abril 13, 2021

HOJE É DIA DO BEIJO

 Beijar faz bem à saúde


Beijo - (do latim basiu), substantivo masculino - 1 - ato de poisar os lábios nalguma pessoa, ser ou coisa em sinal de amor, afeição ou veneração. 2 - ósculo.
Beijoca - substantivo feminino (pop) beijo sonoro.


Audrey Hepburn e George Peppard em "Boneca de Luxo", 1961
E, sim, está o Gato encharcado entre eles


Com beijos ou com beijocas, não deixe de beijar quem mais ama. 
Durante o beijo são movimentados 29 músculos, 17 dos quais são da língua.
Os batimentos cardíacos aceleram, vão dos 60 aos 150, fazendo uma espécie de exercício ao coração. Beijar alivia o stress. Um bom BEIJO gasta em média 12 calorias.


Teu Beijo

Ontem, 
Quando de mim te despediste, 
Naquela sala do "chat",
E me mandaste um beijo,
Eu te perguntei:
- Onde?
Sem querer,
Satisfizeste o meu desejo,
Quando disseste:
- Na tua boca!
Fechei os olhos e imaginei
Tal e qual me falaste.
Bateu forte o coração.
Meu Deus, que coisa louca!
Até senti o gosto da tua boca,
Quando, na imaginação
Me beijaste...
Tua boca, eu nem sabia
Que era assim, tão macia.
E o teu beijo tão molhado,
Demorado,
Fez um estrago em mim.
Ocupou meu pensamento
E eu fiquei todo o tempo
Querendo
Outro beijo assim!
                                              C. Almeida Stella


Humphrey Bogart e Ingrid Bergman em "Casablanca", 1942






O Leitor pode requisitar na Biblioteca Municipal os livros
 que deram origem a estes beijos



Boa  Semana





abril 09, 2021

COMAM!

"- Comam! - disseram do canto da sala, e era pouco mais do que um convite e menos do que uma ordem. (...)
Para ela, naquele dia, nada de sobremesa. Mas coube-lhe os ovos e o puré de batata: os ovos eram uma das comidas favoritas do Führer, gostava deles polvilhados com cominhos: o cheiro adocicado entrava-me pelo nariz."

Margot Wöelk, 1917-2014

Margot Wöelk foi uma das 15 mulheres que provavam a comida de Hitler antes das refeições, para evitar que morresse envenenado pelos seus inimigos, e foi a única que sobreviveu. As suas colegas morreram assassinadas pelo exército soviético.
Durante décadas manteve o seu passado escondido de todos, até perto da sua morte, em 2014, só aceitando falar, em 2012, para o canal alemão RBB.




"Não comíamos carne porque Hitler era vegetariano. A comida era boa, mesmo muito boa, mas não podíamos desfrutar, pois existiam rumores de que os Aliados pretendiam envenenar o ditador. Unicamente queria contar o que aconteceu, que Hitler era um tipo asqueroso... e um porco".




Quando Rosella Postorino tomou conhecimento da história de Margot Wöelk, tentou entrar em contacto com ela, tentativa essa que se frustrou com a sua morte em 2014. 
Empenhada em contar esta história, Rosella Postorino documenta-se para escrever este livro, a nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana (possivelmente) com chuva.
"Para ser fiel ao seu contexto histórico, tive que estudar a alimentação do Führer, as receitas dos pratos que comia, cartas, entrevistas, livros, perfis psicológicos, romances com ambientes dessa época ... um estudo muito vasto, que me permitiu conhecer os detalhes, para dar credibilidade ao relato. As linhas gerais da vida de Wölk (Rosa Sauer), são reais. O resto é ficção."

Rosella Postorino a receber o Prémio Campiello

Rosella Postorino nasceu a 27 de agosto de 1978. Vive em Roma e é uma escritora e editora de sucesso, tendo traduzido alguns livros de Marguerite Duras.
Em 2004 estreou-se na ficção com um conto e em 2007 escreveu o seu primeiro romance, La stanza di sopra, finalista do Prémio Stega e vencedor dos Prémios Rapallo Primeira Obra e Città di Santa Marinella. Seguiram-se novos romances e novos prémios.
Em 2018, As Provadoras de Hitler, o seu livro de estreia em Portugal, ganhou um dos mais importantes prémios literários em Itália, o Campiello e o Prémio Jean Monnet de Literatura Europeia, entre outros.
Os direitos de tradução deste romance já foram adquiridos por cerca de trinta países, estando prevista a sua adaptação ao cinema.

"Postorino tem a capacidade de transmitir na perfeição, 
e num só gesto, sentimentos de culpa, vergonha, amor e remorso..."
                                                                    The New York Times Book Review








abril 06, 2021

 Abril chegou com uma boa notícia. 

A terceira temporada de The Handmaid's Tale já chegou
 à TV Cine Emotion todas as quintas-feiras.



O livro que inspirou a série faz parte dos livros recomendados pelo PNL2027-2020 
e pode ser requisitado na Biblioteca Municipal, 
todos os dias úteis das 10h30 às 16h30.


"Alguns livros assombram o leitor. 
Outros assombram o autor. 
História de Uma Serva assombra os dois."


Extremistas religiosos de direita derrubam o governo norte-americano e queimaram a Constituição. A América é agora Gileade, um estado policial e fundamentalista onde as mulheres férteis, conhecidas como Servas, são obrigadas a conceber filhos para a elite estéril.
Defred é uma Serva na República de Gileade e acaba de ser transferida para uma casa do enigmático Comandante e da sua ciumenta mulher. Pode ir uma vez por dia aos mercados, cujas tabuletas agora são imagens, porque as mulheres estão proibidas de ler. Tem de rezar para que o Comandante a engravide, já que, numa época de grande decréscimo do número de nascimentos, o valor de Defred reside na sua fertilidade e o fracasso significa o exílio nas Colónias, perigosamente poluídas. Defred lembra-se de um tempo em que vivia com o marido e a filha e tinha um emprego, antes de perder tudo, incluindo o nome. Essas memórias misturam-se agora com ideias perigosas de rebelião e amor.



Margaret Atwood  escreveu este livro em 1985. Em 1990 teve uma adaptação cinematográfica e em 2017 a uma série de televisão no canal TV Cine Emotion e foi vencedora de 8 prémios Grammy.
Margaret Atwood nasceu a 18 de novembro de 1939 em Otava, Canadá. É a mais premiada autora canadiana, com mais de quatro dezenas de obras publicadas, entre romance, ensaio, poesia, livros para crianças, libretos para óperas (rock), guiões para televisão.
Ao longo da sua carreira recebeu inúmeros prémios literários, incluindo o Arthur C. Clarke, o título de Chevalier de L'Ordre des Artes e des Lettres em França, foi a primeira vencedora do Prémio Literário de Londres, entre outros prémios.
Esteve várias vezes nomeada para o Booker Prize, tendo vencido por duas vezes, em 2000 com "O Assassino Cego", que faz parte do fundo documental da Biblioteca, e em 2019 com o romance "Os Testamentos", a prequela de História de uma Serva.
Margaret Atwood foi a primeira autora a participar de um projeto de arte conceitual chamado Biblioteca Futura, concebido pela artista escocesa Kate Paterson. A ideia é de que em 100 anos, 100 escritores contribuam com um manuscrito para o projeto, que permanecerão não lidos até 2114.
A autora é também uma conferencista com intervenções contundentes sobre o ambiente, as dívidas dos países pobres, a religião, a ética, a literatura ...










março 31, 2021

PÁSCOA FELIZ

Por causa do confinamento imposto pela pandemia Covid-19, a Páscoa deste ano vai ser comemorada só com a família lá de casa. E já que vivemos uma época diferente, vamos variar nos doces tradicionais desta festividade. Vamos deixar de lado o folar e vamos deliciar a família com uma Pavlova.


Anna Pavlova com o seu cisne de estimação Jack


A pavlova é uma sobremesa em forma de bolo com a base de merengue e é uma homenagem à bailarina russa Anna Pavlova. A artista tinha um talento e carisma excecionais, fascinando o mundo da dança nos finais do século XIX e na primeira metade do século XX. A receita foi inventada depois de uma viagem de Pavlova à Austrália e Nova Zelândia. Ambos reivindicam a invenção da receita, dando origem a conflito de opiniões entre os dois países. 


Sem conflitos e com muita vontade de provar esta maravilha, 
aqui vai a receita, que vai poder ser deliciada por toda a família. 
Não tem açúcar refinado, não tem glúten e não tem lactose.


Vai precisar de:

  • 5 claras
  • 200 g de açúcar mascavado
  • 1 colher de sopa de amido de milho
  • 1 colher de sopa de vinagre de maçã 
  • 1 colher de sobremesa de essência de baunilha biológica

Pré-aquecer o forno a 120º C. Forrar um tabuleiro com papel vegetal. Bater as claras. Quando começarem a ficar fofas, adicionar o açúcar aos poucos, sempre a bater. Juntar o amido de milho, o vinagre e a baunilha e bater até  ficar homogéneo. Formar uma coroa de merengue com cerca de 6 cm de altura.
Baixar a temperatura para os 100ºC. Levar ao forno durante 40 minutos. Desligar o forno e deixar arrefecer a pavlova no interior do forno, com a porta fechada, durante 2 horas.
E como estamos na Páscoa, pode decorar com amêndoas, ovos de chocolate, chocolate derretido, fios de ovos. 


A receita para a sua Páscoa foi retirada deste livro, onde o leitor vai poder encontrar doces com sabor inesquecível para partilhar com a família lá de casa.
Aqui vai encontrar receitas com ingredientes alternativos ao açúcar refinado e à farinha de trigo, mas com a garantia comum a todas: simplesmente deliciosas.

Páscoa Feliz




março 26, 2021

DIA DO LIVRO PORTUGUÊS

 É hoje que se comemora o 
DIA DO LIVRO PORTUGUÊS

Com o intuito de destacar a importância do livro, do saber e da língua portuguesa no mundo, a Sociedade Portuguesa de Autores- SPA passou a assinalar este dia - 26 de março.
Foi neste dia, mas em 1487, que se imprimiu o primeiro livro em Portugal e em hebraico: o "Pentateuco". Dez anos depois, em 1497, no dia 4 de janeiro, foi então impresso, na cidade do Porto, o primeiro livro escrito em português, com o título "Constituições que fez o Senhor Dom Diogo de Sousa, Bispo do Porto".


Livros de Autores Portugueses, 
que esperam por si na Biblioteca Municipal





março 23, 2021

É IMPORTANTE QUE SAIBAMOS PARA ONDE QUEREMOS IR

 


"Nestes últimos meses, abateu-se sobre nós uma imprevista tempestade global, que condicionou radicalmente as nossas vidas e cujas consequências estamos ainda longe de mensurar. A pandemia, que principiou como uma crise sanitária, tornou-se uma crise poliédrica, de amplo espetro, atingindo todos os domínios da nossa vida comum. Sabendo que não regressaremos ao ponto em que estávamos quando esta tempestade rebentou, é importante, porém, que, como sociedade, saibamos para onde queremos ir."


Neste livro reúnem-se três temas essenciais para a atualidade portuguesa: o que significa amar um país e de que modo podemos interrogar a crise de hoje; qual o sentido da palavra "esperança" durante a pandemia, ao enfrentarmos um mundo desconhecido que muda o nosso lugar no tempo; e, finalmente, de que forma a beleza, a graça e a fé podem combater a solidão e a calamidade destes dias.
José Tolentino Mendonça interroga os sinais da vida quotidiana, mas também os clássicos da literatura, da teologia, da filosofia e da poesia mostrando a importância da beleza e da contemplação em tempos de dor extrema, solidão e imprevisibilidade, quando é tão importante relançar a esperança.


José Tolentino Mendonça é um poeta, teólogo, sacerdote e professor universitário, nasceu a 15 de dezembro de 1965, em Machico, na Ilha da Madeira.
Foi ordenado padre em 1990 e começou a exercer funções enquanto sacerdote na Paróquia de Nossa Senhora do Livramento no Funchal, entre 1992 e 1995. Foi capelão durante 5 anos na Universidade Católica Portuguesa, esteve também na paróquia de Santa Isabel em Lisboa e entre 2010 e 2018, foi reitor da Capela  do Rato.
A 26 de junho de 2018 foi nomeado bibliotecário e arquivista da Biblioteca e Arquivo Apostólicos da Santa Sé pelo Papa Francisco.
A 5 de outubro de 2019 foi elevado a Cardeal pelo Papa Francisco.
Marcelo Rebelo de Sousa escolheu-o para presidir às comemorações do 10 de junho de 2020.
Em junho de 2020 recebeu o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva, devido à "capacidade que demonstra ao divulgar a beleza e a poesia  como parte do património cultural intangível da Europa e do mundo".
A 25 de fevereiro deste ano, ganhou o Prémio Universidade de Coimbra (UC) de 2021, tendo-lhe sido entregue no dia 1 de março. Este prémio, instituído em 2004, distingue anualmente uma personalidade portuguesa que se tenha afirmado por uma intervenção particularmente relevante nas áreas da cultura ou da ciência.
Para além destes dois prémios, já recebeu inúmeros outros prémio literários, que contribuem para enaltecer a sua carreira enquanto escritor.
José Tolentino Mendonça é considerado uma das vozes mais originais da literatura portuguesa contemporânea e reconhecido como um eminente intelectual católico.


"Esta é a hora em que podemos, de facto, reaprender tantas coisas! Podemos reaprender a estar nas nossas casas, mas também a sentir que depende de nós o nosso prédio, a nossa rua, o nosso bairro, a nossa cidade, o nosso país, dando substância efetiva a palavras, tantas vezes destituídas dela, como são as palavras "proximidade", "vizinhança", "humanidade", "povo", e "cidadania". (...)
Sem nos tocarmos, podemos reaprender o valor da saudação, o estímulo de um cumprimento, a incrível força que recebemos de um sorriso ou de um olhar".




março 19, 2021

RECEITAS À 6ª

 Hoje é dia de pôr a mão na massa.




Se é daqueles que não fez pão nos vários confinamentos,
 chegou hoje o dia.


Vai precisar de:
  • 150 g de farinha de amêndoa
  • 80 g de sementes de chia
  • 70 g de sementes de sésamo
  • 140 g de sementes de abóbora
  • 140 g de sementes de girassol
  • 5 ovos
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 1 colher de chá de sal
Num processador coloque os ovos e a farinha de amêndoa e misture.
Acrescente os restantes ingredientes e triture, sem deixar as sementes ficar demasiado partidas.
Num tabuleiro forrado com papel vegetal, disponha a massa e forme um pão, moldando-o com as mãos.
Leve-o ao forno pré-aquecido a 180ºC durante cerca de quarenta e cinco minutos.
Vai ser difícil, mas deixe-o arrefecer completamente antes de fatiá-lo. 
Dá para 15 fatias de 40 g.



E aqui está o seu 
Pão Rústico de Sementes
sem lactose, sem glúten e sem açúcar



A receita de hoje foi retirada deste livro. 
Já foi requisitado, já esteve de quarentena, 
foi desinfetado e está novamente para empréstimo domiciliário.



BOM APETITE

Acompanhe a sua fatia de pão com queijo de cabra




março 17, 2021

PARABÉNS MIA COUTO

Foi no passado dia 25 de fevereiro que o romance O Mapeador de Ausências, do escritor moçambicano Mia Couto venceu a edição deste ano do Prémio Literário Manuel Boaventura, promovido pela Câmara Municipal de Esposende.
De periodicidade bienal e com o valor de 7.500€, o prémio contempla romance ou conto de autores de língua portuguesa.


Mia Couto classificou o seu novo romance como uma homenagem à cidade da Beira:

"É uma história que se desenvolve a partir da minha memória 
sobre a minha cidade. Aqui me transformei num contador de histórias. 
O que me fez ter mais certeza que ia fazer este livro foi o ciclone 
que assolou a minha cidade".




Diogo Santiago é um prestigiado e respeitado intelectual moçambicano. Professor universitário em Maputo, poeta, desloca-se pela primeira vez em muitos anos à sua terra natal, a cidade da Beira, nas vésperas do ciclone que a arrasou em 2019, para receber uma homenagem que os seus concidadãos lhe querem prestar.
Mas o regresso à Beira é também, e talvez para ele seja sobretudo, o regresso a um passado longínquo, à sua infância e juventude, quando ainda Moçambique era uma colónia portuguesa. Menino branco, é filho de um pai jornalista e sobretudo poeta, e de uma mãe toda sentido prático e completamente terra-a-terra. Do pai recorda o que viveu com ele: duas viagens ao local de terríveis massacres cometidos pela tropa colonial, a sua perseguição e prisão pela PIDE, mas sobretudo, e em tudo isto, o seu amor pela poesia.


A casa é uma espera, 
regressa apenas quem nunca dela saiu.
                                                            Adriano Santiago



De segunda a sexta-feira, das 10h30 às 16h30, 
com todas a segurança e sem marcação prévia, 
pode requisitar, este e outros livros, na Biblioteca Municipal.












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