que se fartava! Cada golpe que ele me dava, arrancava-me um pedacinho de força.
Ilustração de Norman Rockwell |
"Não há-de ser nada" - pensei eu, tentando agarrar-me mais e mais à terra que sentia fugir-me debaixo das raízes. Quando percebi que flutuava no ar, soube que não ia viver por mais tempo naquele sítio. E não me enganava.
Trouxeram-me para aqui e enfeitaram-me com mil e um presentes: bolas brilhantes, fitas de cores, levíssimos bonecos que baloiçam nas minhas agulhas verdes de pinheiro vulgar.
Iluminaram-me e todos olham para mim com um estranho ar de festa, de alegria.
Onde vim parar? Por que me admiram assim tanto?
Onde está o mistério?
Serei eu, afinal de contas, não um pinheiro vulgar, mas um pinheiro diferente dos meus irmãos e amigos que ficaram lá longe, dormindo em pé, sossegadinhos no pinhal onde eu nasci?"
Maria Alberta Menéres, in O livro de Natal
Quem não tem uma árvore de natal nada vulgar é...
O elefante que decorou a sua amiga girafa e assim pode passear com ela para todo o lado.
Mas...
O Simon tem uma árvore de natal igual à que temos em nossas casas, mas...
Também tem um gato!...
Tenha um Feliz Natal
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