fevereiro 25, 2011

LEITURA DE FIM-DE-SEMANA

A nossa sugestão para leitura de fim-de-semana vai para o "Livro", de José Luís Peixoto, da
Editora Quetzal. 

"Livro" elege como cenário a extraordinária saga da emigração portuguesa para França, contada através de uma galeria de personagens inesquecíveis e da escrita luminosa de José Luís Peixoto. Entre uma vila do interior de Portugal e Paris, entre a cultura popular e as mais altas referências da literatura universal, revelam-se os sinais de um passado que levou milhares de portugueses à procura de melhores condições e de um futuro com dupla nacionalidade. Avassalador e marcante, Livro expõe a poderosa magnitude do sonho e a crueza, irónica, terna ou grotesca, da realidade. Através de histórias de vida, encontros e despedidas, os leitores de Livro são conduzidos a um final desconcertante onde se ultrapassam fronteiras da literatura."


José Luís Peixoto nasceu em 1974, em Galveias, concelho de Ponte de Sor. Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, foi professor do ensino secundário e é colaborador regular de vários jornais e revistas como o DNA (Diário de Notícias) e o Jornal de Letras, entre outros.
A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias traduzidas num vasto número de idiomas e estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras. Em 2001, recebeu o Prémio Literário José Saramago com o romance Nenhum Olhar, que foi incluído na lista do Financial Times dos melhores livros publicados em Inglaterra no ano de 2007, tendo também sido incluído no programa Discover Great New Writers das livrarias norte-americanas Barnes & Noble. 
O seu romance Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, atribuído ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha em 2007. Em 2008, recebeu o Prémio de Poesia Daniel Faria com o livro Gaveta de Papéis.
Os seus romances estão publicados na Finlândia, Holanda, no Brasil, nos Estados Unidos, entre outros países, estando traduzidos num total de vinte idiomas.


Veja AQUI a bibliografia do autor disponível na Biblioteca Municipal.


CONTÁMOS COM...

PEQUENOS LEITORES DO JARDIM DE INFÂNCIA DE CASAL DE MALTA


De 23 a 25 de Fevereiro recebemos a visita das crianças do Jardim de Infância de Casal de Malta, que com a sua presença encheram de alegria a Biblioteca Municipal.
 
Estas crianças, pequenos leitores, fizeram a habitual visita guiada pelos vários espaços funcionais da Biblioteca, ouviram atentamente as explicações dadas pelas Técnicas e terminaram a visita na Sala Infantil onde assistiram à leitura animada do livro do mês e onde puderam autonomamente contactar com os livros da sua faixa etária.

Muitas destas crianças já são assíduos frequentadores da Biblioteca, encontrando-se inscritos como leitores e usufruindo do serviço de empréstimo domiciliário. Para esta situação muito tem contribuído o esforço e empenho das educadoras e auxiliares, que ao longo de sucessivos anos lectivos nos visitam com bastante regularidade, participando em diversas sessões de "A Hora do Conto" e noutras actividades que programamos especificamente para estas faixas etárias. 

Em Maio os nossos pequenos leitores de Casal de Malta voltarão à Biblioteca, com outras leituras e novas surpresas.
Até lá!

fevereiro 24, 2011

FAZIA ANOS HOJE

David Mourão-Ferreira nasceu em Lisboa a 24 de Fevereiro de 1927, escritor de
 prosa e poesia, é reconhecido como um dos grandes poetas portugueses do século XX.

A partir de 1981 foi responsável pelo Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas da Fundação Calouste Gulbenkian e dirigiu, desde 1984, a revista Colóquio/Letras, da mesma instituição.

Alguns dos seus textos foram adaptados à televisão e ao cinema,como por exemplo, "Aos costumes disse nada", em que se baseou José Fonseca e Costa para filmar, em 1983, "Sem sombra de pecado".



David Mourão-Ferreira foi ainda autor de poemas para fados, muitos deles celebrizados
 por Amália Rodrigues, como o "Barco Negro".


Morreu a 16 de Junho de 1996 e nesse mesmo ano recebeu o Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores.

A Biblioteca Municipal disponibiliza para empréstimo domiciliário a bibliografia do autor.  Faça AQUI a sua própria pesquisa.

fevereiro 23, 2011

TRAZ UM AMIGO TAMBÉM


Zeca Afonso nasceu em Aveiro, a 20 de Agosto de 1929. Foi uma figura central do movimento de renovação da música portuguesa, que se desenvolveu nas décadas de 1960/1970 do século XX. São suas algumas das mais conhecidas canções de intervenção.
De uma actuação, em 1964, na Sociedade Fraternidade Grandolense, nasce a canção "Grândola vila morena", que Zeca Afonso começa a cantar com mais regularidade ao vivo a partir dos anos setenta, tendo sido a canção escolhida para encerramento do espectáculo do Coliseu dos Recreios realizado a 29 de Março de 1974. Na sala estavam alguns dos oficiais que viriam a organizar a revolução de Abril e que a escolheram como senha do Movimento das Forças Armadas que instaurou a Democracia a 25 de Abril de 1974.

Zeca Afonso morreu a 23 de Fevereiro de 1987.

José Fanha recorda-o assim: "Inquieto, complexo, sarcástico, radical, fraterno até à medula. E por cima de tudo isso, uma voz única que me há-de ressoar no coração para sempre".

Consulte AQUI a discografia do Zeca Afonso,
 que a Biblioteca Municipal disponiibiliza para audição na Sala de Áudio.

fevereiro 22, 2011

CERCILEI VOLTA À BIBLIOTECA ...

                                       ... e concretizou-se o pedido do Nuno

Na última visita dos nossos amigos da Cercilei, o  Nuno, um dos utentes, manifestou vontade de reviver os tempos de infância, pedindo que fosse visualizado o filme "As aventuras de Tom Sawyer".

Hoje foi satisfeito o pedido do Nuno, que conjuntamente com os 18 amigos da instituição, visitaram as várias salas da Biblioteca Municipal, acabando com um momento de descontração na Sala Infantil, com a visualização do referido filme.

Recorde-se que estas visitas têm vindo a acontecer com frequência, com grupos de 18 ou 19 elementos, com alguns elementos fixos, entre os quais o Nuno, e outros que nos visitam pela primeira vez.
As visitas fazem parte do plano de socialização dos utentes da instituição, sendo esta uma das múltiplas actividades que desenvolvem diariamente.

A próxima visita ficou agendada para o dia 15 de Março, havendo uma surpresa que irá ser preparada pelas Técnicas da Biblioteca.       
           
             

fevereiro 21, 2011

Contamos...CONTIGO

Esta semana demos início às actividades de promoção da leitura  com a visita das crianças da Sala das Borboletas do Jardim Infantil Arco-íris. Para além da participação na Hora do Conto, estes meninos traziam também a tarefa de realizar uma  pesquisa bibliográfica sobre o ciclo da água. Depois de feita a pesquisa na base de dados, com o apoio de uma Técnica, iniciámos a visita por todos os espaços funcionais da Biblioteca, acompanhada por uma explicação adaptada ao nível étario das crianças.


De seguida, na Sala Infantil, fez-se a leitura animada do livro "O H perdeu uma perna", de Ana Vicente, realizada pelas técnicas da Biblioteca, terminando a actividade com um momento em que as crianças contactaram com os livros, previamente seleccionados de acordo com a sua faixa etária.

No final, a educadora  requisitou 3 livros sobre o ciclo da água, para serem trabalhados pelo grupo no respectivo Jardim Infantil.




A MINHA PÁTRIA É A LÍNGUA PORTUGESA


21 de Fevereiro - Dia Internacional da Língua Materna

Celebra-se a 21 de Fevereiro o Dia Internacional da Língua Materna. Proclamado pela Conferência Geral da Unesco em Novembro de 1999, desde Fevereiro de 2000 que se comemora este Dia, com o objectivo de promover a diversidade linguística e cultural.

Estimam-se em quase 6000 as línguas faladas no mundo, mas cerca de metade está à beira da extinção. O português não faz parte deste conjunto, dado que se crê ocupar a 6ª posição na lista dos idiomas mais falados no mundo.


 
A minha pátria é a língua portuguesa

in "Livro do Desassossego",  de Fernando Pessoa.

"Não tenho sentimento nenhum politico ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriotico. Minha patria é a lingua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incommodassem pessoalmente, Mas odeio, com odio verdadeiro, com o unico odio que sinto, não quem escreve mal portuguez, não quem não sabe syntaxe, não quem escreve em orthographia simplificada, mas a pagina mal escripta, como pessoa própria, a syntaxe errada, como gente em que se bata, a orthographia sem ípsilon, como escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.
Sim. porque a orthographia também é gente. A palavra é completa vista e ouvida. E a gala da transliteração greco-romana veste-m'a do seu vero manto régio, pelo qual é senhora e rainha."

Texto publicado originariamente em "Descobrimento", revista de Cultura nº 3, 1931, pp 409-410, transcrito do "Livro do Desassossego", por Bernando Soares (heterónimo de Fernando Pessoa), numa recolha de Maria Aliete Galhoz e Teresa Sobral Cunha; ed. de Jacinto do Prado Coelho, Lisboa, Ática, 1982 vol. I, p. 16-17. Respeitou-se a ortografia da época de Fernando Pessoa.


fevereiro 18, 2011

PALESTRA

Integrada na actividade da Tertúlia dos Anos de Ouro decorreu ontem, dia 17 de Fevereiro, no auditório da Biblioteca Municipal, a Palestra proferida pela Dra. Celeste Alves e dedicada à vida e obra Fernanda de Castro. A oradora deu a conhecer aos participantes quem foi Fernanda de Castro e analisou as características mais marcantes da sua obra, tendo intercalado a sessão com apontamentos de poesia da autora.

                


FERNANDA DE CASTRO (1900-1994), Romancista, poeta e conferencista portuguesa, com vasta e diversificada obra, escreveu poesia, literatura infantil, romance e memórias. Casada com António Ferro, jornalista e homem forte do regime de Salazar, promoveu a cultura no país e no estrangeiro em importantes exposições. Criou e desenvolveu nos anos trinta, a Associação Nacional dos Parques Infantis, dadas as suas excelentes relações com as mais altas instâncias governamentais. Viu várias das suas obras serem premiadas e escreveu praticamente até ao fim da vida. A sua veia de escritora foi transmitida à sua neta, a escritora Rita Ferro.

Aceda AQUI  ao catálogo da Biblioteca Municipal e realize a sua própria pesquisa.
Escreva o nome da autora. Aguarde um momento. Ser-lhe-ão mostradas as referências bibliográficas existentes, de livros da autora ou de livros em que teve qualquer participação.

SABE QUEM ESCREVEU ESTAS QUADRAS?

Sei que pareço um ladrão...
mas há muitos que eu conheço
que, não parecendo o que são,
são aquilo que eu pareço.

P'rá mentira ser segura
e atingir profundidade,
tem que trazer à mistura
qualquer coisa de verdade.

Eu não tenho vistas largas,
nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas
lições de filosofia.


DE QUEM FALAMOS? 

                                                  http://www.fundacao-antonio-aleixo.pt/ 


António Aleixo, nascido a 18 de Fevereiro de 1899, em Vila Real de Santo António. Poeta popular, quase analfabeto, foi pastor, servente de pedreiro e cauteleiro.

O escritor Rui Zink traça-lhe a biografia desta forma:
"Simples, humilde, iletrado, António Aleixo surpreende com a profundidade filosófica dos seus versos. É um caso singular na poesia portuguesa. Inspirava-o o quotidiano. Servia-se de uma feira da aldeia, uma ceia, um traço caricatural de gente conhecida e improvisava. O tom era mordaz, mas autêntico. Aleixo transferia para a escrita o seu batalhão de emoções. O povo repetia - e saboreava - verso a verso. A sua obra poética é um manancial de sabedoria empírica. Um grande poeta".

Da sua obra constam estes títulos: "O Auto do Curandeiro", "O Auto da Vida e da Morte", "O Auto do Ti Jaquim" (incompleta), "Inéditos" e "Este livro que vos deixo", sendo este último o mais conhecido.
Morreu a 16 de Novembro de 1949.

Aleixo escreveu a sua autobiografia em forma de quadra. Descreve-se, então, simplesmente assim:

Fui polícia, fui soldado,
Estive fora da nação;
Vendo jogo, guardei gado,
Só me falta ser ladrão.

Este livro poderá ser requisitado na Biblioteca da nossa cidade.

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