Yrsa Sigurdardóttir nasceu a 24 de agosto de 1963 em Reykjavík, Islândia.
Engenheira de formação e diretora de uma das maiores empresas de engenharia da Islândia, liderou um dos mais arrojados projetos hidráulicos do mundo: a abertura e a construção de gigantescos túneis no subsolo de lava do seu país, destinados ao aproveitamento da água do degelo de um glaciar e ao seu aprisionamento numa barragem.
Iniciou-se na escrita em 1998 e hoje os seus livros estão no topo das listas de bestsellers em todo o mundo, estando alguns deles já adaptados ao cinema e à televisão.
A nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana venceu o Prémio Petrona 2015, atribuído ao melhor policial escandinavo.
A autora que já esteve em Portugal para o lançamento de um dos seus livros, escolheu Lisboa como ponto de partida para o romance que hoje divulgamos.
"- É uma beleza - murmurou, mas depois inclinou-se para a frente e franziu o sobrolho. Qualquer pessoa julgaria que o comandante estava embriagado; o iate parecia encaminhar-se perigosamente para perto da parede do porto, a uma velocidade por demais excessiva. Antes que pudesse dizer nem que fosse mais uma palavra, ouviu-se um guincho dilacerante. (...)
A coisa mais estranha de todas era a ausência de qualquer movimento a bordo. Não se avistava qualquer figura por trás das grandes janelas da ponte; não apareceu nenhum tripulante no convés como seria de esperar naquelas circunstâncias. (...)
Na altura em que alcançou o outro lado da entrada do porto, o iate acabara de embater contra o extremo de um dos pontões. Estava já a pensar numa longa e cansativa noite a preencher formulários quando o grande casco esmagou a madeira."
Um iate de luxo abandona o porto de Lisboa tendo como destino Reykjavík, na Islândia. Despedindo-se das temperaturas agradáveis da capital portuguesa, a bordo seguem sete pessoas que enfrentarão o frio mar daquele inverno, a caminho do norte. Porém, daí a alguns dias, quando o barco entra no porto de Reykjavík, ninguém é encontrado a bordo. O que aconteceu à tripulação e à jovem família que seguia nele ao zarpar de Lisboa? O que se terá passado em Lisboa, ou durante a viagem, que possa explicar o desaparecimento?
Este é o cenário do melhor e mais assustador romance escrito até hoje pela rainha do policial nórdico. Um mistério sobre a escuridão do oceano, Lisboa, a família, a fama, negócios obscuros e, como sempre, o mal e a conspiração do ódio.
Pintura de Witha Lacuesta |
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