No passado dia 7 de janeiro fez um ano que, por volta das 11H30 (hora local), dois homens vestidos de preto, de máscaras, armados de Kalashnikov, uma espingarda e um lança granadas dispararam sobre a redação do Charlie Hebdo em Paris e mataram 12 pessoas.
Nesse mesmo dia, a capa de Charlie Hebdo mostrava uma caricatura do escritor francês Michel Houellebecq, cujo seu mais recente livro "Submissão", que o Leitor pode requisitar na sua Biblioteca, ficciona uma França islamizada em 2022.
Foram 40 minutos de terror que a capital francesa voltou a viver a 13 de novembro de 2015, em sete ataques terroristas em vários locais de Paris. Nessa sexta-feira 13 e no fim de semana seguinte nos hospitais, morreram pelo menos 129 pessoas. A polícia pediu aos franceses para não saírem à rua e o presidente Hollande fechou as fronteiras e declarou o estado de emergência.
Capa da edição de 18/11/2015, cinco dias após os atentados de Paris que mataram 129 pessoas |
"Como Salman Rushdie no seu tempo, Anna Erelle tornou-se inimiga do Islão.
O seu livro corajoso e apaixonante é um testemunho precioso para compreender
não só os jihadistas mas também a cabeça dos jovens
que escolhem o caminho da violência fanática em nome da religião"
Elle
Como e Porquê são perguntas que todos os dias fazemos depois de lermos e vermos as noticias. Que teia é essa que todas as semanas seduz e recruta jovens europeus a se apropriarem dessa causa, a abandonarem tudo para irem matar e desafiar a própria morte?
O livro que lhe sugerimos para leitura do seu fim de semana é um incrível testemunho e uma grande coragem de uma jornalista francesa infiltrada no Estado Islâmico e que nos mostra uma das questões mais preocupantes da atualidade. É uma história chocante que nos mostra o verdadeiro rosto dos terroristas no Estado Islâmico.
O livro que lhe sugerimos para leitura do seu fim de semana é um incrível testemunho e uma grande coragem de uma jornalista francesa infiltrada no Estado Islâmico e que nos mostra uma das questões mais preocupantes da atualidade. É uma história chocante que nos mostra o verdadeiro rosto dos terroristas no Estado Islâmico.
Mélanie acaba de se converter ao Islão quando conhece pelo Facebook o líder de uma brigada islamita: Abu-Bilel, combatente na Síria e braço direito do califa autoproclamado do Estado Islâmico. Em poucos dias, Abu-Bilel declara-se irremediavelmente apaixonado pela jovem, contacta-a dia e noite pelas redes sociais e incita-a a juntar-se a ele e à Jihad, na Síria. Seduz a inocente Mélanie com juras de amor, promessas de casamento e uma vida plena do conforto material e espiritual. Mélanie acede e prepara a sua fuga em segredo.
Mas, no último minuto, tudo corre mal na viagem mais perigosa da sua vida.
Mélanie é, na verdade, Anna Erelle, pseudónimo de uma jornalista francesa que criou um perfil falso para investigar a rede de um recrutamento do Estado Islâmico.
Mas, no último minuto, tudo corre mal na viagem mais perigosa da sua vida.
Mélanie é, na verdade, Anna Erelle, pseudónimo de uma jornalista francesa que criou um perfil falso para investigar a rede de um recrutamento do Estado Islâmico.
Niqab - véu que cobre o rosto e só revela os olhos |
Anna Erelle, é o pseudónimo da jornalista francesa contra quem foi levantada uma fatwa no seguimento da reportagem que deu origem a este livro. Ameaçada de morte por membros do Estado Islâmico, a sua verdadeira identidade permanece, por uma questão de segurança, desconhecida.
"Tive de mudar de número de telefone duas vezes, a pedido das autoridades, que temiam que a minha morada e a minha identidade pudessem ser descobertas."
"Tive de mudar de número de telefone duas vezes, a pedido das autoridades, que temiam que a minha morada e a minha identidade pudessem ser descobertas."
"Os terroristas são inimigos de todas as pessoas livres...
de toda a humanidade, seja na Turquia, França ou Alemanha"
Angela Merkel,
após os atentados de 12/01/16, em Istambul
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