setembro 07, 2022

7 de Setembro de 1822

  Hoje assinalam-se 200 anos da independência do Brasil

Muito recentemente foi noticiada a trasladação do coração de D. Pedro para o Brasil, num ato simbólico inserido nas comemorações do bicentenário da independência daquele país, que se assinala hoje, 7 de setembro. 

D. Pedro I foi o 1.º Imperador do Brasil, entre 1822 e 1831 

O coração de D. Pedro IV, Rei de Portugal entre 1826 e 1834, foi doado pelo próprio monarca à cidade do Porto, onde comandou as tropas liberais contra as absolutistas liderados pelo seu irmão D. Miguel. Mas vamos saber um pouco da nossa História:

D. Pedro IV, Rei de Portugal
D. Pedro I, Imperador do Brasil (1822-1831) 

D. Pedro, filho de D. João VI, ainda criança, viajou para o Brasil com toda a família real, em 1807, na sequência da primeira invasão francesa. 
Instalada a corte no Brasil, revolucionaram o país, promoveram-no ao estatuto de Reino e abriram os portos ao comércio com outros países, deixando de ser exclusivo dos portugueses. Este facto, conjuntamente com o tratado de comércio celebrado com a Grã-Bretanha, em 1810, trouxe prejuízos económicos aos comerciantes portugueses e grande concorrência por parte de outros países. Ideias que caíram muito mal na elite portuguesa. O descontentamento em Lisboa tornou-se evidente, por razões económicas, sociais e pela proliferação de ideias liberais, que entretanto começam a espalhar-se por Portugal e que conduziram à Revolução Liberal.  

Com a Revolução Liberal de 1820, no Porto, as Cortes lisboetas determinam o regresso do monarca a Lisboa, tendo o filho D. Pedro ficado no Brasil, como regente do Reino do Brasil. Mas as Cortes insistiam, também, no regresso do príncipe. A 9 de janeiro de 1822, D. Pedro recusou regressar, não cumpriu as determinações das Cortes, sendo esse dia conhecido como o Dia do Fico. O braço de ferro entre D. Pedro e as Cortes lisboetas intensificou-se.

"Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, 
estou pronto. Digam ao povo que fico."

Liderando o movimento independentista, D. Pedro proclama a independência do Brasil, em 07 de setembro de 1822, junto às margens do rio Ipiranga (São Paulo) e torna-se o primeiro imperador do Brasil.

"Independência ou morte"


Independência ou Morte, por Pedro Américo, óleo sobre tela, 1888

D. Pedro viveu toda a sua juventude no Rio de Janeiro, longe das regras rígidas das cortes europeias, o que contribuiu para o seu comportamento irreverente, boémio, mas também inovador, tendo compreendido, desde cedo, que a monarquia se tinha de modernizar, que o Antigo Regime e o absolutismo tinham de acabar. 

De pensamento liberal, tomou medidas consideradas revolucionárias e modernas para a época. Porém, com uma personalidade autoritária e envolvido em sucessivos escândalos amorosos, D. Pedro rapidamente começou a ser criticado e viu a sua autoridade progressivamente diminuída pelo surgimento de grupos contestatários. 

Acresce a esta situação, a morte do pai, D. João VI em 1926, e o facto de D. Pedro ser o herdeiro do trono, tornando-se D. Pedro IV, Rei de Portugal. Dividido entre Portugal e o Brasil, vê-se entretanto envolvido em lutas pela sucessão ao trono, que opôs liberais e absolutistas, estes últimos liderados pelo irmão D. Miguel. 

Entretanto a situação no Brasil torna-se insustentável e D. Pedro acaba por se ver obrigado a renunciar ao trono em 1831.  
 
"Prefiro descer do trono com honra, 
a governar desonrado"


Acabou por morrer muito jovem, com 36 anos, de tuberculose. Dividido entre o seu amor ao Brasil e a sua gratidão às gentes do Porto pela vitória sobre os absolutistas, foi de sua vontade que, após a sua morte, o coração ficasse em Portugal e o seu corpo no Brasil. E assim foi, o seu coração encontra-se na cidade do Porto, na Igreja da Lapa, e os seus restos mortais na cidade de São Paulo.


Para conhecer mais profundamente esta parte da nossa História,
passe pela Biblioteca Municipal e requisite um destes livros, 
ou se preferir, leia o artigo da última edição da revista Sábado, disponível para leitura na Sala de Periódicos. 







agosto 31, 2022

Mikhail Gorbachev (1931-2022)




Morreu Mikhail Gorbachev, último líder da União Soviética

Político soviético, nascido a 2 de março de 1931, em Privolnoye, Stravopol. Formou-se em Direito na Universidade de Moscovo em 1955. Foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética, de 1985 a 1991, e presidente da União Soviética de 1990 a 1991, tendo-lhe sucedido no poder Boris Ieltsin. Os seus esforços para democratizar o sistema político e descentralizar a economia, a grande revolução a que deu o nome de Perestroika, levaram à queda do comunismo e ao desmembramento da URSS em 1991. 
Foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Paz em 1990 pela sua preciosa contribuição para o fim da Guerra Fria. Em 1993 fundou "Cruz Verde Internacional", organização não governamental que visa criar condições de equilíbrio entre o Homem e a mãe Natureza. Morreu ontem, aos 91 anos, na sequência de doença prolongada.

Para ficar a conhecer mais sobre Gorbachev, 
venha à Biblioteca Municipal e requisite um destes livros




Um homem que soube abrir a Rússia ao concerto das nações, ao diálogo e ao compromisso, terminando com o isolamento da União Soviética e permitindo a libertação de numerosas nações que a constituíram.(...) Ele simboliza o fim da cortina de ferro e da tensão conflitual que caracterizou toda a guerra fria, desde o final da segunda guerra até à última década do século passado”.

Marcelo Rebelo de Sousa,
in, Observador






agosto 30, 2022

CONCURSO "REUTILIZAR POESIA, RECICLAR PALAVRAS"

apresenta Concurso de Poesia inspirado na Reciclagem

A Valorlis desafia a população a participar no concurso de poesia "Reutilizar Poesia, Reciclar Palavras", criado com o intuito de despertar a população para a importância da reciclagem através da expressão literária. 
O concurso é direcionado a amantes de escrita e poesia, maiores de 10 anos, residentes nos seis concelhos da área de intervenção da Valorlis (Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém, Pombal e Porto de Mós).



E que tal ir passear ou às compras e transportar poesia?

Os poemas vencedores, serão impressos pela Valorlis, num saco reutilizável, personalizado e farão parte da coleção de sacos com diversas citações. Sacos reutilizáveis levam na bagagem a mensagem da reciclagem, uma boa opção para colecionar, oferecer ou partilhar.

“Pretende-se com este concurso criar e consolidar hábitos de escrita, promover e valorizar a poesia como expressão literária e incrementar boas práticas de separação e reciclagem junto da população.” Afirma a Administradora Executiva da Valorlis, Marta Loia Guerreiro. E acrescenta “Associar a reciclagem à poesia e à escrita permite incrementar as boas práticas da separação junto de um público mais vasto”.

Todos os interessados em participar, devem enviar os trabalhos até ao dia 12 de setembro de 2022, acompanhados da ficha de inscrição. O regulamento do concurso pode ser consultado em www.valorlis.pt 


VÁ LÁ, PARTICIPE!






agosto 26, 2022

LISBOA REYKJAVÍK

 


Yrsa Sigurdardóttir nasceu a 24 de agosto de 1963 em Reykjavík, Islândia.
Engenheira de formação e diretora de uma das maiores empresas de engenharia da Islândia, liderou um dos mais arrojados projetos hidráulicos do mundo: a abertura e a construção de gigantescos túneis no subsolo de lava do seu país, destinados ao aproveitamento da água do degelo de um glaciar e ao seu aprisionamento numa barragem.
Iniciou-se na escrita em 1998 e hoje os seus livros estão no topo das listas de bestsellers em todo o mundo, estando alguns deles já adaptados ao cinema e à televisão.
A nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana venceu o Prémio Petrona 2015, atribuído ao melhor policial escandinavo.
A autora que já esteve em Portugal para o lançamento de um dos seus livros, escolheu Lisboa como ponto de partida para o romance que hoje divulgamos.



"- É uma beleza - murmurou, mas depois inclinou-se para a frente e franziu o sobrolho. Qualquer pessoa julgaria que o comandante estava embriagado; o iate parecia encaminhar-se perigosamente para perto da parede do porto, a uma velocidade por demais excessiva. Antes que pudesse dizer nem que fosse mais uma palavra, ouviu-se um guincho dilacerante. (...)
A coisa mais estranha de todas era a ausência de qualquer movimento a bordo. Não se avistava qualquer figura por trás das grandes janelas da ponte; não apareceu nenhum tripulante no convés como seria de esperar naquelas circunstâncias. (...)
Na altura em que alcançou o outro lado da entrada do porto, o iate acabara de embater contra o extremo de um dos pontões. Estava já a pensar numa longa e cansativa noite a preencher formulários quando o grande casco esmagou a madeira."




Um iate de luxo abandona o porto de Lisboa tendo como destino Reykjavík, na Islândia. Despedindo-se das temperaturas agradáveis da capital portuguesa, a bordo seguem sete pessoas que enfrentarão o frio mar daquele inverno, a caminho do norte. Porém, daí a alguns dias, quando o barco entra no porto de Reykjavík, ninguém é encontrado a bordo. O que aconteceu à tripulação e à jovem família que seguia nele ao zarpar de Lisboa? O que se terá passado em Lisboa, ou durante a viagem, que possa explicar o desaparecimento?
Este é o cenário do melhor e mais assustador romance escrito até hoje pela rainha do policial nórdico. Um mistério sobre a escuridão do oceano, Lisboa, a família, a fama, negócios obscuros e, como sempre, o mal e a conspiração do ódio.

Pintura de Witha Lacuesta









agosto 17, 2022

EM DEFESA DA LIBERDADE, CONTRA A TIRANIA, A ESTUPIDEZ E O FANATISMO

 
No dia 12 de agosto Salman Rushdie foi esfaqueado dez vezes no pescoço e abdómen quando iniciava uma palestra em Chautauqua, no noroeste do estado de Nova Iorque. 
O seu atacante, Hadi Matar,  foi prontamente detido, declarando-se inocente de tentativa de homicídio,



O escritor apresenta boas melhoras, respirando sem a ajuda de ventilador e, segundo o seu filho, o seu sentido de humor "continua intacto".
Salman Rushdie vive escondido e sob proteção policial nos últimos 33 anos.



Nas livrarias de todo o mundo Os Versículos Satânicos começaram a surgir nas listas dos mais vendidos. Na Biblioteca Municipal esse romance e outros encontram-se para empréstimo domiciliário.

Os Versículos Satânicos é um romance que conta as aventuras de dois indianos, Gibreel e Saladim, supostamente mortos num atentado contra o avião em que seguiam da Índia para Inglaterra, quando voava sobre o Canal da Mancha. Os dois protagonistas surgem sãos e salvos numa praia no sul da Inglaterra e representam o Bem e o Mal, o Messias e o Demónio.
Salman Rushdie recupera uma lenda segundo a qual o profeta Maomé teria sido enganado pelo Diabo, que lhe teria ditado versos que foram incorporados no Corão, mas retirados quando o profeta percebeu o logro. Tal foi considerado uma blasfémia e o romance foi banido em mais de 20 países. 
O ayatolhah Ali Khomeini, líder do Irão em 1989, lançou uma fatwa contra o escritor, oferecendo uma recompensa de três milhões de dólares a quem o matasse.


Salman Rushdie tem viagem marcada para Portugal onde vai estar, dia 17 de setembro, a convite da Livraria Lello no Porto, à conversa com a jornalista Isabel Lucas.




Rápidas Melhoras

agosto 12, 2022

GANHOU O PRÉMIO NOBEL. ALGUM COMENTÁRIO PARA O JORNAL PRAVDA?

 

Boris Pasternak e Olga Invinskaya

"(...) Começou a escrever Doutor Jivago há quase dez anos e, embora tenha feito bastantes progressos, continua a sentir o desejo de poder voltar aos dias em que surgiu a ideia para o romance, quando a história parecia brotar de uma fonte inexplorada. (...)
Pouco depois da detenção de Olga, as autoridades tinham destruído vinte e cinco mil cópias da Antologia de Boris. (...) 
A censura crescente, em conjunto com a detenção da sua amante, incentivou Boris a terminar Doutor Jivago. Tinha-se retirado para o campo, para escrever, mas sentia-se incapaz de o fazer. Este bloqueio provocou uma ansiedade semelhante a picadas de agulha no peito."






1956. Boris Pasternak está a escrever Doutor Jivago, um livro controverso capaz de provocar dissensão na União Soviética. Com medo do seu poder subversivo, os soviéticos censuram-no e proíbem a sua publicação. Mas isso não impede que no resto do mundo a obra se transforme num bestseller... e numa possível sentença de morte para o autor.
A CIA está atenta aos acontecimentos e planeia utilizar o livro para influenciar a Guerra Fria a seu favor. Contudo, os agentes destinados a esta missão não são os espiões tradicionais. Duas secretárias - a charmosa e experiente Sally e a talentosa e novata Irina - são encarregadas da missão das suas vidas: devolver clandestinamente Doutor Jivago à URSS e utilizá-lo como arma de propaganda.
No entanto, esta não será uma missão fácil. Há pessoas dispostas a morrer por este livro - e agentes prontos a matar por ele. De Moscovo a Washington, de Paris a Milão, Isto Nunca Aconteceu retrata um momento único na história da literatura - contado com emoção e detalhes históricos cativantes.
E no coração deste romance inesquecível está a poderosa convicção de que o poder da palavra escrita pode transformar o mundo.






"Houve muitos livros a contribuir para tornar esta obra possível. 
Primeiro e acima de tudo, Doutor  Jivago, de Boris Pasternak, 
um romance tão relevante e essencial hoje como o foi à data da sua primeira publicação,
 por Giangiacomo Feltrinelli."



Lara Prescott nasceu em 1981 em Greernsburg, Pensilvânia, Estados Unidos da América. 
Estudou Ciências Políticas em Washington e trabalhou como consultora em campanhas políticas antes de se dedicar à escrita. 
O seu romance de estreia, Isto Nunca Aconteceu e que hoje sugerimos para Leitura de Fim de Semana, foi traduzido em mais de 30 línguas.
Foi ainda sugerido para o Prémio Egdar como Melhor Romance de Estreia, para o Goodreads Choice Awards e Best Debut Novel.
The Washington Post, Entertainment Weekly, Library Journal e  The New York Public Library recomendam-no como um dos melhores livros do ano.



"Isto Nunca Aconteceu é um romance sobre o poder da literatura, 
sobre um momento histórico em que os serviços de inteligência ocidentais 
acreditaram que um romance poderia alterar o curso da Guerra Fria".
                                                                                                        The Austin American-Statesman










agosto 03, 2022

FAÇA COMO O BATMAN




O que têm em comum estas três personalidades?

Gostam de LER



E o Leitor não sabe o que  vai ler nas férias?



Sugestões não faltam na Biblioteca Municipal


Faça como o Batman,
 venha à Biblioteca e aceite as nossas sugestões de  leitura para férias




julho 29, 2022

SOU O OCEANO PACÍFICO E SOU O MAIOR

É alto, tem um brinco na orelha esquerda, usa patilhas compridas e um boné de marinheiro e não dispensa um cigarro. É um verdadeiro anti-herói romântico que viveu intensamente nas primeiras décadas do século XX:
  • Em 1904 estava na Manchúria em plena guerra russo-japonesa  
  • Em 1913 estava com piratas no Pacífico Sul
  • Em 1917 estava na Irlanda no meio das ações independentistas do Exercito Republicano Irlandês (IRA)  e de todo o imaginário Celta
  • Em 1919 estava na China e na Sibéria
  • Em 1921 estava em Veneza, nos seus lugares mágicos e secretos.
Esteve ainda na Turquia, no Brasil, na Argentina e em muitos outros países, sempre errante, de sorriso trocista, de quem não leva nada demasiado a sério, cheio de surpresas e vivendo sob um código de conduta muito próprio, fascinado pelo esoterismo e pelas lendas.
Conheceu o jornalista e escritor Jack London. Conheceu Rasputin, desertor do exército czarista e assassino sem motivo, que o segue de boa ou má vontade em muitas aventuras. Nessas aventuras encontram Butch Cassidy e Sundance Kid, dois bandidos americanos que se refugiam na Patagónia para fugir da policia. Ajudou o escritor James Joyce a superar a sua timidez para com as mulheres e conheceu o jornalista John Reed.
Nasceu a 10 de julho de 1887 em Valeta, na ilha de Malta. O pai foi um marinheiro inglês da Cornualha, neto de uma bruxa da Ilha de Man e a sua mãe uma cigana de Sevilha, chamada Niña de Gibraltar, uma bela modelo, que foi modelo do pintor Ingres (que se diz ter-se apaixonado por ela). 
Estudou em Valeta na escola judaica e mais tarde em Córdova, onde o rabino Ezra Toledano, amante da mãe, o apresentou aos textos do Zohar e da Cabala.

Certamente o Leitor já adivinhou de quem falamos


Corto Maltese a personagem de banda desenhada criada por Hugo Pratt em 1967.



Que melhor companhia pode o Leitor ter nas suas férias?
Corto Maltese e as suas aventuras!!


Hugo Pratt é unanimemente considerado um dos maiores autores de banda desenhada do mundo. Nasceu a 15 de junho de 1927 em Rimin, Itália. No início da Segunda Guerra Mundial, a família Pratt estava a viver na Etiópia. Em 1941, a família foi internada num campo de concentração onde o seu pai viria a falecer.
Graças à intervenção da Cruz Vermelha, Hugo Pratt regressou a Itália em 1942. Aí frequentou um colégio militar e em 1944 desertou para não ser fuzilado pelas SS. Juntou-se aos Aliados em 1945 como intérprete. Viveu em Itália, Argentina, França e Suíça
Definia as suas histórias como "literatura desenhada". As suas bandas desenhadas, as suas obras gráficas e aguarelas estão expostas nos maiores museus; do Grand Palais à Pinacoteca de Paris, do Vittoriano em Roma, o Ca' Pesaro em Veneza ou o Santa Maria della Scalla em Siena.
Através das aventuras de Corto Maltese, Hugo Pratt afirmou-se como um dos mais importantes autores de banda desenhada.
Faleceu a 20 de agosto de 1995 em Grandvaux, na Suíça, sem chegar a assistir a uma série de televisão de animação protagonizada pelo seu herói Corto Maltese.
Na cidade de Angoulême, em França, a 14 de junho de 2003, foi inaugurada uma estátua de Corto Maltese. O monumento, todo em bronze, com 2.50 m de altura e 300Kg, foi executada pelo artista plástico Livio Benedetti, amigo de Hugo Pratt.




Sou o Oceano Pacífico e sou o Maior. É assim que me chamam há já muito tempo, 
embora não seja verdade que eu seja sempre pacífico”. 
                                                                                                                  In, A Balada do Mar Salgado


BOAS FÉRIAS


julho 20, 2022

FOI O MAR QUE ME DEVOLVEU A ESPERANÇA

 



João Tordo nasceu a 28 de agosto de 1975 em Lisboa. Formou-se em Filosofia na Universidade Nova de Lisboa.
Em 2009 foi o vencedor do Prémio José Saramago com o romance As Três Vidas.
Foi finalista dos prémios Portugal Telecom, prémio Fernando Namora, Melhor Livro de Ficção Narrativa da SPA e do Prémio Literário Europeu.
O seu romance Felicidade, foi o vencedor, em 2021, do Prémio Fernando Namora.
Os seus livros estão publicados em vário países, incluindo França, Itália, Alemanha, Brasil, Hungria, Espanha, Argentina, México e Uruguai.


Do autor que hoje divulgamos, fazem parte do fundo documental da 
Biblioteca Municipal as seguintes obras:
  • As Três Vidas
  • O Bom Inverno
  • A Noite em que o Verão Acabou
  • Felicidade
  • O Livro dos Homens sem Luz
  • O Paraíso Segundo Lars D.
  • Hotel Memória
  • O Luto de Elias Gro
  • O Deslumbre de Cecília Fluss
  • A Mulher que Correu Atrás do vento
  • Águas Passadas


"Poucos autores portugueses têm unhas para o thriller, 
e o Tordo sai vencedor da experiência"
                                                                                         João Céu e Silva, Diário de Notícias



Um policial de ritmo imparável e delicada sensibilidade, que vai ao âmago dos nossos piores medos,
 é a nossa sugestão de leitura para as suas férias. 
Um thriller que vai deixar o leitor em suspenso sobre o desenrolar da história.





Durante treze dias de janeiro de 2019, a chuva cai sem misericórdia sobre Lisboa. É quando aparece a primeira vítima, na praia de Assentiz: uma jovem de quinze anos trazida pela maré. O seu corpo apresenta marcas de sofisticada malvadez. A primeira agente no local é Pilar Benamor, uma sub-comissária da PSP cuja coragem e empenho em descobrir a verdade ocultam segredos dolorosos.
A jovem vítima é Charlie, filha de um empresário inglês, mas logo o cadáver de um segundo crime brutal - um rapaz de dezassete anos - aparece na floresta de Monsanto, em condições macabras. Estas duas mortes violentas abrem caminho a uma investigação que irá descarnar a alta sociedade portuguesa e o submundo do crime.
Ao longo desse inclemente mês de Inverno, Pilar desbrava caminho na investigação, contra tudo e todos e com a ajuda de Cícero, um misterioso ermita. Desobedecendo a ordens superiores e colocando a própria vida em risco, vai penetrar no mundo escuro e tenebroso de um psicopata, enquanto luta com os fantasmas que há muito carrega: um pai polícia que morreu em serviço, um vício que a consome e a vulnerabilidade num mundo dominado por homens.





Pintura de Karin Jurick



"Curiosamente, foi o mar que me devolveu a esperança. Ela chegou na forma da crueldade, do horror. Curioso, não é? Que de um acontecimento funesto nasça a possibilidade de sentido.
Fui eu quem a descobriu, à afogada, no meu passeio matinal pela arriba. E a culpa nasce precisamente daí - de o meu temperamento melancólico se alimentar positivamente da morbidez; de o sofrimento ser o seu húmus mais fértil. Ao encontrar o cadáver, a minha vida ganhou novo alento.
Vergonhosamente, desabrochei."



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