março 04, 2016

HOJE CONSIDERA-SE CIVILIZADO PENSAR QUE HOMEM E MULHER TÊM OS MESMOS DIREITOS


Fotografia de Shirin Neshat

"As contas não são difíceis de fazer: metade da humanidade é composta por mulheres e meninas: ou seria melhor dizer por homens e meninos?
A linguagem tem dificuldade em dar expressão à igualdade entre os sexos. Falamos de camponeses e camponesas, de operários e operárias, como se o homem fosse o modelo-base do ser humano e a mulher uma variação. Em muitas línguas, usa-se a mesma palavra para designar quer o ser humano quer o indivíduo do sexo masculino. Em português, por exemplo, quando falamos dos direitos do homem, falamos do ser humano, seja homem ou mulher. As coisas talvez tivessem sido diferentes se Deus tivesse criado o homem a partir de uma costela de Eva. Mas nesse caso, também Deus deixaria de ser macho, ou não teria criado Eva à sua imagem.
Tudo isto é injusto. A própria cultura parece ser machista e sexista. No entanto, o estado evolutivo de uma civilização foi sempre avaliado pelo respeito com que as mulheres eram tratadas e pelo grau de influência que elas detinham no seio da sociedade. (...)
Hoje considera-se civilizado pensar que o homem e a mulher têm os mesmos direitos."

Irão 2013 numa conferência de imprensa

"O prólogo do movimento feminista foi pronunciado em França, concretamente durante a Revolução Francesa. À Declaração dos Direitos do Homem seguiu-se a declaração dos direitos da mulher por Olympe de Gouges, exigindo o direito de voto e o acesso das mulheres a todas as funções públicas. Até ao movimento sufragista do início de século XX, estas continuariam a ser as exigências principais do movimento das mulheres, de onde se depreende que ainda não tinham sido satisfeitas. (...) 
É indiscutível que o reforço da influência das mulheres sobre a cultura tem elevado substancialmente o nível civilizacional de qualquer sociedade."
                                                                                          Dietrich Schwanitz ,  In Cultura                                                                                                                      


Caro Leitor
as obras destas e de muitas outras escritoras estarão expostas numa mostra bibliográfica no átrio da sua Biblioteca e à sua espera.











fevereiro 26, 2016

NÃO ME FALTA PASSADO. FALTA-ME UM FUTURO.



A cidade foi crescendo para as margens e os blocos de vidro e betão ceifaram as quintas e moradias dos arrabaldes. A casa de Vergílio - um verdadeiro casulo cheio de memórias - é a única que resiste, mas está, assim mesmo, condenada à extinção.
Enquanto recebe a visita da agente imobiliária que se ocupará da venda da propriedade, este homem adulto e sozinho recorda o que foi a vida nesse refúgio - a superproteção das mulheres (mãe, avó e bisavó, vistas como bonecas russas), a megalomania do pai, a simbiose perfeita com a irmã, as atitudes intempestivas e hilariantes do tio mutilado na guerra colonial, a loucura do professor de quem recebia estranhas lições particulares. Nenhuma das suas figuras de referência o preparou para a emancipação - todas, pelo contrário, o incompatibilizaram com a vida comum.


A Vida Verdadeira
Romance escrito por Vasco Luís Curado
Publicado pela Dom Quixote




É a nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana


"A Vida Verdadeira tem uma personagem principal e várias secundárias, 
mas a verdadeira protagonista é a própria vida, a vida genética, 
hereditária, da qual as pessoas concretas são mero fantoches."
                                                                                              Pedro Mexia


Vasco Luís Curado nasceu em 1971. Publicou um livro de contos em 1999, A Casa da Loucura, e um pequeno romance em 2001, O Senhor Ambíguo. Publicou alguns contos na revista Bang!.
Psicólogo clínico de formação, pelo ISPA, trabalhou dez anos num hospital militar e publicou em 2000 uma tese de mestrado na área da psicologia, intitulada Sonho, Delírio e Linguagem.
A nossa sugestão de leitura para este fim de semana, A Vida Verdadeira, foi publicada em 2010 e, em 2012, publicou Gare do Oriente, ambos editados pelas Publicações Dom Quixote.



"- Não sei, Vergílio. Não sei tudo o que o futuro me vai trazer.
 Mas eu vou à procura. Há uma vida para ser vivida".
                                                                                           Irene, In A vida Verdadeira







fevereiro 17, 2016

QUEM NÃO GOSTARIA DE ACORDAR ASSIM


Dia 17 de fevereiro, Dia Mundial do Gato




Uma organização italiana de defesa dos animais escolheu a data 17 de fevereiro para defender os felinos das perseguições e promover as adoções. 
O seu lema é "Todos juntos contra a superstição".
Os gatos são os únicos animais a terem um Dia Mundial, hoje 17 de fevereiro, e um Dia Internacional, o dia 8 de agosto, criado pela International Fund For Animal Welfare (IFAW) em 2002. Na dúvida, comemoramos os dois.



"Quando, há pouco tempo, passei a ter um gato, comecei a perceber a razão do fascínio. De facto, é um bicho que nos despreza de uma forma muito elegante. Está evidentemente convencido da sua superioridade em relação a nós e é capaz de ter razão. Mas continuo firme no meu entusiasmo em relação aos cães. 
Os gatos sabem qualquer coisa; os cães são tão estúpidos como eu o que lhes dá um encanto muito especial. Os gatos parecem ter uma informação importante acerca do que é isto de estar vivo; os cães não fazem ideia do que andam aqui a fazer. Acham quase tudo espantoso e não têm vergonha desse maravilhamento constante, apesar de ser tão parecido com estupidez. 
Os cães são crianças, os gatos são filhos adolescentes: também nos amam, embora com alguma relutância, acham mesmo que são independentes, e às vezes estão escondidos num armário. É a adolescência sem tirar nem pôr".
Ricardo Araújo Pereira
In, Visão


Na Marinha Grande, existe uma Associação Protectora dos Animais - APAMG, que cuida e protege os cães e gatos abandonados. É uma associação sem fins lucrativos, que vive do trabalho voluntário pós-laboral dos seus membros e obtém recursos financeiros através de doações e das quotas dos associados (20€/ano).

Em 2015 os seus números foram estes:
  • 17.313.80€ na conta do veterinário
  • 2.000€ em material para os animais e para as instalações
  • 209 cirurgias (188 esterilizações e castrações, muitas de animais errantes) e tratamentos vários
  • cerca de 18.000Kg de ração de cão e 5.400 Kg de ração de gato
  • 167 cães e 170 gatos adotados
Atualmente, a APAMG tem a seu cargo cerca de 120 cães e 100 gatos e continua a acompanhar, no nosso concelho, cerca de 20 colónias de gatos, onde tem sido feito um esforço de esterilização de fêmeas, controlando assim a natalidade e as doenças inerentes a uma população felina errante.

Gaspar, abandonado e muito bem adotado
Caro Leitor, no próximo dia 20, pelas 16h00, vá assistir na Casa da Cultura - Teatro Stephens, a um concerto de solidariedade a favor da APAMG - Associação Protectora de Animais da Marinha Grande, com o pianista e compositor Sérgio Varalonga. Para além das suas composições, interpretará obras de  Bach e Debussy. O preço do bilhete é de 5€.

Paralelamente, estará patente no foyer da Casa da Cultura uma exposição fotográfica de Cláudio Vicente com trabalhos do seu projeto intitulado " Vidas à Espera".

Ainda sobre o mesmo tema, poderá encontrar no átrio da entrada da Biblioteca Municipal uma mostra bibliográfica, constituída por uma seleção de livros onde os animais são as personagens principais.









Boas Leituras
E Seja Solidário




fevereiro 12, 2016

O MEU NOME? CAROL. POR FAVOR, NÃO ME CHAME NUNCA CAROLE.

Com seis nomeações para os Oscares deste ano, melhor argumento adaptado, melhor atriz, melhor atriz secundária, melhor fotografia, melhor guarda roupa, melhor banda sonora, 
Carol chegou ontem ao Cinema na Casa da Cultura Teatro Stephens.


O filme Carol de Todd Haynes, baseado no livro de Patricia Highsmith, O Preço do Sal, foi distinguido na última Feira do Livro de Frankfurt com o Prémio de melhor adaptação cinematográfica de uma obra literária.

Caro Leitor,
 não deixe de ver o filme e de ler o livro
O Preço do Sal, de Patricia Highsmith,
publicado em 1952, sob o pseudónimo de Claire Morgan,
a nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana.


E como domingo é o dia 14 de fevereiro sugerimos " (...) um texto cheio de sensibilidade e ternura sobre uma relação amorosa passada entre duas mulheres. Uma história, portanto, sobre uma relação lésbica, mas encarada de uma maneira diferente daquelas que haviam sido publicadas até aí. Porque esse relacionamento amoroso era encarado pela primeira vez sem se basear no escândalo sexual, não querendo nunca explorar o lado das relações eroticamente ousadas". 
Maria Teresa Horta


Carol Aird e Therese Belivet conheceram-se, por acaso, numa loja de brinquedos de Nova Iorque nos anos 50. Carol é uma mulher rica e madura que está a passar por um processo de divórcio e tem uma filha. Já Therese é uma jovem vendedora que vive numa espécie de inércia sem saber o que realmente quer. Quando se conhecem a empatia é notável e as duas começam a construir uma relação considerada imoral pela sociedade da época, que via com preconceito e ignorância o divórcio e a homossexualidade.
O filme foi selecionado para a competição oficial no Festival de Cannes o ano passado.


"Foi Richard que começou.
- Porque gostas tanto dela? (...)
- Ela sabe? Claro que sabe. - Richard franziu a testa e puxou fumo do cigarro. - Não achas isso muito pateta? É como aquelas paixonites que as raparigas da escola apanham."
In, O Preço do sal


"Tive a inspiração de escrever este livro em finais de 1948, quando estava a viver em Nova Iorque. Acabara de escrever O desconhecido do Oriente Expresso, que só seria publicado em 1949. O natal aproximava-se e eu estava vagamente deprimida e também com falta de dinheiro e, a fim de ganhar algum, aceitei um emprego de caixeira num grande armazém em Manhattan, durante o período de muito movimento no Natal, que dura cerca de um mês. Creio que resisti duas semanas e meia.(...)
Como de costume, depois do trabalho regressei ao meu apartamento, onde vivia sozinha. Nessa noite passei a escrito uma ideia, um enredo, uma história a respeito de uma mulher loura de casaco de peles. Umas oito páginas escritas à mão no meu livro de apontamentos ou caderno da altura. Era a história inteira de O Preço do Sal. Jorrou-me da caneta sem esforço, naturalmente: principio, meio e fim. Levou-me quase duas horas, talvez menos".
Patricia Highsmith











fevereiro 05, 2016

SORRIA. MAS SORRIA MUITO!


Será que rir faz bem à saúde?

Estudos mostram que o bom humor melhora a saúde e a inteligência. Quem sorri estimula o cérebro a libertar endorfina e serotonina - substâncias responsáveis pela sensação de prazer e felicidade.  
São essas substâncias que proporcionam uma sensação de leveza e de bem-estar, além de ativarem o sistema imunológico, o que ajuda a prevenir doenças ocasionadas pelo stress.




As pessoas que combatem o stress com o riso têm menos 40% de possibilidade de sofrer um enfarte ou um derrame e têm menos dores nos tratamentos dentários.  O riso contribui ainda para o emagrecimento: 15 minutos de gargalhadas equivale a perder até 40 calorias. Num simples sorriso, movem-se mais de 400 músculos faciais. Rir 100 a 200 vezes por dia implica o mesmo esforço cardiovascular de 10 minutos de corrida.



Uma boa risada pode, também, aumentar os níveis de bom colesterol no sangue.
Quem ri e tem bom humor no local de trabalho é geralmente mais produtivo e trabalha melhor. 

Caro Leitor, depois de tudo o que foi dito, e pelo bem da sua saúde
faça uma pausa divertida
visite-nos e requisite um dos livros da nossa escolha bibliográfica a pensar em si.




Não se esqueça, neste Fim de Semana






janeiro 29, 2016

AGORA EU ERA A PRISIONEIRA A/5272

No passado dia 27 de janeiro comemorou-se o Dia Internacional de Memória das Vítimas do Holocausto, criado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, instituído pela Resolução A/RES/60/7 de 1 de novembro de 2005.
Nessa resolução, a Assembleia-Geral condena "sem reservas" todas as manifestações de intolerância religiosa, incitamento, perseguição ou violência contra pessoas ou comunidades por causa da sua origem étnica ou crença religiosa, quando estas aconteçam.
Nesse mesmo ano, o Parlamento Europeu estabeleceu, também, o dia 27 de janeiro como o Dia Europeu de Memória do Holocausto.
Foi na tarde de 27 de janeiro de 1945 que o Exército Vermelho chegou a Auschwitz-Birkenau, o maior e mais mortífero centro do III Reich.

Birkenau
"A UNESCO foi fundada há 70 anos, como consequência do Holocausto, exatamente para prevenir a volta da loucura criminosa nazi e dos seus colaboradores, por meio da educação e da cultura, pelo fortalecimento da solidariedade intelectual e moral dos povos, como garantia da igualdade e da dignidade de toda a humanidade. Este Dia Internacional traz para o centro das atenções os princípios fundamentais que sustentam todas as nossas ações e a necessidade absoluta de que eles sejam aplicados na atualidade". 
Irina Bokova, Diretora-Geral da UNESCO

Tatuagem A/5272 no braço de Eva Scloss
"Há gente que diz que o Holocausto é uma invenção ou que não é tudo o que dizem. 
É por isso que relatos como o meu são importantes, e cada vez mais,
 já que em breve não restarão vítimas para contar o que viveram".
                                                                                                        Eva Schloss

Anne Frank e Eva Schloss
"Tinha 15 anos quando eu e milhares de outras pessoas atravessámos às sacudidelas a Europa, num comboio composto por carruagens de gado escuras e a abarrotar, e fomos despejados junto aos portões do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. (...)
Após a guerra, o pai da Anne, Otto Frank, regressou à Holanda e iniciou com a minha mãe uma estreita relação nascida das mútuas perdas e da mágoa de ambos. Casaram-se em 1953 e Otto tornou-se meu padrasto. Deu-me a máquina fotográfica Leica da qual se servira para tirar as fotografias da Anne e da sua irmã, Margot, para que eu pudesse encontrar o meu próprio caminho no mundo e tornar-me fotógrafa. Usei-a durante muitos anos e ainda a conservo. (...)
A 14 de fevereiro de 2012, atravessei o pátio do Palácio de Buckingham e recebi a condecoração da "Ordem do Império Britânico" pelo meu trabalho com a Fundação Anne Frank e com outras organizações de beneficência relacionadas como Holocausto".


Caro Leitor,
é a história de Eva, que foi feita prisioneira pelos nazis no dia do seu décimo quinto aniversário, 
que sugerimos para leitura do seu fim de semana.


A Rapariga de Auschwitz
de Eva Schloss 
Texto de Karen Bartlett
Editado pela Marcador

Eva foi feita prisioneira pelos nazis no dia do seu décimo quinto aniversário, tendo sido enviada para Auschwitz. A sua sobrevivência dependeu de inúmeros pequenos golpes de sorte, da sua determinação e do amor e da proteção da mãe, Fritzi, que foi deportada juntamente com ela.
Quando o campo de concentração de Auschwitz foi libertado, Eva e Fritzi iniciaram a longa viagem de regresso a casa. Procuraram desesperadamente o pai e o irmão de Eva, dos quais tinham sido separadas. Meses mais tarde receberam a trágica notícia de que os dois haviam sido mortos.
Antes da guerra, em Amesterdão, Eva tornara-se amiga de uma jovem chamada Anne Frank. Embora os seus destinos tivessem sido muito diferentes, a vida de Eva iria ficar para sempre estreitamente ligada à da amiga, depois de a sua mãe, Fritzi, casar com o pai de Anne, Otto Frank, em 1953.
É um relato de uma sobrevivente do Holocausto e da sua luta para viver consigo mesma depois da guerra, uma homenagem a todas as vítimas que não viveram para poder contar a sua própria história e um esforço para assegurar que o legado de Anne Frank jamais seja esquecido.

EVA SCHLOSS tem agora 82 anos e vive com o marido no Norte de Londres. Depois da guerra tornou-se fotógrafa profissional (usando a máquina Leica que Otto Frank lhe oferecera). Foi cofundadora do Instituto Anne Frank em 1990 e, desde então, tornou-se conhecida pelo seu papel como oradora, dando palestras em escolas e prisões, alertando para os perigos do preconceito e da intolerância.


"Há sinais à nossa volta que nos relembram dos perigos de esquecer".
                                                                                            Ban Ki-moon
Secretário Geral da ONU










janeiro 20, 2016

A MULHER DELE FOI A PRIMEIRA A SABER



O filme estreou em Portugal no último dia de 2015. Na semana passada, o seu visionamento foi proibido no Qatar. A sua estreia mundial ocorreu na 72ª edição do Festival de Cinema de Veneza, realizado de 2 a 12 de Setembro. Realizado por Tom Hooper, conta com o participação dos atores  Alicia Vikander e Eddie Redmayne, recentemente nomeados ao Oscar do Melhor Atriz Secundária e Melhor Ator, respetivamente.

E enquanto o filme não passa nas sessões de cinema da Casa da Cultura - Teatro Stephens, na Marinha Grande, pode requisitar o livro na Biblioteca Municipal.


A Rapariga Dinamarquesa
Escrito por David Ebershoff
Editado pela Teorema 


A Rapariga Dinamarquesa começa com um pequeno favor pedido por uma mulher ao seu marido e inspira-se na história verdadeira de um dos mais apaixonados e estranhos casamentos do século XX. Einar Wegener e a sua esposa americana, Greta Waud, ambos pintores, levavam já seis anos de casados, numa vida de doce boémia na Copenhaga dos despreocupados anos vinte, no dia em que esse simples pedido provocou uma mudança radical e irreversível nas suas vidas.

Einer Wegener e Lili
Numa bela tarde da Primavera de 1925, Greta, devido à ausência da sua modelo, pede ao marido que pose para o retrato de uma cantora de ópera que estava a pintar e ao qual só faltavam as pernas. Einar concorda e, enquanto põe as meias, calça os sapatos amarelos e enfia pela cabeça o vestido da soprano, vai começando a sentir a estranha sensação de que poderia, em parte, ser uma mulher. 
Einar começa a vestir-se cada vez mais como Lili - o nome que lhe foi dado por Greta - e o que começou como um jogo torna-se uma forma de vida. Lili transforma-se na musa de Greta, cuja pintura começa a ser conhecida.


Um marchand parisiense descobre o seu trabalho e o casal muda-se para Paris, onde Greta poderá continuar a sua carreira. Lili, mais liberta, passa a ser uma verdadeira companheira para Greta. Quando Einar já não é mais do que uma memória, ambos decidem que se impõe fazer uma escolha. Greta descobre um cirurgião, em Dresden, que investiga as mudanças de sexo e Einar vai para a Alemanha, onde se tornará, de uma vez por todas e graças a sucessivas e complicadas operações, Lili.



David Ebershoff nasceu a 17 de janeiro de 1969, em Passadena, Califórnia. Lecionou Escrita Criativa nas Universidades de Nova Iorque e de Princeton e é atualmente professor no curso de pós-graduação em Literatura na Universidade de Columbia.
Da história dramática de Lili, o autor escreveu um romance absorvente, sensual, que é uma verdadeira celebração do amor e de extraordinário casamento que sobreviveu a tudo.
"Esta obra de ficção é uma versão livre inspirada no caso Einar Wegener e da mulher. Escrevi este romance no intuito de explorar o espaço íntimo que definiu o seu casamento invulgar."
Vive em Nova Iorque, onde é editor da Modern Library, uma divisão da Random House.
As suas obras têm merecido a aclamação da crítica e estão traduzidas em 18 línguas.









janeiro 15, 2016

O TEU TRABALHO É MATAR PESSOAS?



No passado dia 7 de janeiro fez um ano que, por volta das 11H30 (hora local), dois homens vestidos de preto, de máscaras, armados de Kalashnikov, uma espingarda e um lança granadas dispararam sobre a redação do Charlie Hebdo em Paris e mataram 12 pessoas.
Nesse mesmo dia, a capa de Charlie Hebdo mostrava uma caricatura do escritor francês Michel Houellebecq, cujo seu mais recente livro "Submissão", que o Leitor pode requisitar na sua Biblioteca,  ficciona uma França islamizada em 2022.

Foram 40 minutos de terror que a capital francesa voltou a viver a 13 de novembro de 2015, em sete ataques terroristas em vários locais de Paris. Nessa sexta-feira 13 e no fim de semana seguinte nos hospitais, morreram pelo menos 129 pessoas. A polícia pediu aos franceses para não saírem à rua e o presidente Hollande fechou as fronteiras e declarou o estado de emergência.


Capa da edição de 18/11/2015, cinco dias após
os atentados de Paris que mataram 129 pessoas


"Como Salman Rushdie no seu tempo, Anna Erelle tornou-se inimiga do Islão. 
O seu livro corajoso e apaixonante é um testemunho precioso  para compreender 
não só os jihadistas mas também a cabeça dos jovens  
que escolhem o caminho da violência fanática  em nome da religião"
                                                                                               Elle




Como e Porquê são perguntas que todos os dias fazemos depois de lermos e vermos as noticias. Que teia é essa que todas as semanas seduz e recruta jovens europeus a se apropriarem dessa causa, a abandonarem tudo para irem matar e desafiar a própria morte?
O livro que lhe sugerimos para leitura do seu fim de semana é um incrível testemunho e uma grande coragem de uma jornalista francesa infiltrada no Estado Islâmico e que nos mostra uma das questões mais preocupantes da atualidade. É uma história chocante que nos mostra o verdadeiro rosto dos terroristas no Estado Islâmico.



Mélanie acaba de se converter ao Islão quando conhece pelo Facebook o líder de uma brigada islamita: Abu-Bilel, combatente na Síria e braço direito do califa autoproclamado do Estado Islâmico. Em poucos dias, Abu-Bilel declara-se irremediavelmente apaixonado pela jovem, contacta-a dia e noite pelas redes sociais e incita-a a juntar-se a ele e à Jihad, na Síria. Seduz a inocente Mélanie com juras de amor, promessas de casamento e uma vida plena do conforto material e espiritual. Mélanie acede e prepara a sua fuga em segredo.
Mas, no último minuto, tudo corre mal na viagem mais perigosa da sua vida.
Mélanie é, na verdade, Anna Erelle, pseudónimo de uma jornalista francesa que criou um perfil falso para investigar a rede de um recrutamento do Estado Islâmico. 



Niqab - véu que cobre o rosto e só revela os olhos

Anna Erelle, é o pseudónimo da jornalista francesa contra quem foi levantada uma fatwa no seguimento da reportagem que deu origem a este livro. Ameaçada de morte por membros do Estado Islâmico, a sua verdadeira identidade permanece, por uma questão de segurança, desconhecida.
"Tive de mudar de número de telefone duas vezes, a pedido das autoridades, que temiam que a minha morada e a minha identidade pudessem ser descobertas."


"Os terroristas são inimigos de todas as pessoas livres... 
de toda a humanidade, seja na Turquia, França ou Alemanha"
                                                                                     Angela Merkel, 
                                                                       após os atentados de 12/01/16, em Istambul


janeiro 07, 2016

OS DADOS DE 2015

Com a entrada de um novo ano é normal que se faça o "balanço" do ano que passou, refletindo sobre o mais e o menos positivo, analisando o histórico e renovando a esperança em melhorias futuras.
Assim, e como tem sido habitual em anos anteriores, divulgamos hoje os números que 2015 nos deixou. Em relação ao número de livros requisitados para leitura domiciliária, o ano de 2015 não foi dos mais animadores, dado que se verificou uma acentuada descida no número de livros requisitados face aos anos anteriores. Ora veja:

Analisando o número de requisições em função da faixa etária, verificamos que, face ao ano anterior, aumentou a percentagem de livros emprestados aos leitores até aos 12 anos, mantendo-se praticamente sem alterações a percentagem de requisições feitas pelas restantes faixas etárias.



Acompanhando a tendência de diminuição do volume de livros emprestados, também 2015 registou um decréscimo no número de novas inscrições. De 281 novos leitores inscritos em 2014, este ano apenas registamos a entrada de 221. Verificamos uma ligeira subida na percentagem de crianças até aos 12 anos, em detrimento das inscrições a partir dos 18 anos, mantendo-se igual a percentagem de novos leitores situados na faixa entre os 13 e os 17 anos.
    



OS TÍTULOS + REQUISITADOS EM 2015


     


INFANTIL/JUVENIL













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