outubro 09, 2012

A LER JÁ SOMOS MUITOS

Voltamos à nossa habitual mensagem mensal com dados estatísticos relativos à atividade da secção de empréstimos da Biblioteca Municipal. Na linha que vem a ser seguida, continuamos a mostrar a evolução do número de livros requisitados ao longo dos últimos cinco anos. 
E os dados recolhidos ao longo do mês de setembro mostram-nos que houve uma diminuição do número de livros emprestados em relação aos dois anos transatos.  Não se trata de uma diferença muito acentuada, já que estamos a falar de diferenças à volta dos 30, 40 livros, mas para nós são sinais que não devemos ignorar. Estes dados vêm contrariar a tendência do mês anterior, em que foi alcançado o maior número de empréstimos de sempre. Veja AQUI.




Através do gráfico verificamos que foram requisitados 824 livros, resultantes de 520 empréstimos novos e 304 renovações
O mês de setembro tem características próprias, por ser o mês que assinala o fim do período de férias e o regresso às rotinas escolares. Neste contexto o número de devoluções é sempre elevado, registando-se 589 livros devolvidos. O mês de setembro contou ainda com 22 novos leitores inscritos.

Estes dados motivam-nos a reforçar a aproximação da biblioteca aos leitores, dando a conhecer o que a Biblioteca Municipal possui e pode proporcionar. E neste sentido criámos recentemente uma nova página no nosso blogue intitulada COMO SOMOS, através da qual fornecemos informações sobre algumas das regras de utilização da biblioteca e da forma como ela está organizada. Estamos convictos, que a pequenos passos estaremos a conquistar novos leitores. Visite AQUI a nova página.



VENHA À BIBLIOTECA 
LEIA 


"Leio e estou liberto, 
adquiro objectividade. 
Deixei de ser eu e disperso. 
E o que leio, em vez de ser um trajo meu
que mal vejo e por vezes me pesa, 
é a grande clareza do mundo externo."

      
"A literatura é a maneira mais agradável 
de ignorar a vida."
Fernando Pessoa, in Livro do Desassossego





outubro 04, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA


"A História pouco mais é 
do que o registo dos crimes, loucuras e infortúnios da Humanidade"
                                                                                                                                 Edward Gibbon


Depois da  leitura do livro "101 Heróis", sugerido por nós na passada semana,
vamos sugerir-lhe este fim de semana a leitura de um outro livro do mesmo autor,
Simon Sebag Montefiore, intitulado os "101 Monstros".


101 Monstros é uma enciclopédia da depravação, uma fascinante lição sobre o bem e o mal, abarcando três milénios da História através das suas personalidades mais perversas: 
Tiranos e Imperatrizes
Conquistadores e Canibais
Torturadores e Assassinos em série
Mafiosos e Mulheres Fatais.

De Átila a Adolf Hitler, de José Estaline a Sadam Hussein, de Al Capone a Pol Pot, de Kim Il Sung a Osama Bin Laden, 101 Monstros é um guia instrutivo e de leitura apaixonante sobre os excessos da crueldade humana. É um livro para o leitor juntar a sua família neste fim de semana e ficar a conhecer lições da história para jamais esquecer.


Alguns monstros da nossa História criaram métodos de tortura de uma crueldade inacreditável, outros mataram membros das suas próprias famílias, outros ordenaram o assassínio de milhões de inocentes. 
Os cruzados massacraram 70 000 muçulmanos e judeus inocentes quando tomaram Jerusalém; Adolf Hitler assassinou 6 milhões de judeus; José Estaline liquidou 25 milhões de russos e Mao Tsé-tung foi responsável pela morte de 70 milhões de chineses.


"Uma morte é uma tragédia, mas um milhão é uma estatística"
                                                                                                                         Estaline


Robespierre foi o primeiro protótipo do ditador europeu moderno: a sua visão hipócrita da virtude e do terror republicanos e o massacre brutal que desencadeou em seu nome foram reverentemente estudados pelos bolcheviques russos e ajudaram a inspirar o totalitarismo e os assassinatos em massa do século XX.
"Este homem vai longe, acredita em tudo o que diz".
Conde de Mirabeau sobre Robespierre




Mehmed Tallat Paxá foi um dos Jovens Turcos e reformadores nacionalistas que assumiram o poder no Império Otomano em 1908, mas, como um dos "Três Paxás" que dominaram o governo turco, foi o principal arquiteto dos massacres dos Arménios, perpetrados entre 1915 e 1916, que custaram a vida a mais de um milhão de pessoas.

"Mas, afinal, o que quer ele? A questão está arrumada. Acabaram-se os Arménios"
Tallat Paxá respondendo às perguntas do embaixador alemão em 1918.



"Quem se lembra hoje dos Arménios?"
                                                                             Dizia Hitler enquanto preparava a Solução Final


Pablo Escobar, o criminoso mais poderoso e mais rico do século XX, era o mais importante senhor da droga da Colômbia e transformou-se no cérebro e pivot do tráfico internacional de cocaína. Acumulou largos milhões de dólares e, enquanto o fazia, foi responsável por centenas de raptos e assassinatos. Com uma personalidade de "padrinho" de inigualável magnitude e ditando ele próprio a lei, Escobar chegou mesmo a ameaçar a integridade do estado colombiano.
No auge da sua influência, o seu cartel foi responsável por uma média de 20 assassinatos por mês.
"A esperteza do meu irmão era algo extraordinário"
                                                                     Roberto Escobar



Tenha um bom fim de semana mas esteja atento, 
estas pessoas são pouco recomendáveis



outubro 03, 2012

A POESIA É, AO MESMO TEMPO, UM ESCONDERIJO E UM ALTIFALANTE


"I'have failed at many things, but i have never been afraid"
                                                                                                                      Nadine Gordimer




Nadine Gordimer por André Carrilho
A 3 de outubro de 1991 Nadine Gordimer recebeu o Prémio Nobel da Literatura, chamando a atenção para a ignomínia que era o "apartheid" na África do Sul.
Decidiu permanecer no país, apesar da repressão política que sofreu antes da queda do regime do "apartheid".
Disse, numa entrevista, que o dia em que se sentiu mais orgulhosa na sua vida, não foi quando recebeu o Nobel, mas quando, em 1986, testemunhou num julgamento em defesa de 22 membros do ANC.





Nadine Gordimer nasceu a 20 de novembro de 1923 em Springs, uma cidade mineira dos arredores de Joanesburgo. De ascendência lituana e inglesa, é criada no seio de família judaica da classe média.
Começou a escrever aos 15 anos pequenas histórias que publicou dez anos depois, com o nome "Face to Face" e que revelavam as suas preocupações quanto à segregação racial na sociedade sul-africana.
Os seus romances estiveram proibidos na África do Sul durante muitos anos, em virtude das opiniões políticas expostas nas suas obras desagradarem ao regime de segregação racial vigente.

A Biblioteca Municipal dispõe para empréstimo domiciliário "A História de Meu Filho", onde a autora descreve os conflitos com que uma família negra sul-africana se depara todos os dias.

"É uma história apaixonante. O amor entre um homem e duas mulheres, entre pai e filho e algo ainda mais imperioso - o amor pela liberdade. É um drama extremamente íntimo de conflito pessoal e luta pública nos acontecimentos evolutivos que, com grandes custos para pessoas como estas, têm originado mudanças na África do Sul".





A luta de Nadine não acabou. Nos finais de 2011 criticou um projeto de lei do ANC (Congresso Nacional Africano), que governa o país desde 1994, e que provoca fortes tensões políticas há muitos meses.
Esse projeto de lei é sobre a informação no seu país, que para ela representa uma ameaça à liberdade de imprensa e à democracia. 
"Se o trabalho e a liberdade do escritor estão em risco, a liberdade de cada leitor também está. Depois de lutar tantos anos contra o apartheid, período em que vi pessoas morrendo pela causa da liberdade, não imaginava que fosse preciso lutar novamente contra o governo".
[entrevista realizada a 06/07/2012].

"Sou uma escritora, portanto, a liberdade de expressão é primordial para a minha  atividade. Acredito na existência de duas bases para a liberdade. Uma é a de se poder votar à sua escolha e a outra é a liberdade para se dizer o que se pensa, seja a imprensa, seja o cidadão comum. Isto pode parecer um tanto óbvio para você, mas, acredite, é uma conquista para o meu país".


"Liberdade Parcial Não É Liberdade"
                                                                                                         Nelson Mandela 


Visite-nos
Os galardoados com o Prémio Nobel da Literatura 
Esperam por si



outubro 01, 2012

NEWSLETTER outubro

Consulte a nossa NEWSLETTER e fique a conhecer as atividades programadas para o mês de outubro na sua BIBLIOTECA MUNICIPAL


setembro 28, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA


Gostaria de saber o que o seu gato está a pensar?


"O gato possui beleza sem vaidade, força sem insolência, 
coragem sem ferocidade, todas as virtudes do homem sem vícios "
                                                                                                      Lord Byron


Os gatos são conhecidos e adorados pela sua independência e espírito livre. Quando se decidem a interagir connosco sentimo-nos muitas vezes privilegiados e tentamos manter a melhor relação possível. 

Todos gostaríamos de saber falar a língua deles para lhes podermos perguntar como se sentem e porque agem da forma como o fazem.
A menos que surja uma grande descoberta científica ou que aprendamos a utilizar a telepatia, nunca seremos capazes de o fazer.
Então, de que forma poderemos nós aprender a ler os pensamentos dos nossos gatos?




Para que a comunicação entre o leitor e o seu gato corra às mil maravilhas,
a nossa sugestão de leitura de fim de semana 
é um guia essencial para que possa compreender o seu animal de companhia.


O que é que o meu gato está a pensar?
de Gwen Bailey
Editorial Presença


Os gatos não são animais de grupo, como os cães, e é espantoso como se adaptaram tão bem ao convívio com os seres humanos. Os antepassados dos nossos gatos não caçavam em grupo. Eram caçadores solitários que patrulhavam um território que lhes fornecia o alimento que necessitavam.
Para nós é difícil de admitir, mas para um gato o território é, por vezes, mais importante do que a família com quem vivem. É importante para eles verificarem constantemente o seu território para terem a certeza que tudo vai bem. Gatos que tenham conhecido a vida na rua, podem ter maiores dificuldades em ficar em casa. 
Os gatos que sempre viveram dentro de casa não sabem exatamente o que estão a perder, mas o seu instinto diz-lhes que o mundo lá fora é fascinante e cheio de estímulos.



Esperamos que este livro o ajude a perceber o que o seu gato e todos os outros que encontre estão a pensar. Ao fazê-lo, será capaz de os compreender melhor e proporcionar-lhes uma vida melhor.
Como seres humanos inteligentes, os donos dos animais têm a responsabilidade de aprender a linguagem dos animais que escolheram para seus companheiros. 

Depois de ter lido a nossa sugestão de leitura de fim de semana
 o leitor estará apto a "falar" com o seu gato.



 Em tempos antigos os gatos eram adorados como deuses, 
e eles não se esqueceram disso ...


Tenha um bom fim de semana 
na companhia do seu gato.


setembro 27, 2012

101 HERÓIS


"A única coisa necessária para o triunfo do mal é os homens bons não fazerem nada"
                                                                                                  Edmund Burke


As histórias dos grandes heróis trazem a história à vida. Inspiram-nos e ensinam-nos valores e a natureza da responsabilidade, dos vínculos que seguram as sociedades - mas também dão histórias maravilhosas e excitantes que devemos contar aos nossos filhos.

Nestes serões frios que se aproximam
 nada melhor que juntar a família à volta de um livro.



E se esse livro contar as histórias de guerreiros, imperatrizes, estadistas, espiões, conquistadores, poetas,  filósofos e artistas ao longo de três milénios?
Este livro é uma celebração da coragem, das proezas, da tolerância e da criatividade humanas, mas também uma arca do tesouro de histórias e personagens que todos devíamos conhecer.
De Alexandre Magno a Churchill, de Maomé a Mozart, de Buda a Nelson Mandela, de Aristóteles a Elvis Presley, de Fernão Magalhães a Aung San Suu Kyi, estas figuras estão unidas não só pela coragem, pelo altruísmo e pelo génio dos seus feitos, mas também pela sua herança eterna.





Fernão de Magalhães foi um destemido e determinado navegador que fez o que Colombo tinha tentado: partiu da Europa em direção a oeste e chegou à Índia, fazendo assim a primeira travessia de que há registo do oceano Pacífico.




Albert Einstein foi o físico mais importante do século XX, há quem diga, de todos os séculos. As suas descobertas, baseadas na mecânica clássica de Newton, mas suplantando-a, assinalaram uma mudança de paradigma, que transformou radicalmente o nosso entendimento do Universo.
Ao longo da sua vida, Einstein empenhou-se em questões sociais e no pacifismo, pronunciando-se contra a tirania e a perseguição e ficando desesperado com a criação da bomba atómica.





Um chinês fica sozinho a bloquear uma linha de tanques que se dirige para leste na avenida Chan'na, em Pequim, na Praça de Tiananmen, em 5 de junho de 1989. O governo chinês esmagou uma manifestação liderada por estudantes a favor da reforma democrática, matando um número desconhecido de manifestantes no mais forte protesto antigovernamental desde a revolução chinesa de 1949. O nome "Tiananmen" ironicamente, significa "Porta Celestial".




Foram somente 3 Heróis que vos apresentámos.
Os outro 98 esperam por si na Biblioteca Municipal da sua cidade


Visite-nos e leve-os consigo

setembro 25, 2012

O QUE É PRECISO É GENTE...



ESTA GENTE / ESSA GENTE

O que é preciso é gente
gente com dente
gente que tenha dente
que mostre o dente

Gente que não seja decente
nem docente
nem docemente
nem delicodocemente

Gente com mente
com sã mente
que sinta que não mente
que sinta o dente são e a mente

Gente que enterre o dente
que fira de unha e dente
e mostre o dente potente 
ao prepotente

O que é preciso é gente
que atire fora com essa gente

Essa gente dominada por essa gente
não sente como a gente
não quer
ser dominada por gente

NENHUMA!

A gente 
só é dominada por essa gente
quando não sabe que é gente.

                                                               Ana Hatherly, in "Um Calculador de Improbabilidades"



Ana Hatherly, pseudónimo literário de Ana Maria de Lourdes Rocha Alves, nasceu na cidade do Porto em 1929. É professora, poetisa, romancista, ensaísta, investigadora, tradutora, realizadora e artista plástica.
Licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, diplomada em estudos cinematográficos na London Film School e doutorada em Literaturas Hispânicas na Universidade de Berkeley, foi professora no Ar.Co em 1975 e 1976, e na Escola Superior de Cinema do Conservatório de Lisboa, de 1976 a 1978.
É professora catedrática de Literatura Portuguesa na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, desde 1984, e presidente do Instituto de Estudos Portugueses, por si fundado na mesma universidade.

Escuta o conto profano, tinta da china s/ papel, 1998

Inicia a sua carreira literária em 1958 e tem atualmente uma extensa obra poética que já foi traduzida nas principais línguas europeias e incluída em numerosas antologias internacionais. Paralelamente desenvolveu uma carreira como artística plástica, que iniciou em 1960, com um extenso número de exposições individuais e coletivas, quer em Portugal quer no estrangeiro e onde salientamos a Bienal de Veneza, a bienal de S. Paulo, o Museu do Chiado, a Fundação Calouste Gulbenkian ou da Fundação Casa de Serralves.


Labirinto de letras

Ana Hatherly foi membro da direção da Associação Portuguesa de Escritores e ajudou a fundar o P.E.N. Clube Português, o qual presidiu. 
Foi, ainda, nas décadas de 1960 e 1970, membro destacado do grupo de poesia experimental, além de se ter dedicado á investigação e divulgação da literatura portuguesa barroca, fundando as revistas Claro-Escuro e Incidências.
Como cineasta, trabalhou no London Film Institute, entre 1971 e 1974, realizando 4 filmes, três dos quais desenhando diretamente sobre a película.




Ana Hatherly foi distinguida com os seguinte prémios:

  • 1978 - Medalha de Mérito Linguístico e Filológico Oskar Nobiling da Sociedade Brasileira de Língua e Literatura do Rio de Janeiro;
  • 2000 - Prémio de Ensaio da Associação Portuguesa de Escritores, pelo seu livro de 1997 O Ladrão Cristalino;
  • 2001 - Prémio de Poesia do PEN  Club, pela sua obra Rilkeana de 1999;
  • 2003 - Prémio Évelyne Encelot que distingue mulheres europeias pelas suas obras nas áreas das artes ou das ciências;
  • 2005 - Prémio da Crítica da Associação Portuguesa dos Críticos Literários, pela sua obra O Pavão Negro, de 2003



O sexto Sentido

Estamos aqui
Em estado de liberdade
Condicionada pela enorme filáucia do próximo
Que um poeta desconhecido confirmou
Quando disse:
O sexo existe
Vem da palavra six
Igual a sexto sentido
Que é feminino

E acrescentou
A maçã
É para ser comida

                                                                              Ana Hatherly, in A Neo-Penélope


O leitor encontrará mais informação sobre a autora, que hoje divulgamos, AQUI

Visite-nos

setembro 21, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA



O outono a chegar, o sofá a pedir companhia e nada melhor do que aceitar a nossa sugestão de leitura de fim de semana para dar então as boas vindas ao outono.

Ilustração de Ya-Ong Nero



Aceite o conselho de João Paulo Sacadura: "Aviso: não comece sequer a ler... se não tiver pela frente umas horas livres. Vai ser muito difícil parar sem ser no fim... Não recomendável aos fracos de coração... ou débeis na fé".

Para  escritora Rita Ferro "Depois de Luís Miguel Rocha, o Vaticano ficou mais próximo de Portugal e do Mundo, da nossa compreensão e da nossa incompreensão - só tenho a agradecer-lhe."

E é um livro do primeiro escritor português no top do New York Times 
que lhe vamos sugerir 
para que passe um fim de semana de suspense:

Da Porto Editora, apresentamos-lhe  A Mentira Sagrada, de Luís Miguel Rocha


Será que Jesus foi mesmo crucificado?
Terá tudo acontecido como a Bíblia descreve?

Na noite da sua eleição para o Trono de São Pedro, o Papa Bento XVI, como todos os seus antecessores, tem de ler um documento antigo que esconde o segredo mais bem guardado da História - a Mentira Sagrada.
Em Londres, um evangelho misterioso na posse de um milionário israelita contém informações sobre esse segredo. se cair nas mãos erradas pode revelar ao mundo uma verdade chocante.  Rafael, um agente do Vaticano, é enviado para investigar o Evangelho... e descobre algo que pode abalar, não só a sua fé, mas também os pilares da Igreja Católica.
Que segredos guardará o Papa? 
E que verdade esconde o misterioso Evangelho?




Luís Miguel Rocha nasceu na cidade do Porto em 1976, onde mora atualmente, depois de passar dois anos em Londres. Foi repórter de imagem, tradutor e guionista; atualmente dedica-se em exclusivo à escrita.
A Mentira Sagrada é o seu quinto livro, depois de Um País Encantado (2005), O Último Papa (2006), Bala Santa (2007) e A Virgem (2009).
As suas obras estão publicadas em mais de 30 países e foi o primeiro autor português a entrar para o top do New York Times.

"Depois de me documentar e dar por encerrada a pesquisa, necessito de uma história que me permita contar aquilo que pretendo. Os factos históricos são apenas informação para o leitor."




É fácil descobrir o que o alto clero do Vaticano, os Jesuítas, a CIA, os terroristas árabes, a polícia francesa, arqueólogos e investigadores descobriram.

Como?
Venha à Biblioteca Municipal da sua cidade e requisite o livro...
Mas apresse-se, pode haver quem não queira que se saiba a verdade.... 



Tenha um Bom Fim de Semana 


setembro 20, 2012

MARCEL MARCEAU, O ARTISTA SILENCIOSO


"A mímica, assim como a música, não conhece fronteiras nem nacionalidades"
                                                                                                                          Marcel Marceau


Faz 5 anos no próximo dia 22 de setembro que faleceu Marcel Marceau.
Em seis décadas de carreira fascinou o público dos cinco continentes graças a uma arte sem palavras, terna e comovedora, que ultrapassava fronteiras.

O francês Marcel Mangel nasceu em Estrasburgo a 22 de março de 1923. 
No início da Segunda Guerra Mundial mudou-se para Limoges, para escapar à perseguição nazi, onde se dedicou ao estudo das artes. O seu pai, de origem judaica, não escapou à perseguição e foi deportado, em 1944, para o campo de extermínio de Auschwitz, onde morreu.
Marcel mudou então o seu nome para Marceau para ocultar as suas origens. 
Envolveu-se na resistência contra a ocupação nazi. Mais tarde, juntou-se às forças do general Charles de Gaulle e como o seu inglês era excelente, foi nomeado oficial de ligação do general Patton.


O seu interesse pela arte da mímica começou quando ainda era muito jovem - imitava com gestos tudo o que lhe vinha à cabeça. Para cimentar esse gosto contribuíram Charles Chaplin, Buster Keaton, Stan Laurel e Oliver Hardy ("Bucha e Estica"). Foi a admiração por estes artistas que levou Marcel Marceau a enveredar pela arte do silêncio como profissão: "J' imitais Chaplin, que était mon dieu"
Aluno de Etienne Decroux, pioneiro da mímica moderna, foi professor de arte dramática em Paris e ao terminar a Segunda Guerra Mundial fez parte da companhia de Madeleine Reanud e Jean Louis Barrault onde se destacou no papel de arlequim.



No dia do seu 24º aniversário, a 22 de março de 1947, Marcel criou Bip, a sua famosa personagem de cara pintada de branco, olhos pintados a carvão, boca rasgada com um traço vermelho. A roupa era uma camisa de marinheiro, calças largas de palhaço e chapéu de seda com uma flor espetada. A somar a tudo isto, uma aparente frágil expressividade corporal. 
Esta personagem de linguagem universal, podia comunicar com toda a gente de qualquer lugar, quer por gesto, quer através do olhar.
Em 1955 já era mundialmente famoso.
Atuou nos melhores teatros de todo o mundo e em 1978 criou, com os seus próprios discípulos, a Escola Internacional de Mimodrama, na qual ensinava não apenas mímica (para garantir a importância desta arte cénica), mas também dança e acrobacia. 
Em 1996, nos Estados Unidos, foi criada a Fundação Marcel Marceau, para promover a arte da mímica  e do "mimo-drama" bem como para preservar e perpetuar o trabalho do mimo francês.




Foram os seus passos "andando contra o vento" o inspirador do passo de dança Moonwalk de Michael Jackson, de quem veio a tornar-se amigo e admirador, ao ponto de o eleger como seu coreógrafo favorito.

O seu contributo para a Arte foi-lhe reconhecido em novembro de 1998, quando o presidente da república de França, Jacques Chirac, o nomeou Grande Oficial da Ordem de Mérito.
Em 1999 a cidade de Nova Iorque estabeleceu o dia 18 de março como o "Dia Marcel Marceau".
A ONU, em 2002, nomeou-o "Embaixador da Boa Vontade para a Terceira Idade", cargo que Marceau aceitou com agrado, pois segundo ele "la vieillesse arrive quand on s'arrête".

E em Portugal, já com uma idade avançada, atuou em 2003 no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém. Dois anos depois, fez uma digressão de despedida dos palcos pela América Latina, onde atuou em Cuba, Colômbia, Chile e Brasil.




"A arte é a expressão da sociedade no seu conjunto:
 crenças, ideias que faz de si e do mundo. 
Diz tanto quanto os textos do seu tempo, às vezes até mais".
                                                                                                                       Georges Duby




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