abril 29, 2011

FELIZ DIA, MÃE!



                                          Ilustração de Mónica Carretero

"Os braços de uma mãe são feitos de ternura
e os filhos dormem profundamente neles"
                                                                                                Victor Hugo
                                                                                                                                

No próximo domingo é o DIA da MÃE.
A nossa sugestão de leitura de fim de semana não pode ficar indiferente a essa data.
"Um filho nas vossas mãos" de Manuel Abecasis, ed. Oficina do Livro, é a nossa escolha para si.

"Ensine-o a ser alegre e optimista, através do seu exemplo e do ambiente que cria à sua volta.
Ensine o seu filho que é mais agradável olhar uma flor do que colhê-la, observar um animal do que agarrá-lo, deixar fugir uma borboleta por uma janela do que matá-la, ouvir os pássaros no jardim do que nas gaiolas, ensine-lhe, até, que vale mais um pássaro a voar do que dois na mão. A educação tem como objectivo a felicidade."

Manuel Abecassis, pediatra, tem dedicado a sua vida a todos os filhos que foram parar às suas mãos.



Também não esquecemos os LEITORES + NOVOS.
Visite a nossa página.

 
Palavras para a Minha Mãe

mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.

pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.

às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto quando está feliz.

lê isto: mãe, amo-te.

eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.

José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"


abril 27, 2011

VITORINO MAGALHÃES GODINHO

"Afinal, aos 90 anos, "teima em ser cidadão". Contra o "desaparecimento da figura do intelectual". Contra a "falta que faz quem dê uns gritos de alarme, alertando para os recuos que a democracia está a ter". Contra a "inexistência de quem  ouse dizer que o "rei vai nu".
versão integral do artigo publicado no Expresso de 10 de maio de 2008.


Vitorino Magalhães Godinho  historiador, professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa e antigo diretor da Biblioteca Nacional, morreu ontem aos 92 anos. Nasceu a 9 de junho de 1918 em Lisboa e notabilizou-se pela sua luta contra o Estado Novo. Foi em França, onde residia e lecionava, que recebeu a notícia do fim da ditadura em Portugal.
Em 1974 foi Ministro da Educação e da Cultura. Em 1984, a convite de Mário Soares, foi diretor da Biblioteca Nacional. Na tomada de posse profere um discurso que constitui um autêntico "programa para fazer da Biblioteca um grande centro de investigação e cultura".

Vitorino Magalhães Godinho é, frequentemente, considerado um dos historiadores portugueses mais notáveis de sempre e dos que tem o maior número de obras publicadas.
É um dos signatários da Petição em Defesa da Língua Portuguesa contra o Acordo Ortográfico que decorre em Portugal.

Mário Soares refere-o "um cidadão exemplar. Um homem probo, de uma inteireza de carácter excepcional e de uma honestidade moral e intelectual invulgar. Tem uma obra que o classifica entre os maiores historiadores portugueses".


Quem não estudou a História de Portugal pelos seus livros?
Veja AQUI a bibliografia do historiador que a Biblioteca Municipal
tem à sua disposição para empréstimo domiciliário.

EXPOSIÇÃO


   










Está patente ao público no átrio de entrada da Biblioteca Municipal até ao próximo dia 3 de maio, uma mostra de trabalhos realizados pelos alunos do 3º e 4º ano das Escolas do 1º Ciclo do concelho, que aceitaram o desafio por nós lançado "O RAPAZ DA BICICLETA AZUL ...um ano depois" e que nos dão a sua visão do que é a LIBERDADE

Poderá igualmente visualizar alguns dos trabalhos realizados na nossa página EXPOABRIL2011

 
Visite-nos e surpreenda-se!


abril 26, 2011

NOS CAFÉS ESPERO A VIDA QUE NUNCA VEM TER COMIGO

Como disse Fernando Pessoa: "Sá-Carneiro não teve biografia: teve só génio.
    O que disse foi o que viveu"


Mário de Sá-Carneiro, poeta e ficcionista português nasceu em Lisboa a 19 de maio de 1890. Foi um dos rostos do modernismo em Portugal e membro da Geração Orpheu. Começou a escrever poesia com doze anos e aos quinze já traduzia autores como Victor Hugo, Goeth e Schiller. Matriculou-se na Faculdade de Direito de Coimbra em 1911, mas não chegou sequer a concluir o ano. Iniciou, entretanto, a sua amizade com Fernando Pessoa e seguiu para Paris, com o objetivo de estudar Direito na Sorbonne.
Na capital francesa dedicou-se sobretudo à vida de boémia dos cafés e sala de espetáculo, onde conviveu com Santa-Rita Pintor. Foi em Paris que compôs parte da sua poesia e correspondência com Fernando Pessoa. Já em Lisboa associando-se a Pessoa e Almada Negreiros constitui o primeiro grupo modernista português, sendo responsável pela edição da Revista Orpheu de que saíram apenas dois números.

Um pouco mais de sol - eu era brasa.
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...


Sá-Carneiro suicidou-se, com vário frascos de estricnina, a 26 de abril de 1916, num Hotel de Nice, suicidio esse descrito por José Araújo, que Mário Sá-Carneiro chamara para testemunhar a sua morte. Deixou a Pessoa a indicação de publicar a obra que dele houvesse, onde, quando e como melhor lhe parecesse.

 Se eu apagasse as lanternas
Pra que ninguém mais me visse,
E a minha vida fugisse
Com o rabinho entre as pernas?...


O seu poema "Fim" foi musicado no final dos anos 1980, pelos "Trovante" e mais tarde, o seu poema "O Outro" foi também musicado pela cantora brasileira Adriana Calcanhoto.


Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
          Pilar da ponte de tédio
          Que vai de mim para o Outro.





Para que fique a conhecer um pouco melhor o autor de hoje,
veja AQUI Bibliografia sobre Mário de Sá-Carneiro
e AQUI a sua obra
que a Biblioteca Municipal tem à sua disposição
 para empréstimo domiciliário.

abril 21, 2011

BOA PÁSCOA




                                                    ilustração de Marianna Kalacheva

Os funcionários da
 BIBLIOTECA MUNICIPAL
desejam a todos os seus leitores e utilizadores
Uma BOA Páscoa com Boas Leituras

abril 20, 2011

VOLUNTÁRIOS DA LEITURA





De forma a celebrar o Dia Mundial do Livro que se comemora a 23 de abril, a Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB) associou-se à comemoração do Ano Europeu do Voluntariado e criou o passatempo "Voluntários da Leitura". O objectivo do passatempo é, de acordo com a DGLB, "incentivar o voluntariado a nível de projectos de promoção da leitura concebidos para populações em situação de isolamento ou de exclusão social". Além de motivar as pessoas para o voluntariado, realçando a importância da leitura na melhoria da qualidade de vidas das pessoas, pretende-se também dar a conhecer novos projectos às Bibliotecas Municipais, "para que possam aproveitar sinergias e eventualmente fazer articulações entre os voluntários e os destinatários".
O passatempo está aberto a indivíduos e a organizações e o prémio será uma mala com 300 livros de vários géneros e direcionado para diferentes públicos, "de modo a poderem ser criados outros projectos específicos em voluntariado da leitura", como refere o regulamento. A data limite de apresentação dos projetos é 31 de agosto de 2011, devendo estes serem entregues na Biblioteca Municipal do concelho de residência do candidato.


Consulte AQUI  o Regulamento 

e Veja AQUI o Formulário da Candidatuta do Passatempo

 "Voluntários da Leitura ".


Nota: O cartaz deste ano é da autoria do artista plástico e ilustrador João Vaz de Carvalho, premiado nacional e internacionalmente, editado em vários países, é hoje reconhecido como um dos mais prestigiados ilustradores portugueses.

abril 19, 2011

Contamos...CONTIGO

Ontem e hoje recebemos a visita de 27 meninos, da Sala dos Ratinhos  e da Sala dos Golfinhos do Jardim Infantil Arco-Íris. Os grupos eram constituídos por crianças de 3 e 4 anos de idade respectivamente e fizeram-se acompanhar pelas educadoras e auxiliares.

Constatámos com agrado que alguns dos meninos da Sala dos Golfinhos eram leitores habituais da Biblioteca Municipal.
Depois de um breve Bibliotour, por todos os espaços funcionais da Biblioteca  acompanhada de uma também breve explicação, na Sala Infantil esperava-os uma surpresa.
O Coelho Branco também veio participar na leitura do conto infantil "Rosa, a coelhinha curiosa" de Julia Rawlinson, ilustrada por Tim Warnes. No final da leitura a Técnica da Biblioteca deu sequência à actividade com um livro de adivinhas, adaptado à respectiva faixa etária, tendo os meninos acertado em todas as adivinhas.


As visitas terminaram com o habitual contacto individual com os livros que foram objeto de uma prévia seleção feita pelas tecnicas da Biblioteca Municipal tendo em atenção a faixa etária das crianças.


Os meninos despediram-se
prometendo voltar em breve,
acompanhados pelos pais para se inscreverem como
NOVOS LEITORES.




abril 18, 2011

"O QUE O MUNDO FOR AMANHÃ, É O ESFORÇO DE TODOS NÓS QUE O DETERMINARÁ



  
Bento de Jesus Caraça, matemático, resistente antifascista e militante do Partido Comunista Português, nasceu a 18 de abril de 1901 em Vila Viçosa. Afirmou-se como um professor rigoroso e exigente conquistando os alunos que vinham de outras escolas para assistir às suas aulas. O ensino da matemática ganhou outra dimensão e em 1943 torna-se Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática.

Defensor da Liberdade que definitivamente não existia, Bento de Jesus Caraça foi também um interessado pela "questão feminina" e sempre incentivou a intervenção das mulheres na sociedade. Quando em 1943, onze raparigas se matricularam no ISCEF e uma vez que o sistema de coeducação era proibido pelo regime, apoiou a criação de um núcleo cultural por elas formado.

Sempre consciente do mundo que o rodeava, empenhou-se juntamente com outros intelectuais portugueses, nas lutas pela liberdade e pela paz. Apoiou várias organizações clandestinas numa época de privações, crises internas e descontentamento latente. A subida do fascismo ao poder leva Bento de Jesus Caraça a intensificar a sua actividade política quer a nível clandestino como militante comunista, quer a nível legal e semi-legal: participa ativamente na Liga Portuguesa contra a Guerra e o Fascismo e no Socorro Vermelho Internacional; mais tarde participa na fundação do MUNAF, em 1943, e do MUD, em 1945. Constantemente perseguido, nunca abdicou dos seus ideias. Acabou preso pela PIDE e, posteriormente, demitido do seu lugar de professor catedrático do ISCEF, em outubro de 1946.

Morreu a 25 de junho de 1948. Dois dias depois o seu funeral foi acompanhado por uma impressionante multidão silenciosa. Os tempos obrigavam a que assim fosse. No meio da multidão estavam também agentes da polícia política. Bento de Jesus Caraça foi sempre um nome incómodo para o regime salazarista e pelos vistos continuava a sê-lo.


"Se não receio o erro é porque estou
 sempre disposto a corrigi-lo"


Veja AQUI  os livros do autor  e veja AQUI os livros sobre Bento de Jesus Caraça que a Biblioteca Municipal tem à sua disposição para empréstimo domiciliário.


abril 15, 2011

LEITURA DE FIM DE SEMANA


Como sugestão de leitura de fim de semana deixamos a livro infantil intitulado "O RAPAZ DA BICICLETA AZUL", de Álvaro Magalhães. "Este livro foi escrito e ilustrado para o 30º Aniversário de 25 de Abril, é dedicado à memória do capitão Salgueiro Maia, que um dia, colheu para nós a flor da liberdade".   

Este livro foi distribuído e trabalhado no ano letivo anterior por todos os estabelecimentos de ensino pré escolar e do 1º ciclo do concelho. A análise ao livro realizada pelos alunos e professores em contexto de sala de aula culminou com a elaboração de trabalhos coletivos que integraram a exposição
"O 25 de Abril visto pelas crianças", que esteve patente ao público na Biblioteca Municipal em abril de 2010. 

Na sequência do trabalho já desenvolvido no ano letivo anterior, a Biblioteca Municipal lançou um novo repto aos  professores e alunos do 3º e 4º anos, para que fosse dada continuidade ao livro. Os trabalhos recebidos irão integrar a exposição "O RAPAZ DA BICICLETA AZUL ... um ano depois", que irá estar patente ao público no átrio de entrada da Biblioteca Municipal, de 20 de Abril a 06 de Maio.

Poderá ler alguns dos trabalhos expostos acedendo à página do nosso blogue



Álvaro Magalhães nasceu no Porto, em 1951. Começou por publicar poesia no início dos anos 80 e, em 1982, publicou o seu primeiro livro para crianças, intitulado "História com muitas Letras". Desde então construiu uma obra singular e diversificada, que conta atualmente com mais de três dezenas de títulos e integra contos, poesia, narrativas juvenis e textos dramáticos. As suas obras para a infância, onde reina a força do imaginário e da palavra, são o produto de uma sensibilidade espiritualizada que reivindica a totalidade mágica da existência e apelam permanentemente à imaginação e ao sonho.

VISITE-NOS!

abril 14, 2011

"PARA OS FILHOS DOS HOMENS QUE NUNCA FORAM MENINOS"

Soeiro Pereira Gomes nasceu em Gestaçô, Porto, a 14 de abril de 1910. Frequentou a Escola Agrícola de Coimbra, onde tirou o curso de regente agrícola. Emigrou para Angola onde exerceu a sua profissão durante cerca de um ano. De regresso a Portugal fixou-se em Alhandra, em 1932, onde trabalhou como empregado de escritório na Fábrica de Cimentos Tejo. Aqui desenvolveu uma intensa actividade de dinamização cultural junto dos operários. Mas foi como escritor que Soeiro Pereira Gomes se notabilizou, sendo um dos mais coerentes e claros exemplos da ficção neo-realista em Portugal.



A sua obra maior é "Esteiros", publicada em 1941, com ilustrações de Álvaro Cunhal. Dedicado "aos filhos dos homens que nunca foram meninos" o romance "acompanha (...) as deambulações de um grupo de miúdos (...), cuja condição social lhes impõe, em vez da escola, o trabalho numa rudimentar fábrica de tijolos à beira-Tejo."


 

"Engrenagem" é igualmente uma obra central do neo-realismo português, escrita na clandestinidade, foi publicada em 1951, já depois da sua morte. Assim como "Contos Vermelhos", "Última Carta" e "Refúgio Perdido", obras publicadas postumamente.

Morreu em Lisboa a 5 de dezembro de 1949.


Veja AQUI a bibliografia do autor que a Biblioteca Municipal
tem à sua disposiçao para empréstimo domiciliário.

abril 13, 2011

FÉRIAS DA PÁSCOA


"Ah! Tu, livro despretensioso, que, na sombra de uma prateleira, uma criança livremente descobriu, pelo qual se encantou, e, sem figuras, sem extravagâncias, esqueceu as horas, os companheiros, a merenda... tu, sim, és um livro infantil, e o teu prestígio será, na verdade, imortal."

Cecília Meireles

 Venha com os  seus meninos à
Biblioteca Municipal
nestas férias da Páscoa e participe nas actividades que programámos para eles.
 Para além dos  livros e dos filmes, temos também todos os dias, a partir das 15h00, diversas actividades.


foto retirada do blog "o tapete vermelho das imagens"
As actividades estão condicionadas à capacidade da sala e recursos existentes 

abril 11, 2011

ANTÓNIO DE SPÍNOLA

Nasceu em Estremoz a 11 de Abril do 1910. Foi um militar e político português, décimo quarto presidente da república portuguesa e o primeiro após o 25 de Abril de 1974.

Com o início da guerra em Angola oferece-se como voluntário e organiza o Grupo de Cavalaria 345. É colocado com a sua unidade, em Angola, em 1961, onde permanecerá até 1963. Em novembro de 1973 é convidado por Marcelo Caetano, numa tentativa de o colocar no regime, para ocupar a pasta de Ministro do Ultramar, cargo que não aceita.

O seu livro "Portugal e o Futuro" é publicado a 23 de fevereiro de 1974, onde já expressava a ideia de que a solução para o problema colonial passava por outras vias que não a continuação da guerra.



A 25 de Abril de 1974, como representante do MFA (Movimento das Forças Armadas), aceita do Presidente do Conselho, Marcelo Caetano, a rendição do governo, o que significa uma transmissão de poderes. Ocupará a Presidência da República a 15 de maio de 1974, cargo que irá exercer até 30 de setembro desse mesmo ano, altura em que renuncia e é substituído pelo general Costa Gomes.

O importante papel que desempenhou é oficialmente reconhecido a 5 de fevereiro de 1987, pelo então Presidente da República Mário Soares, ao empossá-lo como Chanceler das Antigas Ordens Militares e ao entregar-lhe as insígnias da Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, pelos "feitos de heroísmo militar e cívico e por ter sido símbolo da Revolução de Abril e o primeiro Presidente da República após a ditadura".

A 13 de agosto de 1996, Spínola morre com 86 anos.



A Biblioteca Municipal tem à sua disposição para empréstimo domiciliário
o seu livro "Portugal e o Futuro".
Poderá requisitá-lo dentro do horário de funcionamento da Biblioteca Municipal.

abril 08, 2011

MINIATURAS DE BARCOS DO TEJO

Como sugestão de fim-de-semana deixamos-lhe um CONVITE.

Venha à Biblioteca Municipal e visite a mostra de artesanato "Miniaturas de Barcos do Tejo", feitas em cortiça, da autoria de Fernando de Oliveira. 

Fernando de Oliveira, nasceu em 1940 em Sarilhos Pequenos, freguesia do concelho da Moita,  oriundo de uma família com ligações à faina no rio Tejo.
Aos 26 anos veio para a Marinha Grande trabalhar na indústria vidreira. Reformado, dedicou-se a este hobby como forma de homenagear as gentes ribeirinhas.

Entre os modelos expostos, podemos ver algumas miniaturas de Arte Xávega inspiradas nos barcos usados na pesca na Praia da Vieira e na Nazaré.

E por falarmos em Arte Xávega, deixamos como sugestão de LEITURA DE FIM-DE-SEMANA o livro "A Arte Xávega na Praia da Vieira: História e Imagens", de Francisco Oneto Nunes, edição da Junta de Freguesia de Vieira de Leira, 2004.
  

 "O presente volume revela-nos o olhar dos fotógrafos em torno da mais característica forma de pesca do litoral português - a arte xávega, que ainda hoje se pratica na Praia da Vieira e em muitas outras localidades desta zona do país.(...) Este livro representa um esforço no sentido de compreender as transformações por que passou o exercício da pesca com artes de xávega ao longo dos séculos XIX e XX, perspectivando as circunstâncias ecológicas e a historicidade das práticas do trabalho que constituíram o molde para a emergência da ocupação humana dos areais da Praia da Vieira."

abril 07, 2011




DESAFIO de ABRIL

Aproveitando a  passagem de mais um ano sobre o 25 de Abril de 1974,
 o nosso blogue lançou um novo DESAFIO.

Para saber do que se trata consulte a nossa página DESAFIO

"POETA D'ORPHEU, FUTURISTA E TUDO"

" Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia - se é que a sua cegueira não é incurável e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado!"



Almada Negreiros, conhecido como "Mestre Almada", nasceu em S.Tomé e Príncipe a 7 de Abril de 1893. Foi um artista multidisciplinar, pintor, escritor, poeta, ensaísta e dramaturgo.
Foi também um dos principais colaboradores da Revista Orpheu.
Em 1913,  apresenta na Escola Internacional de Lisboa a sua primeira exposição individual, composta de 90 desenhos; aqui trava conhecimento com Fernando Pessoa, com quem edita a Revista Orpheu, juntamente com Mário de Sá Carneiro. 
Em 1954 casa com a pintora Sarah Afonso.



"Eu não sou pessimista nem optimista,
entre mim e a vida não há nenhum mal entendido"

O seu romance "Nome de Guerra", a sua obra literária mais conhecida, é publicado em 1938, treze anos depois de escrito, e é considerado um dos romances fundamentais do século XX português.  
Em 1954 Almada pinta o célebre retrato de Fernando Pessoa, que em 1970 foi leiloado, atingindo o valor de 1300 contos, o valor mais alto de sempre. 
Em 15 de junho de 1970 morre no Hospital de São Luís dos Franceses, no mesmo quarto em que havia falecido Fernando Pessoa. 
Segundo António Ferro, Almada Negreiros não foi capaz de escolher nenhuma das artes, " as artes é que o escolheram todas a ele".


"Bem haja o povo que encontrou para seu idioma esta denunciante expressão da pessoa que é vítima de si mesma: a esperteza saloia"


Júlio Dantas, médico, poeta, jornalista e dramaturgo, é a maior figura da intelectualidade da época e afirma que a "Revista" é feita por gente sem juízo. Irónico, mordaz, provocador, Almada responde com o Manifesto Anti-Dantas, onde escreve: ..."uma geração que consente deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração! Morra o Dantas, morra! Pim!"


Reconhecimento à loucura

Já alguém sentiu a loucura
Vestir de repente o nosso corpo?
Já.
E tomar a forma dos objectos?
Sim.                                                                                               
E acender relâmpagos no pensamento?
Também.
E às vezes parecer ser o fim?
Exactamente.


Em tempos, Almada respondera a alguém:
"As pessoas que eu mais admiro são aquelas que nunca acabam"


Venha conhecer melhor o "Mestre Almada".
Veja AQUI a bibliografia que a Biblioteca Municipal tem à sua disposição

abril 06, 2011

Contamos ...CONTIGO


Hoje tivemos a alegre visita dos meninos da Sala das Joaninhas do Jardim Infantil Arco-íris. O grupo era constituído por 19 crianças, com 3 anos de idade e fizeram-se acompanhar pela respectiva educadora e auxiliar. Como o tempo também ajudava, as crianças vinham bastante alegres, ativas e muito bem dispostas, fato que muito contribuiu para que as atividades resultassem muito animadas.

A visita teve início com um breve Bibliotour pelos diferentes espaços da Biblioteca e  terminou na sala Infantil com a leitura do livro "O porquinho Vitor",  de Jorge Amaro e Luís Valente.
Dado que o grupo continuava bastante recetivo e bem disposto, a Tecnica da Biblioteca deu sequência à atividade com um livro de adivinhas, adaptadas à respetiva faixa etária, tendo os meninos correspondido na perfeição acertando em todas as adivinhas.
A visita terminou com o habitual contacto individual com os livros que foram objecto de uma prévia seleção feita pelas Tecnicas da Biblioteca.
Os  meninos despediram-se prometendo voltar em breve, acompanhados dos pais para se inscreverem como novos leitores.

abril 04, 2011

I HAVE A DREAM


"Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados
 pela sua personalidade, não pela cor da sua pele".


A 4 de abril de 1968, Martin Luther King, líder da causa dos direitos civis nos Estados Unidos da América, foi morto com um tiro, num hotel de Memphis pouco tempo antes de iniciar mais uma Marcha Não Violenta pelos Direitos Civis. Tinha 39 anos.

O seu discurso mais famoso é "Eu tenho um sonho". No original "I have a Dream" é o nome popular dado ao seu histórico discurso público em 1963.  Martin Luther King falava da necessidade de união e coexistência pacífica entre negros e brancos.


Este discurso, realizado no dia 28 de agosto de 1963 nos degraus do Lincoln Memorial em Washington, D.C., foi um momento decisivo da história do Movimento Americano pelos Direitos Civis.

Martin Luther King foi a mais nova personalidade a receber o Prémio Nobel da Paz em 1964.

"O que me preocupa não é o grito dos maus,
 É o silencio dos bons".




Consulte AQUI bibliografia sobre Direitos Humanos
que a Biblioteca Municipal tem à sua disposição


Nota do blog: Para os mais distraídos chamamos a atenção, que na sexta-feira foi o dia 1 de Abril, Dia das Mentiras e o conteúdo da nota do blog da mensagem publicada nesse dia não corresponde à verdade.

abril 01, 2011

MONTRA DE LIVROS




A nossa Montra de Livros desta semana pretende assinalar o dia 2 de Abril,  Dia Internacional do Livro Infantil, comemorado desde 1967 por iniciativa da IBBY- Internacional Board on Books for Young People.
Foi escolhido o dia 2 de Abril por ser a data de nascimento do escritor Hans Christian Andersen, autor dinamarquês de algumas das histórias para crianças mais lidas por todo o mundo. 



Veja com os seus filhos na página dos LEITORES + NOVOS o conto que deixamos para eles. 


2 de Abril -   "Neste dia nasceu, há mais de 200 anos, Hans Christian Andersen. Era uma criança pobre e perdeu o pai com 11 anos, sendo forçado a trabalhar desde então. Aos 14 anos resolveu partir para a capital da Dinamarca, sua pátria, para se tornar cantor e actor. O director do teatro, reconhecendo as grandes capacidades do jovem, conseguiu arranjar-lhe uma bolsa de estudo. Graças a ela pôde estudar, vindo a tornar-se escritor, famoso pelos contos que dedicou às crianças.
Gostava muito de viajar e, numa das suas viagens, veio conhecer Portugal.
É considerado o pai da Literatura Infantil".

   
in "O Livro das Datas" de Luísa Ducla Soares, Civilização Ed.

Nota do Blog - Numa destas viagens a Portugal, Hans Christian Andersen ficou hospedado em casa do seu tio Guilherme Stephens, sendo habitual passar as férias de verão na Marinha Grande, fazendos longos passeios à beira mar.
Era visita regular às tertulias literárias realizadas na casa de Afonso Lopes Vieira em S. Pedro de Muel, facto que muito contribuiu para o estilo literário que veio a desenvolver.

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