março 28, 2012

A MINHA ORAÇÃO É O MEU TRABALHO

Último mestre da sua geração, o russo Chagall foi um dos maiores e mais populares pintores europeus do século XX. Nascido de uma família judia humilde e religiosa, deixou a sua cidade natal, Vitebsk, para estudar em São Petersburgo e depois em Paris. No entanto, apesar de a França ter acabado por ser a sua pátria adotiva, a arte de Chagall manteve sempre uma forte identidade russa.


Pintor, gravador e vitralista bielorusso, mais tarde nacionalizado francês, Marc Chagall nasceu a 7 de julho de 1887 em Vitebsk. Iniciou-se em pintura no atelier de um retratista local. Estudou depois na Academia de Arte de São Petersburgo e, de volta à cidade natal, conheceu Bella, que viria a ser sua mulher, de quem pintou um retrato em 1909.

Regressou a São Petersburgo e de lá seguiu para Paris, "como que levado pelo meu destino" e "com todos os meus sonhos", ligando-se a Blaise Cendras, Max Jacob e Apollinaire e aos pintores Delaunay, Modigliani e La Fresnay.
Quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial, Chagall, de volta à Russia, foi mobilizado, mas ficou em São Petersburgo. Em 1915 casou-se com Bella.
Durante a Revolução Russa de 1917, foi nomeado comissário de Belas-Artes do governo de Vitebsk. Fundou uma escola aberta a todas as tendências, mas ao entrar em conflito com Malevich, acabou por demitir-se.
Na mesma época, pintou murais para a sala e o foyer do teatro Judeu de Moscovo.



"O solo que alimentou as raízes da minha arte foi Vitebsk,
mas a minha arte ansiava por Paris como a árvore anseia por água".


O aniversário (1915) 79x99 cm
Museu de Arte Moderna, Nova Iorque
 Chagall visitou a Palestina e a Síria e publicou "Ma vie" (Minha vida), autobiografia ilustrada com gravuras que já havia exposto em Berlim. Realizou, então, uma grande retrospetiva no Kunstmuseum da Basiléia.
A partir de 1935, o clima de guerra e de perseguição aos judeus refletiu-se na sua pintura, onde os elementos dramáticos, sociais e religiosos passaram a ter grande importância.
Em 1941, Marc Chagall foi para os Estados Unidos, onde três anos depois morreria Bella Chagall, causando-lhe grande depressão.



Equestrienne (1931) 100x80 cm
Museu Stedelijk, Amesterdão
Com o final da Segunda Guerra Mundial, pintou telas de fundo e cenários para o balett "Os Pássaros de Fogo", de Stravinsky.
Regressou definitivamente a França, em 1947. Poucos anos depois criou vitrais para a sinagoga da Universidade Hebraica de Jerusalém. Os vitrais para a Catedral de Metz, dos muitos que criou a seguir, datam de 1958.
Chagall esteve várias vezes em Israel, realizando várias obras por encomenda.
Em 1953, em Turim, praticamente todo o mundo ocidental lhe veio render homenagem na mais ampla exposição retrospetiva até então dedicada a um pintor vivo.
Em sua homenagem, em 1973, foi inaugurado o Museu da Mensagem Bíblica de Marc Chagall, na famosa cidade do Sul de França, Nice.
Em 1977 o governo francês condecorou-o com a Grã-cruz da Legião de Honra.
Marc Chagall, morreu, de ataque cardíaco aos 97 anos, em Saint-Paul de Vence, no Sul da França  a 28 de março de 1985.

"Estou satisfeito, e continuo a acreditar na minha Santíssima Trindade estritamente pessoal: creio em Deus, na pintura e na música de Mozart. (...) Sempre haverá cores puras, música, poesia. Sempre haverá artistas atraídos pela luz".

Gosta de Arte?

Consulte o nosso catálogo em: http://services.cm-mgrande.pt/pacweb/

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março 26, 2012

26 de MARÇO - DIA DO LIVRO PORTUGUÊS

                                                
Os Livros

Apetece chamar-lhes irmãos, 
tê-los ao colo,
afagá-los com as mãos,
abri-los de par em par,
ver o Pinóquio a rir
e o D. Quixote a sonhar,
e a Alice do outro lado
do espelho a inventar
um mundo de assombros
que dá gosto visitar.
Apetece chamar-lhes irmãos
e deixar brilhar os olhos
nas páginas das suas mãos.

     José Jorge Letria,
Pela casa fora, 1997


Ao longo dos séculos, o livro tem tido várias funções, com principal destaque para a evolução do saber, como grande veículo promotor da cultura, da educação, da ciência e da democracia.
Hoje, 26 de março, comemora-se do DIA do LIVRO PORTUGUÊS, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Autores e que visa assinalar o dia em que foi impresso o primeiro livro em Portugal, "O Pentateuco".
A escolha da Biblioteca Municipal para assinalar este dia vai para a escritora Alice Vieira, que com os seus livros infanto-juvenis, tem encantado gerações de crianças portuguesas. Alice Vieira é hoje uma das mais importantes escritoras portuguesas para jovens, tendo ganho projeção nacional e internacional, com várias das suas obras editadas no estrangeiro.

Alice Vieira nasceu a 20 de março de 1943 em Lisboa. É licenciada em Germânicas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1958 iniciou a sua colaboração no Suplemento Juvenil do Diário de Lisboa e a partir de 1969 dedicou-se ao jornalismo profissional. Desde 1979 tem vindo publicar regularmente livros tendo, atualmente editados na Caminho, cerca de 30 títulos.
A pedido dos filhos escreveu o seu primeiro livro "Rosa, minha irmã Rosa", editado em 1979, ganhou o Prémio de Literatura Infantil do Ano Internacional da Criança.
Desde essa primeira obra e até à atualidade escreveu vário livros de literatura infanto-juvenil, tendo também publicado um vasto conjunto de contos tradicionais, também eles dedicados aos leitores mais novos.

 Ao longo da sua vida, Alice Vieira recebeu vários prémios pela sua obra:

  •  1979 - Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança, com Rosa, Minha irmã Rosa.
  • 1983 - Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Infantil, com Este Rei que Eu escolhi.
  • 1994 - Grande Pémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra.
  • 1994 - Foi candidata ao Prémio Hans Christian Anderson da IBBY (International Board on Books for Young People), tendo a obra Olhos de Ana Marta, sido uma das que integraram a lista de honra.
  • 2007 - Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho, com o livro Dois Corpos Tombando na Água.
  • 2009 - Estrela de Prata do Prémio Peter Pan, atrubuída pela Internacional Board on Books for Young People, IBBY, e a Feira do Livro de Gotemburgo, Suécia, com o romance juvenil Flor de Mel.
  • 2012 - Integra a seleção de 2012 da Biblioteca Internacional da Juventude, considerada a maior do mundo na área infanto-juvenil, com o livro Meia hora para mudar a minha vida. Esta seleção com 250 títulos, é divulgada numa exposição , a "White Ravens", que está patente na Feira do Livro Infantil de Bolonha, Itália, que começou no passado dia 19 de março.

Deixamos-lhe a imagem de algum dos seus livros mais conhecidos.
Ora veja:



Na Sala Infantil da Biblioteca Municipal poderá encontar alguns destes livros.
Aproveite as férias da Páscoa e apresente Alice Vieira aos seus filhos.

--- VENHA À BIBLIOTECA ---

março 23, 2012

MONTRA DE LIVROS

A nossa mensagem de hoje é dedicada aos nossos pequenos leitores, que terminam hoje mais um período escolar, de grande esforço e dedicação. As aulas terminam e inicia-se um período de pausa, descanso e quebra nas rotinas diárias. A escola vai ficar um pouco mais distante nas próximas semanas.

Vem aí a pausa letiva da Páscoa.  


É tempo para DESCONTRAIR
BRINCAR
RECUPERAR FORÇAS
para o último período escolar. 
É tempo, também, para LER 

Por isso vamos deixar como sugestão de leitura uma selecção de livros, que apenas é ilustrativa daquilo que a Biblioteca Municipal tem a pensar nos nossos pequenos leitores.



Para além dos livros que mostramos na imagem, temos muitos outros, com aventuras fantásticas, animais imaginários,  reis e princesas.

Ah! E não te esqueças. A Biblioteca não irá estar de férias. Iremos estar sempre à tua espera.  





março 21, 2012

DIA MUNDIAL DA POESIA


"Há razões para pensar que a língua é,
toda ela, obra de poesia."
José Saramago, Diário de Notícias (2009)

 

  
PORQUÊ? 
Porque hoje é dia 21 de março,
DIA MUNDIAL DA POESIA
  

O Dia Mundial da Poesia foi criado pela Conferência Geral da UNESCO, em 16 de novembro de 1999, com a intenção de divulgar e celebrar a leitura e a escrita de poesia por todo o mundo. A poesia e os poetas encarnaram sempre ideais humanistas, reagindo através da sua escrita às contradições do mundo. Muitos poemas são verdadeiros hinos de liberdade, de paz, de revolta, mas também de amor.



AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse combóio de corda
Que se chama o coração.
                            Fernando Pessoa




 A POESIA NÃO VAI
 A poesia não vai à missa,
não obedece ao sino da paróquia,
prefere atiçar os seus cães
às pernas de deus e dos cobradores de impostos.
Língua de fogo do não, caminho estreito
e surdo da abdicação, a poesia
é uma espécie de animal
no escuro recusando a mão
que o chama.
Animal solitário, às vezes
irónico, às vezes amável,
quase sempre paciente e sem piedade.
A poesia adora
andar descalça nas areias do verão.
                                           Eugénio de Andrade




POEMA

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto   tão perto   tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura.
                                        Mário Cesariny 








VENHA À BIBLIOTECA MUNICIPAL
 
LEIA POESIA
 
 
 

março 19, 2012

FELIZ DIA DO PAI

Pai e filho

"SOU O TEU PAI. Quando te seguro ao colo, entro no teu olhar, passo-te os dedos pelas faces e sinto que também eu tenho duas semanas porque uma parte de mim nasceu contigo há duas semanas. Agora, enquanto dormes, escrevo-te e imagino que, num instante longe deste instante, chegará um dia em que tu serás grande e segurarás uma folha escrita com estas palavras. (...).

Ilustração de Paulo Galindro
 Filho, eu tenho trinta anos e sou teu pai. Tu tens duas semanas, és pequenino, és querido, eu e a tua mãe amamos-te. Quando percebemos que estás feliz, ficamos felizes. Quando choras, ficamos inquietos e não paramos, fazemos tudo, fazemos tudo até ficares feliz de novo. Filho, eu tenho trinta anos, mas sinto que também tenho duas semanas porque uma parte de mim nasceu contigo há duas semanas (...).
Ser pai não é apenas saber, ser pai é compreender. Por isso, espero que possas reler estas palavras num dia em que sejas pai também. Eu, que sou o teu pai, tive um pai e tive um avô. Tão bem como eu sei que o meu pai era uma pessoa, quando fores pai, saberás que eu, aquele que hoje te escreve e aquele que há duas semanas começou a viver paralelo a ti, sou uma pessoa. De mim, espera amor e espera uma pessoa. Como as pessoas, às vezes engano-me, não sei respostas, tenho medo, tenho frio, minto, faço coisas feias, desisto, escondo-me e fujo. (...).
Foi há menos de uma hora. Passei-te os dedos pelas faces, tentando imaginar a forma como o teu rosto vai crescer. Estas palavras serão o espelho do teu rosto. O teu rosto ficará parado sobre elas. (...). Talvez no dia em que leres estas linhas tenhamos deixado crescer entre nós o pudor de nos tocarmos com afecto simples e puro. Pai e filho. Por isso, passa os dedos pelas faces para sentires aquilo que sentiste hoje, duas semanas de vida, pequenino e amado. (...).

Ilustração de Anne Yvonne Gilbert
Filho, eu tenho trinta anos, mas sinto que também tenho duas semanas porque uma parte de mim nasceu contigo há duas semanas. Estas são as palavras que quero dizer-te. Os seus significados são simples e não tenho medo de dizer que são puros porque são puros mesmo. (...).
 Por mais que aconteça entre hoje e esse dia, por mais mortes e terramotos, tenho a certeza que não terei esquecido. E obriga-me a jurar que nunca deixaremos crescer entre nós um pudor que impeça de nos abraçarmos, de nos beijarmos, de passarmos os dedos pelas faces um do outro. Pai e filho. Eu sou o teu pai. Tu és o meu filho".

                                                                                                  José Luís Peixoto, in Abraço, 2011


José Luís Peixoto nasceu em 1974, em Galveis, Ponte de Sor. É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (inglês e alemão) pela Universidade Nova de Lisboa. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias traduzidas num vasto número de línguas e é estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras. Em 2001, recebeu o Prémio Literário José Saramago com o romance Nenhum Olhar, que foi incluído na lista do Financial Times dos melhores livros publicados em Inglaterra no ano de 2007.
O seu romance Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, atribuído ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha em 2007. Em 2008, recebeu o Prémio de Poesia Daniel Faria.
Os seus romances estão publicados em Espanha, Inglaterra, Itália, França, Filândia, Holanda, Brasil, Estados Unidos, entre outros, estando traduzido num total de vinte idiomas.


Aqui pode ver os livros do autor
que a Biblioteca Municipal dispõe para empréstimo.
FELIZ DIA DO PAI

março 16, 2012

E QUE TAL COLHER UMAS ALFACES DO SEU QUINTAL?

Comer verduras e legumes colhidos na hora não é privilégio de quem mora no campo.

A mensagem que temos para lhe deixar como sugestão de leitura de fim de semana é muito simples:
Se tem um terreno ao pé de casa ou uma varanda não hesite, faça uma horta!

Pensamos que o fenómeno das hortas urbanas pode crescer nos próximos anos, tendo em conta os problemas económicos e financeiros que caracterizam a atualidade e a vontade de querer consumir produtos biológicos, mais saudáveis.

Não sabe como fazer?
Venha à Biblioteca Municipal e requisite o livro que lhe vai mostrar os segredos para cultivar uma horta, sem usar adubos ou produtos químicos, o que plantar, quando e como.


A HORTA BIOLÓGICA
de Vicent Gerbe
Publicações Europa-América

Foi o que fez o nosso leitor nº 3624, leu este livro e o resultado é este:






















Vantagens de ter uma horta ao pé de casa:
  • Alimento imediato sem necessidade de se deslocar.
  • Qualidade nutricional dos alimentos: não tem adubação química, nem herbicidas, nem pesticidas.
  • Excelente decoração natural de qualquer espaço.
  • Prático e barato
  • Terapia saudável para quem sofre de stress (e não só...!)

Mas, se o único espaço que tem for apenas uma varanda no seu apartamento, que apanha algumas horas de sol por dia, pode cultivar alguns alimentos de forma orgânica e quase gratuita. A sua varanda pode transformar-se num "canteiro" de legumes e verduras saudáveis.
Solte a imaginação e aproveite qualquer terreno livre que tenha, a sua varanda, vasos ou caixas e tenha este benefício em sua casa.

Visite a Biblioteca Municipal da sua cidade,
temos uma secção
de agricultura e jardinagem que o pode ajudar.

Tenha um Bom Fim de Semana

março 15, 2012

15 de MARÇO - DIA MUNDIAL DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR


Quem pode ser considerado consumidor?


Segundo a legislação, consumidores são todas as pessoas que compram bens para uso pessoal, a alguém que faça da venda a sua profissão. A Lei nº 24/96, de 31 de julho, alterada pelo Decreto-Lei nº 67/2003, de 8 de abril, estabelece os direitos e deveres dos consumidores.
Consideram-se incluídos no âmbito da presente Lei, os bens, serviços e direitos fornecidos, prestados e transmitidos pelos organismos da administração pública, por pessoas coletivas públicas, por empresas públicas ou detidas maioritariamente pelo Estado, pelas regiões autónomas ou pelas autarquias locais e por empresas concessionárias de serviços públicos.

Os problemas de consumo dizem respeito a todos e a tudo o que se compra e vende e, por isso, existe muita legislação geral e setorial para garantir a sua concretização.

Em 2011, neste mesmo dia e no nosso blogue, alertámos os consumidores para os seus direitos.
Este ano, em que os portugueses vão consumir menos que em 2011 (o consumo privado caiu 3,9% no ano passado e segundo as previsões do governo, este ano vai ser anda pior) vamos lembra-lhe os seus deveres.

Quer saber quais são os deveres do consumidor?

  • Dever de reclamar: reclame no Livro de Reclamações sempre que julgue que estão em causa os seus direitos. A utilização do Livro de Reclamações é um ato de cidadania que permite às entidades responsáveis conhecer os problemas dos consumidores e aos agentes económicos adequarem a oferta às necessidades sentidas pelos seus clientes.
  • Dever de solidariedade: dever de organizar-se, enquanto consumidor, de forma a desenvolver a influência necessária pra promover e proteger os seus interesses.
  • Dever de consciência crítica: dever de estar atento e ser crítico em relação aos preços e à qualidade dos produtos e serviços que utiliza.



  • Dever de agir: dever de fazer valer as suas opiniões e exigir um tratamento justo. Se permanecer passivo, continuará a ser explorado.
  • Dever de solidariedade social: dever de considerar o impacto que as escolhas que cada um faz em termos de consumo tem sobre outros cidadãos, especialmente sobre os mais desfavorecidos, ao nível local, nacional e internacional.
  • Dever de consciencia ambiental: dever de pensar sobre as consequências ambientais do consumo. O consumidor deve assumir a sua responsabilidade individual e social na preservação dos recursos naturais e proteção do planeta.


Venha à Biblioteca e requisite um livro sobre o assunto.
Seja um consumidor consciente



março 13, 2012

Contamos ... CONTIGO! [Hora do Conto]

MENINOS, MENINAS, ... tantos leitores

Esta semana a Biblioteca Municipal vai abrir todos os dias as suas portas às crianças, novos pequenos leitores, ansiosos por falar e por descobrir o que se vai passar a seguir. São as crianças das escolas do nosso concelho, que irão ao longo da semana passar pela Biblioteca Municipal e participar na nossa atividade Contamos ... CONTIGO! [Hora do Conto]. 
Esta atividade é concebida como forma de promover o livro e a leitura, tentando igualmente aproximar os pequenos leitores da Biblioteca Municipal, familiarizando-os com o espaço e com os serviços. É uma atividade dirigida a grupos de crianças, oriundas das diversas escolas do concelho, do ensino pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico, e inicia-se com um BIBLIOTOUR pelos diversos espaços funcionais da Biblioteca Municipal, acompanhado por uma breve explicação sobre o seu funcionamento e organização, tendo sempre em atenção a faixa etária das crianças.






Mas o momento mais aguardado por todos acontece na Sala Infantil, a Sala das Histórias, onde estão os livros da sua preferência. É o momento de concentração, de silêncio e de ouvir, porque é aqui que a leitura acontece. Desta vez recorremos à leitura dramatizada do livro "Olá, eu sou o livro!", de Rui Grácio e à leitura do livro do mês de março "Mariana e a missão primavera", de Sylvie Auzary-Luton.












CONTAMOS CONTIGO TAMBÉM. 

março 09, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA

Hoje é 6ª feira, é dia de lhe deixarmos mais uma sugestão de leitura de fim de semana.  E porque para nós o Dia da Mulher deve continuar para além do dia 8 de março, escolhemos um livro que relata a vida de uma mulher, lutadora por grandes causas e convicções, ativista  e ambientalista. Estamos a falar de Wangari Maathai, Prémio Nobel da Paz 2004.


"Wangari Maathai e o movimento Gren Belt demonstram a relação profunda entre o desenvolvimento sustentado dos riquíssimos recursos naturais de África, a Democracia, uma governação sensata e a paz. Estas são as soluções que trarão nova luz aos problemas do Continente Africano. Espero que o mundo apoie a sua visão de esperança".
                                                       Nelson Mandela

"O relato de Wangari Maathai é direto, honesto e maravilhosamente escrito - um apaixonante retrato das dificuldades e triunfos da África Moderna, uma história universal de coragem, persistencia e sucesso perante as contrariedades".
                                                        Bill Clinton

"Sabemos ser extremamente importante a gestão dos recursos naturais na promoção da paz, e que muitas das guerras que hoje observamos devem-se aos recursos naturais. Se não gerirmos bem o meio ambiente as nossas próprias vidas estão ameaçadas".
                                                                                                                        Wangari Maathai

Wangari Maathai nasceu a 1 de abril de 1940 em Nyeri, Quénia, e teve a sorte de fazer parte da minoria que ia à escola. Com resultados excecionais nos estudos, ganhou uma bolsa do governo americano para ser admitida numa universidade americana. Foi durante esse período que Wangari tomou consciência da luta pelos direitos humanos, confessando ter sido influenciada pelos discursos de Martin Luther King:  "A minha experiência nos Estados Unidos deu-me coragem para me erguer e não ter medo de fazer ouvir a minha voz".

Wangari fez um mestrado em Biologia, na Universidade de Pitsburg, tendo seguido para a Alemanha para trabalhar na tese de doutoramento. Voltou a África em 1971, onde concluiu o doutoramento em Anatomia Veterinária, na Universidade de Nairobi - foi a primeira mulher em toda a África Oriental a ostentar tal título académico.
Foi professora em diversas universidades no Estados Unidos, na Europa e no seu próprio país. Recebeu títulos honoríficos e graus académicos em várias instituições de todo o mundo. Pioneira da causa do meio ambiente e da conservação das florestas em África, foi a primeira mulher africana a receber, em 2004, o Prémio Nobel da Paz.

"O meio ambiente é muito importante para a paz, porque quando os nossos recursos se tornarem escassos, entraremos em guerra", disse a ativista à televisão estatal norueguesa, logo após receber o Prémio Nobel.

Membro ativo no Conselho Nacional das Mulheres do Quénia (1976-1987), foi também sua presidente (1981-1987), onde introduziu a ideia de plantar árvores para conservar o ambiente e melhorar a qualidade de vida. Fundou o Pan African Green Belt Network (1986), que levou as mulheres a plantarem mais de 30 milhões de árvores em quintas, escolas, igrejas. O seu gesto espalhou-se por outros países africanos, como a Tanzânia, Uganda, Malauí, Lesoto, Etópia.
Em 1989, o seu ativismo provocou a ira do antigo presidente Daniel Arap Moi, com quem se confrontou sobre o direito de construir apartamentos de luxo e uma estátua dele próprio, com a altura de um prédio de seis andares, no Parque Uhuru, o único espaço verde de Nairóbi.

Uma década mais tarde, Wangari envolveu-se numa outra guerra com Moi, que apoiava de novo a construção de um projeto habitacional de luxo na floresta de Karura. Durante o protesto, para impedir que buldozers deitassem as árvores abaixo, Maathai ficou ferida na cabeça, quando cerca de 200 homens, alegadamente contratados por Moi, atacaram os manifestantes com bastões. Maathai assinou a queixa policial com o sangue das suas próprias feridas.
Tornou-se igualmente conhecida  internacionalmente pela sua persistente luta pela democracia, direitos humanos e conservação ambiental e sempre falou em nome de mulheres em sessões de organismos internacionais, como a ONU.
Foi eleita para o parlamento queniano  e nomeada ministra assistente do Ambiente, Recursos e Vida Selvagem.  

Wangari Maathai morreu a 25 de setembro de 2011 de cancro, aos 71 anos, em Nairóbi. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, emitiu um comunicado expressando pesar pela sua morte. Nos últimos anos, tinha cooperado com a ONU num projeto que visava plantar 1 bilião de árvores.

Wangari Maathai terá dito à sua família que não queria que nenhuma árvore fosse cortada para o seu caixão. Assim, os seus restos mortais foram colocados numa armação feita de bambu e fibras de jacinto, cobertos com a bandeira queniana e cremada no fim da cerimónia. O local da cremação foi o Uhuru Park, cuja destruição foi evitada devido aos seus esforços. No final das homenagens, os seus filhos e netos plantaram uma árvore no local que o ex-presidente queniano queria destruir para construir um arranha-céus. 

"Pantar uma árvore foi a melhor ideia
que tive em toda a minha vida"
                                                               Wangari Maathai


Aceite a nossa sugestão
Venha à Biblioteca Municipal.

Tenha um Bom Fim de Semana

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