novembro 19, 2021

JOSÉ SARAMAGO, 1922-2010



Começaram na passada terça-feira, dia do 99.º aniversário de José Saramago, as comemorações dos 100 anos do seu nascimento, celebrações que se vão prolongar até 16 de novembro de 2022. Para assinalar o dia do seu aniversário, alunos de mais de uma centena de escolas portuguesas, de Espanha, Brasil e de alguns países da América Latina, fizeram a leitura, em simultâneo, do conto infantil A maior flor do mundo, escrito por José Saramago. 
A 16 de novembro de 2022, uma centena de escolas do ensino secundário irão promover a leitura, em simultâneo, de páginas dos seu romances Memorial do convento e de O ano da morte de Ricardo Reis e será plantada a centésima oliveira na sua terra natal.
Consolidar a presença do escritor na história cultural e literária, em Portugal e no estrangeiro, e prestar homenagem à sua figura como cidadão são os objetivos das comemorações.

A programação do centenário pode ser consultada em: www.josesaramago.org




A Biblioteca Municipal sugere aos seus leitores a leitura da Biografia do único escritor de língua portuguesa laureado com o Nobel da Literatura (1998), apreciado em vida pelo próprio.
O livro, escrito por João Marques Lopes, convida-nos a acompanhar o percurso de José Saramago, desde o seu nascimento, na aldeia da Azinhaga, na Golegã, até à mudança para Lanzarote, nas Canárias. Tem prefácio de João Tordo, vencedor do Prémio Literário José Saramago em 2009, e ilustrações da autora luso-britânica Lucy Pepper.
Através deste livro, descobrimos toda a obra de Saramago, em paralelo com o seu percurso, ficando a conhecer em detalhe a vida daquele que é um dos mais importantes escritores da história da literatura portuguesa.


"É um trabalho notável e seriamente interessante porque, 
para além dos inúmeros episódios desconhecidos 
(e, alguns, de teor eminentemente cómico), quando chegamos ao final 
sentimo-nos, mesmo que com ele nunca tenhamos privado, 
muito mais próximos do escritor".
João Tordo, 
Prémio Literário José Saramago 2009



João Marques Lopes é doutorado em Literatura Brasileira pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. 
É autor de várias biografias de escritores portugueses, como, Almeida Garrett, Eça de Queirós e Fernando Pessoa, bem como de diversos artigos e comunicações em revistas e colóquios.
Trabalhou como docente de literaturas lusófonas na Universidade de Oslo.
Licenciado em Filosofia e em Ensino da Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi também docente no ensino secundário ao longo de uma década.



"Trata-se de um trabalho honesto, sério, sem especulações gratuitas. 
Ao cabo de trinta e cinco anos, pela primeira vez, o caso dos despedimentos
 de jornalistas do Diário de Notícias, de que fui diretor-adjunto, 
é corretamente descrito no livro de João Marques Lopes.
Fiquei muito satisfeito com a Leitura."
                                                                                                                    José Saramago



novembro 10, 2021

UMA DECLARAÇÃO DE AMOR À MINHA ILHA

 

Joel Neto nasceu a 3 de março de 1974 na Ilha Terceira, Açores. Aos 18 anos mudou-se para Lisboa para estudar Relações Internacionais no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
Em 2012 voltou aos Açores determinado a dedicar-se inteiramente à literatura. Vive desde então no lugar dos Dois Caminhos, freguesia da Terra Chã, concelho de Angra de Heroísmo.
Tem dois cães, um pomar, um jardim de azáleas.
Colunista de alguns dos principais jornais nacionais, publica regularmente em revistas e antologias literárias portuguesas e estrangeiras. Tem livros e contos traduzidos e/ou publicados no Reino Unido, Espanha, Itália, Polónia, Brasil e Japão.
Em 2019 foi o vencedor do Grande Prémio de Literatura Biográfica da Associação Portuguesa de Escritores, com o romance O Terceiro Servo.

O leitor poderá encontrar na nossa Biblioteca, para empréstimo domiciliário, os seguintes títulos:


Do romance que hoje divulgamos e que foi finalista do
  Prémio Literário Fernando Namora 2015
a escritora Alice Vieira referiu que 
"Quando começamos a ler não conseguimos largar.
 Uma verdadeira epopeia".




Açores, 1980. Quando um grande terramoto faz estremecer a ilha Terceira, o pequeno José Artur Drumonde dá-se conta de que não consegue sentir a terra tremer debaixo dos pés. Inexplicavelmente, esse mistério há-de acompanhá-lo durante toda a vida. Mas, entretanto, é hora de participar na reconstrução da ilha, tarefa a que os passos e os ensinamentos do avô trazem sentido de missão.
Já professor universitário, carregando a bagagem de um casamento desfeito e uma carreira em risco, José Artur volta aos Açores. Passaram-se 35 anos. O amor à terra e os mistérios do passado depressa o arrancam à melancolia, e ele viaja pela ilha com a paixão que há muito lhe faltava, redescobrindo a magia da paisagem e idealizando a beleza silenciosa da mulher que o hospeda.
Durante as obras de remodelação da casa do avô, é descoberto um cadáver que o levará em busca dos segredos da família, da história oculta do arquipélago e de uma seita ritualista com ecos do mito da Atlântida. Mas é nos ódios que separam dois clãs rivais que o professor tentará descobrir tudo o que os anos, a insularidade e os destroços do grande terramoto haviam soterrado...

Ilha Terceira, Açores

"É uma declaração de amor à minha ilha e às nossas ilhas. Arquipélago, que cobre 70 anos de narrativa e se centra enfim nos Açores do século XX, é sobre isso. Tem, principalmente para um leitor de fora, personagens pitorescas, cenários exóticos, tradições ancestrais, sotaques divertidos, seitas ocultas, movimentos políticos, descobertas arqueológicas e uma suspeita razoável de que, afinal, podem ter vivido nos Açores outros povos antes da chegada dos portugueses no exíguo mundo de Quatrocentos. Mas é, acima de tudo, sobre a redentora paisagem destas ilhas assoladas por vulcões, terramotos e tempestades, mas sempre capazes de se renovar, de resistir, de vencer o desespero".








novembro 05, 2021

FOI NO CHIADO QUE TUDO COMEÇOU

 
Lisboa, Chiado, anos 1950

"Pode-se dizer que a coisa tinha começado mais ou menos vinte anos antes.
Foi no Chiado. Em Pleno Chiado. O esticão tinha sido tão forte que se estatelou no chão, desamparada. O fio de ouro com a cruz de brilhantes tinha sido arrancado pelo ladrão que se pisgou com tal velocidade que o pessoal circundante tinha parado a olhar, olha o gajo, parece o Zatopek. (...)
Foi assim que Amélia conheceu Amadeu Silveira, um jovem e promissor agente da PIDE, sob a capa de um funcionário da Companhia Colonial de Navegação. Com cartão-de-visita e tudo. Tinha 31 anos, era alto e, se quisermos percorrer a descrição da personagem com um paleio meio vulgar, tinha ombro largo. O que destoava daquilo tudo era o coxear. Ligeiramente, mas coxeava. Um joelho filho-da-puta".




Pós-guerra. Num Portugal cinzentão, de costumes apertados como coletes-de-forças, uma jovem tem um encontro acidental com um agente da PIDE por quem se apaixona. Foi no Chiado que tudo começou.
A paixão, e subsequente abandono, terá consequências.
A vida recomeçará com outos contornos num outro lugar.
À medida que o tempo vai passando, acompanhamos, através das vidas que o livro acolhe, o bater de coração deste país, que só em Abril de 1974 se irá reencontrar consigo mesmo.
Passam perante os nossos olhos as décadas de 50, 60 e 70, com todo o seu arraial de vivências, acontecimentos, tropeções, guerras, músicas, cantores, ruturas e renascimentos.
As personagens, com todos os seus dramas, alegrias e tristezas, vão-nos contando o que era viver neste Portugal asfixiado pela mais velha ditadura da Europa. 



Alice Brito nasceu em 1954 em Setúbal. É advogada, defensora da causa feminista e cronista em periódicos on-line.
Em 2012 publicou As Mulheres da Fonte Novao seu primeiro livro. Seguiu-se, em 2015, O dia em que Estaline encontrou Picasso na Biblioteca, que pode ser requisitado para leitura domiciliária.

A Noite Passada, o seu terceiro romance, e que hoje sugerimos como leitura para o seu fim de semana,  aborda pela primeira vez o 25 de Abril e os meses intensos que se lhe seguiram. Mas não só. O Portugal do pós-guerra até à revolução também é narrado, sobretudo ao nível do quotidiano das suas personagens.

Um romance marcante sobre um país e uma família ameaçados pela ditadura.
Porque a história também se escreve nos recantos mais improváveis.

Ilustração de Deborah Dewit



Bom fim de semana com boa leitura



outubro 29, 2021

MAS MESMO ASSIM, EVELYN, PORQUÊ? PORQUÊ EU?


Taylor Jenkins Reid nasceu a 20 de dezembro de 1983, na cidade de Acton, em Massachusetts, Estados Unidos da América. 
Antes de se dedicar à escrita a tempo inteiro, foi assistente de casting, trabalhou numa produtora cinematográfica, numa empresa de tecnologia e numa escola secundária.

O romance que hoje sugerimos para leitura do seu fim de semana é o seu quinto livro e foi finalista do Prémio Goodreads para Melhor Romance Histórico, Livro do Mês da Amazon e um dos Livros do Ano para o clube de leitura Book of the Month. Foi, igualmente, um dos romances escolhido pela atriz Reese Witherspoon para integrar o seu clube de leitura. Uma produtora está a desenvolver uma adaptação deste romance para uma série de televisão.


E qual é a nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana?



Evelyn Hugo, uma das maiores estrelas de Hollywood, agora a aproximar-se dos 80 anos, decide finalmente contar tudo sobre a sua vida recheada de glamour e de uma boa dose de escândalos. Quando escolhe a desconhecida Monique Grant para escrever a sua história, todos ficam surpreendidos, incluindo a própria jornalista. Porquê ela? Porquê agora?
Determinada a aproveitar a oportunidade para impulsionar a sua carreira, Monique regista o relato de Evelyn com fascínio e admiração. Da chegada a Hollywood, no início da década de 1950, à decisão de abandonar o mundo do espetáculo 30 anos depois, incluindo, claro está, os seus sete casamentos, a vida de Evelyn é repleta de ambição desmedida, amizades improváveis e um grande amor proibido.
À medida que a história de Evelyn se aproxima do final, torna-se claro que a sua vida está ligada à de Monique, de uma forma trágica e irreversível.

"- Compreende o que estou a dizer-lhe? Quando nos é dada uma oportunidade de mudarmos a vida, temos de estar prontas para fazer o que for preciso para que isso aconteça. O mundo não nos dá coisas, nós agarramos as coisas. Se vai aprender alguma coisa comigo, provavelmente deverá ser isso."

"Entusiasmante, comovente e recheado do glamour da Velha Hollywood, 
O Sete Maridos de Evelyn Hugo é um dos livros mais cativantes do ano."
                                                                                                             Buzzfeed

Pintura de Joseph Lorusso

Tudo boas razões para nos visitar e 
requisitar o livro.


outubro 21, 2021

PRÉMIO CAMÕES 2021

Prémio Camões 2021 atribuído à escritora moçambicana 
Paulina Chiziane


Dizem que sou romancista e que fui a primeira mulher moçambicana a escrever um romance (Balada de Amor ao Vento, 1990), mas eu afirmo: sou contadora de estórias e não romancista. Escrevo livros com muitas estórias, estórias grandes e pequenas. Inspiro-me nos contos à volta da fogueira, minha primeira escola de arte. Nasci em 1955 em Manjacaze. Frequentei estudos superiores que não concluí. Actualmente vivo e trabalho na Zambézia.
Paulina Chiziane
                                  

Pode encontrar na nossa Biblioteca Municipal o livro da escritora


Guerra. Destruição. Miséria. Sofrimento. Humilhação. Ódio. Superstição. Morte. Este é o cenário dantesco, boscheano, que encontramos nas páginas de "Ventos do Apocalipse". As palavras fortes, cruas, incisivas, dilacerantes e delirantes da autora levam-nos a questionar-nos quanto de ficção existirá no realismo das descrições deste palco apocalíptico em que a guerra mais aberrante será talvez a de dois povos, os mananga e os macuácua, colocados entre dois fogos e não sabendo quem os defende e quem os ataca. Paulina Chiziane é uma contadora nata de estórias. Consegue levar-nos ao âmago do mais baixo dos mais baixos degraus de degradação do ser humano. Com ela percorremos as vinte e uma noites de pesadelo e tormentos que foi o êxodo dos sobreviventes de uma aldeia. Através dela aprendemos a respeitar Sixpence, tornado o herói simbólico, emblemático, e líder venerado desses fugitivos. Pela sua mão desvendamos o mundo de Minosse, a última mulher que restou ao régulo Sianga, e ouvimos as palavras sábias de Mungoni, o adivinho. E compreendemos a loucura de Emelina, a assassina dos próprios filhos. São da autora estas palavras ditas por uma das personagens em absoluto desespero: «Se o homem é a imagem de Deus, então Deus é um refugiado de guerra, magro e com o ventre farto de fome. Deus tem este nosso aspecto nojento, tem a cor negra da lama e não toma banho à semelhança de nós outros, condenados da terra. O Diabo, sim, esse deve ser um janota que segura os freios da vida dos homens que sucumbem.» O leitor julgará.

In, Wook



outubro 19, 2021

OUTUBRO ROSA


Outubro Rosa: mês de prevenção do cancro da mama

O movimento conhecido por "Outubro Rosa" (Pink October) nasceu nos Estados Unidos da América, na década de 90 do século passado, como o intuito de inspirar a mudança e mobilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama. Desde então, por todo o mundo, a cor rosa é utilizada para homenagear as mulheres com cancro da mama, sensibilizar para a prevenção e diagnóstico precoce e apoiar a investigação nesta área.

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), em representação da EUROPA DONNA (Coligação Europeia Contra o Cancro da Mama) e através do Movimento "Vencer e Viver", promove a iniciativa "Outubro Rosa" com a finalidade de consciencializar para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama, nomeadamente através do Rastreio, e divulgar informação e formas de apoio à mulher e família.

Durante o mês de outubro, a Liga Portuguesa Contra o Cancro desafia a comunidade a juntar-se ao movimento "Outubro Rosa", propondo o desenvolvimento de iniciativas solidárias, com particular destaque para os dias em que se assinalam três importantes efemérides:

13 de outubro: Dia Mundial do Cancro da Mama Metastático
15 de outubro: Dia da Saúde da Mama (Breast Health Day)
30 de outubro: Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama


Se diagnosticado e tratado precocemente, o cancro da mama tem uma taxa de cura superior a 90%. A prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para o aumento da sobrevivência e manutenção da qualidade de vida da mulher. 


Clique aqui para saber mais sobre o Rastreio de Cancro da Mama 
promovido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro e aqui para mais informação sobre a doença.


PALAVRAS-CHAVE
Prevenção. Rastreio. Diagnóstico precoce. Estilos de vida saudável. 



DAVID SERVAN-SCHREIBER é médico, investigador e autor do livro "Anti Cancro - Um novo estilo de vida" (Caderno, Agosto 2008). O livro revela as mais recentes descobertas para a prevenção e tratamento do cancro, e dedica um longo capítulo (capítulo 8) aos alimentos.
Ele próprio atingido por um cancro há quinze anos, descreve o seu confronto com a doença e como a superou. Começa assim a introdução:
"Existe um cancro adormecido em todos nós. À semelhança de todos os seres vivos, o nosso organismo produz constantemente células defeituosas. É assim que surgem os tumores. Mas o nosso organismo também está equipado com mecanismos que detectam e controlam essas células. No Ocidente, uma pessoa em cada quatro morrerá de cancro, mas três em cada quatro não morrerão. Os seus mecanismo de defesa entrarão em acção, e elas morrerão devido a outras causas."


Aceite a nossa sugestão de leitura. 
Um livro que o ajudará a cuidar de si, dos que lhe estão próximos e como prevenir e lutar contra o cancro através das nossas defesas naturais.


DAVID SERVAN-SCHREIBER, nasceu em França em 1961. Estudou e trabalhou nos Estados Unidos e no Canadá, onde foi um dos fundadores, e depois diretor, do Centro de Medicina Complementar da Universidade de Pittsburgh. Fez parte da organização "Médicos sem Fronteiras" (ONU), trabalhando com refugiados no Kosovo e em Sarajevo. É Doutor em Ciências Neurocognitivas pela Universidade Carnegie Mellon, sob orientação de Herbert Simon, pai da inteligência arificial e Nobel da Economia, e de James McClelland, pioneiro da teoria das redes neuronais. Recentemente, a sua tese de doutoramento foi publicada na revista "Science". Em 2002 foi eleito o melhor psiquiatra clínico da Pensilvânia. Atualmente, divide o seu tempo entre a França e os Estados Unidos, onde estuda e dá conferências sobre o seu trabalho. O seu primeiro livro "Curar", vendeu um milhão de exemplares e está traduzido em 29 línguas.


Uma pessoa informada é uma pessoa 
mais preparada e prevenida.



 



outubro 13, 2021

QUANDO CONHECER A TUA ALMA, PINTAREI O TEU OLHAR



"Modigliani, cuja vida inspirou romances, que foi pretexto de filmes e se tornou um verdadeiro mito, foi uma pessoa de extraordinária pureza. É esta a palavra que melhor poderá definir a sua personalidade: pureza. Como todos os artistas em qualquer área, teve uma sensibilidade muito acima da mediania, uma visão interiorizada e única da sua vida, das outras vidas suas contemporâneas. Amadeo Modigliani foi um homem de paixão. De grande orgulho também.
E quem não entender isto na vida de um artista não entenderá, jamais, nada de nada da alma de um humano-"
Cristina Carvalho




Cristina Carvalho romanceia, a partir de factos reais, a vida do pintor italiano Amadeo Modigliani. O seu livro O Olhar e a Alma - Romance de Modigliani, foi o romance vencedor do Prémio Autores 2016 para o Melhor Livro de Ficção Narrativa.
Faz parte do Plano Nacional de Leitura, recomendado para a formação de adultos como sugestão de Leitura. E é o livro que apresentamos hoje aos nossos leitores.


Cristina Carvalho nasceu em Lisboa a 10 de novembro de 1949. Filha da escritora Natália Nunes e do poeta António Gedeão (pseudónimo do cientista e pedagogo Rómulo de Carvalho), escreveu inúmeras obras e alguns dos seus romances fazem parte do Plano Nacional de Leitura.
Durante a sua atividade profissional contactou com milhares de pessoas e visitou inúmeros países, sendo a Escandinávia e o Oeste português as regiões que mais ama e que mais influência exercem sobre o seu imaginário e a sua personalidade. 
Até já não é adeus, o seu primeiro livro foi publicado em 1989. 
No passado dia 6 de setembro, o seu romance - Ingmar Bergman - o caminho contra o vento, venceu o Grande Prémio de Literatura Biográfica Miguel Torga, promovido pela Associação Portuguesa de Escritores e a Câmara Municipal de Coimbra.
 


"Tudo o que neste livro foi contado sobre a vida deste artista magnífico, rodeada de espíritos translúcidos, pouco consistentes, desses que o rondam e que o desprezaram, resume-se a meia dúzia de informações esparsas. Sobre um Judeu, judeu artista, que é que de tão importante assim haveria para contar? (...)
Mas são muitos os segredos que permanecem. Amadeo Clemente Modigliani viveu entre todos os da sua época. Essa é uma certeza.
Também é uma certeza que, enquanto este planeta Terra continuar a receber a luz da estrela Sol, o brilho de Modi continuará sempre e sempre por detrás de toda e qualquer névoa, por mais intensa e densa que se faça observar.
Modigliani, para além de tudo o que deixou, representa um sinal dos homens.
Um poderoso e inequívoco sinal da humanidade."
Cristina Carvalho







outubro 08, 2021

PARABÉNS ABDULRAZAK GURNAH

PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 2021
ABDULRAZAK GURNAH


Abdulrazak Gurnah, nasceu a 20 de dezembro de 1948, na ilha de Zanzibar (Tanzânia). 
Nos finais dos anos 60 do século XX, com 18 anos, chegou a Inglaterra como refugiado. Teve que abandonar o seu país devido a convulsões políticas, que levaram à opressão e perseguição de cidadãos de origem árabe.  Só regressou ao seu país, dezoito anos depois, em 1984.
Professor universitário, lecionava Literatura Inglesa e Literatura Pós-Colonial na Universidade de Kent, em Canterbury, especialista na obra de autores como Salman Rushdie, Ngugi Wa Thiong'o Wole Soyinka.
Começou a escrever aos 21 anos e ao longo da sua carreira publicou dez romances, um livro de contos e diversos ensaios sobre autores de língua inglesa, tendo por base a temática dos refugiados.

A 7 de outubro, pelas 12h00, foi distinguido com o Prémio Nobel da Literatura de 2021, o maior reconhecimento mundial a um escritor vivo, pela sua capacidade de "penetrar de forma intransigente mas compassiva nos efeitos do colonialismo e nos destinos de refugiados, que estão num abismo, divididos entre cultura e continentes", justificou a Academia Sueca.
"Os seus romances fogem de descrições estereotipadas e abrem uma visão para uma África oriental culturalmente diversificada e desconhecida para muitos."

Abdulrazak Gurnah publicou o seu primeiro romance em 1987 e o mais recente — o décimo — em 2020. A obra By The Sea, o seu sexto romance, foi publicada em 2001 e traduzida para português com o título Junto ao Mar (2003, ed. Difel).


Devido à situação pandémica, os vencedores deste ano nas diferentes categorias do Prémio Nobel não poderão juntar-se em Estocolmo, em dezembro, para a entrega dos prémios. Os discursos dos galardoados serão transmitidos virtualmente. 


Lamentamos, mas a Biblioteca Municipal não possui qualquer obra do premiado.








outubro 04, 2021

JORNAIS E REVISTAS VOLTAM À BIBLIOTECA



Já foi retomada a leitura presencial 
de jornais e revistas na Biblioteca Municipal.

As medidas restritivas decorrentes da pandemia levaram à suspensão temporária de algumas das valências disponibilizadas pela Biblioteca Municipal. Uma dessas valências foi a possibilidade da leitura, diária e presencial, de títulos da imprensa escrita, nacional e regional, dado que implicava o manuseamento diário de jornais e revistas por repetidas pessoas. 
Acompanhando a evolução das orientações da DGS, no sentido de alívio progressivo das restrições no funcionamento dos serviços públicos, também a Biblioteca Municipal tem vindo a retomar, gradualmente, algumas das valências, que estavam temporariamente suspensas. 

Assim, desde 6.ª feira, dia 1 de outubro, já é possível retomar a leitura diária, presencial e gratuita, dos seguintes títulos:
  • Jornal de Notícias
  • Correio da Manhã
  • Público
  • Jornal i
  • A bola
  • Diário de Leiria
  • Jornal de Leiria
  • Região de Leiria
  • Jornal da Marinha Grande
  • Expresso
  • Visão
  • Sábado

Apesar de já não se verificar a obrigatoriedade do uso de máscara no interior da Biblioteca, continuamos a recomendar o uso de álcool-gel, antes do manuseamento de livros, jornais e revistas, e o devido distanciamento físico, no uso das instalações e ocupação dos lugares sentados disponíveis para leitura e/ou trabalho. 

Volte. Leia. Converse. Comunique.
Vamos retomar a normalidade.
Estamos à sua espera, 
ainda no Edifício da Resinagem.







LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...