julho 25, 2012

NE ME QUITTE PAS

"Tenho menos medo da morte do que me tornar um velho cretino."
                                                                                                                               Jacques Brel



Jacques Brel, o poeta belga da "chanson Française", nasceu a 8 de abril de 1929.
Aos 15 anos, em 1944, colabora na criação de um grupo de teatro, atua em várias peças, escreve três pequenas histórias e interpreta ao piano alguns improvisos dos seus poemas. Canta pela primeira vez na rádio Belga em 1952 e começa logo a receber convites para cantar.
Em 1953, enviou a um empresário de Paris um disco seu. Após o ouvir, o empresário, à meia-noite, telefonou para Bruxelas, convidando Brel a se apresentar na capital francesa.

"A sanduiche que comi na carruagem de 3º classe que me levou a Paris tinha um sabor único: estava perfumada pela aventura, a esperança, a felicidade."

Em 1954 é publicado o seu primeiro álbum "Jacques Brel et ses chansons".

Torna-se notado por Juliette Gréco que grava uma das suas canções, "Le diable". Este encontro é marcante no futuro da carreira de Brel, dado que se inicia uma promissora colaboração com Gérard Jouannest, pianista e acompanhante da cantora, e com o também pianista e orquestrador François Rauber. Em 1955 conhece Georges Pasquier (Jojo), percussionista no Trio Milson e de quem se torna amigo.



O seu primeiro grande sucesso ocorre em 1956 com a música "Quand on a que l'amour". Em 1957 é laureado com o Grand Prix du Disque da Academia Charles Cros e faz um enorme sucesso a sua digressão pela França.

No início dos anos 60, Brel já era considerado um marco incontornável da cultura francófona ao ponto de ser confundido como personalidade francesa.
Tornou-se internacionalmente conhecido pela música "Ne me quitte pas", interpretada e composta por si.
Comprometido com as correntes intelectuais progressistas, as suas canções refletiam o ambiente de inquietação social e religiosa da sua época. O seu êxito foi tal que, em 1977, após dez anos de silêncio, um novo disco "Brel", vendeu mais de 650 000 exemplares só no primeiro dia.

Entre 1960-65 sucedem-se as tournées longas e cansativas: União Soviética, Estados Unidos, Canadá, Norte de África e Europa. Batem todos os máximos em número de espetáculos mas é nessa vida agitada e de excessos que Brel se sente bem. Considera que os seus poemas sem música são palavras sem sentido e que a música sem os seus poemas nada diz. Era um artista que vivia o palco enfrentando-se e enfrentando o público.



Em 1974, após comprar um veleiro de 19 metros decide dar a volta ao mundo em três anos. Em setembro, ao aportar nos Açores, toma conhecimento do falecimento do seu grande amigo Jojo.
No funeral e em conversa com uma cunhada de Jojo afirmou: "A seguir vou eu".
Em outubro é-lhe detetado um pequeno tumor no pulmão e no mês seguinte é efetuada a ablação do lobo pulmonar esquerdo.
Morre a 9 de outubro de 1978 com 49 anos.
O seu amigo Georges Brassens, nesse dia, disse que "Jacques Brel não está morto. Para revivê-lo, basta que escutemos os seus discos".
O cantor está sepultado, por sua vontade, no cemitério de Atuona, na ilha de Hiva Oa (Marquesas), próximo da campa de Gauguin.



Siga o conselho de Georges Brassens, 
oiça a sua música e acompanhe as letras na 
 antologia poética que 
pode ser requisitada na Biblioteca Municipal

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