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agosto 27, 2014

QUEM MATOU NOLA KELLERGAN?




Caro Leitor, aproveite os últimos dias de férias, escolha a melhor posição
 para ler o romance e saiba . . . quem matou Nola Kellergan!
 

"É muito invulgar, mas quando acontece é absolutamente excitante. Jovem ou velho, leitor exigente ou fácil de contentar, mulher ou homem, lerá sem interrupção, até à última página, o romance de Joël Dicker. Terminará de o ler exausto e exultante, graças ao jorro contínuo de adrenalina literária que o autor injetou continuamente nas suas veias..."
                                                                                                                  Le Figaro Littéraire

 
A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert
De Joël Dicker
Editado pela Alfaguara
 
 
Verão de 1975, Aurora. Nola Kellergan, uma jovem de quinze anos, desaparece misteriosamente da pequena vila costeira de Nova Inglaterra. As investigações da policia são inconclusivas. Primavera de 2008, Nova Iorque. Marcus Goldman, jovem escritor, vive atormentado por uma crise da página em branco, depois do seu primeiro romance ter sido um sucesso inesperado. Sente-se incapaz de escrever, e o prazo para entregar o novo romance expirará dentro de poucos meses.
Junho de 2008, Aurora. Harry Quebert, professor universitário e um dos escritores mais respeitados do país, é preso e acusado de assassinar Nola Kellergan, depois de o cadáver da rapariga ser descoberto no seu jardim.
Alguns meses antes, Marcus, amigo e discípulo de Harry, descobrira que o professor vivera um romance com Nola, pouco tempo antes do desaparecimento da jovem. Convencido da inocência de Harry, Marcus abandona tudo e parte para Aurora para conduzir  a sua própria investigação. O objetivo é salvar a sua carreira, escrevendo um livro sobre o caso mais quente do ano, e dar resposta à incógnita que inquieta toda a América: Quem Matou Nola Kellergan?


"Um bom livro, Marcus, é um livro que lamentamos ter acabado de ler."




Joël Dicker nasceu a 16 de junho de 1985 em Genéve, Suiça. A verdade sobre o caso Harry Quebert é o seu segundo romance, com o qual arrecadou vários prémios:
  • Prix da la Vocation Bleustein-Blanchet,
  • O Grande Prémio de Romance da Academia Francesa,
  • O Prémio Goncourt des Lycéens,
  • Prémio da revista Lire para Melhor Romance em língua francesa.


Tudo boas razões para nos visitar e assim terminar as férias envolto em mistério.

Esperamos por si





 

abril 23, 2014

23 DE ABRIL - DIA MUNDIAL DO LIVRO




Hoje é o Dia Mundial do Livro
Hoje é o dia de homenagear
Gabriel García Márquez,
escritor colombiano falecido do passado dia 17 de abril,
recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1982.
Foi um dos responsáveis pelo "boom" da literatura latino-americana no mundo.



"O primeiro livro seu que me veio parar às mãos foi Ninguém Escreve ao Coronel, logo  a seguir Cem Anos de Solidão e o choque que me causou foi tal que tive de parar de ler ao fim de cinquenta páginas. Necessitava pôr alguma ordem na cabeça, alguma disciplina no coração e, sobretudo, aprender a manejar a bússola com que tinha a esperança de orientar-me nas veredas do mundo novo que se apresentava aos meus olhos. Na minha vida de leitor foram pouquíssimas as ocasiões em que uma experiência como esta se produziu. Se a palavra traumatismo pudesse ter um significado positivo, de bom grado se aplicaria ao caso. Mas, já que foi escrita, aí a deixo ficar. Espero que se entenda".
                                                             José Saramago sobre García Márquez,
Blimunda, maio, 2013
 
 
 
 
A 15 de julho de 1967, Gabriel García  Márquez publica com grande êxito o seu romance Cem Anos de Solidão, claro exemplo do chamado "realismo mágico". De imediato considerada uma obra-prima a nível internacional. Neste romance encontra-se a chave de toda a obra do autor. De estrutura perfeita, o romance narra a vida de seis gerações de famílias dos Buendia, tendo como eixo principal a relação incestuosa entre eles. García Márquez inventa o espaço mítico de Macondo (uma povoação marginal que aparenta ser o centro do mundo, onde tudo acontece e onde se condensa a história do homem) como único cenário da sua obra.
 
 
 
 
"No México, enquanto escrevia "Cem Anos de Solidão",
entre 1965 e 1966,
 só tive dois discos que se gastaram tanto de serem ouvidos:
os Prelúdios de Debussy e "A Hard Day's Night" dos Beatles"
                                                                                     Gabriel García Márquez
 
 
 
A maior homenagem que se pode fazer
a um autor é ler a sua obra.
 
 
 
 
E neste Dia Mundial do Livro,
Visite-nos e requisite um dos inúmeros livros de
Gabriel García Marquez 
que a Biblioteca Municipal
tem à sua disposição e ganhe asas



Boas Leituras




 

abril 07, 2014

EL FUTURO DE LOS NIÑOS ES SIEMPRE HOY. MAÑANA SERÁ TARDE.

Foi, em 1945,  a primeira escritora latino-americana a ganhar o Prémio Nobel da Literatura.
Na cerimónia da entrega do prémio, foi apelidada de "rainha da literatura latino-americana"
 
 
 
Gabriela Mistral, pseudónimo de Lucila de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga, nasceu a 7 de abril de 1889, em Vicuña, Chile, foi poetisa, educadora, diplomata e feminista chilena. Escolheu Gabriela, por prazer, e Mistral, porque sentia ser o vento que soprava com força e tudo varria.
 
Teve uma vida marcada por terríveis perdas. Foi abandonada, ainda bebé pelo pai, a mãe morreu em 1929, o seu noivo suicidou-se em 1907 e, anos mais tarde, em 1943, o seu filho adotivo, Yin Yin, suicidou-se com arsénico.
 
"Alma tremendamente apaixonada, grande em tudo, depois de verter em vários poemas a dor da sua íntima desolação, encheu esse vazio com a preocupação pela educação das crianças, a redenção dos humildes e o destino dos povos hispânicos. Tudo isto, porém, são outros tantos modos de expressão do sentimento principal da sua poesia: a ânsia insatisfeita da maternidade, que é ao mesmo tempo instinto feminino e anelo religioso da eternidade"
                                                                                                             Federico de Onís




Em 1932 inicia a carreira diplomática. Foi nomeada cônsul em Nápoles, mas Mussolini recusa-a. Foi designada consulesa em Lisboa em 1935 e 1936. Esperava encontrar em Portugal um lugar calmo para se dedicar à sua escrita, mas o presidente chileno, Arturo Alessandri Palma, solicitou-lhe que ajudasse a resgatar médicos, intelectuais  e escritores fugidos da ditadura espanhola.
Com a colaboração de antissalazaristas, conseguiu vistos via Portugal para o Chile, de algumas dezenas de intelectuais republicanos. Miguel de Unamuno agradeceu-lhe ter conseguido fugir para França.
"Lisboa tem-me curado da dor da Espanha, mas não durmo a pensar na dor do povo que sofre a matança da Legião Condor".
 
 
Gabriela Mistral gostou de Portugal: "Neste Portugal encontrei paz, tendo um ano de felicidade, nada menos que felicidade". Aprendeu português, língua em que escreveu Repertório Americano e namorou-se da palavra saudade, que definiu como viver em estranheza do mundo.
 
 
Gabriela Mistral é exonerada das suas funções por Salazar, tendo que fugir do país.
 
 
 "Estamos em vésperas da Segunda Guerra Mundial e Gabriela sente-se deprimida pelo que se passa na Europa, ao mesmo tempo que dezassete países da América Latina a propõem para o Prémio Nobel. (...) Em dezembro desse ano, 1945, recebe das mãos do Rei Gustavo V, em Estocolmo, o Prémio Nobel da Literatura. No discurso de agradecimento Gabriela não esquece o povo português no meio de quem gostou de viver: " Por uma sorte que me ultrapassa, sou neste mundo a voz direta dos poetas da minha raça e a indireta das mui nobres línguas espanhola e portuguesa"
                                                                              In Mulheres Escritoras, de Maria Ondina Braga
 
 
 
Seu nome é hoje
 
Somos culpados
de muitos erros e faltas
porém nosso pior crime
é o abandono das crianças
negando-lhes a fonte da vida
Muitas das coisas
de que necessitamos
podem esperar. A criança não pode
Agora é o momento em que
seus ossos se estão formando
seu sangue também está
e seus sentidos
estão se desenvolvendo
A ela não podemos responder "amanhã"
seu nome é hoje.

                                                                                                       Gabriela Mistral
 
 

"Esta mulher canta a criança como ninguém o fez antes dela"
                                                                                                       Paul Valéry
  
 
Depois de uma doença prolongada, morreu em Nova Iorque a 10 de janeiro de 1957. No Chile, são declarados 3 dias de luto nacional e são prestadas homenagens em todo o continente americano.
 
Atualmente, no Chile,  é reconhecida como a maior poetisa nacional, onde existem ruas e museus com o seu nome.
Nas comemorações dos 60 anos da atribuição do Nobel, a 15 de novembro de 2005, o metro de Santiago, dedicou-lhe uma carruagem com o seu nome e com as suas fotografias.
Em setembro de 2009, entrou em circulação uma nova nota de 5 mil pesos com a sua imagem.
 
 
Não existe em Portugal muita informação sobre Gabriela Mistral, mas,
caro leitor,  na Biblioteca da sua Cidade pode requisitar o livro
 Mulheres Escritoras, de Maria Ondina Braga
 para ficar a conhecer melhor a vida e a obra da nossa homenageada de hoje.
 
 
 
Esperamos  pela sua visita
 
 
 
  

janeiro 24, 2014

LEITURA DE FIM DE SEMANA




Caricatura de André Carrilho para The New Yorker

Amanhã, dia 25 de janeiro,
António Lobo Antunes
vai receber mais um prémio.
Prémio Literário Internacional Nonino 2014.
 
Jorge Amado, Javier Marias, Claude Lévi-Strauss, Amin Maalouf, Chimamanda Ngozi Adichie, foram alguns dos autores já distinguidos com este prémio, criado em 1975, pela Nonino, uma produtora de Grappa, uma bebida alcoólica típica de Itália.
 
O escritor V. S. Naipaul, vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 2001, presidiu ao júri, e dele fizeram parte personalidades como o investigador António Damásio, os escritores Adonis, John Banville, Claudio Magris e o ensaísta Edgar Morin.
 
"A Morte de Carlos Gardel", "Que Farei Quando Tudo Arde?" e "O Arquipélago da Insónia", são os romances de Lobo Antunes editados em Itália.
 
"Com uma técnica narrativa muito particular, Lobo Antunes desenvolveu um estilo de escrita narrativa muito pessoal, o que é extremamente interessante".  Ler um livro do escritor é "obviamente difícil, transforma-se numa espécie de quebra-cabeça de elementos que têm de ser colocados juntos, o romance faz-nos entrar numa dimensão psicológica paralela sem uma linha cronológica clara mas com uma coerência interna própria".
                                                                                                Organização do Prémio Nonino



Para além do escritor português, os galardoados de 2014 são o filósofo francês Michel Serres, o psiquiatra e escritor italiano Giuseppe Dell'Acqua e a escritora palestiniana Suad Amiry.



A entrega do Prémio será na sede da destilaria Nonino, em Percoto, no norte de Itália.


E a nossa sugestão de leitura de fim de semana,
vai ser naturalmente, um livro de António Lobo Antunes.
 
Qual?
 
 
 
 
Isso vai ser escolha do Leitor!

Só tem de nos visitar, dirigir-se à estante e escolher um livro 
da vasta bibliografia do autor que a Biblioteca Municipal tem à sua disposição.
 
  
Dirá o Leitor que António Lobo Antunes é um autor difícil,
aliás opinião semelhante têm os membros do júri.
 
Mas, o Leitor sabe que ao ler um romance estimulante,
os seus efeitos benéficos no cérebro perpetuam-se por
cinco dias?
 
 
O Leitor sabia que a União Europeia elegeu 2014
Ano Europeu da Saúde Mental e do Cérebro?
 
As doenças cerebrais e os problemas de saúde mental afetam mais de um quarto da população europeia, constituindo um pesado fardo para a sociedade e para as pessoas afetadas.
Um recente relatório mostra que na Europa o custo total anual das doenças cerebrais e mentais é de 798 mil milhões de euros. As perturbações do estado de espírito, em que se incluem a depressão e a doença bipolar, representam o custo mais elevado, avaliado em mais de 113 mil milhões de euros.

 
Ler é uma necessidade humana


Um bom livro pode criar alterações neurológicas positivas.
 
 
No Reino Unido, a prescrição de livros em vez de fármacos está a ser adotada como terapia para tratar a depressão. De acordo com os especialistas, a leitura de determinadas obras (Lobo Antunes?) é uma forma eficiente e "low-cost" de ajudar os pacientes a ultrapassar os seus problemas e sem efeitos secundários.
Em junho do ano passado este método começou a ser utilizado pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, seguindo um estudo de 2003, que concluiu que os livros tinham potencial para se assumir como um substituto eficaz dos antidepressivos.
 
 
Tenha um Bom Fim de Semana
E Leia Pela Sua Saúde


 

janeiro 17, 2014

LEITURA DE FIM DE SEMANA

Vai ser um fim de semana de frio e chuva,
mas não fique em casa.

Pintura de Antonio Tamburro
 
 
Neste sábado, 18 de janeiro, pelas 15 Horas, no  nosso Auditório, irá decorrer um colóquio sobre o
80º aniversário do 18 de janeiro de 1934,
com a presença entre outros,
de Fernando Rosas, Emília Margarida Marques e Hermínio Nunes.
 


E já que o Leitor nos visitou e o fim de semana ainda não acabou, aproveite e requisite a nossa sugestão de leitura.


O livro que lhe sugerimos para leitura de fim de semana foi o
vencedor do Prémio LeYa 2012.

Nuno Camarneiro
DEBAIXO DE ALGUM CÉU


 
Resumo: "Num prédio encostado à praia, homens, mulheres e crianças - vizinhos que se cruzam mas se desconhecem - andam à procura do que lhes falta: um pouco de paz, de música, de calor, de um deus que lhes sirva. Todas as janelas estão viradas para dentro e até o vento parece soprar em quem lá vive.
Há uma viúva sozinha com um gato, um homem que se esconde a inventar futuros, o bebé que testa os pais desavindos, o reformado que constrói loucuras na cave, uma família quase normal, um padre com uma doença de fé, o apartamento vazio cheio dos que o deixaram.
Este prédio fica mesmo ao virar da esquina, talvez o habitemos e não o saibamos."
 
 
"Uma história são pessoas num lugar por algum tempo"
                                                                                  Nuno Camarneiro

 


Nuno Camarneiro nasceu a 17 de agosto de 1977 na Figueira da Foz. Licenciou-se em Engenharia Física pela Universidade de Coimbra, onde se dedicou à investigação durante alguns anos. Trabalhou no CERN (Organização Europeia para a Investigação Nuclear) em Genebra e concluiu o doutoramento em Ciência Aplicada ao Património Cultural em Florença.
 
"Sempre li muito, desde muito novo que tenho uma relação próxima com a literatura. E como acontece com quem ouve muita música, ou quem vai muito ao teatro, há uma pergunta que vai crescendo: será que eu também seria capaz? No CERN não conhecia ninguém. E nesse momento socorri-me da escrita para registar e resolver uma série de coisas que sentia."
 
Regressou a Portugal em 2010 e é atualmente investigador na Universidade de Aveiro e professor do curso de Restauro na Universidade Portucalense do Porto.
Nuno Camarneiro começou por se dedicar à micronarrativa, tendo alguns dos seus contos sido publicados em revistas e coletâneas. Estreou-se no romance em 2011, com "No Meu Peito Não Cabem Pássaros", também editado pela Leya.
A nossa sugestão de leitura para este fim de semana é o seu segundo romance. 
 
 
Visite-nos
 e Tenha
Um Bom Fim de Semana


 
 

novembro 06, 2013

PARABÉNS ONDJAKI


 
 
A Biblioteca Municipal dá os parabéns ao escritor angolano Ondjaki,
vencedor do Prémio José Saramago 2013
com o seu romance "Os Transparentes".
 
 
 
 
A obra "Os Transparentes" foi publicada em 2012 pela Editorial Caminho e, segundo Vasco Graça Moura, surpreende pela "maneira como a sua utilização da língua portuguesa é, não só capaz de captar com maior naturalidade as mais diversas situações num contexto social tão diferente do nosso, mas comporta em si mesma fermentos de uma inovação que espelha com força e realismo um quotidiano vivido na sua trepidação e também funciona eficazmente ao restituí-lo no plano literário".
 
 
A escritora brasileira Nélida Piñon considera que "o romance traz-nos a voz da África. A arte da África. Aviva os lamento de Luanda e do mundo.
 
 
Ondjaki dedica o Prémio Saramago a Angola
e a quem se identifica com a literatura angolana.
 
 
 
Visite-nos
os livros de Ondjaki esperam por si.
 

 

outubro 18, 2013

LEITURA DE FIM DE SEMANA


 
 
Finalmente sexta-feira!!!
Não quero saber de orçamentos, de cortes, nem vou ligar a televisão!!!
  
Vou à Biblioteca Municipal requisitar um livro
 e vou passar o fim de semana descansado.
 
 
Faz muito bem Cara Leitora!
Como tomou a melhor opção, aceite a sugestão de leitura  de fim de semana que temos para si. Trata-se de um livro de um autor espanhol, vencedor do Prémio Fundação José Manuel Lara para o  Melhor Romance de 2009.
O livro foi apresentado em Portugal na 11º edição do Corrente d'Escritas, na Póvoa de Varzim.


O País do Medo
De Isaac Rosa
Editado pela Planeta


"Extraordinário...Um romance necessário."
                                        Ignacio Echevarría, Babelia, El País




O País do Medo é um lugar imaginário onde se tornaria realidade tudo o que tememos. Carlos sabe bem como seria o seu; vive assustado. Os seus temores são muitos comuns: ser espancado, ser assaltado, que entrem em sua casa enquanto dorme, que raptem o filho; mas também teme a agressividade dos vizinhos, os adolescentes violentos, os pobres, os estranhos.
Sabe que são temores exagerados, inclusive infundados. E, no entanto, não consegue evitá-los. O seu medo, até então secundário, ocupará um lugar central quando se vir envolvido numa situação de conflito: um pequeno incidente na escola do seu filho, que poderia ser solucionado de maneira simples, complica-se devido à sua incapacidade de tomar decisões. Carlos dará, então, início a uma fuga daí para a frente, onde cada mentira, cada passo em falso, fará com que se sinta cada vez mais ameaçado.
O País do Medo indaga a origem desse medo ambiental. Este romance inquietante revela como se constroem e se propagam os temores, e o peso que os relatos da ficção têm na extensão de um medo que acaba por se transformar numa forma de domínio, que nos leva a aceitar formas abusivas de proteção e nos conduz a respostas defensivas que nos fazem sentir mais vulneráveis.
 

"O grande beneficiário do medo é o poder.
Sempre, não só agora."
                                                                               Isaac Rosa


 
 
 
"Para mim a literatura é uma possibilidade de intervir na sociedade e no meu tempo."


Isaac Rosa nasceu em Sevilha em 1974. Publicou os romances La malamemoria (1999), posteriormente reformulado e inserido em Outra maldita novela sobre la guerra civil!! (2007), e El vano ayer (2004), que foi galardoado em 2005 com o Prémio Rómulo Gallegos, o Prémio Ojo Crítico e o Prémio Andalucía da la Crítica.
Vive atualmente em Madrid e colabora com o jornal El País.
"Eu estudei jornalismo e, de alguma maneira, descobri o poder da palavra, o poder da palavra escrita, a capacidade que a palavra tem, se não para mudar o mundo, para intervir. A partir daí comecei a interessar-me pela escrita. A minha motivação, o meu objetivo como escritor não é passar à História da Literatura, ter uma obra-prima ou ganhar o Prémio Nobel. Nada disso. Interessa-me a literatura do momento, do meu tempo, dos meus leitores".



Faça como a nossa Leitora e
 tenha um Bom Fim de Semana
 
Esperamos por si

 
 

agosto 09, 2013

LEITURA DE FIM DE SEMANA

 
 
A revista francesa Le Magazine Littéraire escolheu dez escritores estrangeiros que os franceses não podem deixar de ler e,
entre esses dez, figura a escritora portuguesa Lídia Jorge.
 

"Fiquei muito feliz com esta distinção. Foi uma surpresa para mim, não sabia que estavam a organizar este dossiê. Penso que fizeram uma leitura atenta dos meus livros e valorizaram a ligação com a terra, com a história do meu País", disse a escritora numa entrevista ao jornal Correio da Manhã.
 
Já em maio, Lídia Jorge tinha sido distinguida pela Associação de Escritoras e Escritores em Língua Galega com o galardão "Escritora Galega Universal", prémio que se junta a uma série de distinções literárias, como o Prémio D. Dinis, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia, entre outros.
 
Veja  aqui e fique a conhecer mais sobre a vida e a obra de Lídia Jorge.
 
 
O Leitor já adivinhou que é um livro da escritora Lídia Jorge
a nossa sugestão de leitura de fim de semana.
 
Mas qual?
 
É um livro que em 2008 ganhou o Prémio Charlet Bisset, em França. Trata-se de um prémio atribuído pela Associação Francesa de Psiquiatria, que recompensam obras que, pela sua qualidade, evocam e aprofundam a problemática humana e que respeitem a verdade dessa problemática.
 
 
Editado pela Dom Quixote
Sugerimos
Combateremos a Sombra
 
 
 

Combateremos  a Sombra conta a história dum psicanalista que numa noite de inverno é visitado por um antigo paciente que lhe traz uma mensagem, cujo sentido Osvaldo Campos nunca conseguirá decifrar. À sua volta a realidade começa a entrançar-se e a desentrançar-se à semelhança das narrativas que lhe são narradas no silêncio do seu gabinete. Nessa mesma noite, ele perde uma mulher e ganha outra, e Maria London, aquela a quem chama a sua paciente magnífica, prepara-se para revelar um segredo que o vai colocar diante duma realidade clandestina de dimensões incalculáveis. E ele é apenas um psicanalista, ou como se intitula a si mesmo, tão-só um decifrador de histórias. Assim, este livro inquietante resulta do mergulho na interioridade de Osvaldo Campos em confronto com um desafio que o ultrapassa. Uma tensão psicológica que conduz o leitor a um lugar de observação único, pela mão de uma escritora que nos habituou a mostrar que nada de mais real existe do que o onírico, e nada de mais fantástico do que o real. 
 
 
 
 
 
 

Banhistas de Nadir Afonso
 
 
 
 Bom Fim de Semana
ou
Boas Férias
 
 
 
 
 
 

maio 31, 2013

LEITURA DE FIM DE SEMANA

"As revoluções duram semanas, anos; depois, durante dezenas e centenas de anos, adoram-se como algo sagrado, esse espírito de mediocridade que as suscitou."
                                                                                                        Doutor Jivago 
 
 
Nesta primavera envergonhada e fria, a nossa sugestão de leitura de fim de semana vai levá-lo às gélidas paisagens da Rússia do início do século XX.
 


Do premiado autor russo Boris Pasternak

O Doutor Jivago

Edição do Jornal Público

  



1958, Boris Pasternak a celebrar
o seu Prémio Nobel da Literatura
com a sua mulher
Publicado pela primeira vez em Itália, em 1957, o romance foi rapidamente traduzido em inglês e em francês. E o excelente acolhimento da obra incomodou o regime soviético, que o acusou de traição e o ameaçou de prisão se voltasse a ter qualquer tipo de contacto com estrangeiros. 
A proibição da publicação de Doutor Jivago dentro da União Soviética vigorou até 1989, quando a política de abertura de Mikhail Gorbatchev, então líder da URSS, autorizou a publicação da obra. Somente nesse ano, os russos puderam conhecer a saga de Jivago.
O seu nome já constava da lista de prováveis nomeados da Academia Sueca desde o fim da II Guerra Mundial e em causa estava a sua obra poética. De 1946 a 1950, esteve sempre na "short-list" de candidatos. E voltou a ser colocado em 1957, ano em que o laureado foi Albert Camus, que, aliás, elogiou Pasternak no seu discurso na cerimónia de entrega do prémio.
Os rumores de que Pasternak poderia vir mesmo a ganhar o Nobel da Literatura,  causavam grande incómodo no interior da União de Escritores Soviéticos. E quando foi anunciado o vencedor de 1958 - "pelo seu importante feito tanto na lírica poética contemporânea como na área da grande tradição épica russa" - o incómodo transformou- se em perseguição.
Um dia depois de ter recebido o telegrama da Suécia, começou a aperceber- se dos efeitos do Nobel com a visita de um membro do departamento cultural do Comité Central do Partido Comunista, que lhe ordenou a recusa imediata do prémio, sob a ameaça de expulsão do país. Muitos anos depois, só com eclodir do colapso da ex-URSS, o diploma do Nobel chegou finalmente às mãos da família Pasternak, com o reconhecimento do Ministério da Cultura russo.
 
 
Que espécie de truque sujo é que terei feito,
serei um assassino, um vilão? /
Eu, que deixei o mundo inteiro
a chorar pela beleza da minha pátria”.
                                                     1959, poema de Pasternak, titulado “O Prémio Nobel”



 
O romance relata a vida do médico Yuri Jivago, desde a adolescência até à sua morte em Moscovo. A fuga para a Sibéria com a sua mulher Tonia Groméko, por causa dos acontecimentos revolucionários de 1905 e 1917 e a sua união a um grupo de guerrilheiros em luta contra "os brancos", são alguns dos momentos que se destacam no romance. A sua relação adúltera com Lara, uma enfermeira que se torna o grande amor da sua vida, mas com quem se desencontra várias vezes, por diversos motivos. O romance é uma crítica ao sistema comunista russo e um relato sobre o destino do intelectual russo, aliás, um dos temas importantes do autor. Constitui uma visão panorâmica do período histórico entre 1903 e 1923, decisivo na transformação da Rússia e da Europa.
Em O Doutor Jivago, a revolução é o verdadeiro protagonista; a personagem é testemunha dos acontecimentos aos  quais o destino a conduz.
 
 
 
  


Boris Pasternak nasceu a 10 de Fevereiro de 1890, em Moscovo. O seu pai era pintor e ilustrador de obras de Tolstoy e a sua mãe uma reconhecida pianista, pelo que a sua educação esteve sempre ligada às artes. Estudou Filosofia na Alemanha e regressou em 1914 ao seu país natal para se dedicar inteiramente à literatura.
Nesse mesmo ano, publica os seus primeiros poemas, que no entanto não lhe trazem qualquer tipo de notoriedade. É com a publicação de A Vida da Minha Irmã, em 1922, que o reconhecimento do público lhe será feito.
Durante a II Guerra Mundial, Pasternak vê-se obrigado a trabalhar numa fábrica de químicos, experiência que lhe servirá de inspiração para a sua obra mais famosa, Doutor Jivago (1957), romance com o qual ganhará o Prémio Nobel da Literatura em 1958, que foi impedido de aceitar por pressões do regime soviético.




30 de maio de 1960, Pasternak morreu na sua casa de Peredelkino, sentado no sofá de onde podia observar o retrato do seu mestre Tolstoi, pendurado na parede.
 
 
 
A obra foi adaptada ao cinema, em 1966, pelo realizador David Lean, com o ator Omar Sharif no papel principal e ainda os atores Julie Christie, Alec Guinness, Geraldine Chaplin, Rod Steiger, Tom Courtenay, Siobhan McKenna e Ralph Richardson.
Apontado como um dos 100 filmes mais importantes de todos os tempos, Doutor Jivago, vencedor de cinco Oscares, pode ser visionado por si na Sala de Audio Vídeo.
 
São só boas razões para sair de casa,
dar um passeio, requisitar o livro
 e até, quem sabe, ver o filme.
 
 
Bom fim de semana





 

fevereiro 22, 2013

PARABÉNS HÉLIA CORREIA


Semana em grande para a escritora Hélia Correia, que a 19 deste mês foi distinguida com o Prémio Virgílio Ferreira/2013, pela Universidade de Évora, e ontem foi a vencedora do Prémio Literário Correntes d'Escritas/Casino da Póvoa.


Hélia Correia nasceu em Lisboa, em 1949. Licenciada em Filologia Românica, foi professora  de português do ensino secundário, dedicando-se atualmente à tradução e à escrita.
Apesar do seu gosto pela poesia e pelo teatro, tendo feito um curso de Pós-graduação em teatro Clássico, é como ficcionista que é reconhecida como uma das grandes revelações da novelística portuguesa da geração de 1980.
"O separar das águas", que o leitor encontrará na Biblioteca Municipal da sua cidade, foi o seu romance de estreia, em 1981. Ao longo dos anos foi publicando contos, poesia, teatro e livros para os mais novos.
A sua escrita para o teatro tem sido levada à cena por várias companhias de Lisboa, entre elas o grupo de teatro "O Bando", "A Comuna" e pelo grupo "Maizum". 
Em 2001, saiu "Lillias Fraser"um dos seus mais aclamados romances, que a Biblioteca Municipal também tem para empréstimo domiciliário, e que foi distinguido com o Prémio PEN Club 2001. Em 2006, foi a vez da sua obra "Bastardia" vencer o Prémio Máxima de Literatura.
Hélia Correia tem obras publicadas no estrangeiro, tendo sido traduzidas para inglês, checo e alemão.




Ontem, 21 de fevereiro, a sua obra " A Terceira Miséria" venceu o Prémio Literário Correntes d'Escritas/Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros. Destinado este ano à poesia, o prémio atribuído ao livro de Hélia Correia resultou de uma seleção de 75 obras.
O júri do prémio considerou que o livro de Hélia Correia, "mais do que um conjunto de poemas, é um longo poema construído a partir da matriz clássica europeia para refletir sobre questões fundamentais do Ocidente".
A escritora, ao receber o prémio, assumiu que a "Terceira Miséria" é "uma homenagem à sua Grécia, e admitiu que esse facto pode ter pesado na escolha do júri".
Nesta mesma semana, no dia 19, Hélia Correia foi distinguida com o Prémio Virgílio Ferreira/2013 pela Universidade de Évora, prémio que irá ser entregue numa cerimónia pública na sala de actos da Universidade, a 1 de março, data da morte de Virgílio Ferreira.


Por tudo o que já foi dito, o leitor certamente já adivinhou que será um livro da escritora Hélia Correia, a nossa sugestão de leitura de fim de semana.

Mas qual?

Sugerimos-lhe "A Fenda Erótica"  um livro publicado em 1988, pela editora O Jornal.


"Olhava para mim, sonhador, como um cego.
- Tenho uma teoria - explicou - Defendo que o amor é uma coisa rara, a mais subtil e preciosa essência, difícil de encontrar,  e que só aparece a poucos, por acaso, e uma vez por século, se tanto, como outros fenómenos igualmente inexplicáveis, aqueles de elevar-se alguém nos ares ou de um analfabeto a citar Cícero em correto latim. O amor, o verdadeiro, o extraordinário, não tem a ver com o pequeno impulso que leva a acasalar para acomodação e manutenção da espécie, a imitar os pais no enxoval e nos futuros aborrecimentos."



Tenha um Bom Fim de Semana 


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