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maio 25, 2016

É QUE EU SEMPRE USEI LIVRO PRA TUDO...


É que eu sempre usei livro pra tudo...
Pra saber ler,
Pra altear pé de mesa,
Pra aprender a usar a imaginação,
Pra enfeitar sala, quarto, a casa toda,
Pra ter companhia dia e noite,
Pra aprender a escrever,
Pra sentar em cima,
Pra rir, pra gostar de pensar,
Pra ter apoio num papo,
Pra matar pernilongo,
Pra travesseiro,
Pra chorar de emoção,
Pra firmar prateleiras,
Pra jogar na cabeça do outro na hora da raiva,
Pra me-abraçar-com, pra banquinho pro pé.

Eu sempre usei livro pra tanta coisa, que a coisa que mais me espanta é
ver gente vivendo sem livro.
                                                         Lygia Bojunga


Ilustração de Karin Jurick
Foi talvez por uma ou por todas estas razões que, em 1959, Florence Green, uma mulher de meia-idade, solitária, pequena, decide contra a implacável oposição local, abrir a primeira e única livraria em Hardborough.
Florence compra um edifício abandonado há anos, gasto pela humidade e com o seu próprio fantasma. 
Como se não bastasse o mau estado da casa, ela terá de enfrentar as pessoas da vila que, de um modo cortês mas inabalável, lhe demonstram a sua insatisfação com a existência da primeira livraria local. Só a sua ajudante, uma menina de dez anos, não deseja sabotar o seu negócio. 
Quando alguém sugere que coloque à venda a primeira edição de Lolita, de Nabokov [que o leitor também pode requisitar], a vila sofre um "terramoto" subtil, mas devastador. 
E, finalmente, Florence começa a suspeitar da verdade: uma terra sem uma livraria é, muito possivelmente, uma terra que não merece qualquer livraria.



Escrito por Penelope Fitzgerald
A LIVRARIA
Editado pelo Clube de Autores



"A leitura deste livro é um verdadeiro prazer"
                                                                                              Financial Times


Penelope Fitzgeral, nasceu a 17 de dezembro de 1916 em Lincoln, Inglaterra e é uma das mais notáveis vozes da ficção britânica. Depois de se licenciar em Somerville College, oxford, trabalhou na BBC e durante a guerra foi editora de um jornal literário, geriu uma livraria e ensinou em várias escolas, incluindo uma de teatro.
Autora tardia, começou aos 61 anos, publicou nove romances, poesia, contos e ensaio. Em vinte anos de escrita, os últimos da sua vida, foi quatro vezes finalista do Booker Prize (um deles foi precisamente com o romance que estamos a divulgar, A Livraria) e foi finalmente distinguida em 1979 com Offshore.
O seu último romance, A Flor Azul, de 1995, foi repetidamente eleito pela imprensa internacional como "Livro do Ano". A autora ganhou ainda o Circle Award, atribuído pela America's National Book Critics, contribuindo para que se tornasse conhecida de um público mais vasto.
É considerada  uma das grandes escritoras de língua inglesa do século XX apesar de nunca ter sido popular.  Penelope Fitzgerald faleceu em Londres, aos 83 anos, a 28 de abril de 2000.



É que eu sempre usei livro pra tudo...




abril 13, 2016

LIQUIDEMOS OS PROBLEMAS, OU MELHOR AINDA, LANCEMO-LOS NO INCINERADOR.

  
A Queima de Livros 

Quando o regime ordenou que fossem queimados publicamente
Os livros que continham saber pernicioso, e em toda a parte
Fizeram bois arrastarem carros de livros
Para as pilhas em fogo, um poeta perseguido
Um dos melhores, estudando a lista dos livros queimados
Descobriu, horrorizado, que os seus 
Haviam sido esquecidos. A cólera o fez correr
Célere até sua mesa, e escrever uma carta aos donos do poder.
Queimem-me! Escreveu com pena veloz. Queimem-me!
Não me façam uma coisa dessas! Não me deixem de lado! Eu não 
Relatei sempre a verdade nos meus livros? E agora tratam-me
Como um mentiroso! Eu lhes ordeno:
Queimem-me!
                                                                                                Bertolt Brecht



Fahrenheit 451 - a temperatura a que um livro se inflama e consome

Numa indeterminada e super-tecnológica civilização do futuro, um regime totalitário determinado a garantir a "felicidade" dos seus súbditos proíbe severamente a posse  e a leitura de livros; quem quer que seja apanhado na sua posse é preso e os livros e a sua casa queimados pela Vigília do Fogo, que, mais do que apagar, ateia incêndios. O protagonista Montag, anteriormente um zeloso executor, começa gradualmente a nutrir dúvidas sobre o seu trabalho, também porque uma jovem, conhecida por acaso e aparentemente "louca", abala profundamente as suas convicções.
O cenário desenhado por Fahrenheit 451 é um dos mais inquietantes, jamais concebidos pela ficção científica: sem alienígenas ou naves espaciais, sem artefactos engenhosos ou armas mirabolantes (os incendiários usam querosene), aquele mundo lívido e opressivo que deveria garantir o bem-estar universal assalta-nos como se pudesse, um dia destes, olhar novamente para nós e envolver-nos numa espiral de uma perseguição da inteligência, da qual não podemos deixar de nos sentir ameaçados. À morte da cultura corresponde no romance o triunfo da destruição, primeiro das mentes e depois dos corpos, até ao apocalipse de uma guerra insensata e incompreensível que apaga todas as ações humanas. A denúncia dura de um perigo mortal que paira sobre a civilização ocidental ganha, de tal modo, contornos de uma profecia aterrorizante, que a sua tristeza é apenas mitigada pelo alento da esperança regenerativa que irrompe, muito ao de leve, no final.

"- Quero também apresentar-lhe Jonathan Swift, autor dessa perniciosa obra política: As Viagens de Gulliver. E este é Charles Darwin, aquele Schopenhauer e aquele Einstein; este aqui ao meu lado é o senhor Albert Schweitzer, na verdade um simpático filósofo. Aqui estamos todos reunidos, Montag. Aristófanes, o Mahatma Gandhi e Gautama Buda, Confucius, Thomas Love Peacock, Thomas Jefferson, Karl Marx e o senhor Lincoln. Somos igualmente Mateus, Marcos, Lucas e João."


Fahrenheit 451, do escritor norte-americano Ray Bradbury, publicado inicialmente em 1953, é um livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o Ensino Secundário como sugestão de leitura, encontra-se disponível para empréstimo domiciliário e faz parte da mostra bibliográfica patente ao público no Átrio da Biblioteca Municipal intitulada - Pela Liberdade.



Ray Bradbury, nasceu a 22 de agosto de 1920, em Waukegan, Ilinois (EUA).  Em 1934, mudou-se com a família para Los Angeles, para onde o pai, operário eletricista, se tinha mudado em busca de trabalho.
Foi aí que, em 1939, fundou uma pequena revista de ficção científica, juntamente com outros apaixonados do género. Começou a escrever contos, enviando-os para revistas especializadas que, frequentemente, os publicavam. Em 1950, publicou o seu primeiro volume de contos, Crónicas Marcianas, que teve um grande sucesso, depois suplantado por Fahrenheit 451 (1953), disponíveis na nossa Biblioteca.
A partir dos anos sessenta, começa a trabalhar intensamente como encenador cinematográfico, não abandonando nunca, a literatura.
Em 2002, em sua homenagem foi colocada uma estrela no "Passeio da Fama" em Hollywood pelas suas contribuições na ficção científica na literatura, no cinema e na televisão.
Entre os inúmeros prémios que Ray Bradbury recebeu durante toda a sua carreira, destacamos os mais importantes prémios de ficção científica, os Prémios Nébula, que a partir de 1991 são conhecidos como o Prémio Bradbury. Em 2004 recebeu o Prémio Hugo, referente a 1954 e ao livro que hoje divulgamos.
A 5 de junho de 2012, Ray Bradbury morreu aos 92 anos de idade na sua casa de Los Angeles na companhia dos seus gatos.





Esperamos por si



março 29, 2016

ENTRE E VENHA PARA FICAR

Apesar do inverno teimar em não nos deixar, a verdade é que estamos na primavera, sinónimo de dias maiores, mais alegres e que convidam a sair de casa. Foi o que fez um grupo de alunos do PROJECTOS DE VIDA SÉNIOR - Marinha Grande, que vieram à Biblioteca Municipal.
Para uns foi o dia em que ficaram a conhecer um espaço até agora desconhecido, para outros foi o retomar de hábitos há algum tempo esquecidos e para muitos foi mais uma oportunidade de virem ao espaço que lhes é familiar, onde vêm habitualmente, mas desta vez em boa companhia.

Passaram por cá e tivemos uma casa cheia.
Entraram e vieram para ficar.










Faça o mesmo.
Entre e fique connosco.


Aproveite e visite a exposição de cartazes, que se encontram espalhados pelos diversos espaços de circulação da Biblioteca Municipal, e que é o resultado de um intercâmbio entre a Escola Básica Nery Capucho, do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Nascente, e outras seis escolas parceiras, de Chipre, Espanha, Itália, Irlanda, Grécia e Polónia, no âmbito do projeto ERASMUS + "COOL GOAL" 2015-2018.    


















março 21, 2016

21 de março - Dia Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial


"Quando alguém começa a frase com "Eu não sou racista, mas...", você pode estar certo de que o que se segue será uma declaração racista que desmentirá espetacularmente o seu preâmbulo. Ninguém é mais racista do que quem começa dizendo que não é.
                                                                          Luís Fernando Veríssimo



O Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial, foi criado pela ONU em 1969 devido ao Massacre de Sharpeville, (África do Sul) ocorrido a 21 de março de 1960. Nesse dia 20.000 pessoas protestavam pacificamente contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a ser portadora de um cartão de identificação dos locais onde era permitida a sua circulação. A polícia do regime de apartheid disparou na multidão desarmada, causando 69 mortos e 186 feridos.
A mensagem, que se quer passar ao assinalar este dia, é a da igualdade e do combate à discriminação racial.

Como forma de relembrar a todos os nossos Leitores, o dia 21 de março e a sua importância,  hoje divulgamos, uma autora que foi a primeira negra a ocupar uma cátedra numa Universidade da Ivy League  e a primeira negra a receber o Prémio Nobel (1993).


Chloe Anthony Wofford, mais conhecida por Toni Morrison, nasceu a 18 de fevereiro de 1931, em Lorain, no estado do Ohaio, nos Estados Unidos da América.
Formada em inglês em 1953 pela Universidade Howard, com mestrado também em inglês pela Universidade de Cornell, em Nova Iorque. Em 1958 foi lecionar na Universidade de Howard, onde conheceu Harold Morrison, um arquiteto jamaicano com quem casou e teve dois filhos.
Já divorciada, em 1964, vai viver para Nova Iorque com os seus filhos e trabalhar para a editora Random House e, em 1970, publica o seu primeiro romance "The Bluest Eye".
Em 1987 escreveu o romance "Beloved"- "Amada", que lhe valeu o Prémio Pulitzer na categoria de ficção. Escrevendo sobre a escravatura e o infanticídio, o romance baseia-se em factos verídicos sobre a vida da escrava Margaret Garner. Foi o mesmo adaptado ao cinema em 1989, com Oprah Winfrey e Danny Glover nos papeis principais. Em 2006, The New York Times Book Review, considerou-o o melhor romance americano publicado nos últimos vinte e cinco anos e, o Leitor pode requisitá-lo na sua Biblioteca.
Em 1993 a autora ganhou o Prémio Nobel da Literatura cujos ..."romances caracterizados por uma força visionária e um influxo poético, dá vida a um aspeto essencial da realidade americana".
É membro da Academia Americana das Artes e Letras desde 1981 e intervém regularmente em debates públicos sobre questões raciais. Em 2012 recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta distinção civil dos Estados Unidos.



Outro livro de Toni Morrison ,também disponível para empréstimo domiciliário, e que The New York Times  e The Washington Post, entre outros, consideraram em 2012 um dos Melhores Livros do Ano, é "A Nossa Casa é Onde Está o Coração".



Mas hoje também é Dia
 de se comemorar o Dia Mundial da Árvore
o Dia Mundial da Poesia e o Dia Europeu da Criatividade Artística.

Nina Simone


Boa Semana com Boas Leituras






março 15, 2016

PARA MIM ÉS UMA PESSOA COMO AS OUTRAS




Colleen McCullough, de ascendência maori por parte da mãe,  nasceu a 1 de junho de 1937 em Wellington, Nova Gales do Sul, Austrália. Impedida de estudar medicina por não ter conseguido obter as bolsas de estudo que necessitava, tentou várias profissões - jornalismo, bibliotecária, ensino - até que um engenheiro seu amigo lhe falou de uma vaga de estagiária, que ia ser criada no departamento de neurofisiologia do Hospital Prince Alfred de Camperdown, S. S. W., o maior e mais antigo hospital da Austrália. Trabalhou como neurofisiologista na Austrália, em Londres, em Birmingham até ser convidada para o departamento de neurologia da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, onde investigou e ensinou durante uma década, de 1967 a 1976.
Foi em Yale que escreveu o seu primeiro livro, Tim (1974) que a Bertrand Editora, no passado dia 11 fez a sua reimpressão.

Com Tim, a autora traz-nos uma história de amor pouco convencional entre uma mulher de 43 anos, Mary Horton,  e um jovem lindíssimo de 25 anos, mas com "a cabeça de uma criança" de cinco anos, Tim Melville.
O seu romance de estreia foi, em 1979, adaptado ao cinema com Mel Gibson no papel de Tim. Mais tarde, em 1996, Glenn Jordan  realizou um telefilme, também baseado neste livro, com Candice Bergen e Thomas McCarthy nos papeis  principais.




Mary Horton, solteirona, na casa dos quarenta, rica, solitária, simples, acredita que não precisa de amor nem de amizade, satisfazendo-se com a sua confortável casa, o seu jardim, o seu Bentley,  a casa de praia, com os livros que lê e a música que ouve sozinha.
Tim Melville, vinte e cinco anos, operário, com o rosto e o corpo de um deus grego, mas a cabeça de uma criança. Quando Mary encontra Tim e o contrata como jardineiro durante os fins de semana, uma ligação muito forte vai nascer entre eles. Mary sente por Tim o mesmo tipo de amor que sentiria pelo filho que nunca teve; Tim, em contrapartida ensina-lhe a ver o mundo de uma maneira mais simples e otimista, trazendo à sua vida solitária o calor e o afeto que lhe faltavam. 

Colleen McCullough, em 2008, Sydney

Colleen McCullough publicou mais de uma dezena de títulos, entre eles, Pássaros Feridos que lhe trouxe a consagração unânime do público e da crítica, deu origem a duas mini-séries televisivas, de grande êxito, uma delas contou com a participação de Richard Chamberlain, tornou-se a segunda série mais vista nos Estados Unidos, logo a seguir a Raízes.
Foi precisamente o sucesso de Pássaros Feridos (1977) que lhe permitiu abandonar a carreira de investigadora e docente para se dedicar exclusivamente à escrita.
A 29 de janeiro de 2015, aos 77 anos de idade, Colleen McCullough morreu no hospital da ilha australiana de Norfolk. Nos últimos anos a autora sofria de graves problemas de saúde - sobreviveu a um cancro, estava quase cega, tinha osteoporose, diabetes e uma artrite incapacitante - mas não deixava de trabalhar, ditando os seus livros. 


Visite-nos
requisite o livro e fique a saber porque é que o New York Times
 diz que a sua leitura "deixa-nos o coração a bater com força"




março 04, 2016

HOJE CONSIDERA-SE CIVILIZADO PENSAR QUE HOMEM E MULHER TÊM OS MESMOS DIREITOS


Fotografia de Shirin Neshat

"As contas não são difíceis de fazer: metade da humanidade é composta por mulheres e meninas: ou seria melhor dizer por homens e meninos?
A linguagem tem dificuldade em dar expressão à igualdade entre os sexos. Falamos de camponeses e camponesas, de operários e operárias, como se o homem fosse o modelo-base do ser humano e a mulher uma variação. Em muitas línguas, usa-se a mesma palavra para designar quer o ser humano quer o indivíduo do sexo masculino. Em português, por exemplo, quando falamos dos direitos do homem, falamos do ser humano, seja homem ou mulher. As coisas talvez tivessem sido diferentes se Deus tivesse criado o homem a partir de uma costela de Eva. Mas nesse caso, também Deus deixaria de ser macho, ou não teria criado Eva à sua imagem.
Tudo isto é injusto. A própria cultura parece ser machista e sexista. No entanto, o estado evolutivo de uma civilização foi sempre avaliado pelo respeito com que as mulheres eram tratadas e pelo grau de influência que elas detinham no seio da sociedade. (...)
Hoje considera-se civilizado pensar que o homem e a mulher têm os mesmos direitos."

Irão 2013 numa conferência de imprensa

"O prólogo do movimento feminista foi pronunciado em França, concretamente durante a Revolução Francesa. À Declaração dos Direitos do Homem seguiu-se a declaração dos direitos da mulher por Olympe de Gouges, exigindo o direito de voto e o acesso das mulheres a todas as funções públicas. Até ao movimento sufragista do início de século XX, estas continuariam a ser as exigências principais do movimento das mulheres, de onde se depreende que ainda não tinham sido satisfeitas. (...) 
É indiscutível que o reforço da influência das mulheres sobre a cultura tem elevado substancialmente o nível civilizacional de qualquer sociedade."
                                                                                          Dietrich Schwanitz ,  In Cultura                                                                                                                      


Caro Leitor
as obras destas e de muitas outras escritoras estarão expostas numa mostra bibliográfica no átrio da sua Biblioteca e à sua espera.











fevereiro 17, 2016

QUEM NÃO GOSTARIA DE ACORDAR ASSIM


Dia 17 de fevereiro, Dia Mundial do Gato




Uma organização italiana de defesa dos animais escolheu a data 17 de fevereiro para defender os felinos das perseguições e promover as adoções. 
O seu lema é "Todos juntos contra a superstição".
Os gatos são os únicos animais a terem um Dia Mundial, hoje 17 de fevereiro, e um Dia Internacional, o dia 8 de agosto, criado pela International Fund For Animal Welfare (IFAW) em 2002. Na dúvida, comemoramos os dois.



"Quando, há pouco tempo, passei a ter um gato, comecei a perceber a razão do fascínio. De facto, é um bicho que nos despreza de uma forma muito elegante. Está evidentemente convencido da sua superioridade em relação a nós e é capaz de ter razão. Mas continuo firme no meu entusiasmo em relação aos cães. 
Os gatos sabem qualquer coisa; os cães são tão estúpidos como eu o que lhes dá um encanto muito especial. Os gatos parecem ter uma informação importante acerca do que é isto de estar vivo; os cães não fazem ideia do que andam aqui a fazer. Acham quase tudo espantoso e não têm vergonha desse maravilhamento constante, apesar de ser tão parecido com estupidez. 
Os cães são crianças, os gatos são filhos adolescentes: também nos amam, embora com alguma relutância, acham mesmo que são independentes, e às vezes estão escondidos num armário. É a adolescência sem tirar nem pôr".
Ricardo Araújo Pereira
In, Visão


Na Marinha Grande, existe uma Associação Protectora dos Animais - APAMG, que cuida e protege os cães e gatos abandonados. É uma associação sem fins lucrativos, que vive do trabalho voluntário pós-laboral dos seus membros e obtém recursos financeiros através de doações e das quotas dos associados (20€/ano).

Em 2015 os seus números foram estes:
  • 17.313.80€ na conta do veterinário
  • 2.000€ em material para os animais e para as instalações
  • 209 cirurgias (188 esterilizações e castrações, muitas de animais errantes) e tratamentos vários
  • cerca de 18.000Kg de ração de cão e 5.400 Kg de ração de gato
  • 167 cães e 170 gatos adotados
Atualmente, a APAMG tem a seu cargo cerca de 120 cães e 100 gatos e continua a acompanhar, no nosso concelho, cerca de 20 colónias de gatos, onde tem sido feito um esforço de esterilização de fêmeas, controlando assim a natalidade e as doenças inerentes a uma população felina errante.

Gaspar, abandonado e muito bem adotado
Caro Leitor, no próximo dia 20, pelas 16h00, vá assistir na Casa da Cultura - Teatro Stephens, a um concerto de solidariedade a favor da APAMG - Associação Protectora de Animais da Marinha Grande, com o pianista e compositor Sérgio Varalonga. Para além das suas composições, interpretará obras de  Bach e Debussy. O preço do bilhete é de 5€.

Paralelamente, estará patente no foyer da Casa da Cultura uma exposição fotográfica de Cláudio Vicente com trabalhos do seu projeto intitulado " Vidas à Espera".

Ainda sobre o mesmo tema, poderá encontrar no átrio da entrada da Biblioteca Municipal uma mostra bibliográfica, constituída por uma seleção de livros onde os animais são as personagens principais.









Boas Leituras
E Seja Solidário




fevereiro 05, 2016

SORRIA. MAS SORRIA MUITO!


Será que rir faz bem à saúde?

Estudos mostram que o bom humor melhora a saúde e a inteligência. Quem sorri estimula o cérebro a libertar endorfina e serotonina - substâncias responsáveis pela sensação de prazer e felicidade.  
São essas substâncias que proporcionam uma sensação de leveza e de bem-estar, além de ativarem o sistema imunológico, o que ajuda a prevenir doenças ocasionadas pelo stress.




As pessoas que combatem o stress com o riso têm menos 40% de possibilidade de sofrer um enfarte ou um derrame e têm menos dores nos tratamentos dentários.  O riso contribui ainda para o emagrecimento: 15 minutos de gargalhadas equivale a perder até 40 calorias. Num simples sorriso, movem-se mais de 400 músculos faciais. Rir 100 a 200 vezes por dia implica o mesmo esforço cardiovascular de 10 minutos de corrida.



Uma boa risada pode, também, aumentar os níveis de bom colesterol no sangue.
Quem ri e tem bom humor no local de trabalho é geralmente mais produtivo e trabalha melhor. 

Caro Leitor, depois de tudo o que foi dito, e pelo bem da sua saúde
faça uma pausa divertida
visite-nos e requisite um dos livros da nossa escolha bibliográfica a pensar em si.




Não se esqueça, neste Fim de Semana






janeiro 20, 2016

A MULHER DELE FOI A PRIMEIRA A SABER



O filme estreou em Portugal no último dia de 2015. Na semana passada, o seu visionamento foi proibido no Qatar. A sua estreia mundial ocorreu na 72ª edição do Festival de Cinema de Veneza, realizado de 2 a 12 de Setembro. Realizado por Tom Hooper, conta com o participação dos atores  Alicia Vikander e Eddie Redmayne, recentemente nomeados ao Oscar do Melhor Atriz Secundária e Melhor Ator, respetivamente.

E enquanto o filme não passa nas sessões de cinema da Casa da Cultura - Teatro Stephens, na Marinha Grande, pode requisitar o livro na Biblioteca Municipal.


A Rapariga Dinamarquesa
Escrito por David Ebershoff
Editado pela Teorema 


A Rapariga Dinamarquesa começa com um pequeno favor pedido por uma mulher ao seu marido e inspira-se na história verdadeira de um dos mais apaixonados e estranhos casamentos do século XX. Einar Wegener e a sua esposa americana, Greta Waud, ambos pintores, levavam já seis anos de casados, numa vida de doce boémia na Copenhaga dos despreocupados anos vinte, no dia em que esse simples pedido provocou uma mudança radical e irreversível nas suas vidas.

Einer Wegener e Lili
Numa bela tarde da Primavera de 1925, Greta, devido à ausência da sua modelo, pede ao marido que pose para o retrato de uma cantora de ópera que estava a pintar e ao qual só faltavam as pernas. Einar concorda e, enquanto põe as meias, calça os sapatos amarelos e enfia pela cabeça o vestido da soprano, vai começando a sentir a estranha sensação de que poderia, em parte, ser uma mulher. 
Einar começa a vestir-se cada vez mais como Lili - o nome que lhe foi dado por Greta - e o que começou como um jogo torna-se uma forma de vida. Lili transforma-se na musa de Greta, cuja pintura começa a ser conhecida.


Um marchand parisiense descobre o seu trabalho e o casal muda-se para Paris, onde Greta poderá continuar a sua carreira. Lili, mais liberta, passa a ser uma verdadeira companheira para Greta. Quando Einar já não é mais do que uma memória, ambos decidem que se impõe fazer uma escolha. Greta descobre um cirurgião, em Dresden, que investiga as mudanças de sexo e Einar vai para a Alemanha, onde se tornará, de uma vez por todas e graças a sucessivas e complicadas operações, Lili.



David Ebershoff nasceu a 17 de janeiro de 1969, em Passadena, Califórnia. Lecionou Escrita Criativa nas Universidades de Nova Iorque e de Princeton e é atualmente professor no curso de pós-graduação em Literatura na Universidade de Columbia.
Da história dramática de Lili, o autor escreveu um romance absorvente, sensual, que é uma verdadeira celebração do amor e de extraordinário casamento que sobreviveu a tudo.
"Esta obra de ficção é uma versão livre inspirada no caso Einar Wegener e da mulher. Escrevi este romance no intuito de explorar o espaço íntimo que definiu o seu casamento invulgar."
Vive em Nova Iorque, onde é editor da Modern Library, uma divisão da Random House.
As suas obras têm merecido a aclamação da crítica e estão traduzidas em 18 línguas.









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