setembro 18, 2012

UMA PARTE DE MIM É SÓ VERTIGEM: OUTRA PARTE, LINGUAGEM.


"O mundo não precisa de poesia para continuar chato como ele é. Precisa de poesia para lhe dar beleza, um pouco de deslumbramento, é para isso que os poetas servem, não servem para aliviar dor de dentes, cancro, salvar a vida de alguém. Serve para isto: criar a ilusão de que a vida é melhor do que é"
                                                                                                                         Ferreira Gullar



Ferreira Gullar (de seu verdadeiro nome, José Ribamar Ferreira) nasceu a 10 de setembro de 1930, em São Luís do Maranhão.
Poeta, mas também crítico de arte, dramaturgo, " Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come" é considerada uma obra prima do teatro moderno brasileiro, e é ainda autor de argumentos para televisão, (nomeadamente a série "Araponga"), de letras de canções, ensaísta e pintor.
Empenhado politicamente ( foi membro do partido Comunista Brasileiro), esteve exilado durante parte da ditadura militar. 
Essa experiência recorda-a no seu livro "Rabo de Foguete - Os Anos  do Exílio" que a Biblioteca Municipal dispõe para empréstimo domiciliário e que representa a sua incursão nos domínios da autobiografia.



"Quase enlouqueci, o clima de Moscovo era difícil de aguentar, amanhece às 10 horas e às 15 horas já é de noite. E em maio de 73 fui para o Chile, onde assisti ao golpe que derrubou Allende, a 11 de setembro. Tive o meu apartamento invadido pelos militares, quiseram-me levar para o Estádio Nacional."



A Arte existe, PORQUE a vida não Basta!


Ferreira Gullar foi, em 2002, indicado para Prémio Nobel da Literatura por nove professores titulares de Universidades do Brasil, Portugal e Estados Unidos.
Em setembro de 2000, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro homenageou-o com a exposição Ferreira Gullar 70 anos. Dois anos depois, recebeu o Prémio Príncipe Claus, da Holanda, dado a artistas, escritores e instituições culturais fora da Europa que tenham contribuído para mudar a sociedade , a arte ou a visão cultural do seu país.
A revista Época considerou-o um dos brasileiros mais influentes de 2009.



Em 2010 foi-lhe entregue o Prémio Camões, o principal galardão para escritores de língua portuguesa.
"Eu só vou dizer lugares comuns, primeiro que eu estou muito contente de ganhar esse prémio...imagina...só as pessoas citadas que foram premiadas, eu estou numa companhia de gente fina".

A 20 de outubro de 2011, recebeu o Prémio Jabuti com o livro de poesia "Em Alguma Parte Alguma", que foi considerado o Livro do Ano de ficção


"Não quero saber do sofrimento, quero é felicidade. Não gosto de fazer lamúria. 
Uma vez discuti feio sobre determinada situação. 
Fiquei sozinho em casa, cheio de razão e triste pra cacete. 
Então, pra que querer ter sempre razão?
Não quero ter razão, Quero é ser feliz!"


Seja Feliz Também e Tenha uma Boa Semana


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