Lénia Rufino nasceu em 1979, em Lisboa. Cresceu nos subúrbios, rodeada de livros. Devia ter estudado Psicologia Criminal, a sua grande paixão a par da escrita, mas acabou por se licenciar em Publicidade e Marketing. Aos dez anos, escreveu o seu primeiro conto e decidiu que, um dia, haveria de ser escritora. Demorou trinta e dois anos a conseguir.
Em 2021, publicou o seu primeiro romance, O Lugar das Árvores Tristes, que a Biblioteca tem para empréstimo domiciliário e a 28 de fevereiro de 2024 há uma publicação neste Blogue sobre esse mesmo livro.
Hoje voltamos a falar de Lénia Rufino para divulgar o seu mais recente romance
Silêncio no coração dos Pássaros
"Entreguei muito de mim a este livro. Ele não conta a minha história, mas claro que o sangue que lhe corre dentro também é meu. As personagens a que dei vida aqui, a Laura, o Álvaro, o Thomas, são pedaços de muita gente. Não sou eu no livro, mas esta história, o final deste amor e as infinitas possibilidades que acontecem quando um caminho acaba para que outro comece, podia ser minha. Podia ser de todos nós. Amores começam. Amores terminam. Já todos passámos por este fim, que é sempre um recomeço. E foi por isso que quis escrever este livro, desfiar este novelo, mergulhar nesta melodia".
Quando decide pôr fim a um casamento de vinte e sete anos, Laura, uma prestigiada violinista, revisita os principais momentos da sua vida: em criança, o amor pelo violino, o único capaz de preencher os silêncios de uma infância solitária; na transição para a idade adulta, a busca por respostas - ou talvez a compreensão de como se formulam melhor as perguntas; e a certeza de que é na música, sempre na música, que verdadeiramente se encontra.
No prolongamento da catarse, a chegada à maioridade, Álvaro e uma história de amor sem grandes sobressaltos, mas também sem grande entusiasmo; uma parceria apática em casa e na orquestra; e o início do fim: a digressão que faz sozinha pela Europa, a relação com Thomas, um clarinetista austríaco mais novo do que ela, e a tomada de consciência de que é sempre possível fazer voltar a vibrar uma corda que há muito que se calou.
"Espero, do fundo do coração, que entendam a Laura, o Álvaro, o Thomas
e todas as entrelinhas, os espaços entre eles, os sons e os silêncios."
Lénia Rufino


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