novembro 11, 2011

Devido a problemas técnicos a que fomos alheios, não nos foi possível publicar a nossa sugestão de leitura de fim de semana.
Mas não queremos deixar de lhe desejar
 
Um Bom Fim de Semana Com Boas Leituras

novembro 10, 2011


"Ó Portugal! Como és belo, na diversidade acolhedora da tua paisagem, na pureza e nos caprichos da tua atmosfera, na melancólica bondade da tua gente! Ó Portugal, país querido! Sairás do longo pesadelo, sairás dele, decerto. O povo acorda e luta. O partido está finalmente à altura do seu povo".
Manuel Tiago, in "Até Amanhã, Camaradas", pág 37

Álvaro Cunhal nasceu na freguesia da Sé Nova, em Coimbra, no dia 10 de novembro de 1913. A sua infância foi vivida em Seia, terra do seu pai. Iniciou a sua atividade revolucionária enquanto estudante na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Aí começou a nascer aquele que, mais tarde, haveria de se afirmar como o símbolo da resistência ao Estado Novo e o principal inimigo político do Salazarismo. De certa forma, a história de Álvaro Cunhal confunde-se com a história de Salazar.

Desde muito novo Álvaro Cunhal participou no movimento associativo e, em 1934, foi eleito representante dos estudantes no Senado Universitário. Passa a ser militante da Federação da Juventude Comunista Portuguesa, sendo eleito secretário-geral em 1935, ano em que passa à clandestinidade e participa, em Moscovo, no VI Congresso Internacional Juvenil Comunista. Foi membro do Partido Comunista Português desde 1931.

Preso em 1937 e 1940 e submetido a tortura, Álvaro Cunhal voltou imediatamente à luta assim que foi libertado. Participou na reorganização do PCP, em 1940-1941. Vivendo de novo na clandestinidade, foi membro do secretariado de 1942 a 1949. Preso de novo nesse ano, fez no tribunal uma severa acusação à ditadura e a defesa da política do Partido. Condenado, permanece 11 anos seguidos na cadeia, quase 8 dos quais em completo isolamento.

"Vivi muitos anos na clandestinidade. Desde a minha juventude ao 25 de Abril, com pequenos intervalos. (...)
Eu gosto, por exemplo, de desenhar, e até estão publicados alguns desenhos meus. Mas não gosto muilto de falar sobre isso: se desenho ou não, se pinto ou não. Gosto de escrever, mas não é meu hábito dizer se estou ou não a preparar algum trabalho".
Entrevista a "O independente" a 15/05/1990 retirado o Iº vol  "Álvaro Cunhal: uma biografia política" de José Pacheco Pereira



Em 1940, Álvaro Cunhal foi escoltado pela polícia à faculdade de Direito, onde apresentou a sua tese de licenciatura em Direito, sobre a temática do aborto e a sua despenalização. A sua tese, apesar do contexto político, foi classificada com 16 valores. Do júri fazia parte Marcelo Caetano.
A 3 de janeiro de 1960 evadiu-se da prisão de Peniche com um grupo de destacados militantes comunistas. Em 1960 presidiu à Conferência dos Partidos Comunistas da Europa Ocidental. Nesse encontro, foi um dos mais firmes apoiantes da invasão da então Checoslováquia pelos tanques do Pacto de Varsóvia, ocorrida nesse mesmo ano.


Depois da queda do regime, a 25 de Abril de 1974, foi ministro sem pasta dos primeiros  quatro governos provisórios e eleito deputado à Assembleia Constituinte e em 1975 à Assembleia da República até 1987. Foi membro do Conselho de Estado de 1982 a 1992.
Além das suas funções na direção partidária, foi romancista e pintor, escrevendo sob o pseudónimo de Manuel Tiago, facto que só revelou a 14 de dezembro de 1994, no dia do lançamento do livro "A Estrela de Seis Pontas".
Faleceu a 13 de junho de 2005, em Lisboa.


Álvaro Cunhal ficou na memória como um comunista que nunca abdicou do seu ideal.

Em 2007, os telespetadores portugueses, votaram na eleição do "Maior Português de Sempre" no âmbito do programa da RTP1 "Os Grandes Portugueses", dando o segundo lugar ao líder comunista Álvaro Cunhal, com 19,1%. Curiosamente os portugueses votaram em António de Oliveira Salazar, com 41%, como o "Maior Português de Sempre".

Na Biblioteca Municipal encontra AQUI a bibliografia de
 Álvaro Cunhal e AQUI a sua biografia.

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novembro 09, 2011


Sabe o que significa isto?

Para onde foram a Margarida e a Miriam?
  

Estas fotos foram tiradas hoje, dia 09 de novembro, às 09h00,
em frente da Biblioteca Municipal da Marinha Grande.


O que está dentro do carro?
Livros. São caixas com livros. Muitos livros.


Mas, ... para onde foram os livros?
 Para aqui.

e aqui,


também para aqui
  

e para muitas outras escolas do 1º CEB.

Pois é, creio que já descobriram o que aconteceu hoje. 

São LIVROS EM MOVIMENTO pelas escolas do concelho. Andam mais de 700 livros livremente por aí, que vão proporcionar momentos de leitura a muitos alunos e que poderão servir de instrumento de trabalho a muitos professores. O Município da Marinha Grande, através da Biblioteca Municipal, dá o seu contributo na promoção e incentivo à leitura, fazendo circular livros pelas escolas do 1º ciclo, que ainda não possuem uma biblioteca escolar. Áquelas que já possuem biblioteca, devidamente equipada e integrada na Rede de Bibliotecas Escolares, o Município dá também o seu contributo, actualizando periodicamente os seus fundos documentais e prestando todo o apoio necessário através dos Técnicos da Biblioteca Municipal.


São LIVROS EM MOVIMENTO.
Repare bem, ... porque eles andam por aí!

novembro 08, 2011

A saudade é a tristeza que fica em nós quando as coisas de que gostamos se vão embora.

"A cultura é uma das formas de libertação do homem. Por isso, perante a política, a cultura deve sempre ter a possibilidade de funcionar como antipoder. E se é evidente que o estado deve à cultura o apoio que deve à identidade de um povo, esse apoio deve ser equacionado de forma a defender a autonomia e a liberdade da cultura para que nunca a ação do estado se transforme em dirigismo"
                   Sophia de Mello Breyner Andresen, in Assembleia Constituinte, agosto de 1975


Das maiores poetisas da língua portuguesa, Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto, a 6 de novembro de 1919, no seio de uma família de ascendência aristocrática. Aí passou a infância e adolescência. De origem dinamarquesa por parte do pai, a sua educação decorre num ambiente católico e culturalmente priveligiado, que influenciou a sua personalidade. Frequentou o curso de Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em consonância com o seu fascínio pelo mundo grego (que a levou igualmente a viajar pela Grécia e por toda a região mediterrânica).


Antes do 25 de Abril foi um dos elementos fundadores da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos. Após a Revolução dos Cravos integrou a Assembleia Constituinte como deputada pelo Partido Socialista. A sua atividade literária e política pautou-se sempre pelas ideias de justiça, liberdade e integridade moral.
Colaborou nas revistas Cadernos de Poesia (1940), Távola Redonda (1950) e Árvore (1951) e conviveu com nomes da literatura como Miguel Torga, Rui Cinatti e Jorge de Sena.


Ausência

Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua

Sophia de Mello Breyner Andresen


Escreveu várias obras para a infância, inicialmente destinadas aos seus filhos, mas que rapidamente se tornaram verdadeiros "clássicos", cujas reedições se vão sucedendo até hoje. Pode encontrar algumas destas obras na Sala Infantil da Biblioteca Municipal.
A sua obra literária encontra-se parcialmente traduzida em França, Itália e nos Estados Unidos da América.
Em 1994 recebeu o Prémio Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores e, no ano seguinte, o Prémio Petrarca, da Associação de Editores Italianos. O seu valor como poetisa e figura da cultura portuguesa, foi também reconhecido através da atribuição, em 1999,  do Prémio Camões.
Em 2001, foi distinguida com o Prémio Max Jacob de Poesia, num ano em que o prémio foi execionalmente alargado a poetas de língua portuguesa. Em 2003, foi distinguida com o Prémio Rainha Sofia da Poesia Iberoamericana.
Faleceu a 2 de julho de 2004.

A 26 de janeiro deste ano, fizemos referência à cerimónia oficial de doação do espólio da Sophia de Mello Breyner Andresen à Biblioteca Nacional. Hoje voltamos a fazer referência a uma nova homenagem, ocorrida a 6 de novembro, com o descerramento do seu busto no Jardim Botânico do Porto, local que outrora integrou a Quinta do Campo Alegre, residência dos seus avós, João e Joana Andresen.
"Este é um lugar mágico da sua infância, mas espero também que seja um local de vida e de culto na cidade do Porto", sublinhou o reitor da Universidade do Porto, José Marques dos Santos.
Segundo Ruben Andresen, primo da autora, foi no Campo Alegre que Sophia teve o primeiro contacto com a poesia quando, numa festa de Natal, uma empregada a ensinou a recitar "A Nau Catrineta".



Porque os outros se mascaram, mas tu não

Porque os outros se mascaram, mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo, mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam, mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis, mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam, mas tu não.


Estes e outros poemas, bem como os contos infantis, pode encontrá-los AQUI na sua Biblioteca

Boa Semana com Boas Leituras

novembro 07, 2011

QUANDO PENSO EM VOCÊ, FECHO OS OLHOS DE SAUDADE

"De que são feitos os dias?
De pequenos desejos, vagarosas saudades, silenciosas lembranças"
                                                                                      Cecília Meireles


"Nascida no Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1901, Cecília Meireles descendia, pela linha materna, de uma família açoreana da Ilha de São Miguel; português - mas do continente- era igualmente o avô paterno e portugueses também, por esse ramo, os respectivos antepassados. A estes vínculos de sangue lusíada, que já de seriam por si tão determinantes na formação de uma personalidade poética, Cecília Meireles desde muito cedo acrescentou aqueles outros que provêm da aquisição cultural, - e toda a sua obra testemunha, exuberantemente, a mais estreita familiaridade com a poesia portuguesa". David Mourão-Ferreira, in Antologia Poética


Órfã de pai e mãe, Cecília Meireles foi criada pela sua avó portuguesa, D. Jacinta Garcia Benevides. Aos nove anos começou a escrever poesia e publicou o seu primeiro livro de poesia "Espectro" em 1919, com dezoito anos de idade.


"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretam muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi esses relações entre o Efémero e o Eterno".

Em 1922 casa-se com o pintor português Fernando Correia Dias. Em 1930 e 1931, mantém no Diário de Notícias uma página sobre problemas de educação. Organiza a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro em 1934.
Em Portugal profere conferências sobre literatura brasileira. De 1935 a 1938 leciona literatura luso-brasileira e de técnica e crítica literária, na Universidade do Distrito Federal. Leciona literatura e cultura brasileira nos Estados Unidos, em 1940, na Universidade do Texas.
Em 1942, torna-se sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro.
Faz inúmeras viagens aos Estados Unidos, à Europa, à Ásia e à África, fazendo conferências sobre literatura, educação e folclore, em cujos estudos se especializou.

"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez"
                                                                                                      Cecília Meireles

A sua poesia, traduzida para espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, húngaro, hindu e urdu, e musicada por Alceu Bocchino, Luis Cosme, Norman Frazer, entre outros, foi assim julgada pelo crítico Paulo Rónai: "Considero o lirismo de Cecília Meireles o mais elevado da moderna poesia de língua portuguesa. Nenhum outro poeta iguala o seu desprendimento, a sua fluidez, o seu poder transfigurador, a sua simplicidade e o seu preciosismo, porque Cecília, só ela, se acerca da nossa poesia primitiva e do nosso lirismo espontâneo ...A poesia de Cecília Meireles é uma das mais puras, belas e válidas manifestações da literatura contemporânea".



Faleceu no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas. O seu corpo foi velado no Ministério da Educação e Cultura. Recebeu, ainda em 1964, o Prémio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.


Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens.
Não queiras ser o de amanhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabes que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue.
É a passagem que se continua.
É a tua eternidade.
és tu.

O amor é difícil para os indecisos.
É assustador para os medrosos.
Avassalador para os apaixonados!
Mas, os vencedores no amor são os fortes.
Os que sabem o que querem e querem o que tem!
Sonhar um sonho a dois e nunca desistir da busca de ser feliz, é para poucos!

Cecília Meireles é inquestionavelmente um dos maiores nomes da poesia de língua portuguesa. Segundo Fabrício Carpinejar, ela está ao nível de Carlos Drummond de Andrade, de Fernando Pessoa e de Luís Vaz de Camões.

Foram só dois os poemas de Cecília Meireles que aqui vos deixamos,
os outros pode lê-los AQUI.
É só vir à sua Biblioteca.

Boa Semana com Boas Leituras

novembro 04, 2011

LEITURA DE FIM DE SEMANA

Mais um fim de semana se aproxima e com ele mais uma sugestão de leitura. E desta vez vamos deixar uma sugestão diferente, para um público também diferente. Vamos sugerir a leitura do livro "O peixe azul", de Margarida Fonseca Santos, da Editorial Presença e é uma sugestão dirigida aos leitores mais jovens. Trata-se de um livro de literatura juvenil, cujo conteúdo tem ligação ao nosso concelho. 

Lê o resumo e descobre que tipo de ligação é essa.



Resumo: Chegou mais um verão, e com ele as tão esperadas férias grandes. Daniel está ansioso por ir para S. Pedro de Moel, onde espera reencontrar alguns amigos que fez no ano passado. Mas este verão reserva-lhe uma surpresa inacreditável, a maior de todas que alguma vez se possa imaginar - um amigo novo que vem, imagina!, do mundo dos sonhos e que tem a forma de um belíssimo peixe azul! O peixe azul é apenas o começo de uma espantosa série de peripécias. Vem descobrir o que realmente aconteceu. Nem vais acreditar!



Pois é! A ação do livro decorre em S. Pedro de Moel, uma das praias do nosso concelho e uma das mais bonitas da zona centro de Portugal.

E quem é a autora deste livro?


Margarida Fonseca Santos nasceu em Lisboa a 29 de novembro de 1960. Tirou o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional, tendo sido professora de Formação Musical em várias escolas, nomeadamente, na Escola Superior de Música de Lisboa, entre 1990 e 2005. Começou a escrever em 1993 e isso tornou-se uma verdadeira paixão, paixão essa que a levou a mudar de vida. Deixou o ensino da música e, neste momento, dedica-se a tempo inteiro à escrita.Tem vários livros publicados, na sua grande maioria para crianças e jovens, e escreve com regularidade para teatro. Assina, com Maria João Lopo de Carvalho, a colecção juvenil «7 irmãos», e, com Maria Teresa Maia Gonzalez, «As Aventuras de Colombo». É membro fundador do Clic - Clube de Literatura, Ilustração e Cª .
Assina a página Histórias em «77 palavras» na revista
Pais & Filhos, com ilustrações de Francisca Torres, e participa em várias outras publicações na área da literatura e da escrita.
Orienta ateliers de incentivo à leitura e à escrita e ateliers de escrita criativa, dirigidos a professores e outros profissionais na área do ensino, tendo sido nesta qualidade, que esteve na nossa Biblioteca, em outubro de 2009, no âmbito do Programa de Itinerâncias Culturais da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas.

Vem à Biblioteca Municipal e requisita o livro "O peixe azul".


Se preferires procurar outros títulos da mesma autora, é só clicares AQUI e ficas logo a saber o que existe na Biblioteca Municipal.
Mas se vieres pessoalmente à Biblioteca, podes encontrar com facilidade os livros da Margarida Fonseca Santos na SALA JUVENIL , uma vez que irá estar patente ao público, durante todo o mês de novembro, uma exposição de cartazes com a biografia da autora, acompanhada por uma mostra bibliográfica.


ESPERAMOS POR TI! 
Tem um bom fim de semana, com bons livros!

novembro 02, 2011

ESTATÍSTICA

Passou mais um mês e os dados recolhidos continuam a indicar, que 2011 está a ser um ano em que se verifica um claro aumento no número de livros requisitados mensalmente na Biblioteca Municipal, comparativamente ao ano de 2010.  

E o gráfico ao lado ilustra bem essa realidade. No mês de outubro de 2010 foram requisitados para leitura domiciliária cerca de 653 livros. Este ano, e no mesmo mês, foram requisitados 778 livros, o que se traduz num aumento de mais 125 exemplares.
Estes números não são recolhidos e tratados por nós manualmente. São números gerados pela aplicação informática com que trabalhamos e onde ficam registadas todas as transações realizadas diariamente, em termos de devoluções, empréstimos, reservas e renovações de livros.

Estes dados são para nós um indicador importante, que nos motiva e nos responsabiliza na manutenção de uma estratégia de maior aproximação aos leitores, apoiando-os e motivando-os para a leitura e para a importância da informação. É neste sentido que iremos continuar a trabalhar.

Ainda sobre esta matéria e tendo como indicador o mês de outubro, veja-se o gráfico a seguir apresentado e que nos mostra a evolução, que se tem vindo a verificar nos últimos anos, relativamente à quantidade de empréstimos.


Pela análise ao gráfico verificamos que no mês de outubro de 2011 retomámos os números de há anos atrás, mais concretamente dos anos 2005 e 2006, mas ultrapassámo-los com uma margem ainda larga.
Estes são os nossos objetivos: ganhar mais leitores, motivar para a leitura, facilitar o acesso à informação.

VENHA À BIBLIOTECA MUNICIPAL

outubro 31, 2011

DIA DAS BRUXAS (HALLOWEEN)


A tradição de se comemorar o Dia das Bruxas (Halloween) é muito recente em Portugal, tendo ganho alguma popularidade entre os mais jovens, por ser uma data assinalada em contexto escolar.
É uma tradição importada dos países anglo-saxónicos, em especial dos Estados Unidos, Irlanda, Canadá e Reino Unido. As raízes da celebração remontam aos povos da antiguidade, havendo vestígios de celebrações do dia 31 de outubro, por exemplo entre os Celtas (Irlanda), que celebravam esta data por ela coincidir com o fim do verão, período de fertilidade, e dar início a um novo ano. Acreditavam que nessa noite os mortos, que para eles viviam em felicidade perfeita, visitavam a Terra, voltando às suas casas, facto que era celebrado com rituais de adoração, fazendo-se fogueiras para afastar os espíritos malignos. A pouco e pouco esta tradição foi evoluindo, sendo exportada para outros países, tal como aconteceu nos Estados Unidos onde se julga ter sido introduzida por emigrantes irlandeses, passando a constituir uma tradição que se mantém até aos dias de hoje.

Por seu lado, a Igreja Católica instituiu o dia 1 de novembro como o dia de todos os santos e o dia 2 como dia de finados. Assim, de certo modo, a religião cristã integrou algumas das antigas crenças, proibindo no entanto tudo o que se relacionasse com a bruxaria. Recorde-se o Tribunal do Santo Ofício, que através dos autos de fé condenaram à fogueira homens e mulheres suspeitos da prática de feitiçaria, fazendo do período da Inquisição um dos mais dramáticos da História.
Se esta celebração, quer na sua origem pagã quer religiosa, nasce como uma celebração aos mártires e aos defuntos, progressivamente ela tem vindo a incorporar diferentes influências que a afastam do seu espírito inicial, manifestando-se pela emergência de elementos pagãos, em torno de símbolos ligados à bruxaria e ao ocultismo, marcados pontualmente por pormenores macabros.

E este imaginário, que envolve atualmente as celebrações  do Halloween, está refletido também na literatura.
A "bruxa" como um ser feio e demoníaco, por contraponto à fada boa e bela, povoa a literatura para a infância.
Os ambientes da feitiçaria, das personagens malignas e sobrenaturais, dos fenómenos transcendentes que criam seres fantásticos, estão presentes na literatura juvenil. 
A área das ciências ocultas e da espiritualidade tem leitores fiéis.

O recente fenómeno Harry Potter inscreve-se nesta tendência, bem como a saga de O Senhor dos Anéis.

Por isso, deixamos-lhe aqui esta MONTRA DE LIVROS, que pode requisitar na Biblioteca Municipal.  É uma mostra constituída por livros para todas as idades. Para os ler, basta estar inscrito na Biblioteca e requisitá-los.
 

VENHA À BIBLIOTECA MUNICIPAL!

TENHA UM BOM DIA ... 
... DAS BRUXAS!






outubro 28, 2011

LEITURA DE FIM DE SEMANA


Mais um fim de semana à porta.

E contariando as condições atmosféricas que se verificaram nos últimos dias, prevê-se que o fim de semana seja de sol e com temperaturas amenas,  que convidam certamente a sair de casa.

Que tal um passeio por um dos parques da cidade,
na companhia de um livro?
Aceite a sugestão que lhe vamos deixar. 



A nossa sugestão é o livro "Morder-te o coração", da escritora Patrícia Reis, da editora Dom Quixote. 

Este livro é, na opinião de Inês Pedrosa, "uma viagem alucinante pelos labirintos do desejo e da solidão, que nos arrasta para lá das convenções dos géneros e do sexo, conduzindo-nos ao conhecimento da vertigem. A escrita transparente e comunicante de Patrícia Reis ganha corpo e espessura nesta narrativa polifónica orquestrada pela obsessão do Grande Amor aquela luz infinita que simultâneamente cega e acende a verdade íntima de cada um de nós. Este livro morde-nos, de facto, o coração e é para isso que servem os bons livros".


O livro fala dos encontros e desencontros por causa do amor: um homem e uma mulher no Pico; a fuga dela, a busca dele, a vida em Estocolmo, a infância, as memórias africanas da amante dos dois, o desespero dele e a tentativa de suicídio dela. Morder-te o coração é um livro sobre a vida.

"... Tu já não te lembras. Foi há dez anos, neste quarto, a olhar o Pico, os barcos, o azul-cinza do mar calmo, a cama por fazer, os livros e as revistas espalhados, (...) Todos os anos venho aqui. Fico no mesmo quarto e vejo-te, de manhã, encostada à brisa que te levantava os cabelos, a dizer "Anda, anda morder-me o coração". (...) Quando me fui embora, não deixei morada. Hoje, quero que saibas que não te disse nada e quando te pedi para me morderes o coração era só para me certificar de que ele existia no meu peito. Tu preferiste beijar-me, nunca me mordeste. (...) Um amor de Verão. Apenas um. Doce e cuidadoso como nenhum outro. (...)" Pág.13 e segs.



Patrícia Reis nasceu em 1970, começou a sua carreira jornalística em 1988 no semanário O Independente, passou pela revista Sábado e realizou um estágio na revista norte-americana Time, em Nova Iorque. De volta a Portugal, é convidada para o semanário Expresso, fez a produção do programa de televisão Sexualidades , trabalhou na revista Marie Claire, na Elle e nos projectos especiais do diário Público. Editora da revista Egoísta, é sócia do atelier de Design e Texto 004, participando em projectos de natureza muito variada. Escreveu a curta biografia de Vasco Santana e o romance fotográfico Beija-me (2006), em co-autoria com João Vilhena, a novela Cruz das Almas (2004) e os romances Amor em Segunda Mão (2006), Morder-te o Coração (2007), que integrou a lista de 50 livros finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura, No Silêncio de Deus (2008) e Antes de Ser Feliz (2009).



Tenha um bom fim de semana

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