Hoje divulgamos aos nossos leitores um livro de contos,
Concerto em Memória de um Anjo,
que foi Prémio Goncourt de Conto em 2010.
Este prémio, concedido anualmente pela Academia Goncourt, reconhece a excelência das narrativas curtas e, em 2010, destacou Éric-Emmanuel Schmitt, pela sua habilidade em explorar a complexidade da alma humana com uma escrita envolvente e reflexiva.
- Que relação existe entre uma mulher que envenena sucessivamente os seus maridos e um presidente da República apaixonado?
- Qual a ligação entre um simples e honesto marinheiro e um escroque internacional que vende bugigangas religiosas fabricadas na China?
- Por que milagre uma imagem de Santa Rita, padroeira das causas perdidas, assume o papel de guia misteriosa das suas existências?
Todas estas personagens tiveram a possibilidade de se redimir, de escolher a luz em vez da sombra. A todas foi um dia oferecida a salvação. Algumas aceitaram-na, outras recusaram-na, outras ainda não souberam reconhecê-la.
Quatro histórias com ligações entre si. Quatro histórias que atravessam o que de mais comum e mais extraordinário existe na nossa vida. Quatro histórias que exploram uma questão:
- Somos livres ou estamos presos a um destino?
- Será que podemos mudar?
Éric-Emmanuel Schmitt é um dos mais prolíficos e premiados romancistas franceses do nosso tempo. Entre os seus prémios contam-se o prestigiado prémio Goncourt de Romance e ainda o Grande Prémio de Teatro da Academia Francesa. Está no Top 10 dos autores franceses mais lidos e os seu livros estão traduzidos em mais de 40 idiomas.
Para quem ainda não se rendeu a este género literário (conto), o autor tem várias considerações no seu diário:
"Contrariamente ao que muita gente pensa, um livro de contos é um livro a sério, com um tema e uma forma. (...) O conto é um esboço de romance, um romance reduzido ao essencial. Este género exigente não perdoa a traição. Enquanto o romance pode ser utilizado como uma arrecadação onde tudo cabe, o mesmo é impossível para o conto. É preciso medir o espaço dedicado à descrição, ao diálogo e à sequência. (...) A brevidade faz do leitor um cativo."
"Concerto em memória de um anjo": escrevo-o com a música de Alan Berg, que me enfeitiça, e me conduz até novas sensações inauditas, pensamentos novos.
Nunca me apercebera de como a idade nos traz liberdade. Aos 20 anos, somos o produto da nossa educação, mas aos 40, finalmente, somos o resultado das nossas escolhas (se as tivermos feito).
O jovem transforma-se no adulto desejado pela sua infância. Enquanto o homem maduro é a criança do jovem."
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