Estes são os votos de todos os colaboradores da Biblioteca Municipal. Esperamos que em 2014 possamos continuar a contar com todos os nossos leitores, fazendo com que sejamos cada vez mais. Queremos continuar a partilhar consigo livros, leituras, momentos, ... e tudo o que houver para partilhar.
ilustração de Nadal Gerhard |
A festa
Passaram muitos dias, passaram muitas semanas até que chegou o Natal.
E no dia de Natal Joana pôs o seu vestido de veludo azul, os seus sapatos de verniz preto e muito bem penteada às sete e meia saiu do seu quarto e desceu a escada.
Quando chegou ao andar de baixo ouviu vozes na sala grande; eram as pessoas crescidas que estavam lá dentro. Mas Joana sabia que tinham fechado a porta para ela não entrar. Por isso foi à casa de jantar ver se já lá estavam os copos.
Os copos passavam a sua vida fechados dentro de um grande armário de madeira escura que estava no meio do corredor. Esse armário tinha duas portas que nunca se abriam completamente e uma grande chave. Lá dentro havia sombras e brilhos. Era como o interior de uma caverna cheia de maravilhas, e segredos. Estavam lá fechadas muitas coisas, coisas que não eram precisas para a vida de todos os dias, coisas brilhantes e um pouco encantadas: loiças, frascos, caixas, cristais e pássaros de vidro. Até havia um prato com três maçãs de cera e uma menina de prata que era uma campainha. E também um grande ovo de Páscoa feito de loiça encarnada com flores doiradas.
Joana nunca tinha visto bem até ao fundo do armário. Não tinha licença para o abrir. Só conseguia que a criada às vezes a deixasse espreitar entre as duas portas.
Nos dias de festa, do fundo das sombras do interior do armário saíam copos. Saíam claros, transparentes e brilhantes tilintando no tabuleiro. E para Joana aquele barulho de cristal a tilintar era a música das festas.
Joana deu uma volta à roda da mesa. Os copos já lá estavam, tão frios e luminosos que mais pareciam vindos do interior de uma fonte de montanha do que do fundo de um armário.
As velas estavam acesas e a sua luz atravessava o cristal. Em cima da mesa havia coisas maravilhosas e extraordinárias: bolas de vidro, pinhas douradas e aquela planta que tem folhas com picos e bolas encarnadas. Era uma festa. Era o Natal.
Então Joana foi ao jardim. Porque ela sabia que nas Noites de Natal as estrelas são diferentes. [...]
Sim, de facto, na noite de Natal, as estrelas são diferentes, brilham mais e há muitas mais estrelas a brilhar. E nós queremos, que você também brilhe na sua noite de Natal. Para isso vamos deixar aqui uma receita natalícia. Não, não são filhós, porque já o fizemos no ano passado, que poderá ver clicando aqui, mas uma receita de Aletria doce.
200g de aletria fina
250g de açúcar
2 cascas de limão
1 pau de canela
6 gemas
2 c. sopa de manteiga
canela moída para polvilhar
Coza a massa em bastante água com um pouco de sal, durante 6 minutos. Escorra de imediato e passe por água fria, para parar a cozedura. Leve ao lume o açúcar com 1,5dl de água, as cascas de limão e o pau de canela. Deixe ferver até obter uma calda em ponto de pérola. Junte-lhe a aletria e misture cuidadosamente com um garfo de madeira. Apure durante uns minutos e retire do lume. Deixe amornar e adicione as gemas bem batidas. Leve novamente ao lume para as gemas cozerem, sem deixar ferver. Junte a manteiga, misture e retire do lume. Divida o doce por pequenos pratos e polvilhe com canela moída.
extraído do livro " A noite de Natal",
de Sophia de Mello Breyner Andresen
Sim, de facto, na noite de Natal, as estrelas são diferentes, brilham mais e há muitas mais estrelas a brilhar. E nós queremos, que você também brilhe na sua noite de Natal. Para isso vamos deixar aqui uma receita natalícia. Não, não são filhós, porque já o fizemos no ano passado, que poderá ver clicando aqui, mas uma receita de Aletria doce.
200g de aletria fina
250g de açúcar
2 cascas de limão
1 pau de canela
6 gemas
2 c. sopa de manteiga
canela moída para polvilhar
Coza a massa em bastante água com um pouco de sal, durante 6 minutos. Escorra de imediato e passe por água fria, para parar a cozedura. Leve ao lume o açúcar com 1,5dl de água, as cascas de limão e o pau de canela. Deixe ferver até obter uma calda em ponto de pérola. Junte-lhe a aletria e misture cuidadosamente com um garfo de madeira. Apure durante uns minutos e retire do lume. Deixe amornar e adicione as gemas bem batidas. Leve novamente ao lume para as gemas cozerem, sem deixar ferver. Junte a manteiga, misture e retire do lume. Divida o doce por pequenos pratos e polvilhe com canela moída.
in, Grandes receitas: doces típicos de Natal
FELIZ NATAL