julho 23, 2012

UM HOMEM PODE SER DESTRUÍDO, MAS NÃO DERROTADO


"Nenhum homem é uma ilha, somos parte de um continente. A morte de qualquer individuo diminui-me como ser humano, portanto, não me perguntem por quem os sinos dobram: eles dobram por você".
                                                                                                                  Ernest Hemingway


Ernest Miller Hemingway nasceu a 21 de julho de 1899 em Oak Park, nas proximidades de Chicago, nos Estados Unidos da América.
Embora o seu pai, médico, quisesse que ele seguisse a mesma carreira, Hemingway desde cedo se sentiu atraído pela literatura.  Já em 1917, quando ainda andava na escola, começou a escrever para o jornal The Kansas Citt Star.
Na Primeira Guerra Mundial, tentou por diversas vezes alistar-se na Marinha, mas foi rejeitado. Por fim, acabou por ser aceite como motorista de ambulância na Cruz Vermelha em Itália, onde foi ferido. 
Terminada a Guerra, foi morar para Toronto, no Canadá, onde prosseguiu a carreira de repórter.
Em 1921, mudou-se para Paris, onde continuou a exercer a sua profissão.

Começou então a escrever as suas primeiras obras:
1923 - "Três histórias e Dez Poemas"
1924 - "No Nosso tempo"
1926 - "As Torrentes da Primavera" e "O Sol também se levanta", o primeiro romance que lhe deu fama internacional, escrito em Paris.


Em 1927, publicou a antologia "Homens sem Mulheres", a sua segunda coleção de contos, um marco importante na sua trajetória literária. Viajou para a Florida em 1928, onde permaneceu dez anos, e onde em 1929 escreveu "Adeus às Armas", romance inspirado nas suas experiências na I Guerra Mundial e que lhe trouxe fama mundial.

"Adeus às Armas" conta a história de amor entre um soldado americano e uma enfermeira britânica em Itália, durante a Primeira Guerra Mundial, e é hoje considerado um dos melhores romances sobre esse período.
Ernest Hemingway  escreveu 47 finais diferentes e na próxima semana vão finalmente poder ser lidos. Segundo o The New York Times, o novo livro, vai não só incluir todos os finais imaginados por Hemingway, como também rascunhos e anotações. Esta publicação inédita só é possível graças a um acordo entre a editora Scribner e os herdeiros do Nobel da Literatura.
Numa entrevista em 1958, Hemingway contou que até encontrar um final que lhe agradasse, foi escrevendo outras versões alternativas até encontrar "as palavras certas", revelando que essa história é também um pouco a sua história, uma "semi-autobiografia".

Em 1936, com o início da Guerra Civil em Espanha, Ernest Hemingway viaja para a Europa. O seu objetivo inicial era reunir dados para o filme "Terra de Espanha", um documentário sobre a tragédia do país sob o fascismo. Envolvido pelo sangrento conflito, acabou por combater ao lado dos republicanos.
Com base nessa experiência, escreveu, em 1938,  a peça "A Quinta Coluna" e o seu romance mais longo, "Por Quem os Sinos Dobram" (1940), que viria mais tarde a ser adaptado em filme.
Terminada a Guerra Civil, mudou-se com a terceira mulher para Cuba, onde permaneceu até 1959. Lá ficou amigo de Fidel Castro.
Como correspondente de guerra da Marinha norte-americana, participou no desembarque dos Aliados na Normandia e na Libertação de Paris em 1945.

Em 1952, escreveu "O Velho e o Mar", sendo-lhe atribuído o Prémio Pulitzer de Jornalismo e em 1954, recebeu o Nobel da Literatura. 

A partir de 1951, a sua vida de excessos, com aventuras, mulheres e álcool, a sua saúde física e psicológica começou a degradar-se.
Abalado por depressões, já mal conseguia escrever. E a 2 de julho de 1961, seguindo a frase  de "O Velho e o Mar" - "Um homem pode ser destruído, mas não derrotado" -  suicidou-se com um tiro na cabeça.

"Um homem inteligente é por vezes forçado a embebedar-se ou a isolar-se, para conseguir aguentar os idiotas com que se vai cruzando todos os dias".
                                                                                                    Ernest Hemingway



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